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Nota
1. Se ao homem não
se pode negar o direito de ser alforriado, a Alforria
Mística só será conquistada através
do Trabalho, da Humildade, da Lealdade,
da Renúncia, do Serviço,
da Caridade, da Misericórdia, da
Tolerância, do Bem, do Amor,
da Justiça, da Temperança,
da Fortaleza... Mas isto não é
direito, é Privilégio. Privilégio
de conquistar a Illuminação
exclusivamente pelo mérito. Contudo, nada, absolutamente nada,
está vedado ao sincero Buscador, seja ele um religioso, um materialista,
um ateu, um iniciado, um joão-ninguém ou um zé-qualquer.
A LLUZ não tem
dono. Não há, portanto, escolhidos a priori.
Há, sim, Escolhidos a posteriori.
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UMA ÚNICA
PERGUNTA: Se tudo, para o homem, estiver codificado e previsto
na Bíblia-Torah (ou em qualquer outro livro sagrado
ou oculto) através de seqüências de letras eqüidistantes
(SLE) com suas respectivas equivalências numéricas, sem
possibilidade de ser modificado – portanto determinística
e previamente estabelecido – qual a utilidade do Rosacrucianismo
e qual, também, a finalidade da própria Peregrinação-Construção
Iniciática do Mestre-Deus Interior de e em cada um de nós?
Eu teria mais de uma
centena de perguntas-respostas que poderia propor para confrontar esses
códigos personalísticos computadorizados, mas deixo, logo
abaixo, uma imagem para reflexão. E lembro: um pensamento —
verbalizado, escrito ou na forma de um simples pensamento em si —
passa a ter existência real (benéfica ou maléfica,
construtiva ou destrutiva). E isso é gravíssimo! Poderá,
eventualmente, ser dissolvido ou não, mas depois de posto em
movimento começará a agir, como que se tivesse vida própria.
Aos místicos que trabalham em prol do Bem, da
Beleza e da Paz cabe desagregar e desintegrar
todas essas formas-pensamentos maléficas e certos holocaustos
tenebrosos anunciados. O mundo não acabará em 2006 como
apregoam certos catastrofistas. Isso é pura maluquice.
COMENTÁRIO
ADICIONAL
Alguns numerólogos
e tarólogos costumam usar em seus cálculos a denominada
Tabela Numerológica de Pitágoras abaixo reproduzida:
1 |
2 |
3 |
4
|
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
A |
B |
C |
D |
E |
F |
G |
H |
I |
J |
K |
L |
M |
N |
O |
P |
Q |
R |
S |
T |
U |
V |
W |
X |
Y |
Z |
– |
Para exemplo, usemos
o World Trade Center. Os calculistas propõem:
a) WORLD TRADE CENTER
= 16 letras - A 16ª Lâmina do Tarô é a Torre.
b) WORLD = 5 + 6 + 9
+ 3 + 4 = 27 = 2 + 7 = 9 (o mês do atentado — setembro).
c) TRADE = 2 + 9 + 1
+ 4 + 5 = 21 = 2 + 1 = 3 (2001 por adição: 2 + 0 + 0 +
1 — o ano do atentado)
d) CENTER = 3 + 5 +
5 + 2 + 5 + 9 = 29 = 2 + 9 = 11 (o dia dos atentados).
Bem, quaisquer números
obtidos por este tipo de operação pseudocabalística
podem ser manipulados. Isso é pseudociência, isto é:
conjunto de crenças ou afirmações sobre o mundo
ou uma realidade qualquer que se considera equivocadamente como tendo
base ou estatuto científico. Então, outros e ilimitados
tipos de pseudoconclusões podem ser pseudo-elaborados. Vejamos:
a) WORLD TRADE CENTER
= 16 letras que, por adição (1 + 6) conduzem ao número
7 - O Carro (7ª Lâmina do Tarô).
b) WORLD = 5 + 6 + 9
+ 3 + 4 = 27 (não há mês 27).
c) TRADE = 2 + 9 + 1
+ 4 + 5 = 21 (século XXI?).
d) CENTER = 3 + 5 +
5 + 2 + 5 + 9 = 29 (dia).
Logo, adicionar e reduzir
em KaBaLa não pode ser praticado a bangu para
se obter ajustamentos que coincidam com o que se quer que coincida.
Isso é uma mera inferência dedutiva errada. Isso para não
qualificar de trapaça. Em outras palavras: não se pode
adicionar em algumas operações cabalísticas e reduzir
em outras para se obter o resultado esperado. Isso é mais ou
menos como tentar meter um chifre de búfalo em uma cabeça
de pingüim; o resultado será um 'bufagüim'.
Ou um 'pínfalo'. Ou seja: uma fraude! Coincidências?
