A primeira condição para ser o líder da Cidade Virtuosa é conhecer todas as ações pelas quais se pode atingir a felicidade. Além disso, deve ser um bom orador, para poder exprimir tudo o que sabe, apelando devidamente à imaginação das pessoas. E deve ter o poder de dirigir corretamente para a felicidade e para as ações que permitem obter a felicidade. Este é o líder que nenhuma outra pessoa, efetivamente, dirige, e é o dirigente. É o primeiro líder da Cidade Virtuosa, é o líder da comunidade virtuosa e o líder de todo o Estado. [In: A Cidade Virtuosa, de autoria de Alfarábi.]

 

O líder de um Estado deve possuir, por natureza, doze qualidades naturais: 1ª) ter membros e órgãos fortes, completos e adequados para os trabalhos que devem ser executados; 2ª) ter facilidade natural em compreender e conceptualizar tudo o que lhe é dito e entendê-lo de acordo com a intenção daquele que fala e de acordo com a coisa-em-si mesma; 3a) ter boa memória do que entende, do que vê, do que ouve e do que apreende e, de um modo geral, não deve esquecer praticamente nada; 4ª) ter boa inteligência, detalhada e, quando vir o mínimo sinal de uma coisa, deverá compreendê-la tal como foi indicada; 5ª) ter boa expressão, fornecendo a sua fala uma explicação perfeita de tudo o que está na sua mente; 6ª) gostar de aprender, de adquirir e de conservar conhecimento, e ter facilidade em compreender, sem que a aprendizagem o canse, e sem que o esforço da aquisição o incomode; 7ª) amar naturalmente a sinceridade e as pessoas sinceras, detestando as news e os mentirosos; 8ª) ter um desejo moderado pela comida, pela bebida e pelas relações conjugais, evitando, naturalmente, o jogo, e detestando os prazeres que derivam destas coisas; 9ª) ser magnânimo, amando a honra e se elevando, por natureza, acima de todas as coisas inferiores, se inclinado, naturalmente, para as coisas mais elevadas; 10) o dirham, o dinar e outros objetivos do mundo devem ter pouca importância para ele; 11) amar, por natureza, a justiça, e os justos, detestando a injustiça e a opressão e os que as praticam, distribuindo eqüidade, e lamentando quem sofreu injustiça, favorecendo tudo o que lhe parecer ser o bem, o belo, o bom e o justo. Deve ser de bom trato, não deve ser obstinado, nem relutante se lhe for pedida justiça, mas, deve se opor se lhe for pedida a injustiça ou aquilo que é reprovável, de um modo geral; e 12) ser muito decidido, audaz e corajoso em relação àquilo que deve ser feito, sem se acovardar e sem ter medo de nada. [Ibidem.]

 

Dodecaedro

A primeira qualidade de um líder é ser SÁBIO. [Ibidem.]

 

Albert Einstein

 

 

 

 

 

Se a Filosofia não fizer parte da liderança, a cidade virtuosa ficará sem rei e à beira da destruição. [Foi exatamente, sem tirar nem botar, o que, lamentavelmente, aconteceu no Brasil entre 2019 e 2022, pois, o máximo que o líder eleito daquele período fez foi inventar a lenda do jacaré! Quanto a isto, é bem adequado este comentário de Alfarábi: Ao contrário da Cidade Virtuosa, existe a cidade ignorante, a cidade dissoluta, a cidade alterada, a cidade que se perdeu. A cidade ignorante não conhece a felicidade. Foi exatamente, sem tirar nem botar, o que, lamentavelmente, aconteceu no Brasil entre 2019 e 2022: o nosso País, de nação emergente e respeitada, se tornou um pária internacional esquisitético (esquisito + patético), e ficou mais perdido do que perna pequena em desfile de escola de samba!] [Ibidem.]

 

NÃO ‹—            —› SIM

 

A dançou; o brilhou.
Pois é. Apesar docê,
enfim, é tempo de outro Dia.
No tempo da Lua,
era ocê quem mandava,
fazia e desmanchava...
Se ocê falasse, tava falado...
Se ocê quisesse, tava querido...
Se ocê não gostasse, tava desgostado...
Se ocê cismasse, tava cismado...
Sem discussão... Sem argumentação...
Prenunciava um novo ...
Vacina não comprava...
Ministro nomeava...
Ministro desnomeava...
Nas redes, só petava,
ameaçava, deturpava...
De maricas até chamou
a brava gente brasileira.
De gripezinha também chamou
a mortal PanCOVIDmia-19.
Jamais ligou para os que morreram.
Tudo bem; você nunca foi coveiro.
Por essas coisas e mais outras,
eu e everybody macacada andávamos
falando de lado,
peidando calado,
olhando enviesado,
com sodade do passado!

 

 

Foi ocê quem inventou esse estado
e toda essa escuridão.
Foi ocê que inventou o pecado,
mas, sisqueceu de inventar o perdão.
Foi ocê que inventou o quadrado
do medo, da noite, da dor e da aflição.
Eta! tempo malfadado!
Tempo de negar! Tempo de não!

