O
Rio
de Janeiro eu conheço muito bem, mas o Brasil eu conheço muito
mal.
A degradação ambiental
da Amazônia não pode ser enfrentada apenas com o IBAMA e a
Polícia Federal. Sem o ordenamento fundiário e o planejamento
territorial, sem o incremento da pesquisa e das tecnologias florestal e
regional, a falta de alternativas sustentáveis e a impunidade ameaçarão
sempre o ecossistema e provocarão sucessivos aumentos de emissão
de CO2.
Hoje
é mais fácil e barato um agente desmatar a floresta nativa
do que produzir mais em área degradada. Temos de inverter esse quadro.
A
destruição da Floresta Amazônica continuará se
não houver a regularização fundiária, o ordenamento
territorial por meio do ZEE (Zoneamento Ecológico-Econômico),
o Fundo Amazônia, o financiamento de um modelo de desenvolvimento
inclusivo e não predatório, a transformação
e a valorização da cadeia de produtos do extrativismo, o manejo
florestal e a implementação do PAS (Plano Amazônia Sustentável).
Isto representaria um atentado à biodiversidade, às populações
tradicionais e às comunidades indígenas. Representaria também
o não-cumprimento do Plano Nacional sobre Mudança do Clima,
festejado em dezembro passado na Conferência do Clima na Polônia
pelo secretário-geral da ONU e por Al Gore como um significativo
avanço da posição do Brasil.
Enquanto
estivermos à frente do Ministério do Meio Ambiente, participaremos
das lutas de estudantes, das rádios comunitárias de cidadania,
dos direitos dos homossexuais e por mais segurança pública.
Continuaremos juntos por uma sociedade mais justa e libertária.
Visão
integrada exige ações para melhorar o ambiente nas cidades.
Vamos
defender a Amazônia, a Mata Atlântica e o Pantanal, mas temos
que cuidar do esgoto, do lixo e das tecnologias que devem ser cada vez mais
limpas nas fábricas. Esta é a visão integrada de defesa
do ambiente urbano.
Um
ponto que nos levará ainda a buscar consenso se refere à construção
de um modelo viável, com base em instrumentos econômicos e
tributários que fomentem processos e coeficientes e favoreçam
a inovação tecnológica, no sentido de diferenciar,
do ponto de vista tributário, os equipamentos adequados às
boas práticas, às novas oportunidades de negócios,
aos ciclos e coeficientes e à geração de emprego/renda.
Posso
falar com tranqüilidade que Dilma Rousseff não participou dessa
ação. Eu garanto.1
O
sucesso da preservação dos ecossistemas depende da consciência
e da mudança de comportamentos. A educação ambiental
profunda supõe uma ampla disponibilidade de informações,
exercícios de análise, práticas de monitoramento, centrais
de reciclagem, trabalho com as famílias e com as escolas, interação
com as unidades de conservação e conhecimento dos problemas
e soluções ambientais para indústrias, ecossistemas
e comunidades da região. No caso das escolas, o ideal é tirarmos
os alunos das salas de aula, levando-os para conhecer de perto os problemas
locais, o desmatamento de uma encosta, a poluição de um rio.
Cada
cidadão deve contribuir economizando energia, plantando árvores,
reciclando lixo e regulando o motor de seus carros. O Planeta está
sendo destruído, devido à ganância, ao produtivismo,
ao desperdício e à irresponsabilidade. Devemos agir de forma
solidária, planejada e global, antes que o derretimento das geleiras
inunde cidades e países, destruindo as espécies que sobreviveram
às práticas predatórias.
Alguns
representantes do agronegócio, na verdade, são grandes desmatadores
em latifúndios, usando monoculturas, queimadas, agrotóxicos.
O agricultor familiar tem mais consciência ambiental. Ele depende
da conservação dos solos e das nascentes e terá tratamento
diferenciado.
Somos asfixiados pelos dutos antigos
e os dos valérios, pelos escândalos negocistas das privatizações
e pela quebra de sigilo do caseiro, pelo caixa 2 de sempre e pela impunidade.
Só podemos nos fortalecer bebendo a água da fonte das lutas
ecológicas, estudantis, resistindo contra os preconceitos, contra
o massacre da juventude excluída e das meninas prostituídas,
contra o fechamento de rádios comunitárias e enfrentando o
populismo fundamentalista.
