Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Objetivo Deste Estudo

 

 

 

 

 

Inspirei-me para garimpar estes fragmentos (alguns ligeiramente editados, mas, sem alterar o pensamento do autor), que estou disponibilizando para reflexão de todos, no artigo Sobre a Ecologia, de autoria de Claudio Mazzuco, 5º Imperator da AMORC deste segundo Ciclo Iniciático no Ocidente, publicado no nº 317 da Revista O Rosacruz, de 2021.

 

 

 

Fragmentos

 

 

 

 

 

 

Se estivermos atentos, a Natureza nos revelará a sua ordem intrínseca – uma ordem da qual nós próprios fazemos parte.

 

É por, sistematicamente, termos ignorado esta ordem intrínseca, que testemunhamos os problemas ambientais da atualidade. [Mas, não são apenas os problemas ambientais, e, sim, todos os outros que afligem a Humanidade, como, dentre tantos, por (mau) exemplo, o desta Pancoronamia-19 assassina e faminta, que tem deixado cabeludo sem cabelo, feito bola de bilhar ficar cabeluda, posto mudo para cantar ópera, ensinado perneta a ganhar maratona e, no Brasil, enriquecido de montão quem fabrica Cloroquina! Por falar nisto, você já se vacinou? Tem evitado aglomerações? Tem mantido um relativo distanciamento social? Uma coisa é certa: só venceremos esta luta juntos! Esta Pancoronamia-19 só terminará quando toda a Humanidade estiver imunizada. E uma dose só é meio que água com açúcar: não imuniza.]

 

 

 

 

Cósmico é uma palavra de origem grega, Kosmos [do grego antigo: ], que significa ordem, mas, um tipo de ordem que traz em seu âmago uma forma de Beleza, [de Organização e de Harmonia].

 

 

Cosmographia (Representação do Cosmos)
(Por Petrus Apianus)

 

 

A Força Vital, irradiada pelo Sol, impregna todo o Planeta e alimenta a vida. Todos os processos vitais da Natureza estão interconectados de modo harmonioso.

 

E esta harmonia planetária deriva de um equilíbrio homeostático constante, através de processos ilimitados, todos eles harmonicamente interconectados.

 

 

Interconexão Harmônica

 

 

Somos uma ponte de passagem de átomos que pertenceram a cometas, estrelas e nebulosas. [A Hipótese da Panspermia Cósmica (hipótese de que a vida existe em todo o Unimultiverso, distribuída por meteoros, asteróides e planetóides) é uma das hipóteses acerca de como surgiram as primeiras formas de vida no planeta Terra. Esta idéia surgiu, pela primeira vez, no século V a.C., na Grécia, remontando à autoridade do filósofo grego do período pré-socrático Anaxágoras de Clazômenas (cerca de 500 a.C. – 428 a.C.), e foi colocada novamente em evidência no século XIX pelo matemático, médico e físico alemão Hermann von Helmholtz (Potsdam, 31 de agosto de 1821 – Charlottenburg, 8 de setembro de 1894), no ano de 1879.]

 

 

Anaxágoras de Clazômenas

 

Hoje, somos humanos, sim,
entretanto, nós já fomos

cometas, estrelas e nebulosas,
pedras, plantas e bichos...
Mas, no Unimultiverso,
a transmudança é incessante,
e, assim, um Dia, seremos Deuses.

 

Somos átomos que olham para átomos!

 

 

 

 

Nós, seres humanos, somos a parte do Planeta que pensa, que sente, que imagina e que sonha. [Mas, infelizmente, também (ainda) somos a parte presunçosa do Planeta que... Precisamos transmutar esse que!]

 

 

 

 

Não poderá haver um verdadeiro pensamento ecologista sem uma expressão da consciência que lhe seja correspondente. Portanto, uma coisa é fazer discurso ecologista; outra bem diferente é viver e sentir conforme aquilo que se afirma saber.

