Este
trabalho é uma continuação do e-book
Raymond
Bernard - Pensamentos Místicos que pode,
entre outros e-books, ser consultado no Website
Discursos
dos Iluminados de Khem
(A Escola de Mistérios de Akhenaton) – uma
das Divisões da Ordo
Svmmvm Bonvm
–
ou no Website Pax
Profundis,
cujos links para consulta, pela ordem,
são:
http://svmmvmbonvm.org/bernard.html
http://paxprofundis.org/livros/bernard/bernard.html
Este
texto se propõe a apresentar, sem qualquer comentário,
alguns fragmentos da obra A
Cidadela Oculta dos Sábios
(título
original: La
Citadelle Cachée des Sages) de autoria
de Raymond
Bernard — místico,
homem de letras e perpetuador de grandes tradições
ocidentais. É a primeira vez no mundo
(1ª edição: fevereiro de 2005) que esta
obra vem a público, e isto está sendo feito
exatamente no Brasil. Mas, está sendo feito pelo
empenho da Odem
Soberana do Templo Iniciático – OSTI
(da qual Raymond Bernard foi fundador e primeiro Grão-Mestre).
Esta obra já está disponível nas livrarias.
Gnosis Editorial Ltda.: Caixa Postal 62615, Rio de Janeiro,
RJ, telefone 2225-2970.
http://www.gnosis-ed.com.br
cartas@gnosis-ed.com.br
Mas,
o que vem a ser realmente a Cidadela?
O livro de Bernard explica através de oito epístolas
(lições místicas) que é um lugar
secreto onde Sábios-Místicos evoluidíssimos
trabalham em
silêncio
pela evolução
integral da Humanidade e pelo seu despertar espiritual.
Ainda: será a Cidadela
um lugar físico? Um simbolismo? Caberá ao
leitor decidir por uma ou por outra possibilidade, ou ainda
sintetizá-La
em um Princípio Espiritual com uma contraparte histórica
e material (objetiva) em um lugar perfeitamente definido
neste nosso Planeta Azul. A obra de Bernard é, em
última análise, uma proposta de e para uma
vivência mística a ser realizada por um período
de aproximadamente dois meses, cuja finalidade efetiva é
uma regeneração espiritual e alquímica
de cada Buscador. Não esqueçamos jamais: a
LLUZ
que procuramos está em nosso interior. É com
essa Sagrada
LLUZ que construiremos nosso Mestre-Deus interior
ad infinitum per semper. Enfim, como afirmam os
editores da obra no Brasil, literal ou simbólica
(ou ainda ambos), A
Cidadela Oculta dos Sábios é, em última
análise, uma oportunidade rara para se entrar em
contato com a mais sofisticada metafísica, com os
princípios fundamentais da 'Philophia Perennis',
e com a cidadela interior que se oculta no mais íntimo
de cada um.
Enfim,
este texto é uma contribuição modestíssima
para que uma réstia da LLUZ
divulgada na obra retromencionada possa ser difundida
para todos, como foi para mim. O verbo que define este esforço,
assim, é compartilhar.
Meu mérito, portanto, neste trabalho é zero.
Ele deve ser creditado a Raymond Bernard, à Odem
Soberana do Templo Iniciático e... a Günther(?!).
Contudo, admito que nem a OSTI, nem Raymond e nem Günther
estão preocupados com isso.
Por
último, desejo advertir que a leitura da obra A
Cidadela Oculta dos Sábios
não pode ser feita como se lê um
romance, ou mesmo como se lêem um bom livro de esoterismo
ou um texto místico. Aqueles que adquirirem o livro
compreenderão imediatamente esta afirmação,
até porque há diversos experimentos apresentados
ao longo do livro que não serão abordados
aqui. Simplesmente isso não teria cabimento. De qualquer
forma, um cálculo otimista para sua leitura é
de, no mínimo, oito semanas, para que um efeito sensível
possa ser percebido. Mas, para poder produzir este ensaio
digital eu li o livro, de certa forma, às pressas,
e fui selecionando os fragmentos que julguei mais importantes.
Evidentemente, quando concluir este trabalho relerei a obra
como ela deve ser lida: muito devagar e refletidamente.
Acho que não devo adiantar mais nada. Seria tão
inútil quanto deletério.