Tem
alguns momentos em que a Igreja erra feio. Um deles é a questão
da camisinha. Se a gente fosse atrás da Igreja, quantas pessoas não
estariam doentes? Como é que uma religião pode dizer que é
fraterna e solidária com todos se pressiona os parlamentares a não
aprovarem a lei que criminaliza a homofobia? Quem se opõe à
aprovação dos projetos que criminalizam a homofobia é
co-responsável pela multiplicação dos crimes que nada
têm de fraternos e solidários.
É
uma insensatez planetária a posição dos dois maiores
poluidores do Planeta de não ratificarem um acordo na Conferência
de Copenhague. Não pode haver o abraço dos poluidores que
condene o Planeta a virar um deserto.
O
Brasil não será a lata de lixo do Planeta. Vamos multar, vamos
mandar de volta e vamos
cobrar responsabilidade de países
que têm um discurso ambiental avançadíssimo e enviam
seu lixo químico para países em desenvolvimento.
Pernambuco é um desastre do
desastre. O que ocorre lá é uma lambança generalizada
com apoio político e impunidade. Esses usineiros estão na
ilegalidade, são uns fora-da-lei. Pernambuco é o pior estado
do Brasil na preservação da Mata Atlântica. Não
vamos dar sossego para os usineiros com costa quente política. Acabou
a moleza... Eles são criminosos ambientais. Essa turminha é
brava!
Todos
sabem que sou um crítico do programa nuclear brasileiro.
A
tecnologia é fundamental para o nosso trabalho, desde o monitoramento
do clima e do ambiente, que vem sendo feito como o apoio do INPE, até
a criação de alternativas tecnológicas limpas. Sem
a tecnologia viabilizando alternativas energéticas, alternativas
às cadeias produtivas, nossos esforços são paliativos.
Sobre
a campanha 'Saco é um Saco', que pretende mobilizar o consumidor
para reduzir o uso de sacolas plásticas no Brasil: Começando
pelo objetivo, queremos atingir o consumidor. O foco é cada dona
de casa, cada jovem, cada pai de família comprando no supermercado,
na farmácia, na quitanda, na padaria. A idéia é ajudar
o indivíduo, que pega inocentemente a sacolinha — ali tão
fácil, tão à vontade — a fazer uma conta que
ele não faz. A sacola não é de graça. Quando
descartada, gera um custo alto para a população, para o poder
público e para o meio ambiente. Cada sacolinha que nós descartamos
tem uma pegada ecológica oculta, tem uma conta socioambiental que
não está na cabeça do consumidor. A sacolinha plástica
é perfeita para os nossos objetivos. Não se trata de um produto
simbólico; ela é bem real, é utilizada todos os dias
pelos cidadãos brasileiros e gera um impacto acumulativo significativo.
Você sabia que cada brasileiro consome 66 sacolas plásticas
por mês? E que é de 135 milhões o volume descartado
todo mês? Quando eu era Secretário de Meio Ambiente no Rio
de Janeiro, antes de me tornar ministro, elaborei um decreto que se transformou
em um projeto de lei regulando o uso das sacolinhas. Vários Estados
e municípios estão preocupados com o assunto. Acho que é
papel do Ministério conscientizar os consumidores e induzir as mudanças
de comportamento que levem a população na direção
da cidadania ambiental... Vários países já baniram
a sacola plástica como, por exemplo, a China, e, no Canadá,
a cidade de Toronto. Até há pouco tempo, falava-se que o bom
era o plástico oxi-biodegradável, que, na verdade, não
se biodegrada coisa nenhuma; apenas fragmenta a matéria em milhares
de pedacinhos, criando um novo resíduo não-biodegradável.
O bioplástico, feito de amido de milho ou de outras fontes, parecia
uma solução ótima, mas, com o agravamento do aquecimento
global, será mais uma fonte emissora de gases do efeito estufa, quando
o que se deseja é diminuir as emissões dos lixões e
dos aterros sanitários. Sendo bem realista, sem diminuir a ternura,
o ideal é reduzirmos o uso da sacola plástica e caminharmos
com tranqüilidade para banirmos a sacolinha em um futuro próximo.
Nossa campanha pretende explorar várias alternativas, e a criatividade
da moçada vai aparecer. Você lembra como era antigamente? Um
mosaico de soluções: o carrinho de feira, o papel da padaria,
o jornal embrulhando o peixe... O importante é passarmos a mensagem
de que é preciso pensar antes de consumir. Quando o problema do aquecimento
global se agrava e o meio ambiente se degrada tão dramaticamente,
não podemos alegar inocência.
Vamos
defender a Amazônia. Não vamos deixar queimar a Amazônia.
A gente conta com os seringueiros, com os castanheiros, com as nações
indígenas e com a consciência da rapaziada. Vamos defender
o cerrado, a caatinga, a Amazônia, a mata atlântica e o 'reggae'.