 

Sou ecologista,
mas, cago na rua.
Sou ecologista,
mas, mijo na calçada.
Sou ecologista,
mas, cuspo no chão.
Sou ecologista,
mas, jogo lixo pela janela.
Sou ecologista,
mas, grudo meleca na parede.
Sou ecologista,
mas, devasto as florestas.
Sou ecologista,
mas, maltrato os bichos.
Sou ecologista,
mas, emporcalho a cidade.
Sou ecologista,
mas, apago o Sol.
Sou ecologista,
mas, me chamo Sujismundo.

 

 

Sujismundo

 

 

 

 

Mais de 30 coelhos são brutalmente esfolados
vivos para a confecção de um simples casaco.

 

 

Mar de sangue em matança (legal)
de baleias nas Ilhas Faroe (Dinamarca)

 

 

Desmatamento na Amazônia

 

 

Lixão – Sumé, Paraíba

 

 

Poluição do Ar

 

 

Baía de Guanabara

 

 

Ilha de Lixo Plástico do Pacífico
(Equivalente à área total da Alemanha, da Espanha e da França)

 

 

Leve o Cocô ao Banheiro

 

 

Na verdade, o desenvolvimento de uma ética renovada [categórica] só poderá acontecer por intermédio de uma experiência de caráter espiritual, ou seja, uma experiência integral, completa, marcante e transformadora.

 

 

Immanuel Kant

 

 

Experiência Interior Transformadora

 

 

A Experiência Espiritual precede e experiência religiosa.

 

Hermann Joseph Muller (Nova Iorque, 21 de dezembro de 1890 Indianápolis, 5 de abril de 1967), Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1946, disse: Dizer que o ser humano é feito de determinados elementos é uma descrição satisfatória apenas para quem pretende usá-lo como fertilizante.

 

 

 

 

Uma Experiência Mística chamada Sentimento Oceânico pelo Nobel de Literatura de 1915 Romain Rolland (Clamecy, 29 de janeiro de 1866 Vézelay, 30 de dezembro de 1944), Consciência Cósmica pelo psiquiatra canadense Richard Maurice Bucke (Methwold, Inglaterra, 18 de março de 1837 London, Canadá, 19 de fevereiro de 1902), Tao pelo filósofo Lao-Tze (entre os séculos XIV e IV a.C.) e Ordem da Natureza pelo físico teórico alemão e Nobel de Física de 1932 Werner Karl Heisenberg (Würzburg, 5 de dezembro de 1901 Munique, 1º de fevereiro de 1976) por sua natureza, é uma experiência incomum e pessoal, que produz o sentido de totalidade e de pertencimento a uma Realidade, que suplanta aquele que a experimenta, mas, da qual, ao mesmo tempo, o faz sentir que dela faz parte.

 

O Senso Moral é adquirido quando se escuta a Voz da Consciência [a Voz do nosso Deus Interior], que se manifesta no Silêncio Interior, [e quando dizemos a esta Voz]. Não ouvir esta Voz constitui a maior tragédia da nossa experiência como seres humanos neste Planeta.

 

 

— Já tomou a segunda dose?

 

 

A benevolência e a justiça são os fundamentos de um verdadeiro pensamento e de uma verdadeira ação ambientalistas. [O contrário disto é o caos, e o Brasil, no momento, é maior exemplo disto.]

 

Precisamos ter cuidado muito cuidado! pois, o discernimento, o senso moral e a empatia correm o risco de se perder por influência do ego.

 

Ralph Maxwell Lewis (Nova Iorque, 14 de fevereiro de 1904 San José, 12 de janeiro de 1987) segundo Imperator da Ordem Rosacruz AMORC (Antiga e Mística Ordem Rosæ Crucis) para a Jurisdição Internacional das Américas, Comunidade Britânica de Nações, França, Alemanha, Holanda, Suíça, Suécia e África deste segundo Ciclo Iniciático no Ocidente, de 1939 à 1987 deixou registrado: A civilização não é um mero aperfeiçoamento do ambiente no qual o ser humano vive ou um acesso facilitado aos recursos materiais. É também [e acima de tudo] um aprimoramento de si mesmo, de cada um e de todos de nós como indivíduos.