Pode ser! Mas as coisas coincidem porque se insiste malucamente em aplicar
operações cabalísticas a alfabetos e línguas
que nada têm em comum com os alfabetos hebraico e sânscrito,
isto é, com a Arcana Arqueometria Cósmica. Por outro lado,
eu não consigo atinar com o critério científico
que foi utilizado para se admitir que WORLD equivale
a mês, que TRADE equivale
a ano, e que CENTER equivale
a dia? Quem soma bananas, laranjas e maçãs
só poderá encontrar como resultado uma salada de frutas.
É isso que se faz por aí também, quando se utiliza
o Tarô para fazer advinhações enlouquecendo os consulentes.
E desde quando, por exemplo, a letra ALePh pode ser transliterada
como a vogal a? E IOD, a bem da verdade, jamais poderá
ser transliterada como I ou J. Aproximações didáticas
podem ser feitas. Só isso e mais nada. Mas, é preciso
cuidado: to pretend não é pretender. Isso é
um falso cognato. E traduzir BeREShITh por "No princípio"
é um erro flagrante, pois, ou não existe princípio
algum, ou tudo é um permanente e inesgotável princípio.
Ou será que o Verbum Dimissum já
cumpriu Sua Tarefa e perdeu Sua Força?
Mas, por meio da matemática
e da estatística pode-se acabar provando qualquer coisa, se os
caminhos escolhidos forem falsos ou equivocados. Um outro exemplo: vou
tratar o meu nome com essa Tabela (que eu duvido que sido tenha
elaborada por Pitágoras; mas, se ele a elaborou realmente, não
foi para fazer maluquices como essas).
a) RODOLFO DOMENICO
PIZZINGA = 23 letras (não há uma carta nos Arcanos Maiores
do Tarô correspondente). Que dizer de Dom Pedro Henrique Afonso
Felipe Maria Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança?
Mesmo tirando o Dom, não dá! Que dizer também do
Parque Nacional do Arquipélago dos Alcatrazes? E este outro nome:
Pia Maria Raniera Isabella Antonia Vitoria Thereza Amélia Gerarda
Raimunda Anna Micaela Rafaela Gabriela Gonzaga. Impossível também!
E, por esse método, finalmente, eu duvido que alguém pudesse
ter advinhado, na época, que o patriota Joaquim José da
Silva Xavier viria a morrer enforcado no campo da Lampadosa –
hoje Praça Tiradentes – no Rio de Janeiro, e que depois
seria decapitado e esquartejado, a cabeça indo parar em Vila
Rica! Teria sido mais fácil prever a traição do
Coronel de Cavalaria dos Campos Gerais Joaquim Silvério dos Reis
– o delator da Conspiração Mineira.
b) RODOLFO = 9 + 6 +
4 + 6 + 3 + 6 + 6 = 40 = 4 + 0 = 4 (eu não nasci no mês
4 e sim no mês 7).
c) DOMENICO = 4 + 6
+ 4 + 5 + 5 + 9 + 3 + 6 = 42 (eu não nasci nem no século
XLII – que ainda não aconteceu neste calendário
– nem no século VI a. C. ou d. C., no caso de uma adição.
Nasci no século XX em 1946 = 1 + 9 + 4 + 6 = 20 = 2 + 0 = 2.
42 (ou 4 + 2 = 6) não possui nenhuma vinculação
com 20 ou com 2. São apenas números pares. Essa é
a única vinculação.
d) PIZZINGA = 7 + 9
+ 8 + 8 + 9 + 5 + 7 + 1 = 54 ou 9 (5 + 4). Eu nasci no dia 5, que não
tem qualquer semelhança com 54 ou com 9.
Epílogo: nada
casa com coisa nenhuma.
Agora,
se eu começar a somar, subtrair, interpolar, multiplicar, dividir,
integrar, inventar, inverter etc. acabarei achando (por
inferência dedutiva errada, isto é, nada) coincidências
circunstanciais absurdamente notáveis ao mesmo tempo que inúteis!
Poderia até construir um mecanismo que fosse capaz de criar
energia – um moto perpétuo. Ora, uma máquina que
presumidamente possa produzir trabalho a partir do nada é pura
e simplesmente impossível. Mas há quem perca dias, meses
e anos tentado projetar coisas assim. E, no andar dessa carruagem, outros
'zilhões' de absurdos podem também aparentar
ser verdadeiros, como, enfim, pensar e ensinar, por hipótese,
que o ouro possa reagir com o ácido clorídrico
ou com o ácido nítrico isoladamente, apenas levando em
conta números de oxidação e radicais químicos!
Nem a Alquimia consegue essa proeza. Mas, com a água régia
(água real) há reação! A seguir mostro dois
exemplos simples dessas tolices.