 

 

 

Hoje, eu pergunto a ocê:
adonde irá se esconder
quando, tintim por tintim,
tudo for esclarecido?
Está mais do que na cara
que o apoio que ocê tinha
está minguado pra caramba
e está se acabando.
Os minions estão se alforriando.
Seus sócios estão delatando.
Todo mundo está descortinando.
As artimanhas estão se revelando.
O cerco está se fechando.
Os demônios estão vomitando.
A Justiça está chegando.
Sua sorte está desandando.

 

E chegará o momento, sim,
que esse minguado apoio, sim,
sumirá totalmente do pedaço, sim.
Nem os seus correligionários
estão agüentando mais ocê.
O binóculo está ao contrário.

 

A razão reprimida,
achincalhada e ferida
e o livre-arbítrio forçado,
obrigado e pressionado,
unidos, estão gritando de leste a oeste,
e também lá no norte e cá no sul:
— basta de não,
que deveria ter sido sim,
basta de sim,
que deveria ter sido não,
basta de depois,
que deveria ter sido já,
basta de já,
que jamais deveria ter acontecido,
basta de negação
que deveria ter sido afirmação,
basta de enrolação
que deveria ter sido ação,
basta de preconceito,
que deveria ter sido bom conceito,
basta de insolência,
que deveria ter sido condescendência,
basta de impertinência,
que deveria ter sido austeridade e prudência,
basta de não-vacinação
que deveria ter sido imunização,
basta de ,
basta de minuta,
basta de conspirata,
basta de ,
basta de news,
basta de quatro linhas,
basta de antidemocracia,
basta de anti-republicanismo,
basta de argumentos baculinos,
basta de imperativos hipotéticos,
basta de faça-se a minha vontade,
basta de fazer o povão de bucha de canhão,
basta de fazer o povão de massa de manobra,
basta de fazer o povão de massa de pau-mandado,
basta de autoritarismo infesto,
basta de religiosidade fajuta,
basta de separatividade,

 

basta de tanto achismo,
basta de tanto 'cousismo',
basta de tentativa canhestra
de golpe fedorento de Estado,
basta de erro de concordância verbal,
basta de erro de concordância nominal,
basta de tanta incompetência,
basta de tanta negligência,
basta de tanta anticiência,
basta de tanta merdolência,
basta de cobrir o Sol com peneira...

 

 

Tenho pena docê
porque sei que ocê
se dará muitcho mal.
Et cetera e tal...
E coisas e loisas...
E loisas e coisas...
Ocê é passado que passou
e que não deixou saudade.
Ocê foi um tsunami
que virou u'a marolinha.

 

É o ...

É a ...

É o ...

É o ...

É o ...

Tá tudinho na cola docê.
Pra todos eles, é como dizia o saudoso Sambarilove:
— Pau é pau, pedra é pedra.
Se sabem, sabem; se não sabem, não sabem.
Se sabem, o pau come na casa de Noca.
Se não sabem, farão de tudo pra saber.
E toca pintinho... Meu deus!

 

— Toca aqui o seu pintinho...
Toca aqui o seu pintinho...
Toca aqui o seu pintinho...
Em não querendo, não toca!
(Desculpe o gerundismo de merda.)

 

Bem, meu irmão, socê estava inteiramente por fora,
agora, ficou um tantinho por dentro:
a Lei Educativa da Causa Efeito
não favorece nem esquece,
não arrefece nem aquece,
não aborrece nem desaborrece,
não abrandece nem enrudece.
Ela é o que sempre foi-é-será,
e não está nem aí socê gosta ou não gosta.
O pau que der em São Genaro
também dará em Santo Amaro!
O vento que assobiar em Pau Miúdo
também assobiará em Braço do Trombudo.
O mal-de-bicho que desarranjar a Carolina
também desarranjará a Kydolina.
Não há mal nem bem que sempre durem,
nem bem nem mal que nunca se acabem.
Tudo é experiência.
Tudo é aprendizado.
Tudo é bom.
Tudo ajuda a mudançar.
Tudo ajuda a crescer.
Tudo é . A subtração é uma ilusão.
Manipulação, mentira e oportunismo
são nuvens passageiras,
que com o vento se vão...
São como cristais bonitos,
que se quebram quando caem...
São como certas comichões,
que aparecem e desaparecem...
São como a água do mar,
que evapora e, depois, cai como chuva...
São como os fragmentos de rocha,
que, transportados pela água dos rios, viram seixos...
Manipulação, mentira e oportunismo
em um momento são... Em, outro já não mais são...
Ocê reparou como quatro anos passam rápido?
Faça bom proveito deste rascunho.

A felicidade, segundo os habitantes da cidade ignorante é a saúde do corpo, a riqueza, gozar os prazeres da vida, satisfazer os desejos sem restrição, ser respeitado e ser admirado. E a felicidade será maior e completa quando houver todas essas coisas. As coisas contrárias a estas são a infelicidade, os defeitos do corpo, a pobreza, não gozar os prazeres, não ser livre para realizar os desejos e não se ser respeitado e admirado. [Os habitantes da cidade ignorante, em virtude não saberem perceber a diferença entre miragens + ilusões e a Atualidade Cósmica indestrutível, vivem em delírio permanente (festejando o-que-não-é), são magos negros (geralmente, inconscientes) e morrem entorpecidos (sederentos e famélicos, no deserto escaldador da ignorância).] [Ibidem.]

 

 

— Oh! Meu Deus! Por que eu fui tão assim?