Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

 

Há alguns dias publiquei um trabalho sobre os pensamentos e as reflexões de Nelson Rolihlahla Mandela. Lá escrevi o seguinte:

 

... há uma diferença inconciliável e abissal entre ser um revolucionário e ser um terrorista. O Mestre Jesus, Mohandas Karamchand (Mahatma) Gandhi (Nova Déli, 2 de outubro de 1869 – Nova Déli, 30 de janeiro de 1948), Ernesto Che Guevara (Rosário, Argentina, 14 de junho de 1928 – La Higuera, Bolívia, 9 de outubro de 1967) e Nelson Mandela, por exemplo, não foram terroristas; foram revolucionários. Isto precisa ser bem explicado. Um revolucionário é favorável à quebradura dos sistemas jurídico, político, social, econômico e/ou cultural vigentes, com a subseqüente formação de um novo sistema, com ou sem luta armada. Para o filósofo-político, historiador do pensamento político e senador vitalício italiano Norberto Bobbio (Turim, 18 de outubro de 1909 – Turim, 9 de janeiro de 2004), revolução é a tentativa, que não precisa ser acompanhada do uso da violência, de derrubar as autoridades políticas existentes e de as substituir, a fim de efetuar profundas mudanças nas relações políticas, no ordenamento jurídico-constitucional e na esfera sócio-econômica. Assim, sem erro, pode-se considerar que Jesus e Gandhi foram os dois maiores revolucionários que a História conheceu e registrou. Jesus foi um revolucionário do Amor e do Sumo Bem; o Mahatma Gandhi foi um revolucionário da Paz e da Liberdade – um defensor ativo, laborioso e enérgico do satyagraha (o caminho da verdade, princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como meio de fazer a revolução. Já, por outro lado, um terrorista se serve de um método que consiste no uso de violência, física ou psicológica, contra a ordem estabelecida, através de ataques metódicos e organizados a um governo ou à população que o legitimou, de modo que os estragos psicológicos ultrapassem largamente o círculo das vítimas para incluir o resto do território. Há dois tipos básicos de terrorismo: 1º) O terrorismo seletivo que visa atingir diretamente um indivíduo ou um grupo específico de indivíduos. Seletivo significa que tem em mira um alvo reduzido, limitado, específico e conhecido (preestabelecido) antes de ser efetuado o ato terrorista. Objetiva, fundamentalmente, chantagem, vingança ou eliminação de um obstáculo. Considera-se terrorismo porque tem efeitos camuflados e efeitos políticos, e pretende pôr em causa uma determinada ordem estabelecida; e 2º) O terrorismo indiscriminado ou aleatório que se destina a fazer um dano irreparável a um agente indefinido ou considerado irrelevante. Geralmente não há um alvo estabelecido previamente. Este tipo de terrorismo visa a propagação do medo geral na população e intenciona alcançar seu objetivo por um sentimento geral de instabilidade e de insegurança. Exemplos: colocação de bombas em cafés, parques de estacionamento, prédios (públicos ou privados), hotéis, mercados, templos religiosos, metrôs etc. Dois dos piores ataques terroristas deste Terceiro Milênio – que talvez possam ser considerados uma mistura dos dois tipos acima, pois os alvos foram preestabelecidos, mas se destinaram a produzir danos irreparáveis e comoção mundial – foram o nine-eleven (ataque contra as torres gêmeas do World Trade Center, em New York City, em 11 de setembro de 2001), com 3.234 mortes (incluindo 19 terroristas) e desaparecimento de 24 pessoas, e o atentado praticado no metrô espanhol, também conhecido como 11-M, que deixou 191 mortos e 1.700 feridos em Madri, em 11 de março de 2004. Há, ainda, o terrorismo de Estado caracterizado e praticado por governos ou regimes ditatoriais, autoritários ou totalitários, em que os direitos individuais ou de variados grupos são absurda, preconceituosa e sistematicamente violados. O terrorismo de Estado visa a eliminação física de minorias étnicas ou dos adversários de um regime. Este tipo de terrorismo, idealizado e apoiado pelos órgãos de inteligência dos Estados Unidos da América, foi comum nos Governos ditatoriais e autoritários da América do Sul dos anos 1970 para o enfrentamento dos movimentos de extrema esquerda, notadamente no Brasil, no Chile e na Argentina, como foi o caso da Operação Condor – uma aliança político-militar entre os vários regimes militares da América do Sul (Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai) catervamente criada nas sombras da noite com o objetivo sinistro e desumano de coordenar a repressão a opositores dessas ditaduras instaladas naqueles seis países do Cone Sul. Voltando um pouco mais no tempo, pela enegésima vez, recordo que as bombas nucleares (Little Boy, com 13 quilotons de potência, e Fat Man, com 25 quilotons de potência) lançadas por ordem do então presidente americano Harry S. Truman (Lamar, Missouri, 8 de maio de 1884 – Kansas City, Missouri, 26 de dezembro de 1972) sobre o Japão (respectivamente sobre Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, e sobre Nagazaki, em 9 de agosto de 1945) foi o maior, o mais sangrento, o mais anti-humano e o mais vergonhoso duplo atentado terrorista estatal já praticado até hoje na História conhecida da Humanidade. Mais de 170 mil civis perderam a vida (muitos por sublimação instantânea) em um ataque que, sabidamente, não tinha como objetivo vencer a guerra, pois ela já estava mais do que ganha, mas fazer uma demonstração de força para a União Soviética.

