Período
Saturnino —›
Período Solar (+ Período
Saturnino)
—› Período
Lunar (+ Período
Saturnino +
Período Solar)
—› Período
Terrestre (+
Período Saturnino
+
Período Solar
+ Período
Lunar).3
Todos
os Períodos acima descritos são entremeados por 'pausas',
‘sonos cósmicos' ou ‘noites cósmicas' de diferentes
durações – fases de repouso e de preparação
para ulteriores evoluções.
No
decorrer de uma época (Período), não são, em
absoluto, todos os seres que alcançam sua meta evolutiva. Sempre
haverá aqueles que permanecerão aquém desta meta.4
Em
cada Período, sempre há uma recapitulação [revisitação]
preliminar dos níveis ou Períodos anteriores, só que
sob condições completamente diferentes.
No
Período Solar, a forma humana é composta por três configurações
substanciais: a mais densa é um ‘corpo aquoso’, atravessado
por 'correntes aéreas', sendo tudo permeado por 'efeitos calóricos'.
Toda
evolução consiste no seguinte: primeiro, uma essência
independente se separa da vida circundante; depois o ambiente se imprime
no ente segregado como que por reflexo; e, finalmente, este ente segregado
prossegue evoluindo independentemente.5
No
Universo, tudo funciona em conformidade com a Lei (em
alemão, gesetzmätssigkeit).
A
Alma do Intelecto e a Alma da Sensação são
apenas a expressão da Personalidade Espiritual, que significa a superior
unidade e harmonia entre elas.
A
Alma da Sensação se baseia em um Corpo Astral transformado;
a Alma do Intelecto, em um Corpo Etérico transformado; a Alma da
Consciência, em um Corpo Físico transformado.
Se
o homem necessita de Sabedoria para compreender as coisas, ou seja, se extrai
Sabedoria delas, isto mostra que a Sabedoria reside nas coisas; pois, se
o homem não se esforçasse em compreender as coisas por meio
de sábias idéias, não poderia extrair Sabedoria alguma
delas, se aí não estivesse primeiramente depositada esta Sabedoria.
A
Terra é a ‘antiga Lua’ ressuscitada.
A
evolução cósmica [Período
de Saturno —› Período Solar
—›
Período Lunar
—› Período
Terrestre] acontece muito lentamente – lentissimamente!
– através de longuíssimas intermitências, não
havendo transições abruptas entre os períodos de atividade
e os de repouso, sempre acontecendo uma ascensão e um declínio
rítmicos das forças em ação durante os sete
ciclos que ocorrem em cada Período.6
A
coisa acontece mais ou menos assim.
Os
movimentos dos astros surgem como conseqüência das inter-relações
entre os seres espirituais que os habitam. Os astros são colocados
em suas posições relativas e adquirem seus movimentos específicos
por motivos anímico-espirituais, para que os estados espirituais
possam se desenvolver no plano físico.
No
processo evolutivo, já no Período Terrestre, surgiu nas estruturas
humanas corpóreas uma diferenciação, que cabe designar
como o início da separação dos sexos masculino e feminino,
isto (e tudo o mais) acontecendo sempre com o auxílio insubstituível
e amoroso de Seres Superiores (Espíritos do Fogo, Filhos do Crepúsculo
ou da Vida, Espíritos das Harmonias, Espíritos da Vontade,
Espíritos do Movimento etc.). Na
obra A Crônica do Akasha (A
Gênese da Terra e da Humanidade: uma Leitura Esotérica),
Rudolf Steiner explica: A separação em sexos surgiu
quando a Terra alcançou um certo ponto de solidificação.
A densidade da matéria imobilizou uma parte da energia reprodutiva.
E a parte ainda ativa desta energia precisou ser completada exteriormente
pela energia contrária de outro indivíduo... O pensamento
surgiu em detrimento da unissexualidade. Os homens, não precisando
mais se fecundar a si próprios, e passando a se fecundar mutuamente,
puderam dirigir ao seu íntimo uma parte de sua própria energia
reprodutora, tornando-se criaturas pensantes. O corpo masculino e o corpo
feminino, cada um de per si, passaram a representar uma forma exterior imperfeita
da [personalidade-]alma;
mas, em conseqüência disto, os homens se tornaram criaturas mais
perfeitas em seu íntimo. Esta transformação do homem
se deu lenta e paulatinamente. Pouco a pouco, foram surgindo, ao lado das
antigas formas bissexuais, as formas humanas unissexuais mais jovens.
Tal
como a Terra física é apenas a expressão física
de um organismo anímico-espiritual, o mesmo acontece com todos os
demais astros.
Ao
longo do extensíssimo processo evolutivo saturnino, solar e lunar,
certas [personalidades-]alma
se mostraram inadequadas para participar da evolução terrestre,
pois, se atrasaram na evolução, prosseguindo sua caminhada
em Júpiter, em Marte, em Vênus, em Mercúrio etc. Outras,
na Terra, configura(ra)m os reinos animal, vegetal e mineral (que ficou
solidificado quando a Lua se separou da Terra).7
Detrás
de cada símbolo existe uma realidade espiritual.
Em
determinado ponto da evolução, foram os Espíritos Luciféricos
que ofereceram ao homem a factibilidade de desenvolver, em sua consciência,
uma atividade livre, mas, com isto, também, aconteceu a possibilidade
de incorrer em erro e de praticar o mal. O homem passou a poder tomar decisões
por si mesmo. A liberdade foi o resultado desta influência, sendo
o temor e os sentimentos semelhantes apenas conseqüência da evolução
do homem para a liberdade. Do ponto de vista espiritual, o surgimento do
temor significa que dentro das forças terrestres, a cuja influência
o homem fora submetido pelas potências luciféricas, estavam
ativos outros poderes que, no decorrer da evolução, haviam
assumido uma irregularidade muito antes dos luciféricos. Com as forças
terrestres, o homem acolheu em seu ser as influências destas potências.
A sentimentos que sem elas teriam atuado de modo bem diverso, elas deram
o atributo do temor. Pode-se chamar estas entidades de arimânicas;
trata-se das mesmas entidades que – no sentido goethiano – podem
ser denominadas mefistofélicas.
Os
movimentos dos astros são regulados pelos seres que os habitam. O
movimento da Terra, que dá origem ao dia e à noite, foi provocado
pelas inter-relações entre os diversos espíritos situados
acima do homem. Do mesmo modo, também o movimento da Lua surgiu para
que, após sua separação da Terra e mediante sua rotação
em torno desta, os Espíritos da Forma pudessem atuar sobre o Corpo
Físico humano da maneira correta e no ritmo adequado.
