MARCANDO BOBEIRA

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

O Amor, Quando Se Revela...
(Fernando Pessoa)

 

 

 

 

 

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

 

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há-de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...

 

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!

 

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

 

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

 

 

 

 

 

 

Ar que não se move;

chuva que não chove.

É só na rabeira

 

De repente... Opa!

Que linda cachopa!

Vidas que se cruzam;

beijos que babuzam!

 

Cauda de cometa!

Noite tão bonita!

É outra a fita!

 

Trocou a palheta!

A cuca apitou!

A Princesa chegou!

 

 

 


 

 

Música de fundo:

Lindo Balão Azul
Composição: Guilherme Arantes
Interpretação: Turma Do Balão Mágico

Fonte:

http://mp3skull.com/mp3/turma_do_
balao_magico_lindo_balao_azul.html

 

Páginas da Internet consultadas:

http://franciscapaivadcv.blogspot.com.br/2010/04/
fernando-pessoa-e-os-seus-heteronimos.html

http://www.picgifs.com/

http://blogdebrinquedo.com.br/2013/04/05/e-t-
o-extraterrestre-marionete-com-1-m-de-altura/

 

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