A CIÊNCIA OCULTA

(1ª Parte)

 

 

 

Rudolf Steiner

Rudolf Steiner

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo, apocopado e incompleto, tem por objetivo apresentar para reflexão a primeira parte de alguns excertos da obra A Ciência Oculta (Esboço de uma Cosmovisão Supra-sensorial), de autoria do filósofo, educador, artista, esoterista e fundador da Antroposofia, da Pedagogia Waldorf, da Agricultura Biodinâmica, da Medicina Antroposófica e da Euritimia Rudolf Steiner (Kraljevec, fronteira austro-húngara, 27 de fevereiro de 1861 – Dornach, Suíça, 30 de março de 1925). Como afirmei, este estudo está apocopado e incompleto. Tentei suavizar as supressões e a incompletude com algumas animações esclarecedoras em flash que inseri ao longo do estudo. Assim, para aqueles que desejarem ler a obra integral, o endereço eletrônico é:

http://www.sabedoriadivina.com.br/

 

 

 

Excertos da Obra

 

 

 

Ciência Espiritual [Oculta] Conhecimento [Sabedoria = ShOPhIa] Supra-sensorial.

A Ciência Oculta deseja emancipar o método e a atitude investigativa das Ciências Naturais – os quais, em sua esfera, se atêm ao contexto e ao decorrer dos fatos sensórios – dessa aplicação especial, porém, conservando-os em sua característica pensamental e outras. Ela quer falar sobre o não-sensível do mesmo modo como as Ciências Naturais falam do sensível. Enquanto a Ciência Natural permanece no âmbito sensível com esse método de investigação e essa maneira de pensar, a Ciência Oculta deseja considerar o trabalho anímico junto à Natureza como uma espécie de auto-educação da alma, aplicando os frutos dessa educação ao âmbito não-sensível. Ela deseja proceder de modo a falar não sobre os fenômenos sensíveis como tais, e sim sobre os conteúdos não-sensíveis do mundo tal qual o pesquisador da Natureza fala sobre os sensíveis. Do procedimento científico-natural ela conserva a disposição anímica inerente a ele, ou seja, justamente o que faz do conhecimento da Natureza uma ciência. Por isto, lhe cabe se designar como ciência.

O elemento anímico não vive naquilo que o homem conhece junto à Natureza, mas, no processo cognitivo. É em sua atividade junto à Natureza que a alma vivencia a si própria. O que ela adquire de modo vivaz é algo diverso do próprio saber sobre a Natureza; trata-se do autodesenvolvimento experimentado no conhecimento da Natureza. A aquisição deste autodesenvolvimento é o que a Ciência Oculta quer aplicar em domínios que transcendem a simples Natureza.

O estudioso da Ciência Oculta deve ter o mais relevante cuidado de nunca aspirar fazer sua exposição atuar mais pela arte de persuadir do que por seu conteúdo.1

Quem não faz pergunta alguma, quem não se interessa, quem não pesquisa, por que deveria esperar quaisquer respostas no âmbito da Ciência Oculta ou do Exoterismo Iniciático?

É simplesmente contrário à razão e ao bom senso, ao mesmo tempo que é um preconceito sesquipedal, alguém declarar impossível o que não conhece ou o que não quer conhecer.

Seria pecar contra as faculdades outorgadas ao homem deixá-las fenecer ao invés de desenvolvê-las e utilizá-las.

Todos os seres humanos que atingem um ponto suficientemente avançado chegam não a compreensões diferentes sobre o mundo supra-sensível, mas, à mesma compreensão. Contudo, só poderá reconhecer a exatidão do caminho científico-espiritual quem se dispuser a se familiarizar com suas particularidades.2

 

 

 

De um ponto de vista superior, as alegrias e as dores do indivíduo se relacionam intimamente com o bem-estar e o infortúnio de todo o Universo.

Nenhum conhecimento dogmático apoiado no principio de autoridade (se a isto puder ser chamado de conhecimento) libertará o ser-aí-no-mundo.

O bom caminho para a contemplação é o que parte da compreensão.