Com
a reencarnação surgiu, ao mesmo tempo, o carma humano individual
[e, conseqüentemente,
o carma coletivo].
Época
Paradisíaca —›
Época Hiperbórea —›
Época Lemúrica —›
Época Atlântica. A alguns
seres humanos da época atlântica foi dada a possibilidade de
se integrar o menos possível no mundo sensível. Graças
a eles, a influência luciférica se transformou de obstáculo
à evolução da Humanidade em instrumento para um progresso
superior, fazendo com que eles ficassem em condições de desenvolver,
mais cedo do que fora previsto, o conhecimento para as coisas terrestres.
Em tal situação, estes homens procuravam afastar o erro de
sua vida das representações mentais e descobrir as intenções
originais dos Seres Espirituais a partir dos fenômenos do mundo visível.
Eles se preservavam das inclinações e dos apetites dirigidos
simplesmente ao mundo sensível, próprios do Corpo Astral,
ficando cada vez mais livres dos erros deste último. Isso produziu
neles certos estados que só lhes permitiu ter percepções
naquela parte do Corpo Vital separada do Corpo Físico. Nestes estados,
a faculdade perceptiva do Corpo Físico ficava como que extinta, e
este parecia morto. Então, por intermédio de seu Corpo Vital,
eles ficavam estreitamente ligados ao reino dos Espíritos da Forma,
podendo perceber como estes são conduzidos e governados pelo Elevado
Ser que exercia a direção durante a separação
entre o Sol e a Terra, e por cujo intermédio, mais tarde, se abriu
aos homens a compreensão do ‘Cristo’. Estes homens eram
os Iniciados. Eles se tornaram os Guias do restante da Humanidade, à
qual podiam comunicar os Mistérios contemplados. Atraíam discípulos
a quem ensinavam os caminhos para alcançar o estado que conduz à
Iniciação. Ao conhecimento do que anteriormente se revelava
por intermédio do ‘Cristo’ só podiam chegar os
homens pertencentes ao grupo dos Homens Solares.
Quem
é tocado pelo Poder do Ser Solar vê o Cristo se aproximar da
Terra.
A
perversão nos instintos, nos apetites e nas paixões
acarretou um crescimento gigantesco do elemento material do homem. A forma
humana física atual surgiu pela contração, condensação
e enrijecimento do homem atlântico.
O
Homem, até certo ponto submetido ao poder de Arimã, foi sendo
excluído da comunhão com o Mundo Espiritual.
Foi
só a partir do momento em que o cérebro físico se tornou
o verdadeiro instrumento do pensar, o homem começou realmente a sentir
seu Eu no Corpo Físico. Foi só então que a autoconsciência
despertou.
Uma
[personalidade-]alma
não é introduzida nesta ou naquela casta [ou
neste ou naquele Corpo Físico] por acaso, mas, sim, pelo
fato de ela própria, por assim dizer, por seus méritos e/ou
deméritos, se ter predestinado àquela experiência. Entretanto,
assim como na época atlântica só era possível
obter a verdadeira idéia da reencarnação por intermédio
dos Iniciados, na antiga Índia isto só podia ocorrer pelo
contato direto com os Grandes Mestres.8
A
missão da Humanidade pós-atlântíca
foi desenvolver em si as faculdades anímicas que podiam ser adquiridas
pelas forças intelectuais e afetivas despertas, não movidas
diretamente pelo Mundo Espiritual, mas, sim, surgidas pelo fato de o homem
observar o mundo sensível, adaptar-se a ele e transformá-lo
pelo trabalho. A conquista deste mundo físico-sensível por
aquelas faculdades humanas deve ser considerada como a missão da
Humanidade pós-atlântica. De etapa em etapa, esta conquista
progride.
Foi
pela pesquisa das Leis do Plano Espiritual, situado atrás do mundo
físico-sensível, que nasceram as ciências humanas; e
foi pelo fato de as forças deste mundo terem sido conhecidas e trabalhadas
que nasceram a técnica humana, o trabalho artístico e seus
instrumentos e meios.
Sempre
haverá um contraste entre os conhecimentos dos Iniciados e as crenças
errôneas do povo.
Querer
dormir por estar cansado Estar
cansado por querer dormir.
Na
escola Filosófica de Pitágoras continuaram a ter efeito os
grandes ensinamentos e métodos de Sabedoria dos tempos anteriores.
Em extensas viagens, Pitágoras fora Iniciado nos segredos dos mais
variados mistérios.
Teorema
de Pitágoras9
Quanto
mais o homem dirigia [e dirige]
seus interesses ao mundo físico-sensível, maior era [e
continua sendo] a possibilidade de Arimã se infiltrar
na [personalidade-]alma
durante a vida terrestre e, depois, conservar seu poder para além
da morte.10
Inexoravelmente,
a grandeza em um domínio se relaciona necessariamente com a decadência
em outro.
A
partir da vinda de Jesus, o Cristo, foi implantada na evolução
humana terrestre a disposição para receber a Sabedoria
– ShOPhIa
– graças à qual a
meta físico-terrestre pode ser progressivamente alcançada.
No momento em que se consumou o Evento do Gólgota, foi infundida
na Humanidade a outra disposição, pela qual a influência
de Arimã pode ser transformada em bem. Desde então, ao cruzar
o umbral da morte, o homem pode levar consigo aquilo que o liberta da solidão
no Mundo Espiritual. Não é só para a evolução
da Humanidade que o Evento da Palestina constitui um ponto central; ele
também o é para os outros mundos aos quais o homem pertence.
E uma vez consumado o Mistério do Gólgota, o Cristo apareceu
no mundo onde as [personalidades-]alma
permanecem após a morte e reduziu o poder de Arimã a seus
limites. Deste momento em diante, a região que os gregos haviam denominado
‘reino das sombras’ foi abalada por um relâmpago, mostrando-se
a seus seres que a LLuz deveria voltar para ela. O que fora obtido para
o mundo físico pelo Mistério do Gólgota projetou sua
LLuz sobre o Mundo Espiritual. Desde o Evento do Cristo, os homens que se
elevam ao Mistério Crístico podem levar consigo as conquistas
do mundo físico para o Mundo Espiritual. Deste, elas afluem de novo
ao mundo físico-terrestre à medida que os homens, ao reencarnar,
trazem consigo o que para eles significou o Impulso do Cristo no Mundo Espiritual,
entre a morte e um novo nascimento. O que afluiu para a evolução
da Humanidade, graças ao Evento Crístico, atuou nela como
uma semente. Todavia, a semente só pode amadurecer pouco a pouco.
Apenas uma ínfima parte das profundidades desta Nova Sabedoria se
integrou, até o presente, à existência física,
que se encontra apenas no início da evolução cristã.
