GRANDES ARROZAIS DA CHINA
(E A CANÇÃO QUE ENSINA)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

Música de fundo:
Barking Dog  (.¡¶¹þ°Í¹·¡·)

Fonte:
http://www.shaolincuritiba.com.br/musica.html

 

 

 

Sim: — Eppur si muove,

Disse o Grande Galileu.

Mas, quem não chegar ao Nove,

Fatalmente não Viveu!

 

Sim, é verdade, a Terra gira.

Mas, faremos de tudo um inferno,

Enquanto só tivermos em mira

Transformar a vida em averno.

And, yet, it does move,

Verteram os americanos.

Mas, ferindo o DEZENOVE,

Dizimam os iraquianos.

 

DEZENOVE   PALAVRAS
Mestre Apis
http://svmmvmbonvm.org/mitm.htm

 

Shalon, shalon, meu irmão!

Cumprimentam-se os judeus.

Aos palestinos só canhão.

Depois, 'conversam' com Deus!

 

Yom Kipur, Dia do Perdão?

Thanksgiving, Ação de Graças?

Perdão galopando um canhão?

Graças por parir desgraças?

 

Isso tudo é uma grande hipocrisia

Da melhor e mais alta qualidade.

Mas, se eu pudesse, transformaria

Guerras na mais linda fraternidade.

 

Não bebemos a mesma água

E fruímos o mesmo ar?

Por que, então, tanta mágoa?

Por que, então, arrasar?

 

 

Vejam os arrozais da China!

Ouçam a criança cantar!

Cantem como a menina!

Vamos nos alegrar!

 

Nhá, nhá, ió, ió, nhá, nhá, ió, ió.

A menina canta, mas eu não entendo.

Ió, ió, nhá, nhá, nhá, nhá, ió, ió.

Eu gosto, entretanto não compreendo.

 

Quando ouvi All the Way,

Eu só doze anos tinha.

Adorei, vibrei e chorei.

Não entendi palavrinha.

 

Palavras são meras palavras

Para justificar a razão.

Mas, tão-só em nossas lavras

Ouviremos a Voz da Canção.

 

E a Terra, girando em seu eixo,

Não se cansa de ensinar:

— Façam como o pequeno seixo,

Que se empenha em burilar!

 

 

De facetado em redondo

Ele vai se transformando.

Em silêncio e sem estrondo

Ele vai se transmutando.

 

 

Vivendo como vivemos

Só criaremos atritos.

Ou será que não sabemos

Que só gerarão conflitos?

 

O sentir isolação,

É por só olhar para fora

E nunca para o Coração.

Que tal fazer isso agora?

 

Amanhã, talvez, seja tarde

Para iniciar a Peregrinação.

Ela é infensa ao alarde

E a qualquer malversação.

 

Para os que perseverarem

Em silêncio e com devoção,

E a todos os seres amarem,

Paz Profunda sentirão.

 

 

 

 

Contemplem os arrozais,

Meditem na exortação:

Com desamor jamais

Será feita a Santa União!

 

Precisamos ser solidários.

Temos que nos dar as mãos,

Para não findarmos solitários,

Mergulhados em nossos nãos.