 

 

Compreensão —› Contemplação

 

 

membro independente da entidade humana que, durante a vida, impede as substâncias e as forças físicas de seguirem seu próprio caminho que conduz à dissolução [ou decomposição] do Corpo Físico [que ocorre na morte ou transição] é o Corpo Etérico (ou Corpo Vital), que possui um grau de realidade superior ao do Corpo Físico, todavia, permeando-o completamente, mas, que nada tem de corporal, por mais sutil que se possa imaginá-lo. Ao coração físico subjaz um ‘coração etérico’, ao cérebro físico um ‘cérebro etérico’ etc. O Corpo Etérico é estruturado como o Corpo Físico, sendo, porém, mais complexo; tudo nele está em vivo interfluxo, enquanto no Corpo Físico existem partes bem delimitadas. Tudo o que é vivo possui um Corpo Etérico.

Aquilo que repetidamente desperta a vida, retirando-a do estado de inconsciência [sono], é, no sentido do conhecimento supra-sensível, o terceiro membro da entidade humana. Pode-se denominá-lo Corpo Astral (ou Corpo Anímico).

Em estado de vigília, o Corpo Etérico é iluminado pelo Corpo Astral.

O quarto membro da entidade humana é o Eu. Ao Corpo Etérico pertence a vida, ao Corpo Astral a consciência e ao Eu a recordação e a missão de transformar os outros três membros. Assim como o Corpo Físico se desintegra quando o Corpo Etérico não o mantém, e assim como o Corpo Etérico imerge na inconsciência quando o Corpo Astral não o ilumina, o Corpo Astral teria de deixar repetidamente o passado cair no esquecimento se este não fosse transportado ao presente pelo Eu. O que a morte é para o Corpo Físico e o sono para o Corpo Etérico, a mesma coisa é o esquecimento para o Corpo Astral.

 

 

Os Quatro Membros Constitutivos da Entidade Humana

 

 

Do mesmo modo como o sono é necessário para que as forças vitais exaustas sejam revigoradas, o homem, se quiser enfrentar novas experiências de maneira livre e despreconcebida, precisa eliminar da recordação certas partes de seu passado. Contudo, é justamente do esquecimento que lhe advém o fortalecimento para a percepção do novo.3

Representação mental: o Corpo Astral torna consciente a impressão exterior do objeto; o Eu o assimila e o incorpora.

O Deus que habita no [Coração do] homem falará quando a [personalidade-]alma se reconhecer como Eu.

No sentido Ciência Espiritual, a parte anímica do homem se compõe de três membros – Alma da Sensação, Alma do Intelecto e Alma da Consciência (na qual se revela a verdadeira natureza do Eu) – do mesmo modo como a parte corpórea consiste em três membros: Corpo Físico, Corpo Etérico e Corpo Astral... Com a subida a cada grau cai um dos véus que envolvem a realidade oculta.

 

 

 

 

Toda a vida cultural e toda a aspiração espiritual da Humanidade consistem em um trabalho cuja meta é a soberania do Eu. Todo ser-aí-no-mundo contemporâneo está empenhado neste trabalho – quer queira ou não, quer tenha ou não consciência deste fato.4

O caráter e o temperamento do homem se modificam sob a influência do Eu.

Quando, pela forma exterior, pela cor ou pelo som de uma obra de arte o homem penetra com a imaginação e o sentimento nos fundamentos espirituais desta obra, os impulsos assim recebidos pelo Eu atuam, de fato, até no Corpo Etérico. Quando se pensa nisto em profundidade é que se pode avaliar a imensa importância da arte para todo o desenvolvimento humano.

A evolução intelectual do homem bem como o refinamento e enobrecimento de seus sentimentos e manifestações volitivas constituem a medida da metamorfose de seu Corpo Astral em Personalidade Espiritual; suas vivências religiosas e muitas outras experiências espirituais são gravadas no Corpo Etérico, transformando-o em Espírito Vital.

A Iniciação consiste no fato de o homem, por meio do conhecimento supra-sensível, obter os meios pelos quais possa tomar nas mãos, muito conscientemente, o trabalho na Personalidade Espiritual e no Espírito Vital.5

No homem, existe um terceiro membro espiritual – o Homem-espírito – que, na sabedoria oriental, é denominado Atma.