Nos sucessivos períodos transcorridos desde aquela aparição,
o Cristianismo só pôde revelar sua essência íntima
na medida em que os homens e os povos estiveram aptos a recebê-la
e assimilá-la pela capacidade imaginativa. A primeira forma assumida
por este conhecimento pode ser expressa como um amplo ideal de vida, que
como tal se opôs às formas existenciais desenvolvidas na Humanidade
Pós-atlântica.
Ser
Solar Origem de todos os seres
humanos —›
“Eu e o Pai somos Um.”
No
âmbito da evolução da Humanidade, o que deve nascer
em determinada época amadurece lentamente na época anterior.
O que pode começar a se desenvolver desde já em seus primórdios
é a descoberta do laço que une os dois lados no coração
do homem – a cultura material e a vida no mundo espiritual. Para isto,
é necessário que, de um lado, sejam compreendidos os resultados
da visão espiritual e, de outro, sejam reconhecidos, nas observações
e experiências do mundo sensível, as manifestações
do Espírito. A sexta época cultural promoverá o pleno
desenvolvimento da harmonia entre estes dois impulsos. (Atualmente a Humanidade
está no quinto período pós-atlântico).
Através
da Iniciação, o homem poderá passar do estado comum
da consciência diurna [vigília]
para uma atividade anímica que o leve a se servir de órgãos
espirituais de observação, que preexistem na [personalidade-]alma
como germes, podendo ou devendo ser desenvolvidos. Os órgãos
perceptivos latentes na [personalidade-]alma
poderão se desenvolver através de uma Iniciação
Espontânea ou por uma Disciplina Iniciática específica,
que leve a um estado superior de consciência.
Importantíssimo:
No âmbito
Iniciático, a confiança
sem limites em quem quer que seja precisa e deve ficar inteiramente excluída.
O esforço, a conquista e a confirmação dos fatos são
e deverão ser sempre pessoais, todavia, jamais nos deixando compelir,
por preconceito algum, a uma fé cega, de qualquer natureza.
Sem
uma conduta ética é impossível ou até prejudicial
a visão do supra-sensível. Por isto, muito daquilo que conduz
à visão do supra-sensível é, ao mesmo tempo,
um meio para o enobrecimento da conduta na vida. Por outro lado, pela visão
no mundo supra-sensível se vêm a conhecer elevados impulsos
morais, válidos também para o mundo físico-sensorial.
Certas necessidades morais são conhecidas pela primeira vez a partir
deste mundo supra-sensível.
A
elevação a um estado de consciência supra-sensível
[funções
silenciosas da (personalidade-)alma]
só pode partir da habitual consciência diurna de vigília,
ou seja: trata-se do fato de a [personalidade-]alma
se entregar a representações mentais bem determinadas, que
exercem uma força despertadora sobre certas capacidades ocultas da
[personalidade-]alma
humana.
Enquanto
na vida anímica comum suas forças se dividem em muitas direções
e as representações mentais se alternam com rapidez, na disciplina
espiritual o que importa é a concentração de toda a
vida anímica em uma representação única. Esta
deve ser colocada, por livre-arbítrio, no centro da consciência.
As representações simbólicas são, por isto,
mais apropriadas do que as que reproduzem objetos ou fatos exteriores, pois,
estas últimas têm seu ponto de apoio no mundo exterior, e,
com isto, a [personalidade-]alma
tem de se estear [escorar]
menos em si mesma do que no caso das representações simbólicas,
formadas pela própria energia anímica. O essencial não
é o que se representa; importante é que, pelo modo de representação,
o elemento representado liberta o anímico de qualquer dependência
do físico.
O
importante é não ficar impassível diante dos pensamentos
que servem à construção de uma representação
mental simbólica. Um sentimento de alegria libertadora poderá
se tornar o portador de puras vivências interiores.
Imagine-se
uma cruz negra. Seja ela símbolo para o elemento inferior aniquilado
dos instintos e paixões. No ponto onde os braços da cruz se
cortam, imaginem-se sete rosas vermelhas resplandecentes, ordenadas em círculo.
Sejam essas rosas o símbolo para um sangue que é a expressão
para paixões e instintos depurados e purificados. Tal representação
mental tem uma força despertadora da [personalidade-]alma
quando nos entregamos a ela em profunda interiorização. Deve-se
procurar excluir qualquer outra representação mental durante
o aprofundamento. Simplesmente o símbolo caracterizado deve pairar
espiritualmente diante da [personalidade-]alma,
de modo tão vivo quanto possível. Durante a interiorização,
não se deve evocar na [personalidade-]alma
todos os pensamentos preparatórios, mas, apenas, ter, em espírito,
o símbolo pairando vivamente e, neste caso, deixar vibrar também
aquela sensação que se instalou como resultado dos pensamentos
preparatórios. Assim, o símbolo se torna um signo ao lado
da vivência da sensação, e é na demora da [personalidade-]alma
nesta vivência que reside o aspecto atuante. Quanto mais ela possa
se demorar sem que outra representação mental perturbadora
venha se imiscuir, mais efetivo será todo o processo.
Interiorização
e Representação Mental
Não
são as reproduções das percepções sensoriais
que despertam as faculdades anímicas superiores; este efeito é
provocado simplesmente pela maneira de combinar os detalhes, e esta combinação
não reproduz algo que exista no mundo sensorial.
O
estudante também poderá se aprofundar em certas frases, fórmulas
e palavras isoladas. Todos estes estímulos funcionam como meios para
a interiorização, tendo como meta liberar a [personalidade-]alma
da percepção sensorial e estimulá-la a uma atividade
em que a impressão sobre os sentidos físicos seja insignificante,
de tal sorte que o desabrochar das faculdades latentes dentro da [personalidade-]alma
seja o essencial. Poderá se tratar também de interiorizações
efetuadas meramente através de sentimentos, sensações
etc., o que se mostra particularmente eficaz e eficiente. Especificamente,
o sentimento de viva alegria na [personalidade-]alma
interiorizada durante longo tempo se constitui em um fator excelente para
o despertar das faculdades anímicas interiores.11
A enérgica
interiorização em sentimentos e sensações como,
por exemplo, aquele caracterizado como bondade de Coração
poderá conduzir muito longe.12
Como
as entidades dos homens diferem entre si, também são diferentes
os meios de disciplina efetivos para cada um. Quanto à duração
do aprofundamento, deve-se ter em conta que o efeito é tanto mais
intenso quanto mais tranqüilo e deliberado possa ser este aprofundamento.
Contudo, qualquer exagero nesta direção deve ser evitado.
(Sublinhado meu).
