Helena
Petrovna Blavatsky
e Rodolfo Domenico Pizzinga
A
civilização tem desenvolvido o físico e o intelectual
sempre às custas do psíquico e do espiritual. O domínio
e a direção de sua própria natureza psíquica,
que os desatinados homens de hoje associam com o sobrenatural, eram
congênitos e inatos na primitiva Humanidade, e apareciam no
homem tão naturalmente como o andar e o pensar.
Helena
Petrovna Blavatsky (1831 – 1891)
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A
civilização tem desenvolvido o físico e o intelectual
sempre às custas do psíquico
e do espiritual.
O preço
disto é simplesmente medonho:
pesadelo
de repetição em lugar de sonho.
A
tradição1
é a personalidade dos imbecis.2
A ignorância
é a noite estrelada dos covis.
São
fantásticas orgias, tramas assassinas,
trevosas
impudicidades, licenças libertinas...
E,
por causa do esquecimento que desobriga
e da ignorância
condescendida que não obriga,
sempre
– entra nascença, vem desencarnação –
DEPOIMENTO
E,
além disso, bebo demais, falo demais e não tenho educação.
Não gosto de quase ninguém; eu brigo na rua e grito
em locais públicos. Sim, um pesadelo – uma doença
– daqueles dos quais não se libertam, pesadelo de repetição.
Meus pensamentos são permeados por tramas assassinas e por
orgias fantásticas. Sou devassa, despudorada, libertina.
Vivo pelo prazer e não meço conseqüências
para atingi-lo. Faço uso de substâncias psicotrópicas,
além de drogas ilegais. Uso do sexo para seduzir e conseguir
o quero. Se for necessário, invento, crio e minto, mas eu
consigo. Sou um verme vestido de São Jorge. Tendo para vícios.
Já me chamaram de irresponsável, incontrolável,
irremediável. Não to nem aí pra valores e julgamentos,
e, se precisar, faço te foder. Sou dona de uma fina ironia
e de um cinismo surpreendente. Eu não tenho vergonha, nem
culpa, nem medo. Eu vou pra cima; largo quando enjôo e não
perdôo. E, sim, eu bato em mulheres, em crianças e
em velhinhas.
Lara
Juquehy
Fonte:
http://www.freesurfer.com.br/
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