Setenário Humano = 1) Corpo Físico; 2) Corpo Etérico (ou Vital), que dá a forma e a estrutura adequadas ao ser humano; 3) Corpo Astral; 4) Eu; 5) Personalidade Espiritual; 6) Espírito Vital; 7 Homem-espírito. Tal como a luz se manifesta em sete cores e o som em sete graus tonais, a natureza unitária do homem se manifesta através destes Sete Membros.

 

 

Setenário Humano

 

 

'A vida é a mais bela invenção da Natureza, e a morte é o seu artifício para ter mais vida.' (Johann Wolfgang von Goethe, apud Rudolf Steiner).

Quando o homem imerge no sono, altera-se a relação entre os membros de sua entidade. A parte do homem adormecido que fica em repouso no leito contém o Corpo Físico e o Corpo Etérico, mas não o Corpo Astral nem o Eu. É pelo fato de o Corpo Etérico permanecer unido ao Corpo Físico durante o sono que as funções vitais continuam, pois, no momento em que fosse abandonado a si próprio, o Corpo Físico entraria em decomposição. O que, no entanto, está desligado durante o sono são as representações mentais, o sofrimento e o prazer, a alegria e a dor, assim como a capacidade de manifestar uma vontade consciente e outros fatos da existência. O veículo de tudo isso é o Corpo Astral (com o Eu contido em seu seio).

Enquanto o homem, como ser físico, é um membro da Terra, seu Corpo Astral pertence a mundos que incluem outros corpos cósmicos além da Terra. Com isto, ele penetra, durante o sono, em um Universo ao qual pertencem outros mundos além da Terra.

 

 

 

 

Sonho: estado intermediário entre a vigília e o sono. As imagens oníricas, como tais, são ecos da vida diurna desperta. O sonho cria símbolos; ele é um simbolizador. O sonho transforma em imagem o que seria oferecido pela percepção sensorial desperta. O caráter arbitrário e freqüentemente absurdo das imagens oníricas se deve ao fato de o Corpo Astral, por causa de sua separação dos órgãos sensoriais do Corpo Físico, não ser capaz de relacionar suas imagens com os corretos objetos e ocorrências do mundo exterior.

Na morte ou transição, o Corpo Físico fica abandonado às suas próprias forças, devendo, por isto, entrar em decomposição na qualidade de cadáver. Para o Corpo Etérico, porém, a morte traz uma situação em que ele nunca estivera durante o tempo desde o nascimento, exceto em certas circunstâncias excepcionais. É que agora ele se acha unido ao Corpo Astral, sem a presença do Corpo Físico, pois não é imediatamente após a morte que o Corpo Etérico e o Corpo Astral se separam: eles continuam, por algum tempo, ligados por uma força cuja existência é facilmente compreensível, já que sem ela o Corpo Etérico não poderia se separar do Corpo Físico... Mais tarde, o Corpo Astral se desliga também do Corpo Etérico, prosseguindo o caminho sem ele.

A primeira vivência do homem após a morte é a percepção da sua vida decorrida entre o nascimento e a morte, como uma seqüência de imagens desenrolada à sua frente [só que em sentido inverso, isto é, do momento da morte ou transição até o nascimento, do fim para o começo]. Para a [personalidade-]alma, nada se perde daquilo que a impressionou na vida. Todavia, a percepção recordativa vai desaparecendo gradualmente à medida que o Corpo Etérico perde a forma que possuía durante sua permanência no Corpo Físico, ao qual se assemelhava. Aliás, este é também o motivo de o Corpo Astral, depois de algum tempo, se separar do Corpo Etérico, ao qual só pode permanecer unido enquanto este mantém a forma correspondente ao Corpo Físico.

Dormência em uma parte do Corpo Físico Quando uma parte do Corpo Etérico, temporariamente, se separa do Corpo Físico. O Corpo Etérico também pode se separar do Corpo Físico quando, subitamente, o homem se vê, por algum motivo, perto da morte, por exemplo, em um afogamento ou quando, em uma excursão de alpinismo, está na iminência de uma queda. Nestes casos, geralmente, toda a vida costuma aparecer diante da [personalidade-]alma como em um grande panorama recordativo.6

O Eu é justamente aquela fração do Homem Setenário (quarto membro de sua entidade) que não precisa de órgãos exteriores para a percepção. O Eu é o Eu.