Duas
coisas são inerentes à disciplina espiritual: paciência
e perseverança. Quem não despertar ambas as qualidades em
si mesmo, não fazendo continuamente seus exercícios com toda
a tranqüilidade, de modo que a paciência e a perseverança
constituam sempre a disposição fundamental de sua [personalidade-]alma,
não poderá alcançar muita coisa.
O
conhecimento imaginativo – fruto de um estado de consciência
supra-sensível da [personalidade-]alma
– é o primeiro [de]grau
do Conhecimento Superior. ‘Imaginativo’ significa algo que é
‘real’ em um sentido diferente do que o são os fatos
e as entidades da percepção sensorial física. O conteúdo
das representações mentais que preenchem a vivência
imaginativa não importa; por outro lado, importa tudo na faculdade
anímica desenvolvida durante esta vivência.
Os
símbolos mentalmente estruturados, naturalmente, não correspondem
a algo real no Mundo Espiritual. Eles servem para emancipar a [personalidade-]alma
humana da percepção sensorial e do instrumento cerebral ao
qual o intelecto está ligado. Esta emancipação não
pode acontecer até que a pessoa sinta: “Agora represento mentalmente
algo por meio de forças para as quais nem meus sentidos nem meu cérebro
servem de instrumento.”
A
primeira experiência puramente espiritual é a
observação de uma natureza anímico-espiritual do Eu.
É inerente à disciplina espiritual o fato de que, pela prática
da auto-educação, a [personalidade-]alma
tenha plena consciência de estar percebendo a si-mesma nos mundos
das imagens (imaginações) surgidas em decorrência dos
exercícios espirituais.
A
disciplina da vontade deve evoluir paralelamente à
disciplina espiritual. Existe no ser humano um forte impulso para se sentir
feliz em um mundo que ele criou apenas para si. E, de certa forma, é
preciso poder extinguir o que antes foi objeto de tantos esforços.
No mundo imaginativo alcançado, a pessoa deve extinguir a si-mesma
[o ego]. Por outro
lado, contra isto lutam os mais poderosos impulsos do egotismo [apreço
ou amor exagerado pela própria personalidade (ego)].
O
progresso na disciplina espiritual é inimaginável sem o surgimento
simultâneo e necessário de um progresso moral. Sem força
moral, o triunfo sobre o egotismo é impossível.
O
pensar do discípulo espiritual deve se exercitar de modo a poder
dar a si-mesmo direção e meta. Firmeza interior e a faculdade
de se manter estritamente concentrado em um objeto, eis o que o pensamento
deve cultivar para si. Enfim, por meio de exercícios mentais simples
[como o da cruz negra e das
sete rosas vermelhas resplandecentes acima descrito] aprende-se
mais, para uma representação mental objetiva a respeito do
mundo das evoluções saturnina, solar e lunar, do que por meio
de idéias complicadas e eruditas. A meta é nos libertarmos
do hábito de deixar os pensamentos vagar a esmo.
O
lado insatisfatório e inseguro na vida volitiva consiste em desejar
coisas de cuja realização não se faz uma idéia
clara. Na disciplina superior, o homem deve se acostumar a obedecer estritamente
suas próprias ordens [Faze
o que tu queres...]. Quem adquire este hábito se sente
cada vez menos inclinado a desejar o insignificante.
"Eu
gostaria disto” ou “eu gostaria tanto de ter aquilo” deve
ser substituído por “hoje, exatamente a tal hora, eu farei
tal coisa’. [Faze o
que tu queres...].
'Viver
na idéia significa tratar o impossível como se fosse possível.'
[Johann Wolfgang von Goethe,
apud Rudolf Steiner].13
Não
se deve reprimir a dor justificada, e, sim, o pranto involuntário/descontrolado;
não a repugnância diante de uma ação má,
e, sim, o cego arrebatamento da cólera; não a atenção
a um perigo, e, sim, o infrutífero ‘amedrontar-se’; não...
O errado, o mau, o feio jamais devem impedir a alma de encontrar o verdadeiro,
o bom e o belo onde quer que existam. O que se experimenta no presente deve
ser avaliado de acordo com as experiências do passado. Isto de um
lado da balança; de outro lado, deve surgir, para o discípulo,
a disposição de experimentar sempre algo novo, e, principalmente,
a admissibilidade da possibilidade de as novas vivências contradizerem
as antigas.
Para
a disciplina espiritual, importa menos o que se aparenta possuir antes,
e, muito mais, que se exercite metodicamente o necessário.
O
ideal para o discípulo espiritual é, cada vez mais, se portar
diante dos acontecimentos da vida de modo a deixá-los se aproximar
com serenidade e tranqüilidade anímica interior, julgando-os
não segundo sua disposição anímica, mas, segundo
o significado e o valor inerentes a eles. É justamente observando
este ideal que ele criará a base anímica para poder se entregar
aos aprofundamentos descritos anteriormente, a partir de pensamentos e sensações
simbólicos e outros.
Devemos
nos acostumar a um pensar não-sensorial. O mundo do pensamento possui
vida interior própria, e ao pensar a pessoa já se encontra
no domínio de um mundo vivo supra-sensível.
Deve-se
aprender a distinguir entre as associações de idéias
criadas por arbítrio próprio e aquelas que se vivenciam interiormente
ao se fazer silenciar esse arbítrio pessoal.
A
meta do aprofundamento (meditação) nas representações
mentais e sensações simbólicas é a formação
dos órgãos perceptivos superiores dentro do Corpo Astral do
homem, que comunicam um mundo novo, no qual o homem vem a conhecer a si-próprio
como um novo Eu.
O
processo cognitivo anímico-espiritual é uma união com
os respectivos fatos vivenciados, ou seja, é um ‘viver nos
fatos percepcionados’.
No
mundo físico, existe algo que no mundo imaginativo se apresenta de
forma completamente diversa. No mundo físico, podem ser observados
um contínuo surgimento e um sucessivo desaparecimento das coisas,
por assim dizer, uma alternância entre nascimento e morte. No mundo
imaginativo, em lugar deste fenômeno, ocorre uma contínua transformação
de uma coisa em outra.
Contínua Tansformação
Grau
Imaginativo do Conhecimento —›
Conhecimento por Inspiração. Pela imaginação,
chega-se a conhecer a exteriorização anímica dos seres;
pela inspiração, penetra-se em seu cerne espiritual.
Mundo
da Inspiração (Mundo da Leitura da Escrita Oculta)
—› Mundo da inter-relação.
Mesmo
o processo mais insignificante no mundo só pode ser compreendido
quando se reconhece nele uma imagem de grandes processos cósmicos.