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Aguarde
um pouco a animação terminar.
Sintetizo a obra de Bernard neste flash.
Para assisti-lo melhor tecle F11.
Para voltar torne a pressionar F11. |
(Fiz
pequeníssimas edições em alguns raros
excertos para poder apresentá-los desta forma e para
facilitar a compreensão dos leitores. Nada, contudo,
foi alterado, pois qualquer alteração seria
simplesmente uma infâmia. As animações
são de minha única e inteira responsabilidade.
Foram incluídas para estimular determinadas associações
mentais.)
O dogmatismo é de natureza sectária. Ele
é seu próprio limite e sempre reconduz a si
próprio, nada reconhecendo fora daquilo que representa
e rejeitando
como imitação ou plágio o que não
está sob seu controle.
(Introdução).
Uma das qualidades primeiras do autêntico aspirante
ao estado de adepto é a humildade. (Primeira
Epístola).
... a dúvida se justifica se não há
experiência pessoal. (Primeira Epístola).
[As
quatro torres da Cidadela Oculta dos Sábios] são
símbolos dos quatro quatro pontos do horizonte, das
quatro estações, dos quatro 'degraus' ou graus
e de várias outras 'luzes'. (Primeira Epístola).
...
todos os seres, em toda a criação, em qualquer
nível que se situem, 'existem', e ... desse simples
fato decorre ... [que têm] também
uma tarefa essencial no conjunto do criado. (Segunda
Epístola).
...
cada um... é, no Universo, não um acaso, mas
uma necessidade... não há um único
homem ou uma única mulher – para nos limitarmos
exclusivamente à nossa Terra e ao gênero humano
– que não tenha a sua razão de ser e,
por isso mesmo, um papel eminente entre os outros, tanto
no visível quanto no invisível. (Segunda
Epístola).
...
a verdade sempre esteve presente na Humanidade, mesmo que
seu sentido só seja apreendido no momento mais oportuno
para consciência coletiva e individual. (Segunda
Epístola).
...
nosso papel ou missão na vida – um
papel ou missão únicos para cada um
– serão tão mais objetivamente percebidos
quanto mais o cumprirmos com maior compreensão e
tendo em mente as diferenças de mentalidade...
De qualquer maneira, o papel que nos cabe individualmente
é realizado... tenhamos nós ou não
plena consciência dele. (Segunda Epístola).
Há
três tipos de práticas que aqueles que buscam
a Iluminação devem compreender e realizar:
inicialmente, o treinamento através de uma boa conduta;
em segundo lugar, a concentração do espírito;
e, em terceiro, a sabedoria. (Terceira Epístola).
...
aquele que busca a Iluminação não deve
demorar-se em afastar os desejos mundanos hoje, em dissipar
os apegos e os maus desejos amanhã, e em esperar
a Iluminação depois de amanhã.
(Terceira Epístola, citação de um livro
budista).
Ignore
os ataques da ignorância. A
ignorância é uma doença eficazmente
curada com o passar do tempo. (Quarta Epístola).
Amar,
amar sem nada exigir em troca, amar, simplesmente amar.
(Quarta Epístola).
A
harmonia original estabelecida na criação...
não pode ser alterada [pelos
erros cometidos pelo homem]. (Quarta Epístola).
Reconhece, assim, naquele que aparece para a tua mentalidade
restritiva como oponente, e até mesmo como inimigo,
o obstáculo divino graças ao qual as portas
da Iluminação estão amplamente abertas
ao homem que busca o Infinito. Um tal obstáculo não
passa de aparência e o Amor que persevera o reduz
e dissolve. (Quarta Epístola).
Nada é [ou poderá ser] dominado pela
arrogância ou pela agressividade, nem pela indiferença
ou pelo desprezo, mas unicamente por uma paciência
acima de si mesma e pela calma amorosa de uma doçura
que mistura a firmeza da certeza, se ela é verdadeira,
à ternura da humana compreensão. (Quarta
Epístola).
Paciência numa vontade incessante de manter ou de
estabelecer a paz — tal é o imperioso dever
na busca do Adeptado. (Quarta Epístola).
Quem são os outros? Eles são nosso reflexo;
eles valem tanto quanto nós. (Quarta
Epístola).