Depois da morte, enquanto o Eu conservar desejos insaciados de prazeres do mundo exterior [desejos, cobiças e paixões], mas, não possuindo os órgãos necessários para satisfazê-los, o sofrimento será inarrável, desmesurado [uma espécie de angústia vivida sob a forma de um pesadelo de repetição].

Assim como os objetos físicos do ambiente só podem ser vistos na luz, aquilo que se desenrola por meio da vida anímica humana só pode ser elucidado pelo conhecimento supra-sensível.

 

 

O Eu precisa se libertar do vínculo com o mundo exterior. Deve realizar, em Si-mesmo, uma purificação e uma libertação. Dele devem ser eliminados todos os desejos engendrados por Ele-próprio dentro do corpo e que não tenham qualquer direito de cidadania no Mundo Espiritual.

Na morte, acabam por existir três cadáveres: o físico, o etérico e o astral, tendo início, para o Eu, um estado de consciência inteiramente novo. Enquanto antes da morte as percepções exteriores tinham de afluir para Ele, de modo que a luz da consciência pudesse incidir sobre as mesmas, agora é como se de seu interior brotasse um mundo que atinge a consciência. O Eu passa a perceber a si-próprio como seu ‘mais sagrado íntimo’.

Existem seres que têm por alimento paixões e cobiças piores do que todos os apetites animais, pois, não se realizam no mundo sensível, e, sim ,se apoderam do espírito e o atraem para o campo inferior dos sentidos. As figuras destas entidades são mais horrendas do que as figuras dos animais mais ferozes, nos quais apenas se incorporam instintos fundamentados no sensorial; e as forças destruidoras destes seres ultrapassam em medida incomensurável toda a fúria devastadora que existe no mundo animal sensorialmente perceptível. Há, na realidade, um mundo de seres que, em certo sentido, acha-se em nível inferior ao mundo visível dos animais destruidores.

No ‘reino dos espíritos’, o som se converte em ‘Verbo Espiritual’. Então, não apenas flui através do Eu a vida móbil de outro ser espiritual, mas, este mesmo ser comunica seu íntimo a esse Eu. Sem as barreiras que toda convivência acarreta no mundo sensorial, quando o Eu é impregnado pelo ‘Verbo Espiritual’ dois seres vivem interpenetrados. E é realmente desta natureza a convivência do Eu com outros seres espirituais após a morte. [Em outras palavras: tudo é Um; somos todos Um].

Assim como o ar envolve e permeia os seres terrestres, os ‘Verbos Espirituais Flutuantes’ o fazem com os seres e os acontecimentos do Plano Espiritual.

Tudo o que possa viver na alma humana – tornando o homem um ser criador – que atua sobre seu ambiente transformando-o e fecundando-o, manifesta sua forma primordial e essencial no quarto domínio do Mundo Espiritual.

Depois da morte, o Eu é o resultado do que traz consigo da vida física. [Depois da morte, não seremos nem mais nem menos do que fomos em vida; vibratoriamente, seremos exatamente aquilo que fomos em vida.]

Assim como à chegada da morte uma espécie de panorama recordativo se apresenta diante do Eu, surge, durante o [re]ingresso na vida física [reencarnação], à [personalidade-]alma, agora uma previsão da vida vindoura. Novamente, o homem vê um quadro que agora lhe mostra todos os obstáculos a serem removidos, se ele quiser prosseguir em sua evolução. E aquilo que é visto deste modo se converte no ponto de partida para forças que ele deve levar consigo para a nova vida. As imagens das dores causadas por ele ao próximo se transformam em uma força da qual o Eu, ao adentrar novamente na vida, se vale para reparar estes sofrimentos. Assim, a vida anterior atua, portanto, decisivamente sobre a nova vida. Os atos desta nova vida são causados, de certo modo, pelos da anterior. Esta relação causal de uma vida anterior com uma posterior deve ser considerada como a Lei do Destino. Existe o hábito de designá-la também com a expressão ‘carma’, emprestada da sabedoria oriental [Lei da Causa e do Efeito].