 

 

Ralph Maxwell Lewis

 

 

A Experiência Iniciática é o destino de todos nós de experienciarmos a Unidade união consciente com o Todo e descobrimento da nossa própria eternidade.

 

Sou eu
e sou você.
Sou eu
e sou todos.

Sou eu
e sou tudo.
Sou eu
e sou o Unimultiverso.

Sou eu
e sou um Deus.

 

 

 

 

 

 

Por Tudo Isto, Pergunto:

 

 

Até quando nós desrespeitaremos

o Fogo, o Ar, a Água e a Terra?

Até quando nós desrespeitaremos

a Casa em que vivemos?

Até quando nós desrespeitaremos

a Terceira Hierarquia Planetária?

Até quando nós desrespeitaremos

a Segunda Hierarquia Planetária?

Até quando nós desrespeitaremos

a Primeira Hierarquia Planetária?

Até quando nós desrespeitaremos

o Unimultiverso e a Vida Una?

Até quando nós desrespeitaremos

a nós mesmos e ao nosso Deus Interior?

Até quando nós desrespeitaremos

os Deuses Interiores dos nossos irmãos?

Até quando nós seremos

ridículos, avarentos, egoístas e desatentos?

Até quando nós seremos

negacionistas e maria-vai-com-as-outras?

Até quando nós seremos

antivacinistas e terraplanistas?

Até quando nós seremos

medievalistas, egoístas, ufanistas e isolacionistas?

Até quando nós seremos

papagaios de pirata e inocentes úteis?

Até quando nós viveremos

presos às tradições e aos convencionalismos?

Até quando nós viveremos

presosao passado esperando o futuro?

Até quando nós nos

movimentaremos em movimento horário,

e, crucificados na Cruz Comum,

vivenciaremos a Crise da Encarnação?

Até quando nós

viveremos ao invés de MORRER

e morreremos ao invés de VIVER?

 

 

 

 

 

Declaração Rosacruz dos Deveres do Ser Humano

 

 

Prólogo

 


Desde que os Seres Humanos tomaram consciência da necessidade de viver em sociedades organizadas, eles criaram diversas formas de Governo para assegurar o seu funcionamento. Hoje, parece que é através da Democracia que se expressam melhor os interesses e as aspirações dos indivíduos em particular e dos povos em geral. Com efeito, embora este sistema seja imperfeito e tenha muitas fragilidades, são atualmente as sociedades democráticas que melhor garantem os direitos do Ser Humano, tais como estão definidos na Declaração Universal.

Mas, se o respeito aos direitos de cada um é o fundamento de toda Democracia, qualquer Democracia que não estimule os referidos direitos tem em si mesma os germes da decadência e propicia a emergência de uma ditadura. Como a História tem mostrado, o bom funcionamento de uma sociedade depende de um equilíbrio apropriado entre os direitos e os deveres de todo indivíduo. Quando este equilíbrio chega a ser rompido, seja no nível de governantes, seja no nível dos governados, os mais extremos totalitarismos se apossam da situação, e mergulham as nações em pauta no caos e na barbárie.

No alvorecer do século XXI, constatamos que em muitos países, nos quais a Democracia se tornou uma instituição de longa data, os direitos dos cidadãos têm primazia sobre os deveres que lhes incumbem como seres humanos, de modo que o equilíbrio é, se não rompido entre estes e aqueles, pelo menos muito ameaçado. Receando que este desequilíbrio se amplie e acabe nesses mesmos países numa regressão da condição humana, apresentamos esta Declaração dos Deveres do Ser Humano a todos aqueles que compartilham da nossa inquietação:

 

 

Declaração

 

 

Artigo 1º: Todo indivíduo tem o dever de respeitar, sem preconceito, os direitos do Ser Humano, tais como estão definidos na Declaração Universal.