... a Realidade torna necessário morrer [iniciaticamente]
para nascer, e sofrer para conhecer a verdadeira Alegria
da Eternidade em Si. (Quarta Epístola).
A impermanência – lei fundamental do ambiente
que criamos – de maneira contínua, por nós
mesmos, individualmente, constitui a ilusão maior
sem a qual, no entanto, o Si são poderia jamais nascer
em si mesmo, quer dizer, refletir-se, conferindo-lhe vida,
na sua Criação. (Quarta Epístola).
Geralmente, o estudo dos temas transcendentais se faz a
partir do vivido, do sentido, do múltiplo, para chegar
a uma síntese que conduzirá, finalmente, ao
estado de 'saber', onde ciência e consciência
não se distinguem mais. (Quarta
Epístola).
Irmão: a Porta é estreita, e é, no
entanto, por Ela que devemos entrar. Somente Ela leva à
Vida... (Quarta
Epístola).
... para incorporar toda a sua força e valor, o símbolo
deve ser reproduzido pessoalmente
por cada um. É
importante, por outro lado, saber que o símbolo deve
ser revelado e 'construído' progressivamente.
(Quinta Epístola). (Grifo meu).
... bem no início de nosso caminhar de 'Buscadores',
a Iniciação
ensinou-nos a grande lição da Discrição,
da Reserva
e do Silêncio...
(Quinta
Epístola). (Grifos meus).
Livra-te de tudo o que te impede de ser luz e pura visão
a fim de que possas ver a Luz, e que nada se interponha
entre ti
e ti...
(Quinta
Epístola). (Grifos meus).
Para ver o Belo em Si é necessário desviar-se
de todas as belezas terrestres. (Quinta
Epístola).
As regiões do Universo são diferentes em valor.
A regiões desiguais correspondem almas desiguais.
A locais dessemelhantes, almas dessemelhantes... (Quinta
Epístola).
... a passagem ao inteligível não é...
uma alteração de lugar, mas de olhar e de
claridade. (Quinta
Epístola).
... uma existência é, segundo a Lei Universal,
avaliada unicamente a partir da ação, e não
das crenças professadas. (Quinta
Epístola).
... pense, anote, trabalhe... A Luz se encontra no fim do
Caminho... (Quinta
Epístola).
A prece faz aquele que ora sair da sua natureza humana...
Considerada no plano esotérico, a prece consiste
na contemplação da perfeição
divina com um coração liberto de qualquer
outra idéia, em ver em toda a criação
uma única existência – a do Ser Único.
(Sexta
Epístola).
... é exatamente o segredo que dá força,
vigor e realidade permanentes à experiência,
à revelação. (Sétima
Epístola).
... todo apelo, toda prece dirigida ao invisível,
de qualquer maneira que seja, na angústia e na necessidade,
é imediatamente sentida, e o necessário é
feito. (Sétima
Epístola).
... no Universo, tudo o que constitui uma força
é representado de uma maneira específica,
sendo este o caso também no tocante aos domínios
da Iniciação, da formação interior,
da evolução e, em última análise,
da reintegração. (Oitava
Epístola).
... é tão importante que se estabeleça
entre os seres humanos a fraternidade baseada na tolerância,
na compreensão e na participação de
cada um nas atividades dos outros. (Oitava
Epístola).
Ninguém deve sentir-se à parte ou excluído;
na verdade, todos não passam de um sob múltiplos
aspectos e ocupações diversas. (Oitava
Epístola).
... você não está jamais sozinho,
tanto na alegria quanto na prova. (Oitava
Epístola).
A criação não deixa de estender-se,
mas ela se estende em cada um e se torna o que cada um estabelece
para si mesmo o que ela é. (Oitava
Epístola).
...
o tempo é chegado, a nova era instalou-se e a Humanidade
partiu 'em conjunto e individualmente' para uma nova grande
etapa. Isto significa que, mais do que nunca, é necessário
viver e aprender a viver. (Oitava
Epístola). (Grifos meus).
BERNARD,
Raymond. A cidadela oculta dos sábios. Tradução
de Mário Willmersdorf Jr.. Revisão e supervisão
do texto de Marco Antonio Coutinho. 1ª edição.
Rio de Janeiro: Gnosis Editorial Ltda, 2005.