 

 

É óbvio que o carma não funciona assim;
mas, é assim que costuma ser entendido.

 

 

Durante sua ausência da Terra, o homem, sob a direção de entidades superiores, colabora na reformulação da Terra, ou seja, na transformação das condições terrenas. Portanto, nem só para si-mesmo e para o preparo da sua própria nova existência terrestre é que o homem está voltado após a morte. Não! Aí, ele é convocado para atuar espiritualmente sobre o mundo exterior, tal como foi convocado para atuar fisicamente na vida entre o nascimento e a morte.

No Universo, nada ocorre sem que haja causas determinantes para as ocorrências. Logo, as ocorrências nada mais são do que os efeitos gerados pelas causas lhes deram origem. No caso do homem, a simples ‘hereditariedade’ explica apenas parte da coisa. Da mesma forma que as disposições hereditárias são tão incapazes de se combinar espontaneamente, para formar a personalidade total, as peças metálicas de um relógio são incapazes de se juntar para formá-lo por si mesmas.

 

 

Simplesmente pelo fato de se poder explicar alguma coisa que, de outro modo, permaneceria inexplicável, não se deveria admitir algo cuja existência se desconhece. As causalidades espirituais só podem ser compreendidas por cada um em suas respectivas vidas interiores. Algo tão absolutamente relacionado com o cerne da entidade, da personalidade humana, só pode, naturalmente, ser suficientemente provado na mais íntima vivência.

 

Existe, efetivamente, uma delimitação bem definida entre as disposições herdadas e aquelas energias interiores do homem que transparecem através destas disposições e procedem de vidas anteriores.

Na existência intermediária entre as vidas, os frutos das vidas anteriores atuam como forças co-plasmadoras.

Só as sucessivas vidas terrenas, em combinação com os fatos do âmbito espiritual entre elas, pode dar uma explicação satisfatória da vida da Humanidade atual, observada sob todos os aspectos.

 

 

 

Lei da Causalidade —› Destino Humano.

O Eu atua dentro dos três outros membros [Corpo Físico, Corpo Etérico e Corpo Astral], transformando-os. Mediante tal transformação nascem, em um nível inferior, a Alma da Sensação, a Alma do Intelecto e a Alma da Consciência; em um nível mais elevado da existência humana, formam-se a Personalidade Espiritual, o Espírito Vital e o Homem-espírito. Estes membros da natureza humana se encontram nas mais variadas relações com a totalidade do Universo, a cuja evolução está ligada a deles próprios. É observando esta evolução que se adquire uma compreensão dos mais profundos enigmas da entidade humana.

Há uma estreita conexão entre a evolução do homem e a de seu corpo celeste – a Terra.

Há processos espirituais atrás de todos os processos do mundo físico-sensorial. Todas as transformações na substância do planeta terrestre são manifestações de forças espirituais, situadas detrás da matéria.

Elemento Espiritual (Entidade Cósmica Espiritual)›    ›  Objetos, Processos e Seres Materiais.

Os vestígios indeléveis de todo fato espiritual podem ser denominados como 'Crônica do Akasha', uma vez que se designa por entidade do 'Akasha' o substrato espiritual permanente do suceder universal, em contraposição às formas transitórias deste suceder.

 

 

 

 

Misericórdia...
(Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie, eleison!)

 

 

 

Misericórdia... Misericórdia... Misericórdia...

Para quem pode mudar, mas, deixapralá!

Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie, eleison!

Haja Paz, Bem, Amor, Harmonia... Alalá!

 

Misericórdia... Misericórdia... Misericórdia...

Para os que escorregaram e estão tortos!

Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie, eleison!

Para os que vivem, porém, estão mortos!

 

Misericórdia... Misericórdia... Misericórdia...

Para quem engendra e mantém as guerras!

Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie, eleison!

Para os imersos em sacanagens e berras!

 

Misericórdia... Misericórdia... Misericórdia...

Para os que não ultrapassam a Noite Negra!

Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie, eleison!

Para os que só-quero-me-dar-bem é a regra!

 

Misericórdia... Misericórdia... Misericórdia...