Artigo 2º: Todo indivíduo tem o dever de respeitar a si mesmo e não aviltar seu corpo ou sua consciência por comportamentos ou práticas que firam sua dignidade ou sua integridade.

Artigo 3º: Todo indivíduo tem o dever de respeitar os outros, sem distinção de raça, sexo, religião, classe social, comunidade ou qualquer outro elemento aparentemente distintivo.

Artigo 4º: Todo indivíduo tem o dever de respeitar as leis do país onde vive, ficando entendido que estas leis devem ter por fundamento o respeito aos seus mais legítimos direitos.

Artigo 5º: Todo indivíduo tem o dever de respeitar as crenças religiosas e as opiniões políticas dos outros, desde que elas não prejudiquem nem a pessoa humana nem a sociedade.

Artigo 6º: Todo indivíduo tem o dever de ser benévolo em pensamento, palavra e ação, a fim de ser um agente da paz social e um exemplo para os demais.

Artigo 7º: Todo indivíduo com idade, estado ou condição de trabalhar tem o dever de fazê-lo, seja para suprir suas necessidades ou as de sua família, para ser útil à sociedade, para se desenvolver no aspecto pessoal ou simplesmente para não se perder na ociosidade.

Artigo 8º: Todo indivíduo que tenha a seu encargo a educação de uma criança tem o dever de nela inculcar a coragem, a tolerância, a não-violência, a generosidade e, de modo geral, as virtudes que dela façam um adulto respeitável e responsável. [E nisto se inclui a misericórdia.]

Artigo 9º: Todo indivíduo tem o dever de prestar assistência a quem quer que esteja em perigo, seja intervindo diretamente, seja fazendo o que for necessário, para que as pessoas habilitadas a intervir o façam.

Artigo 10º: Todo indivíduo tem o dever de considerar a Humanidade inteira como sua família [unimultiplicidade] e de se comportar em toda circunstância e em todo lugar como um cidadão do mundo [universalidade], fazendo, assim, do humanismo a base do seu comportamento e da sua filosofia.

Artigo 11º: Todo indivíduo tem o dever de respeitar os bens alheios, sejam eles privados ou públicos, individuais ou coletivos.

Artigo 12º: Todo indivíduo tem o dever de respeitar a vida humana e considerá-la como o mais precioso bem que existe neste mundo.

Artigo 13º: Todo indivíduo tem o dever de respeitar a Natureza e preservá-la, a fim de que as gerações presentes e futuras possam dela se beneficiar em todos os planos e nela vejam um patrimônio universal.

Artigo 14º: Todo indivíduo tem o dever de respeitar os animais e considerá-los verdadeiramente como seres, não apenas vivos, mas também conscientes e sensíveis. [Na realidade, devemos respeitar as Três Hierarquias que nos são inferiores: os animais, os vegetais e os minerais.]

 

 

Epílogo

 


Se todos os indivíduos cumprissem estes deveres fundamentais, haveria poucos direitos a reivindicar, pois, cada qual se beneficiaria do respeito que lhe é devido e poderia viver feliz na sociedade. Por isto, toda Democracia não deve se limitar a promover um “estado de direitos”, caso em que o equilíbrio evocado no Prólogo não pode ser mantido. É imperativo também que ela preconize um “estado de deveres”, a fim de que todo cidadão expresse em seu comportamento aquilo que o Ser Humano tem de melhor em si. Só se apoiando nestes dois pilares é que a civilização poderá assumir plenamente seu status de Humanidade.