O 'reggae' é a liberdade.
O
pré-sal é uma riqueza que reverterá para o lado social,
mas isso não pode ser acompanhado pela explosão de CO2.
Para explorar a reserva, o Brasil terá de investir em tecnologias
para captura e estocagem do CO2.
O
Brasil não precisa plantar cana-de-açúcar em áreas
de preservação ambiental, como o Pantanal ou na Amazônia,
uma vez que há terras suficientes para a produção de
etanol. Se a produção se der em áreas de preservação
ambiental, outros países podem usar isto contra o Brasil e estabelecerem
barreiras comerciais para prejudicar o País.
Quanto ao lixo nuclear, não
há solução definitiva. Os países colocam esse
material em contêineres isolados e os enterram em lugares com estabilidade
geológica para não correr o risco de haver vazamentos, onde
fica guardado por centenas de anos. O Brasil precisa construir destinações
de longa duração, mais seguras do que o método usado
atualmente, que é a manutenção dos resíduos
em piscinas no nível do mar.
Vejo
com bons olhos o 'pitching',2
porque eu sei que outros países, sobretudo
da Europa, usam essa modalidade, que é uma modalidade que sai da
frieza dos números, de estatísticas de projetos enlatados.
No 'pitching'
a pessoa tem que chegar lá e mostrar o seu programa, o seu filme,
a sua criatividade e o seu enfoque para uma banca examinadora de alto nível
analisar.
O
Brasil está numa luta finalmente reconhecida. Não tínhamos
planos de mudanças climáticas, agora temos. Não tínhamos
meta de redução da emissão de carbono, agora temos.
Não tínhamos o Fundo para a Amazônia, agora temos. Não
monitorávamos todos os biomas brasileiros, só Amazônia.
Agora estamos monitorando o Cerrado, a Caatinga etc. Então, acho
que é hora de a população brasileira conhecer melhor
a fauna, a flora, as características do nosso País, a possibilidade
de viver com dignidade sem destruir nossos recursos naturais. Podemos aproveitar
o grão, a fruta, a resina, a seiva, o mel, tudo aquilo que faz milhares,
milhões de pessoas viverem dessas cadeias da biodiversidade sem destruí-las;
ao contrário, preservando-as.
É
preciso motivar as pessoas para todas as possibilidades de sustentabilidade.
A idéia de que a floresta, o bioma e a Natureza são obstáculos
vem da época do colonialismo, do escravismo colonial. Destruir a
Amazônia a ferro e fogo, a Mata Atlântica a ferro e fogo. Hoje
em dia, o que vale mais é a floresta em pé. Mas não
basta dizer isso. É preciso criar as oportunidades.
A maior parte das pessoas não
tem idéia do que seja zoneamento econômico e ecológico.
E há várias outras questões que as palavras dizem.
Por exemplo, mudanças climáticas, todo mundo se preocupa.
Que regiões serão mais afetadas? Os nossos estudos até
agora mostram que o nordeste brasileiro será a região mais
afetada. O aumento de dois graus na temperatura até o final do século,
seguramente vai aumentar mais do que isso. O nordeste pode perder um terço
da sua Economia por causa da desertificação da Caatinga, do
Semi-Árido, em suma. E áreas do litoral, sobretudo baixadas,
onde estão as populações pobres, nas favelas. Então,
as pessoas vêem as geleiras se derretendo, e daqui a pouco não
se dão conta que isso vai aumentar a inundação de áreas
do Rio, de São Paulo, da Bahia, do Recife, onde essas populações
moram. Já há enchente hoje; imagina quando o mar subir mais
trinta centímetros? O que fazer para prevenir isso? Isto se chama
adaptação.
Carlos
Minc em nota em resposta ao Governador do Mato Grosso do Sul, André
Puccinelli (PMDB), que o chamou de veado
e maconheiro: É
um truculento ambiental que quer destruir o pantanal com a plantação
de cana-de-açúcar. Essa declaração revela o
seu caráter.
O
poder público é um espaço onde se materializam os diversos
tipos de pressão. Quem não souber ser pressionado, que não
vá para o poder público... Sou pressionado, mas também
pressiono. Sou duro na hora de negociar.
