CIÊNCIA OCULTA

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Cabeça

 

 

 

A Ciência Oculta deseja emancipar o método e a atitude investigativa das Ciências Naturais, os quais, em sua esfera, se atêm ao contexto e ao decorrer dos fatos sensórios, dessa aplicação especial, porém, conservando-os em sua característica pensamental e outras. Ela quer falar sobre o não-sensível do mesmo modo como as Ciências Naturais falam do sensível. Enquanto a Ciência Natural permanece no âmbito sensível com esse método de investigação e essa maneira de pensar, a Ciência Oculta deseja considerar o trabalho anímico junto à Natureza como uma espécie de auto-educação da [personalidade-]alma, aplicando os frutos dessa educação ao âmbito não-sensível. Ela deseja proceder de modo a falar não sobre os fenômenos sensíveis como tais, mas, sim, sobre os conteúdos não-sensíveis do mundo, tal qual o pesquisador da Natureza fala sobre os sensíveis. Do procedimento científico-natural ela conserva a disposição anímica inerente a ele, ou seja, justamente o que faz do conhecimento da Natureza uma ciência. Por isto, lhe cabe se designar como ciência. [In: A Ciência Oculta (Esboço de uma Cosmovisão Supra-sensorial), de autoria de Rudolf Steiner.]

 

Um estudioso da Ciência Oculta só pode comunicar os mistérios manifestos do suceder cósmico naquilo que está autorizado a divulgar. [Ir além deste ponto é, mutatis mutandis, um crime de lesa-humanidade.] E sua exposição deve estar baseada no conteúdo efetivo do que comunica, nunca na arte de persuadir nem deixando prevalecer seu arbítrio pessoal. [Mas, infelizmente, o que mais se vê por aí são cegos conduzindo e ensinando cegos, que, alegremente, pagam para ser conduzidos e continuar cegos!] [Ibidem.]

 

 

 

Ratiofóbico

Ratiofóbico

 

 

 

Eu achei que era...
E saí ensinando.
Só que não era...
E acabei desensinando.
E criei o maior
fudelhufas!
E paguei o preço
do meu achadismo!
A Lei da Causa e Efeito
não desculpa imbecilidades.

 

Eu achei que era...
E saí persuadindo.
Só que não era...
E acabei destruindo.
E criei o maior
cagahouse!
E paguei o preço
do meu achadismo!
A Lei da Causa e Efeito
não desculpa palurdices.

 

Eu achei que era...
E saí amedrontando.
Só que não era...
E acabei adoentando.
E criei o maior angu-de-caroço!
E paguei o preço
do meu achadismo!
A Lei da Causa e Efeito
não desculpa burriquices.

 

Eu achei que era...
E saí induzindo.
Só que não era...
E acabei demolindo.
E criei a maior choldraboldra!
E paguei o preço
do meu achadismo!
A Lei da Causa e Efeito
não desculpa voluntariosidades.

 

Eu achei que era...
E saí condenando.
Só que não era...
E acabei apocopando.
E criei o maior deus-nos-acuda!
E paguei o preço
do meu achadismo!
A Lei da Causa e Efeito
não desculpa desponderações.

 

Eu achei que era...
E saí infligindo.
Só que não era...
E acabei 'miraludindo'.
1
E criei o maior forrobodó!
E paguei o preço
do meu achadismo!
A Lei da Causa e Efeito
não desculpa estouvamentos.

 

Eu achei que era...
E saí ameaçando.
Só que não era...
E acabei depauperando.
E criei o maior melê-de-cuia!
E paguei o preço
do meu achadismo!
A Lei da Causa e Efeito
não desculpa leviandades.

 

Eu achei que era...
E saí impedindo.
Só que não era...
E acabei desunindo.
E criei a maior zaragalhada!
E paguei o preço
do meu achadismo!
A Lei da Causa e Efeito
não desculpa temeridades.

 

Eu achei que era...
E saí flexibilizando.
Só que não era...
E acabei pandemizando.
E criei o maior pega-pra-capar!
E paguei o preço
do meu achadismo!
A Lei da Causa e Efeito
não desculpa boçalidades.

 

 

 

Maluquice

Maluquice

 

 

 

_____

Nota:

1. Miraludindo é o gerúndio do verbo miraludir, que deriva do neologismo miralusão = miragem + ilusão.

 

Música de fundo:

Nessun Dorma
Compositor: Giacomo Puccini

Fonte:

https://lagu123.top/download.php?id=dTkTObFQ_40

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.elo7.com.br

https://giphy.com

https://www.noted.co.nz

https://escolapt.wordpress.com

 

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