Rodolfo Domenico
Pizzinga
Antes,
eu chorava por frivolidades;
hoje,
choro por mil e todas as piedades.
Oh!,
Deus! Por que tanta inanidade?
Derrotas,
ilusões, amores perdidos;
mazelentos,
sem-picas,
desvalidos.
Está
a vir! Posso sentir! A lenidade!
Antes,
eu chorava pela pilantropia;
hoje,
comovido, choro por filantropia.
Oh!,
Deus! Por que tanta quimera?
Outrora,
três vermelhos sem canastra;
agora,
escravos a suportar uma lastra.
Está
a vir! Posso sentir. Uma Nova Era!
Antes,
eu chorava mais por mim;
hoje,
choro pela dor mundial sem-fim.
Oh!,
Deus! Hei-de acudir cada a Flor.
Algo de muito profundo
aconteceu.
Pouco
ligo para mim; não sou só eu!