 

 

 

 

 

 

Carta do Chefe Sealth

 

 

Carta do Chefe Sealth (Seathle, Seathl ou See-ahth), mais conhecido atualmente como Chefe Seattle (1780 – 1866), líder das tribos Suquamish e Duwamish, no que hoje é o Estado americano de Washington, ao Presidente dos Estados Unidos da América em 1854: Como é que se pode comprar ou vender o céu e o calor da terra? Essa idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível vendê-los ou comprá-los? Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e cada inseto a zumbir, tudo é sagrado na memória e na experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho. Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de todos nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo e a grande águia são também nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro e o homem — todos pertencem à mesma família. Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas, isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós. Essa água brilhante que escorre nos riachos e nos rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e de lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz de nossos ancestrais. Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e devem ensinar aos seus filhos que os rios são nossos irmãos. E seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a mesma bondade que dedicariam a todo e qualquer irmão. Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção da terra, para ele, tem o mesmo significado do que qualquer outra; pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga; e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos dos seus antepassados e não se incomoda. Furta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas ou vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite insaciável devorará a terra e seus frutos, deixando somente um árido deserto. Eu sei: nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez, seja porque o homem vermelho é um selvagem e nada compreenda. Não há um lugar sossegado nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde ele possa ouvir o desabrochar das folhas na primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas, talvez, seja porque eu sou um selvagem e não compreenda. O ruído, para nós, selvagens, parece somente insultar os ouvidos. E o que resta da vida, se um homem não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o coaxar dos sapos à noite ao redor de uma lagoa? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento esfrolando a face do lago, e o próprio vento limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros. O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro — o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não valoriza o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas, se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deverá se lembrar de que o ar é precioso para nós, de que o ar compartilha seu espírito com toda a vida que mantém. O vento que deu aos nossos avós seu primeiro inspirar também recebeu seus últimos suspiros. Se lhes vendermos nossa terra vocês devem mantê-la intacta, protegida e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados. Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus IRMÃOS. Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelos homens brancos que os assassinaram ao passar em um trem. Eu sou um selvagem e não entendo como é que o fumegante cavalo-de-ferro pode ser mais importante do que o búfalo, que sacrificamos com piedade somente para permanecermos vivos. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem o homem morreria de uma insuportável solidão de espírito. Pois, o que ocorrer com os animais, breve acontecerá com o homem. Há uma ligação em tudo, pois tudo está entrelaçado. Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas: QUE A TERRA É NOSSA MÃE. Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cuspirem no solo, estarão cuspindo em si mesmos. Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem é que pertence à terra. Isto também sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma interligação indesligável e indissolúvel em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo. Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos — e o homem branco poderá vir a descobrir um dia: NOSSO DEUS É O MESMO DEUS. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem, e Sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A terra Lhe é preciosa, e feri-la é desprezar seu Criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminem suas camas e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos. Mas, quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe à esta terra, e por alguma razão especial lhes concedeu domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos porque todos os búfalos devam ser exterminados, porque todos os cavalos bravios devam ser domados, porque os recantos secretos da floresta densa devam ser impregnados pelo cheiro de muitos homens, e porque a visão dos morros deva ser obstruída por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. É o final do viver e o início do sobreviver. Abaixo, a única fotografia conhecida do Chefe Seattle, tirada em 1864.

 

 

Chefe Seattle

Chefe Seattle

 

 

 

Música de fundo:

Love Theme from Romeo and Juliet (A Time for Us)
Composição: Nino Rota
Interpretação: Henry Mancini & His Orchestra

Fonte:

https://mp3convert.org/#trWoUFihU34

 

Páginas da Internet consultadas:

https://fortim.ce.gov.br/informa.php?id=313

https://www.socialdub.com

https://gifer.com/en/7HM9

https://wrms.schoolloop.com/pf4/cms2/view_page?d=

https://dribbble.com

https://www.shutterstock.com/pt/search/kant

https://slideplayer.com.br/slide/11000646/

https://infantv.com.br/infantv/?p=16901

https://blogdescalada.com

https://ciclovivo.com.br

https://www.iqair.com

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-56763412

https://conexaoplaneta.com.br/blog/mar-de-sangue-em-
matanca-legal-de-baleias-nas-ilhas-faroe/#fechar

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Direitos autorais:

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