Tudo o que sucede em relação ao homem, por exemplo, é
uma reprodução de todos os grandes processos cósmicos
relacionados com sua existência.
Conhecimento
por Inspiração
—› Conhecimento por Intuição. Conhecer
um Ser Espiritual pela intuição significa ter se tornado plenamente
uno com Ele, isto é, ter se unido com sua natureza interior.
Resumindo:
A imaginação leva o estudante a não mais experimentar
as percepções como particularidades exteriores de seres, e,
sim, a reconhecer nelas emanações de algo anímico-espiritual.
A inspiração leva o estudante a se aprofundar mais no interior
dos seres, ou seja, a compreender o que estas entidades representam umas
para as outras. Pela intuição, o estudante penetra nos próprios
seres. Só o conhecimento intuitivo possibilita uma investigação
objetiva das vidas terrenas repetidas e do carma.
Se,
no experimento descrito da cruz negra e das sete rosas vermelhas resplandecentes,
o estudante não desejar mais se concentrar na imagem mental formada,
mas, exclusivamente em sua própria atividade anímica produtora
da imagem mental, então, isto o conduzirá ao conhecimento
por inspiração. Em outras palavras: para se ascender à
inspiração, devemos fazer desaparecer totalmente a imagem
da cruz negra e das sete rosas vermelhas resplandecentes [ou
de qualquer outro símbolo formado mentalmente] da
consciência, meditando apenas sobre o que se realizou interiormente.
Só
se adquire a possibilidade de adentrar adequadamente no domínio
da Vida Espiritual se nos abstivermos cuidadosamente de qualquer superstição,
fantasia ou devaneio. (Sublinhado
meu).
Devemos
ultrapassar o estágio "como se pode responder a esta ou aquela
pergunta?", e tentar entrar na fase ou nível "como poderei
desenvolver em mim esta ou aquela faculdade para poder responder a esta
ou aquela pergunta?"
O
alcançamento do conhecimento por intuição exige que
o estudante elimine de sua consciência não apenas as imagens
às quais ele se entregou para alcançar a imaginação,
mas, também, a vida na própria atividade anímica onde
ele se aprofundou para adquirir a inspiração. Portanto, ele
não deve possuir literalmente coisa alguma em sua [personalidade-]alma
em termos de vivência exterior ou interior previamente conhecida.
Pela intuição, é eliminado o último remanescente
do plano físico-sensível das impressões recebidas;
o mundo espiritual começa a se abrir ao conhecimento de uma forma
que já nada mais possui em comum com as qualidades do mundo físico-sensível.
Uma
etapa do Caminho Iniciático é aprender a distinguir entre
o que se projeta nas coisas e o que estas realmente são. Essa distinção
só é possível quando se percebe a própria entidade
como uma imagem em si e, com isso, destaca-se do ambiente tudo o que flui
do próprio interior.
No
mundo anímico-espiritual, o estudante deve se precautelar contra
dois tipos de ilusão (ou fantasia) que poderão acontecer.
A primeira é colorir a impressão recebida por intermédio
da sua própria entidade anímica. A segunda é interpretar
erroneamente a impressão recebida [o
que é mais comum]. Um exemplo simples deste segundo tipo
de ilusão é aquela que surge quando alguém, sentado
em um vagão de trem em movimento, acredita que as árvores
estejam se movendo na direção contrária à do
veículo, enquanto, na verdade, é a própria pessoa que
se move com o trem.
Seja
qual for o nível [vibratório]
alcançado na Peregrinação para os mundos
supra-sensíveis, existirão sempre níveis
mais elevados. Em cada um, seqüencial e ascensionalmente,
o estudante perceberá sempre algo mais de sua ‘identidade
superior’, e isto o fará notar a distância
entre o que ela própria é e aquilo que deverá
[poderá]
vir a se tornar. Não há ápice
para o Conhecimento [Sabedoria
= ShOPhIa].
Não há domínio absoluto ou integral
de todos os Segredos do Universo. A (consciência de que
a) compreensão conquistada só se tornará
uma verdade e não se converterá em ilusão
se o trabalho for prosseguido de maneira adequada e permanente.
[Resumo: quem ficar
satisfeito consigo mesmo regredirá.]
|
Uma
das metas da Iniciação é proporcionar ao estudante
que realize e se sinta parte integrante de toda a construção
cósmica (elevar-se à totalidade-unidade do Cosmo e com Ele
se identificar), sem perder a sensação [certeza]
de sua plena autonomia. Outra, é participar do Augusto Mistério
ligado ao Nome do Cristo (Ser Solar – Ser Crístico).
Em
cada época, deve reinar uma perfeita sintonia entre a vida exterior
e a Iniciação. Por isto, é necessário ter em
mente que os exercícios praticados pelo estudante da Antiga Iniciação
Egípcia, por exemplo, não são diretamente praticáveis
pelo ser humano atual. As leis evolutivas têm por conseqüência
fazer com que uma faculdade anímica antiga perca seu pleno significado,
quando novas faculdades aparecem. A vida humana se adapta, então,
a estas novas faculdades, nada mais podendo fazer com as faculdades antigas.
O
‘Cosmo da Sabedoria’ está evoluindo para um 'Cosmo do
Amor'. Tudo o que o homem realiza a partir da verdadeira compreensão
da evolução é uma semeadura que deve amadurecer como
Amor. O Conhecimento Espiritual, por sua própria natureza, se transforma
em Amor. A Sabedoria é a precondição do Amor; o Amor
é o resultado da Sabedoria renascida no Eu.
Enfim,
as cinco qualidades anímicas que o discípulo espiritual tem
de adquirir em uma disciplina metódica são: domínio
sobre o curso dos pensamentos, domínio sobre os impulsos da vontade,
serenidade diante do prazer e da dor, positívidade no julgamento
do mundo e imparcialidade na concepção da vida.
Não
é preciso ir buscar as vivências em um lugar especial; elas
estão em toda parte.
Resumo
dos níveis do Conhecimento Superior, no sentido de um Processo Iniciático:
1º) estudo da Ciência Espiritual,
no qual é empregado o discernimento adquirido no mundo físico-sensível;
2º) aquisição do conhecimento imaginativo;
3º) leitura da Escrita Oculta (correspondente à inspiração);
4º) integração no Mundo Espiritual circundante (correspondente
à intuição);
5º) conhecimento das relações entre o microcosmo e o
Macrocosmo;
6º) identificação com o Macrocosmo; e
7º) vivência global das experiências anteriores como disposição
anímica básica.
A
Terra se transformará —›
Estado Jupiteriano, tal qual a Lua se transformou
em Terra, o Sol em Lua e Saturno em Sol. Depois, —›
Estado Venusiano. Finalmente, —›
Estado Vulcânico (ou Vulcaniano).