Para os escravizados e para os refugiados!

Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie, eleison!

Para os abandonados e para os namorados!

 

Misericórdia... Misericórdia... Misericórdia...

Para os seqüestrados e para os estuprados!

Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie, eleison!

Para os torturados e para os assassinados!

 

Misericórdia... Misericórdia... Misericórdia...

Para os seviciados e para os pedofilizados!

Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie, eleison!

Para os enganados e para os vilipendiados!

 

Misericórdia... Misericórdia... Misericórdia...

Para quem sabe e para quem não sabe!

Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie, eleison!

Que toda forma de irracionalidade acabe!

 

Misericórdia... Misericórdia... Misericórdia...

Para os homens e as mulheres sem-alma!

Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie, eleison!

Que a Oitava Esfera não tenha vivalma!

 

Misericórdia... Misericórdia... Misericórdia...

Para quem tem dívidas e para o publicano!

Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie, eleison!

Que todos nós possamos chegar a Vulcano!

 

Misericórdia... Misericórdia... Misericórdia...

Para o que quis lembrar e não me lembrei!

Kyrie, eleison! Christe, eleison! Kyrie, eleison!

Para o horror que sei e para o que não sei!

 

 

 

 

 

 

______

Notas:

1. E isto por três motivos principais: 1º) porque é contrário à moral e à ética; 2º) porque não liberta nem esclarece efetivamente, ou seja, não adianta nada: e 3º) porque, se adiantasse alguma coisa, só um boçal, que se satisfaz com superficialidades, se convenceria, convencendo-se, porque quis se convencer, do que não entende ou do que não conseguiu entender, mas, achou interessante, bizarro ou sei lá o quê. Aliás, de passagem, é exatamente isto, sem tirar nem pôr, o que fazem todas as religiões. Ou será que, entre tantos exemplos, à esta altura do século XXI, alguém pode acreditar e admitir que uma imagem sacra feita de barro possa chorar sangue? O pior é que há muita gente que acredita neste treco. Bem, se uma ma imagem sacra feita de barro chora sangue, deverá haver uma explicação para o fenômeno – e há – mas, milagre é que não é, até porque, como tenho dito e insistido, milagres não existem. Se milagres pudessem absurdamente acontecer, a ordem cósmica estaria completamente comprometida, e o Universo, na verdade, seria uma grande e privilegiante bagunça, que força alguma poderia pôr em ordem. Mas, não é. Ainda bem! Enfim, para o boçal acima referido e similares, o ilusionista inglês Dynamo (nascido Steven Frayne; 17 de dezembro de 1982) é um supermilagreiro das arábias, porque, entre outras ilusões (ou milagres), sem qualquer roupa ou equipamento especial visível levitou sobre o Rio Tâmisa (River Thames), na Inglaterra, atravessou uma parede de vidro blindado e enfiou um smartphone em uma garrafa transparente de cerveja. Se você quiser, poderá conferir estas três ilusões neste endereço:

http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/

 

 

Dynamo levitando sobre o Rio Tâmisa
(O exagero é por minha conta)

 

2. Isto só revela e confirma que tudo está à disposição de todos. Mas, quem espera(nça) sentado não alcança. O que adianta construir uma casa sem telhado? A preguiça é a mãe da indigência.

3. Por isto, quando (re)encarnamos, digamos assim, o nosso HD (Hard Disk) pessoal vem zerado, e, em decorrência disto, geralmente, não lembramos de nada. Nossas experiências passadas, entretanto, estão e ficam registradas no Átomo-semente (o Livro da Vida) – um pequeno Átomo situado no ventrículo esquerdo do coração, perto do ápice. Agora, lembrar destas experiências passadas é outra coisa, e o pior que uma pessoa poderá fazer para si será tentar se lembrar à força, seja lá por qual meio for, de suas encarnações ou vivências pregressas. Isto é mais ou menos semelhante a tentar estimular a Kundalini a bangu. Lembrar o passado deve ter um propósito; e isto deve ser feito de forma rigosomante apropriada. Quanto à Kundalini, bem, o melhor é deixá-la quietinha. Um dia, a coluna vertebral esquentará e o centro da cabeça se Illuminará. Uma coisa é certa: para aquele que é sincero, a LLuz brilhará. Labor —› Mérito —› Illuminação. Mas, a Illuminação só poderá acontecer se e quando a nossa personalidade-alma se reconhecer como Eu. Então, nosso Deus Interior falará. Ora, como isto poderia ser diferente?