Mania
pelos coletes: Pois é, alguém descobriu uma foto
minha em Portugal, no exílio, com colete. Mas eu não usava
tanto como agora. Hoje em dia, se não uso, as pessoas ficam chateadas
comigo. Virei refém do modelito. Perguntam se foi roubado, se sujou,
se rasgou, ou coisas como 'você não gosta mais de mim'? Todo
mundo já usou um colete na vida. Colete pode ter várias cores;
não pesa que nem um casaco, é ideal para um lugar quente como
o Rio de Janeiro, pode ser usado numa festa. Em suma, é uma peça
do vestuário que te dá muita flexibilidade. Uma camisa lisa
com colete fica uma coisa muito criativa.
Como
todo mundo, fui torturado. Era o lado democrático da ditadura. Porrada
pra todo mundo, um horror. Você fica totalmente entregue à
máquina de torturar miolos. Um dos lugares onde me torturaram foi
a Vila Militar, em Realengo, no Rio. E lá, não muito longe,
tinha uma escola. As crianças ouviam gritos e as professoras reclamavam.
Então, eles punham música alta para as crianças não
ouvirem os gritos. Só que quando a música começava
as crianças choravam, porque sabiam que alguém estava sendo
massacrado... Quando meus pais foram me ver na prisão, eu completamente
detonado, um dos militares contou para o meu pai o que haviam feito comigo.
Meu pai teve até um problema no coração. É vivo
até hoje, mas convive com problemas. Descreveram com detalhes o que
fizeram. Imagina o pai de um menino de 18 anos, o cara apóia, investe,
o cara tá na escola, tem boas notas, tá dançando, namorando,
jogando xadrez, se dando bem em matemática e, de repente, está
sendo massacrado. E ele sem poder fazer nada. Não contaram para informá-lo,
foi para agredir mais.
Digamos que participei de várias
formas do movimento de resistência. Eu estava na clandestinidade,
mas tenho uma resistência a entrar nessas questões porque tudo
isso é muito desqualificado pelos próprios ditadores... e
tinha essa história das torturas. Então, prefiro dizer que
participei sob as formas que existiam, como vários jovens da minha
geração, sem nenhum destaque especial.
Sobre
o amor livre: Vivemos o amor
livre. Havia a teoria das relações múltiplas.
Era tudo teorizado. As pessoas criticavam a monogamia burguesa; diziam que
era uma relação de propriedade. Não era nada do tipo
'vamos cair na gandaia'; era uma coisa impregnada de conteúdo revolucionário...
No nosso meio não havia fidelidade. Você podia namorar com
uma pessoa e sair com outra. E naquela época não havia AIDS...
As meninas de esquerda eram mais livres. Também havia alguns líderes
estudantis que, embora também tivessem um discurso contra a ditadura,
eram mais conservadores. E a gente queria trazê-los para a esquerda.
Quando todos os argumentos ideológicos fracassavam, o argumento final
era o seguinte: — Olha, nossas meninas são livres para namorar,
não são que nem essas burguesinhas que não dão
pra ninguém. Aí muita gente veio para a esquerda.
Minha
estréia sexual foi com uma namoradinha, aos 15 anos. Um amigo meu
me emprestou um quartinho porque na época não havia motel.
Foi meio sem jeito, mas foi muito bom. Ela tinha mais experiência
do que eu; era uma daquelas de esquerda.
Adoro
paradas 'gays'! Fico em transe. Me divirto; solto geral. Geral! Não
perco uma. Mas não sou daqueles que fazem discurso e vão embora,
não! Fico dançando até o fim. Eu me sinto à
vontade. Fiz muitas campanhas também. Teve uma que fiz com o Fernando
Gabeira no Le Boy…3
Sobre
o projeto de lei que tenta reduzir de 80% para 50% a área de reserva
legal na Amazônia, e o decreto legislativo, em tramitação
na Comissão de Constituição e Justiça do Congresso,
que pretende derrubar o decreto do Executivo, de dezembro de 2007, que estabelece
mecanismos para inibir o avanço do desmatamento ilegal na Amazônia:
Isto é
inaceitável. Caso sejam aprovados, vão transformar a Amazônia
em carvão.
Sobre
o projeto de lei que equipara o tráfico de animais silvestres ao
tráfico de armas e drogas: Vamos
diferenciar a vovozinha que ouve o pássaro que o netinho apanhou
na floresta do sujeito que pegou mil pássaros e enviou para Alemanha.
Este último terá que cumprir penas equivalentes aos crimes
de tráfico de armas e drogas.
Segundo
o ministro, tratar o usuário de maconha como criminoso é um
erro. Neste sentido, sugeriu que os deputados analisem estudos médicos
que comprovariam que o efeito da
maconha é inferior ao do álcool no organismo humano.
Se a maconha fosse
legalizada,
se fosse como álcool e cigarro, que fazem mal, a
situação seria diferente. Se o cigarro fosse proibido ao invés
de ir ao armazém, você teria que subir o morro para comprar.