Assim, ao se considerar o passado, o presente e o futuro da evolução
terrestre, pode-se falar das evoluções de Saturno, do Sol,
da Lua, da Terra, de Júpiter, de Vênus e de Vulcano, de tal
sorte que a cada imagem do passado corresponde uma do futuro.
O
que tiver de acontecer (Conhecimento do ‘Graal’) acontecerá
de qualquer modo, apesar de todas as rejeições temporárias.
Os Iniciados modernos podem, portanto, ser chamados de Iniciados do ‘Graal’.
Só a ‘Ciência do Graal’ conduz ao Caminho para
os Mundos Supra-sensíveis. Na medida em que a evolução
da Humanidade se nutrir dos Conhecimentos do ‘Graal’, o impulso
dado pelo Evento Crístico se tornará cada vez mais significativo.
5
‹—›
3
6
‹—› 2
7
‹—› 1
O
homem só será livre na medida que possa sê-lo, e isto
só acontecerá de acordo com a sua natureza interior. A liberdade
não depende do que aconteceu ou do que foi evolutivamente predeterminado
[planejado] por
circunstâncias anteriores, mas, sim, do que a alma fizer de si-mesma
e por si-mesma. Estados anteriores interferem nos posteriores.
1
2 = 1 + 2
3 = 1 + 2 + 3
4 = 1 + 2 + 3 + 4
5 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5
6 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6
7 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7
Resumo
do Trabalho Iniciático Espiritual: Disciplina
Espiritual Avançada, baseada em um impulso cognitivo puro e desinteressado.
Hierarquias
Espirituais
Denominação
Antroposófica |
Denominação
Cristã Tradicional |
Espíritos
do Amor |
Serafins |
Espíritos
das Harmonias |
Querubins |
Espíritos
da Vontade |
Tronos |
Espíritos
da Sabedoria |
Dominações |
Espíritos
do Movimento |
Virtudes |
Espíritos
da Forma |
Potestades |
Espíritos
da Personalidade |
Arqueus |
Espíritos
do Fogo |
Arcanjos |
Espíritos
do Crepúsculo ou da Vida |
Anjos |
Misericórdia...
(Kyrie, eleison! Christe, eleison!
Kyrie, eleison!)
Misericórdia...
Misericórdia... Misericórdia...
Para
quem pode mudar, mas, deixapralá!
Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie,
eleison!
Haja
Paz, Bem, Amor, Harmonia... Alalá!
Misericórdia...
Misericórdia... Misericórdia...
Para
os que escorregaram e estão tortos!
Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie,
eleison!
Para
os que vivem, porém, estão mortos!
Misericórdia...
Misericórdia... Misericórdia...
Para
quem engendra e mantém as guerras!
Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie,
eleison!
Para
os imersos em sacanagens e berras!
Misericórdia...
Misericórdia... Misericórdia...
Para
os que não ultrapassam a Noite Negra!
Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie,
eleison!
Para
os que só-quero-me-dar-bem
é a regra!
Misericórdia...
Misericórdia... Misericórdia...
Para
os escravizados e para os refugiados!
Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie,
eleison!
Para
os abandonados e para os namorados!
Misericórdia...
Misericórdia... Misericórdia...
Para
os seqüestrados e para os estuprados!
Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie,
eleison!
Para
os torturados e para os assassinados!
Misericórdia...
Misericórdia... Misericórdia...
Para
os seviciados e para os pedofilizados!
Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie,
eleison!
Para
os enganados e para os vilipendiados!
Misericórdia...
Misericórdia... Misericórdia...
Para
quem sabe e para quem não sabe!
Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie,
eleison!
Que toda
forma de irracionalidade acabe!
Misericórdia...
Misericórdia... Misericórdia...
Para
os homens e as mulheres sem-alma!
Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie,
eleison!
Que a
Oitava Esfera não tenha vivalma!
Misericórdia...
Misericórdia... Misericórdia...
Para
quem tem dívidas e para o publicano!
Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie,
eleison!
Que todos
nós possamos chegar a Vulcano!
Misericórdia...
Misericórdia... Misericórdia...
Para
o que quis lembrar e não me lembrei!
Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie,
eleison!
Para
o horror que sei e para o que não sei!
______
Notas:
1. Resumidamente,
o Cubo de Metatron, um dos componentes da Flor da Vida, é composto
de treze círculos, sendo cada círculo considerado um nó
e ligado a outro por uma única linha reta (hexágono), formando
um total de 78 linhas. Observe que a adição teosófica
de 78 gera um 6. (78 7 + 8
= 15 1 + 5 = 6). Metatron,
na tradição judaico-cristã, é considerado o
Anjo Supremo, o Porta-voz Divino, o Mediador de Deus com a Humanidade, o
Anjo da Morte e da Vida.
2. Eu
direi isto de outra forma: se para o Ser nunca houve começo e não
poderá haver fim, não adianta (é impraticável,
irrealizável) tentar buscar a origem ou a data de um começo
que nunca existiu ou de um fim que jamais acontecerá, pois, o ser,
desde sempre, está em nós como nós estamos no Ser.
Compreender a origem, o como e o porquê de estarmos aqui e para onde
iremos ou o que sucederá depois é uma coisa, até certo
ponto possível. Tentar descobrir o porquê do porquê,
o antes do antes ou o depois do depois, mais do que impossível, é
inútil. Eu já meti na minha cabeça que devo fazer o
melhor que puder agora, e me preparar, cada vez mais e melhor, para um futuro
que não tem fim, porque eu-mesmo, como Essência, nunca tive
começo e não terei fim.
3. O
homem terrestre, hoje, é o que é + o que foi nos Períodos
Saturnino, Solar e Lunar, adaptado às condições modificadas
da vida terrestre presente.
4. Isto
explica, em parte, todas as misérias e dissensões que estamos,
hoje, a assistir na Terra, tanto quanto, mais ou menos, assistimos no passado
como assistiremos, mais ou menos, no futuro. Inquisição, Terceiro
Reich, Al-Qaida e Boko Haram, por exemplo, têm explicação
exatamente na impossibilidade de todos ascenderem juntos, equivalentemente,
uniformemente, harmoniosamente. Na verdade, o Universo inteiro é
assim. Mutatis mutandis,
na própria Grande Loja Branca, ainda que cada um dos Altos Adeptos
seja cada um, mas, que todos sejam Um, não estão todos no
mesmo nível ou plano de compreensão. Querubim não é
Serafim e Serafim não é Querubim. Todavia, a beleza de tudo
isto é que esta multiplicidade compõe uma inalterável
e inevitável unidade. Este mecanismo universal (descensão/ascensão)
justifica a necessidade insubstituível das encarnações
e das transições sucessivas, às quais todos nós
estamos inexoravelmente sujeitos. Só morrendo e reencarnando poderemos,
talvez, alcançar Vulcano. Que assim seja!
