O
Dr. Harvey Spencer Lewis foi simplesmente um homem excepcional. Sâr
Alden dedicou toda a sua vida ao Misticismo Rosacruz, e ajudou a proporcionar
a inúmeros estudantes de Rosacrucianismo a possibilidade de caminharem
ao encontro da LLuz Maior. Esta LLuz
Maior, na realidade, é consubstancializada na edificação
do Mestre-Deus-Interior de cada Rosacruz sincero que não abandona
a Peregrinação.
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Harvey
Spencer Lewis |
Dentre
os diversos livros que escreveu, particularmente para a primeira parte
deste despretensioso ensaio utilizarei como fonte de referência
a obra Autodomínio e o Destino com os Ciclos da Vida,
publicada pelo Departamento de Publicações da antiga Grande
Loja do Brasil, subordinada à Suprema Grande Loja da AMORC,
3ª edição em português, de 1965, Curitiba,
Paraná. A obra se baseia na premissa de que o Homem é,
essencialmente, o criador do seu ambiente e das circunstâncias,
e, não, um produto deste meio. Isto considerado, delimitarei
este ensaio ao estudo dos períodos simples da vida humana, examinados
pelo Autor no capítulo V da referida obra.
Isto
considerado, o Dr. Lewis nos ensina que a vida humana se divide em uma
sucessão de períodos, cada período tendo uma duração
aproximada de 7 (sete) anos, e cada ano com duração também
aproximada de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Primeiro
Período - de 0 a 7 anos: São firmadas as bases da educação
e do desenvolvimewnto cultural. Este período, praticamente, está
voltado para as descobertas das manifestações do plano
objetivo.
Segundo
Período - dos 7 aos 14 anos: Este é o período no
qual ocorrem as primeiras mudanças físicas no desenvolvimento
humano, que devem estar concluídas antes de o período
terminar.
Terceiro
Período - dos 14 aos 21 anos: Neste período prevalece
o desenvolvimento psíquico. O Dr. Lewis adverte que é
neste estágio da evolução do ser que aparece o
senso de responsabilidade, despertando no ente dignidade, amor próprio
e caráter.
Quarto
Período - dos 21 aos 28 anos: Desabrochamento da natureza emocional
que havia sido despertada no período anterior. Começa
o processo de despertamento da intuição, da telepatia,
da psicometria inconsciente e de outras faculdades psíquicas
semelhantes.
Quinto
Período - dos 28 aos 35 anos: A harmonia com a Consciência
Cósmica se intensifica. É neste período que, geralmente,
os seres alcançam seus maiores sucessos profissionais e pessoais.
E é neste período também que pode acontecer a súbita
realização da Illuminação
Cósmica. Foi exatamente neste espaço de sete anos que
os grandes pensadores e os avatares conhecidos realizaram suas maiores
obras e foram Illuminados.
Sexto
Período - dos 35 aos 42 anos: Este é o período
culminante da vida de um ser humano, e ele sente a íntima necessidade
de retribuir ao Cósmico e à Humanidade alguns benefícios
já desfrutados.
Sétimo
Período - dos 42 aos 49 anos: A mente humana se inclina agora
para a religião, para o misticismo e para a filosofia. O sentimento
de solidariedade se intensifica e alguma forma de voluntariado tem início.
Oitavo
Período - dos 49 aos 56 anos: Inicia o processo de retraimento
das ambições pessoais e do egoísmo. Reduz-se também
a vitalidade com paralelo aumento de uma harmonia mental e psíquica.
Começa a oscilação do pêndulo pendendo mais
para o lado espiritual do que para o físico.
REALIDADES |
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ATUALIDADES |
Nono
Período - dos 56 aos 63 anos: São intensificadas as manifestações
do período anterior. Aos 63 anos o ser completa nove ciclos de
sete anos e, concomitantemente, sete ciclos de nove anos.
Destas
resumidas considerações, é de se esperar que o
processo de desenvolvimento global do ser seja uma sucessão de
episódios harmônicos ao mesmo tempo que ascensionais. Preparei
a animação abaixo para resumir este entendimento, mas
não significa que este processo termine no décimo período,
aos setenta anos, como a animação mostra. Isto é
apenas um resumo pictórico animado para fixar estes conceitos
de forma visual.
Bem,
estas divisões não são absolutamente exatas, como
também as sínteses apresentadas para cada período
não se verificam para todas as pessoas, ou podem, por outro lado,
ser mais marcantes em uns do que em outros. Há que ser considerado
também que existem outras possibilidades cíclicas relativas
aos períodos simples da vida humana que não foram abordadas
pelo Dr. Lewis. Eu vou rapidamente comentar duas delas. Primeiro: os
Rosacruzes admitem que, em média, um ciclo encarnativo
completo dura ordinariamente 144 anos, isto é, de um nascimento
a outro nascimento (quando isto pode se realizar e se realiza). Isto
foi minuciosamente explicado por Sâr Alden. Mas, se dividirmos
144 por 7 encontraremos a dízima periódica 20, 571428...
Então, por outro lado, se dividirmos ao meio os 144 anos, poderemos
admitir que aos 72 anos – por assim dizer, o meio do Caminho –
o ser iniciaria o processo de desvencilhamento de suas vinculações
materiais de forma mais acelerada, ou seja, estará progressivamente
mais imerso em faixas vibratórias mais elevadas, se tornará
mais introspectivo, como que em uma seqüência mística
preparatória para a sua Grande Iniciação. Uma outra
possibilidade, a segunda, é considerarmos o ciclo de 111 anos.