Não quero dizer que a minha tese é melhor ou pior do que a
de ninguém, mas estamos em uma Democracia.
Qualquer
maneira de amor vale a pena.
Eu
sou um midiático assumido e serei sempre. Não me envergonho
disso. Nada tenho a esconder. E se você faz coisas maravilhosas que
saem no Diário Oficial, ninguém fica sabendo. Quando eu era
deputado estadual, fiz uma lei que obrigava os motéis do Rio a oferecerem
de graça ao menos três camisinhas para cada cliente. Para divulgar
a iniciativa, peguei um camisão de 18 metros e coloquei no obelisco
da Avenida Rio Branco, bem no centro, o símbolo fálico
do Rio de Janeiro.
Enquanto o Jornal Nacional não deu a camisinha gigante, ninguém
sabia que podia ir para o motel e exigir: — Ei, cadê as minhas
camisinhas?
A
consciência ambiental, às vezes, dá saltos, e estamos
em um desses momentos. Há 25 anos, éramos chamados de profetas
do Apocalipse, os exóticos, os alucinados, os doidos. Não
existia Ministério do Meio Ambiente, secretarias e as empresas não
tinham diretoria de meio ambiente. Agora, todos os países começam
a discutir muito seriamente. Nossa guerra é contra o modelo predatório
que empobrece o povo e degrada os ecossistemas.
Eu
brigava com os ônibus urbanos por causa da fumaça preta que
eles liberam. Fiz uma lei sobre isso, mas ninguém lia. Então,
decidi colocar batatas nas válvulas e os ônibus acabavam parando.
Isto é um instrumento de luta. Vou duas vezes por mês, no mínimo,
à Amazônia. E prometo que vou fazer isso até o último
dia do mandato. Assim, eu fico sabendo como as coisas estão na linha
de frente. Vejo carro do IBAMA crivado de balas, o pessoal sem aparelho
de comunicação. E outra coisa: o ministro subir em cima do
trator e derrubar forno de carvão levanta a moral do pessoal. A pessoa
sai na TV, valoriza. Isso também ajuda a dissuadir os criminosos
ambientais.
Saudações
eco-libertárias do Carlos Minc.
______
Notas:
1. Levar
US$ 2,6 milhões de um cofre do ex-governador paulista Adhemar de
Barros, em julho de 1969.
2. O
'pitching' é um instrumento jurídico que visa selecionar
conteúdos com agilidade, conforme a necessidade uma determinada emissora.
Entre outros, são aceitos programas de educação ambiental
e de sustentabilidade. O modelo de contratação por 'pitching'
permite selecionar, com mais agilidade, conteúdos inéditos
para serem veiculados.
3. Criada
pelo francês Gilles, a boate gay Le Boy é freqüentada
também pelo público simpatizante. Com pé-direito alto,
equivalente a quatro andares, tem um bar no meio. A pista de dança
é o ponto central da boate, e conta com dançarinos de sunguinhas
e com o corpo malhado, rebolando para os clientes.
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.institutoares.org.br/fpd_informa_
nota.asp?cod=140&q=1GV2RQM34P&top=
http://www.noticiasdaamazonia.com.br/7734-
carlos-minc-legalidade-ambiental-na-amazonia/
http://www.revistaopinioes.com.br/
cp/materia.php?id=581
http://www.guiavegano.com.br/vegan/bem-estar
-animal/o-cotidiano-de-um-protetor-de-animais
http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/carlos
-minc-apoia-a-descriminalizacao-da-maconha/
http://gestocult.wordpress.com/2009/04/03/
carlos-minc-muito-alem-do-meio-ambiente/
http://www.hojenoticias.com.br/direito/carlos
-minc-defende-energia-limpa-para-o-brasil/
http://www.marchadamaconha.org/
http://www.akatu.org.br/central/opiniao/2009/
carlos-minc-e-preciso-pensar-antes-de-consumir/
http://jbonline.terra.com.br/pextra/
2009/11/16/e161124260.asp
http://euelenossomundo.blogspot.com/2009/
05/o-ministro-carlos-mink-disse-tem-alguns.html
http://oglobo.globo.com/
http://www.mma.gov.br/estruturas/cgti/
_arquivos/curriculum_carlos_minc.pdf
http://www.minc.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Minc
Música
de fundo:
Apesar
de Você
Composição e interpretação: Chico Buarque de
Holanda
Fonte:
http://www.belasmidis.com/
Nacional/Chico_Buarque/index.html