5. Independentemente
não significa isoladamente, pois, não existe isolação
no Universo. No processo evolutivo, reintegratório, todos dependem
de todos e tudo depende de tudo. Se quisermos comer um pãozinho francês,
precisamos ir à padaria para comprá-lo, que foi fabricado
por um padeiro.
6. Por
isto, o açodamento pessoal em alcançar determinado nível
de compreensão, mais do que inútil, só poderá
resultar em água de barrela. Penso que, em nossa Peregrinação
Cósmica, entre diversas coisas importantes para se alcançar
a meta (relativa), uma delas seja o trabalho meritório ininterrupto,
alimentado pela paciência.
7. É
por isto que, em textos anteriores, tenho dito que, em um sentido profundamente
místico e justo, a encarnação na Terra é um
Privilégio particularmente conquistado pelo
merecimento e pelo trabalho. Em resumo, ou nós fazemos por merecer
a ascensão ou, de certa forma, retrocederemos, pois, ninguém
poderá fazer por nós o que nos cabe fazer. Se você pensar
direitinho, chegará à conclusão que é impossível
a um boçal crudelíssimo e desumano ter as mesmas oportunidades
de reintegração de um ente que se esforça e procura
transmutar seus desejos, suas cobiças e suas paixões. É
mais ou menos como querer que um aparelho de televisão em branco
e preto transmita imagens coloridas. Não dá. Agora, o porquê
de os Hitlers, os Mengeles, os Stalins, os Miloševics, os "Jim"
Jones, os Ted Bundys, as Nannie Doss etc. encarnarem na Terra é outra
coisa. Por outro lado, não esqueçamos de que sempre houve,
há e haverá personalidades-alma que aparecem (encarnam) pela
primeira vez na Terra, como há outras que, compulsoriamente,
aqui (re)nascem pela última vez. Enfim, a evolução/reintegração,
na verdade, é um escalamento ilimitado que não pode acontecer
na porrada nem rapidamente; só se, paulatinamente, cada falha moral
for conscientemente transmutada é que mereceremos convenientemente
prosseguir. Em outras palavras: as incompatibilidades vibratórias
impedem que determinadas personalidades-alma possam prosseguir sua jornada
em determinado nível ou plano. São as retardatárias.
Isto tudo é mais ou menos equivalente e semelhante ao desejo de muitos
de quererem entrar em contato com a Grande Loja Branca e com os Mestres
Ascensos. A discrepância entre os nossos padrões vibratórios
(moral, espiritual, evolucional etc.) e o dos Mestres Ascensos, de maneira
geral, dificulta ou impede o contato. Por isto, repito: os Mestres Ascensos
não andam por aí a bangu canalizando nada nem dando conselhinhos
a ninguém. Quem diz que canaliza mensagem de Mestre Ascenso devaneia,
é histérico ou mente descaradamente. Na Terra, raríssimos
foram aqueles que mantiveram (e mantêm) contato com os Mestres Ascensos.
Salvo melhor juízo, Madame Blavatsky, Alice A. Bailey, Alexandre
Saint-Yves d'Alveydre, Harvey Spencer Lewis, Henrich Arnold Krumm-Heller,
Raymond Bernard e Max Heindel foram, entre outros, alguns desses Privilegiados.
Non nobis, Domine,
non nobis; sed Nomini Tuo da gloriam.
8. Seja
como for, as idéias feitas das Leis da Reencarnação
e da Causa e do Efeito ainda hoje continuam nebulosas e mal compreendidas,
particularmente no âmbito das religiões que as admitem como
verdadeiras. Muitos admitem que a Lei da Reencarnação é
indistintamente para todos, que não é, e que a Lei da Causa
e do Efeito é uma espécie de inflicção ou de
talionato, que também não é. Bolas! O Universo tem
mais o que fazer do que ficar aturando boçais crudelíssimos
e desumanos e punindo gatunos de pães. E, como disse Rudolf Steiner,
doutrinas sobre
a reencarnação, em desacordo com as autênticas idéias
dos Iniciados, se espalharam por todo o ambiente terrestre.
Eu nunca escrevi isto, mas, o fato é que a (re)encarnação
é uma espécie de presente que cada um dá a si-mesmo.
9. Em
diversos trabalhos anteriores, fiz referência ao Teorema de Pitágoras.
Hoje, acrescentarei que este Teorema é uma síntese das Leis
Universais, conhecidas, desde sempre, pelos Iniciados. Uma destas Leis aparece
abscôndita em IESOUS,
o nome de Jesus em grego, que, conforme já expliquei, tem valor numérico
igual a 888, e também na Frase Místico-Gnóstica
AHIH ASheR AHIH (Eu-Sou o que Eu-Sou), que, numericamente,
também é igual a 888 (543 + 345). Se você desejar rever
estes conceitos, por favor, consulte o texto que publiquei Apocalipse de
Pedro, no endereço:
http://paxprofundis.org/livros/apocpedro/apocpedro.htm
10.
Isto pode ser resumido na seguinte reflexão irretocável e
irretorquível: escravo em vida, escravo depois da morte. E mais:
nossa vida terrestre subseqüente será equivalente ao nível
(ou grau) de escravização ao qual nos submetemos em nossa
vida anterior. Por isto, tenho insistido: o futuro deve ser construído
hoje. É aqui, durante a vida terrena, como Hermes ensinou ao povo
egípcio, que devemos nos preparar para a comunhão com o Espírito
de LLuz.
Quando passarmos para o lado lá, a batata já estará
assada. E, quanto maior tiver sido a influência arimânica na
vida anterior, mais egoísta e materializada será a entidade
reencarnante. Escapar desta embrulhada requer um esforço sobre-humano.
Enfim, como ensina Rudolf Steiner, a
duração do tempo entre a morte e um novo nascimento é
determinada pelo fato de, normalmente, o Eu só retornar ao mundo
físico-sensível quando, neste entretempo, este se transformou,
para que algo novo possa ser vivenciado por este Eu. Logo, 144
anos como o tempo que deverá transcorrer entre um nascimento e um
novo nascimento (como ser masculino ou como ser feminino) deve ser entendido
como um tempo médio, pois, a reencarnação, em certos
casos, poderá ser quase imediata, como poderá durar séculos
e até milênios.
11.