Este número, tanto via Arqueômetro como no domínio
da KaBaLa, está vinculado ao Valor Pleno da letra
ALePh (A = 1, L = 30 e Ph = 80), isto
é, 1 + 30 + 80 = 111. Cento e onze dividido por três é
igual a trinta e sete. Assim, teríamos três períodos
de 37 anos, com o último começando aos 74 anos, o que
é próximo de 70 anos e de 72 anos. Eu preciso repetir
que esses ciclos, de qualquer forma, não são impositivos,
determinantes ou invulneráveis. Basta se olhar para o passado
de muitos místicos que se observarão grandes oscilações.
Por outro lado, uma parcela ponderável de seres humanos chega
aos 50, 60 e 70 anos com atitudes e reações de jovens
pubescentes. Os diversos ciclos, portanto, são mais pontos de
referência de uma desejada normalidade cósmica, que na
imensa maioria das vezes lamentavelmente não se efetiva.
Por
último, trarei para mesa de discussão as recentes reflexões
de +Vicente Velado,
FRC
e Abade Especial para o Terceiro Mundo da Ordo
Svmmvm Bonvm.
|
+Vicente
Velado - Illuminatus |
Resumindo
as especulações místicas do Frater +Velado, tem-se:
A
Vida de um Místico autêntico forma um todo perfeitamente
concatenado e harmonizado, dividido, no entanto, em 'três
partes distintas',
e que se integram para o cumprimento de uma missão cósmica
que deve se efetivar ATÉ os 63 anos de idade.
Primeiro
Período: do nascimento aos 12 anos de idade. 12 = 1 + 2 = 3.
Primeiro Triângulo na Vida de um Místico.
Segundo
Período: dos 12 aos 33 anos de idade. 33 = 3 + 3 = 6. Estrela
Hexagonal da Grande Fraternidade Branca. Segundo Triângulo na
Vida de um Místico.
Terceiro
Período: Concui-se aos 63 anos de idade. 63 = 6 + 3 = 9. Estrela
de Nove Pontas. Terceiro Triângulo na Vida de um Místico.
Há,
todavia, um QUARTO PERÍODO: Conclui-se aos 93 anos de idade.
93 = 9 + 3 = 12 —› 12 = 1 + 2 = 3. Estrela de Doze Pontas.
Poucos seres humanos fecham a Estrela de Doze Pontas, ou seja, o Quarto
Período da existência pessoal em mundos, e entre estes
há pouquíssimos místicos. Para ler o ensaio
integral dirija-se a:
http://svmmvmbonvm.org/63.htm
Penso
que eu posso sintetizar estas reflexões do Frater +Velado na
seguinte animação:
Como
reflexão final preciso dizer que estudando essa matéria
há décadas eu não poderia desqualificá-la
sob qualquer aspecto. O que não posso aceitar é que alguém
admita que as características de um período não
possam se manifestar plenamente em outro, ou que se espere que um período
tenha início para só então dar atenção
às peculiaridades a ele concernentes. Os períodos –
tanto quanto os corpos siderais – inclinam, mas não são
determinantes de nada – não são impositivos. O fator
determinador é o ente e só o ente. E a palavra ou conceito
que regula tudo isso é MÉRITO.
Nada nem ninguém
podem fazer o trabalho que cabe a cada um de nós realizar.
As
pessoas são diferentes, têm origens cósmicas diferentes
e, em acréscimo, há a questão do livre-arbítrio.
Ou, em última análise, como deixou escrito o Dr. Harvey
S. Lewis: as manifestações na vida de cada pessoa
estão de acordo com o grau de desenvolvimento de cada um. Não
é possível negar os efeitos da evolução
hereditária, nem os efeitos evolucionários das gerações
sucessivas. Ou seja: as pessoas progridem de maneira diversa e
individual e coletivamente como se estivessem percorrendo as várias
oitavas de um teclado de um piano com acelerações exclusivamente
pessoais. E, por causa disso, não há seres mais importantes,
especiais ou escolhidos. Somos todos irmãos conformando uma
UNIDADE CÓSMICA IRREDUTÍVEL e
tão importantes quanto um micróbio, um macaco ou uma galáxia.
VAMOS TRABALHAR!
Um
último acréscimo é importante
que seja feito: há uma diferença inconciliável
entre Ciclos
e Períodos.
Os Ciclos
se aplicam a todas as pessoas, como uma regra geral, pouco importando
se se trata de ateus, de místicos ou de profanos sem qualquer
questionamento ante a Vida. Explicando melhor esses dois conceitos que
parecem ser sinônimos mas não são: os Ciclos
vigem inexoravelmente e não podem ser alterados, além
do que, por serem ciclos, se repetem ao longo da vida das criaturas.
Já os Períodos
não se repetem, valem unicamente para os Místicos
e Ocultistas e
podem ser alterados por estes – desde que tenham adquirido o Domínio
da Vida.
Conclusivamente: à medida que um Místico
e/ou um Ocultista
(com M e O
Maiúsculas) avançam em seus estudos e caminham na interminável
Senda Peregrinante
rumo à ETERNA
LLUZ, menos
o aparente acaso tem ação ou poder sobre eles, porque,
exatamente por terem aprendido as Leis
e os Princípios
que regem e regulam as manifestações da vida (reflexo
da Vida),
menos estão sujeitos às injunções do acaso.
Transmutaram-se em especialistas na Arte
de Viver porque simplesmente
adquiriram a Compreensão
do como
e do porquê.
Em conclusão, escolho as palavras SERENIDADE
e SABEDORIA
para adjetivar estes últimos pensamentos.