4. Os absoluta e irremediavelmente cruéis, que são poucos e formam uma categoria à parte, provavelmente, serão entropizados. Eu só fico imaginando o desespero desses crudelíssimos na hora do agora-não-dá-mais-meu-chapa! Certa vez, eu propus um exercício de cinco segundos. Hoje, proporei outro, um pouquinho mais longo; talvez, de dez segundos. Em qualquer momento do dia que der na sua telha, dê uma paradinha no que estiver fazendo, e mentalize três vezes: Misericórdia... Misericórdia... Misericórdia...

 

Oh! Kyrie de meu Coração!
Ai + dor! Frieza + desamor!
Oh!
Kyrie de meu Coração!
Quero ajudar a mudar a cor!

 

5. A Iniciação é o aspecto e a causa essencial da elevação da consciência às sublimes realidades objetivas dos estados superiores – àquele estado transcendente de percepção onde o Ser Verdadeiro funciona de acordo com o grau de seu despertamento e em um plano de existência que permite o serviço sem restrições. A Iniciação opera em um dos diversos planos, cada um com sua própria realidade objetiva, sua própria criação, que pode ou não ter paralelo com aquelas realidades objetivas do mundo com o qual estamos acostumados. Nosso ponto individual de trabalho depende somente do grau de nosso despertamento e do nível particular de realidade objetiva no qual fomos Iniciados. Até certo ponto, a natureza de nossas iniciações é escolhida por nós mesmos, embora, talvez, não somente como resultado de uma escolha intelectual. É nossa sinceridade interior, nossa atitude e nossa pureza de motivo que determinam em que nível funcionamos. É fácil perceber que nosso intelecto não pode tomar estas decisões por si só. Mais exatamente, ele serve meramente para nos auxiliar a nos harmonizarmos com o nosso Deus Interior, de onde se origina nosso desabrochar para atingirmos um ponto de Verdadeira Iniciação de Verdadeira Escolha. Uma Iniciação Verdadeira é puramente espiritual. Ela ocorre a partir do e no interior de cada indivíduo como resultado de seu próprio preparo e presteza, sendo inspirada e acelerada por um ritual físico que, às vezes, se associa a uma experiência psíquica. A conseqüência da Iniciação Verdadeira é ao mesmo tempo uma possibilidade e um dever de utilizar a LLuz recém-adquirida em nome da Humanidade – uma possibilidade no sentido que o Iniciado pode se recusar a cruzar o portal; e um dever, no sentido que, se o cruzar, o Iniciado deverá se tornar um foco de radiação da LLuz. O Iniciado deve se livrar de todo egoísmo e de interesses egocêntricos. Se estes grilhões forem quebrados, a emissão de LLuz é ao mesmo tempo Amor, Energia e Poder. O ato da Iniciação cria um equilíbrio dentro do Iniciado reconhecido como Harmonia. Uma vez atingida a Harmonia, o Poder se torna percebido e, por meio disto se torna permanente. Aquilo que é feito não pode ser desfeito. O Iniciado percebe que não pode nunca mais voltar para o mundo profano. Mas, ao mesmo tempo, não há garantia de que o Iniciado permanecerá no Caminho. Um verdadeiro ritual de Iniciação em muito ultrapassa uma simples dramatização. Uma dramatização somente tocará as emoções e o intelecto. O ritual tocará a essência espiritual e trará à existência a assistência espiritual através de um despertamento. Quando um verdadeiro ritual de Iniciação ocorre, ele é acompanhado pela responsabilidade do Iniciado em manter a transmissão do Poder Espiritual através da obrigação de irradiá-lo a partir do interior de seu ser. Há, também, a obrigação de cada Iniciado de se certificar que a LLuz seja perpetuada e transmitida às gerações sucessivas, assegurando assim a continuidade da técnica. No entanto, ainda é possível ao Iniciado se afastar da linhagem e utilizar o poder para fins egoístas. Se isto for feito, não estamos lidando com um indivíduo que é simplesmente ignorante acerca da LLuz, mas com alguém que conscientemente serve às Forças das Trevas. O propósito da Iniciação Verdadeira é servir à Humanidade para garantir que a LLuz seja irradiada em meio às trevas. Podemos ver, de fato, que as obrigações e responsabilidades do Iniciado são muito grandes e complexas, e também percebemos que a importância de uma linhagem iniciática continuada e ininterrupta é de suma importância para que o poder da LLuz cresça e transcenda as limitações do Iniciado individual. O indivíduo pode dar as costas à LLuz, mas a cadeia iniciática e a linhagem centenária de Iniciados criam uma condição que supera o indivíduo, pois não pode ser destruída pelos fracassos de uma pessoa, seja ela quem for. Nenhuma pessoa isolada ou grupo pequeno de pessoas têm a força para desfazer o que foi feito. Isto se torna uma Força e um Poder da LLuz que não pode ser desviado. Eis porque é tão absurdo ouvir a alegação que as ordens iniciáticas estão obsoletas, e eis porque é tolice pensar que uma criação completamente moderna da “Nova Era” pode substituir um sistema que tem funcionado e prestado um grande serviço por incontáveis séculos. A LLuz Espiritual não conhece as trevas, mas para receber a Luz precisamos transcender as trevas e atingir o nível da LLuz. Devemos, através da Iniciação Verdadeira, deixar as trevas para trás através de nossos próprios esforços. Não podemos levar as trevas conosco ao nos aproximarmos da LLuz. A LLuz não virá a nós se permitirmos que as trevas estejam presentes. Eis porque os Mestres não canalizam, através de médiuns, em nosso plano de existência. (Esta nota foi editada do artigo Elementos Introdutórios da Iniciação, de autoria de Gary L. Stewart, Imperator da Confraternidade da Rosa+Cruz).