Mas, voltando às
continhas, no meu caso, há um dado interessante que dá
como resultado, em algumas operações, o número
5. Eu sei exatamente o que esse número
5 significa e representa na minha vida, mas
não acho conveniente comentar esse assunto, pois foge ao tema
que me propus a examinar. Mas não posso deixar escapar a oportunidade
para, mais uma vez, citar (editei a citação) Sâr
Validivar: Os símbolos dos números não
têm poderes inatos nem poderes anímicos. Um número
é apenas um instrumento. Seus poderes consistem em suas aplicações,
não em sua forma ou na expressão física que possuam.
Aplicações corretas, bem entendido. E mesmo
quando corretas, para o bem, não para fabricar bombas.
O que não se
pode, por outro lado, é negar a existência de ciclos cósmicos,
sejam eles ciclos de influências marcantes e pessoais, sejam ciclos
que sustentam e mantêm a ordem universal, sejam, ainda, outros
ciclos, como os ciclos biogeoquímicos. Por exemplo: a) na vida
humana, o ser ao completar 63 anos integraliza 9
ciclos de 7 anos; b) as Ordens Iniciáticas
funcionam, geralmente, em consonância com o ciclo de 216 anos
—› 108 anos de atividade e 108 anos de dormência (ou
inatividade); e c) há diversos ciclos cósmicos, e, dentre
eles, posso recordar os ciclos de 720 anos, 2.160 anos e 25.920 anos
(720 x 3 = 2.160 e 2.160 x 12 = 25920). Mas, imaginar que a Bíblia
contenha o nome de todos nós (os que já morreram, os que
estão vivos e os que ainda irão nascer) com cálculos
codificados e secretos com o nome, o dia do nascimento e o dia da morte
de cada ser deste Planeta é, no mínimo, uma grande 'esquizofantasia'.
Caramba! Concedendo, por absurdo e só por treze segundos, que
exista um Deus criador e mantenedor da ordem universal, porque Ele criaria
seres sem autodeterminação? Capricho? Solidão?
Para se divertir? Seres assim não seriam seres, seriam bonecos;
apenas marionetes. Se nós, que somos humanos e falíveis,
não apreciamos os bonifrates, Deus apreciaria?
Mas, admitindo que todo
esse meu sincero raciocínio esteja errado — o que é
possível, mas é pouco provável — me permitirei
resumidamente consentir e especular:
1º - O Universo
é finito, ilimitado, uno e constituído de ilimitados universos;
2º - Nesses ilimitados
universos há ilimitados planetas habitados;
3º - Nesses ilimitados
planetas habitados há ilimitados seres em ilimitados graus de
evolução (também ilimitada).
Conclusão: deverá
haver ilimitadas Bíblias-Torahs e ilimitadas folhas
de papel-bíblia nos ilimitados planetas habitados dos ilimitados
universos do Universo finito e ilimitado para conter a ilimitada quantidade
de todo esse pessoal ilimitado em ilimitados graus de evolução.
Conclusão definitiva: o Universo, ainda que finito e ilimitado,
está repleto de Bíblias-Torahs, todas editadas
em papel-bíblia. Ora, convenhamos: isso tudo é uma tremenda
sandice, porque, no mínimo, ainda que o Universo global seja
finito e ilimitado, os universos que o compõem não podem
ser ilimitados; são finitos e limitados. Isso é mesmo
uma sandice. Mas é com maluquices como essas que constroem os
códigos da Bíblia-Torah e as religiões
que apocopam e matam em nome dos deuses que as sustentam. E se espalham
também estapafurdices como essas de que o Mundo está para
acabar. Mas, que não se confunda Dia da Transformação
com fim do Mundo! Sobre esssa matéria consulte os e-books
disponibilizados na Página dos Discursos
dos Iluminados de Khem (A Escola de Mistérios de Akhenaton).
Só mais um pouco.
E os livros que foram surrupiados da Bíblia? E os Evangelhos
(ditos) apócrifos? E... Isso vai longe!
De uma maneira geral,
o que as pessoas apelidam de milagre (intra e extrabíblico)
é o tributo que pagam por desconhecer as Leis Cósmicas
que regulam esses (por elas clasificados como) milagres. Pode
até ser incrível, mas Pedro de Amorim Viana, filósofo
e matemático português (1822-1901), professor da Academia
Politécnica do Porto (1850-1883) – uma das figuras centrais
do pensamento português especulativo dos oitocentos e o iniciador
do ciclo moderno da filosofia lusíada – abordou essa matéria
há uns cento e quarenta anos no seu famoso livro Defesa do
Racionalismo ou Análise da Fé (1866). Vale a pena
conferir.
E, para terminar, como
sou filho de uma portuguesa (tripeira) e português de coração,
posso brincar com meus patrícios sem ofendê-los. Milagre
mesmo é português filósofo: Pedro de Amorim Viana
e José Maria da Cunha Seixas (o Pai do Pantiteísmo) foram
dois deles. Aí, já é muito: são dois milagres!