Não devemos confundir sentimento de viva alegria com nefelibatice
ou com porra-louquice. Viva alegria interior não exclui a consciência
dos problemas da Humanidade nem da desarmonia que assola o mundo, até
porque a viva alegria exuberante é um estado temporário, de
certa forma episódico, mas, que deve se manter latente, in
potentia, na consciência, como substrato (suporte, essência,
natureza íntima) para os nossos pensamentos, para as nossas palavras
e para as nossas ações. Em outras palavras: devemos procurar
ser e viver alegremente sem descurar das aflições, das agonias,
das angústias e dos sofrimentos que apequenam o ser-aí-no-mundo.
E que a nossa viva alegria sempre seja um catalisador para a mudança
interior do outro para melhor, não motivo de desconforto ou de desconsolo
para ninguém. Você já reparou que uma pessoa naturalmente
alegre, bem-disposta e bem-humorada dificilmente fica doente e que transforma
as pessoas e o ambiente em que está presente? A tudo o que foi dito
até aqui acrescento: a todo custo, devemos evitar que pensamentos
desarmônicos (arimânicos) habitem, colonizem e ocupem a nossa
cuca, pois, ao mesmo tempo que nos destroem, arruínam o que está
à nossa volta. Somos responsáveis por tudo. Dissonância
não dá em pedra!
Dissonância
12.
Para aquele que é categoricamente bom o ilimitado Universo não
tem mesmo limites. Eu só fico imaginando o nosso Irmão Hut
Hu Mi, de quem Morya disse: Jamais
um homem honesto, sincero e bondoso como Kut Hu Mi respirou sobre os Himalayas.
Enfim, um indício de que a bondade
de Coração está
se manifestando ou já está manifesta é, por exemplo,
um certo sentimento de vergonha, até mesmo de mal-estar, por ser
proprietário de coisas que os outros jamais terão. É,
por exemplo, poder ir a um restaurante caro sabendo que milhares nunca poderão.
E não importa se as coisas que conquistamos e temos foram obtidas
honestamente, pois, isto não está em questão e estou
presumindo que foram, até porque o salafra-desonesto-desleal-ordinário
está pouco se lixando se o outro tem ou não tem ou se pode
ou não pode ir a um restaurante caro. Para esses filhos-da-mãe,
dane-se o mundo e cada gemebundo; eu sou porreta,
não um vagabundo.
13.
Este impossível goethiano é algo que é possível
de ser alcançado ou de ser conquistado, mas, que por algum tipo de
incapacidade nossa, não é ou não costuma ser ordinariamente
realizado. Não é, absolutamente, a percepção
ou a apreensão do impossível, que, per
se, seja mesmo impossível, porque um impossível
per se
é definitivamente impossível de ser percebido ou de ser apreendido.
Elefante não voa, uva madura não volta a ficar verde, ovo
podre não volta a ficar não-podre, fósforo queimado
não reacende, água não escala morro, boto-cor-de-rosa
não se transforma em rapaz elegante para seduzir moças desacompanhadas
e engravidá-las no fundo do rio, dinossauro-bico-de-pato não
leva pulga-da-areia ao cinema, pulga-da-areia não convida dinossauro-bico-de-pato
para jantar, não se ordenha leite de pedra, santo de barro não
chora sangue porque ficou triste, Mestre Ascensionado não canaliza
bulhufas, Deus não arrebatará ninguém no fim
dos tempos, D. Sebastião não voltará em
uma manhã de nevoeiro montado no seu cavalo branco e não existe
departamento celestial de achados e perdidos, logo, não adianta nada
prometer a São Longuinho dar três pulinhos, três gritinhos
e três beijinhos (nem três peidinhos!), se ele, mui santamente,
se dispuser a nos ajudar a encontrar um objeto perdido. E – valha-me
Deus! – Santo António de Lisboa, que nem sequer se casou, não
arranja casamento para ninguém. E boitatá não é
filho de saci-pererê com mula-de-padre! Conclusão: devemos,
primeiro, nos exercitar e nos proficientizar para realizar o possível,
para, depois, por um intenso e justo querer e um intenso e concertado exercício
da vontade, poder lidar com o ‘impossível-possível’,
de maneira que este se transforme em possível. Milagre não
existe, porque as Leis Naturais inexoráveis – que desde sempre
regem os fenômenos universais (visíveis e invisíveis)
– de nenhuma forma podem ser violadas. Já disse e repetirei
agora: milagre é o tributo que uma mente ignorante (ignorante no
sentido de que desconhece a existência de algo ou que não está
a par de alguma coisa) paga por não saber como funciona uma determinada
Lei. E toma de ser enganado e toma de sustentar aproveitador, inescrupuloso,
vagabundo e salafrário! Todos os dias, 365 dias por ano, sai ano,
entra ano, a televisão mostra direitinho como essa gente desprovida
de escrúpulos inventa tudo-de-tudo para tomar o dinheirinho suado
dos simplacheirões, que até deixam de comer para abarrotar
as sacolinhas, acreditando piamente que estão fazendo bons negócios
com Deus. O que eu não entendo é como Deus não solta
um relâmpago ribombante lá do céu, e, num piscar de
olhos, não acaba com esses abusos e desregramentos morais! Em maior
ou menor grau, não há uma só religião que não
use e abuse da ignorância alheia como instrumento de poder. Como afirmei
em um outro texto que escrevi, a penúria espiritual transforma o
homem em escravo da fé, inquilino da esperança e dependente
da caridade.
Canto
gregoriano de fundo:
Kyrie
Interpretação: Schola Cantorum do Pontifício Col. Intern.
dos Beneditinos de S. Anselmo em Roma
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.usask.ca/childpain/research/safe/
http://devilsfoe.com/brain-waves-citizens-band-radio/
http://seat.massey.ac.nz/personal/s.r.marsland/movies.html
http://pliski.com/en/post/tag/levitating/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lenda_do_boto
http://www.shopbando.com/our-happy-place/2012/12/12/
a-little-hocus-pocus/levitating-girl-cute-animated-gif517/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Milagre
http://www.manbartlett.com/sitemap.xml
http://s12.photobucket.com/user/
http://umikasum.blogspot.com.br/
2013/04/fuhalhamdulillahselesai.html
http://www.macacovelho.com.br/
4-serial-killers-mais-crueis-da-historia/
http://outrasverdadesinconvenientes.blogspot.com.br/
http://ponteoculta.blogspot.com.br/2012/06/metatron.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metatron
http://www.anjodeluz.net/Ccubo_metatron.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Metatrons_cube.svg
http://www.sabedoriadivina.com.br/wp-content/uploads/
2013/09/7199816-Rudolf-Steiner-A-Ciencia-Oculta.pdf
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