6. O antropólogo criminalista Moritz Benedikt (1835 – 1920), importante pesquisador em muitos outros domínios da ciência, relata em suas memórias sua experiência pessoal em que certa vez, na iminência de afogamento durante um banho de rio, viu diante de si, na memória, toda a sua vida em um único quadro. Eis o relato descrito em sua autobiografia: Desde a infância, eu adorava a água, onde vivenciei algumas passagens que ainda permanecem em minha memória. Eu me esforçava para ser um nadador em plena Natureza, e, então, me aconteceu que, ao nadar na parte funda do Danúbio, eu submergi. Por sorte, fui dar em uma estaca que servia de marco para os banhistas. Fazia pouco mais de meio minuto que eu tivera a consciência de estar me afogando. Então, fiz a curiosa constatação de que, nesse ínterim, recordações acumuladas de minha vida passaram diante de mim com rapidez vertiginosa. Esta constatação é conhecida da Psicologia; poucos a vivenciaram pessoalmente. Naquela época, eu tinha cerca de doze anos... Entretanto, uma experiência como esta só poderá acontecer quando o Corpo Etérico realmente está separado do Corpo Físico, mas, continua unido ao Corpo Astral. Se, por causa do susto, ocorre uma separação entre o Corpo Etérico e o Corpo Astral, a experiência fica excluída, porque, então, existe a inconsciência total, como no sono sem sonhos.

 

Canto gregoriano de fundo:

Kyrie
Interpretação: Schola Cantorum do Pontifício Col. Intern. dos Beneditinos de S. Anselmo em Roma

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.ergmorocco.com/tours.html

http://gifsedesenhos.blogspot.com.br/2011/12/
desenho-de-regador-para-pintar.html

http://mfcmamonas.no.comunidades.net/
index.php?pagina=1085150145

http://kona-yuki.deviantart.com/art/
Fractal-Bubble-animated-77840862

http://centro-rosacruz.org/crcmh1_117.htm

http://www.kushiinstitute.org/better-brain-health/

http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cubo_desarrollo.gif

http://www.sabedoriadivina.com.br/wp-content/uploads/
2013/09/7199816-Rudolf-Steiner-A-Ciencia-Oculta.pdf

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.