 

A Batalha de Alcácer-Quibir – ainda hoje conhecida em Marrocos como a Batalha dos Três Reis – travada no verão de 1.578, em Alcácer-Quibir, entre os portugueses liderados por D. Sebastião e os muçulmanos de Marrocos, o genocídio de nativos na América do Norte com uma estimativa de mortos de 3 milhões de indivíduos, o genocídio de tutsis em Ruanda em 1.999 com uma estimativa de mortos de 800 mil indivíduos, a Guerra da Tríplice Aliança (união entre Brasil, Argentina e Uruguai para lutar contra o Paraguai na Guerra do Paraguai entre 1.864 e 1.870) com cerca de 300.000 mortos entre militares e civis, a anexação do Tibete como província, em 1.950, pelo regime comunista da China, as vítimas da repressão estalinista (executados: 1,5 milhão; fome e privações nos gulags: 5 milhões; deportados: 1,7 milhão; prisioneiros civis: um milhão), a invasão do Iraque, a ocupação do Afeganistão, os genocídios cometidos na Bósnia e Herzegovina, na Croácia e no Kosovo perpetrados por Slobodan Miloševic (Požarevac, 20 de agosto de 1.941 – A Haia, 11 de março de 2.006) durante a década de 1.990 e as incursões de Israel no Líbano e na Faixa de Gaza são mais alguns exemplos de formas desproporcionais e medonhas de terrorismo de Estado. Mas, salvo melhor juízo, o mais repugnante terrorismo de Estado orquestrado foi o cometido pelo Dezoito (Braunau am Inn, 20 de abril de 1889 – Berlim, 30 de abril de 1945) e pelos seus esquizofrênicos asseclas nazistas durante a Segunda Grande Guerra. Entretanto, tudo isto pode e deve ser perdoado, mas jamais deverá ser esquecido! Melhor se pudermos compreender o porquê destas coisas. Compreender facilita o perdão e o satyagraha, e libera do envolvimento/envenenamento psíquico com estes tipos de horrores.

 

Enfim, como é próprio da natureza humana, o que é profundamente lamentável, os opressores de povos acusam de terroristas os revolucionários, para poder massacrá-los a pretexto de combater o terror, quando eles, os opressores, é que são os verdadeiros terroristas. O nome disto é hipocrisia, algo que Jesus fez questão de execrar, na pessoa geral dos fariseus.

 

 

Podemos discordar do Che; eu mesmo não concordo com algumas coisas que ele disse e com diversas coisas que ele fez mundo afora, particularmente com as execuções sumárias que ele pessoalmente aprovou quando fez parte do Tribunal Revolucionário de Havana. Mas, que não nos iludamos: homens como Ernesto Guevara, não encarnam por acaso e não assumem as responsabilidades que ele assumiu também por acaso. Aliás, o que acontece por acaso no Universo? E eu serei o último homem deste Universo que julgaria ou que condenaria homens como Nelson Rolihlahla Mandela e o Che ou mesmo quem quer que seja. Sinceramente, sempre procuro ver o belo e bom em cada ser humano, e não há coisa mais bela do que este ensinamento do Che: Não basta que seja pura e justa a nossa causa. É necessário que a pureza e a justiça existam dentro de nós. Enfim, eu só gostaria de saber o que se passou depois na cabeça dos reaças que mandaram matá-lo e dos paus-mandados que cumpriram a ordem e o mataram. Não satisfeitos com a matança, logo após a morte de Che, amputaram suas mão para servir como troféu para um bestial qualquer. Como classificar uma boçalidade destas? E depois? Será que esses filhos-da-puta choraram? Entraram em desespero? Ou, se pudessem, matavam-no de novo? Quanto a mim, sinto a mesma compaixão por Che quanto por seus algozes.

 

Bem, este é mais um trabalho em que listei alguns pensamentos e algumas reflexões de um doutor que optou por ser Revolucionário. Este Revolucionário (com a letra R grafada com letra maiúscula) é Ernesto Guevara Lynch de La Serna, nome com que o Che tem seu prontuário registrado na Polícia Federal da Argentina.

 

 

 

 

Cronologia

 

 

 

 

14 de junho de 1928: Ernesto Guevara Lynch de La Serna nasce em Rosário, na Argentina.

1933: A família de Che se muda para Alta Gracia.

1937: Guevara começa a freqüentar a escola primária.

1942: Começa os estudos secundários no Colégio Nacional Dean Funes.

1943: Guevara e sua família se mudam para Córdoba.

1946: Che termina os estudos secundários.

1947: Mudam-se para Buenos Aires, onde Guevara ingressa na faculdade de Medicina.

1950: Che viaja de motocicleta pelo norte da Argentina.

1951: Trabalha por seis meses como enfermeiro em campos de petróleo.

1952: Viaja pela América Latina ao lado do amigo Alberto Granado; trabalha como voluntário em um hospital para leprosos no Peru.

1953: Forma-se na faculdade de medicina; visita a Bolívia e outros países latinos antes de chegar à Guatemala.

1954: Viaja para o México.

1955: Conhece Fidel Castro e se une ao Movimento Revolucionário 26 de Julho, ou M26, em referência ao assalto ao Quartel Moncada, onde, em 26 de julho de 1953, Fidel Castro liderou uma ação militar na qual tentava tomar a principal prisão de presos políticos em Santiago.

1956: Chega a Cuba.

1957: Torna-se guerrilheiro na Sierra Maestra (de onde é iniciada a luta contra o presidente cubano Fulgencio Batista, que era apoiado pelos Estados Unidos) e é promovido a comandante.

1958: Captura a cidade de Santa Clara; o ditador Fulgrncio Batista deixa Cuba.

1959: É indicado comandante do forte La Cabaña; nomeado presidente do Banco Nacional de Cuba.

1960: Encontra-se com Mao Tse-tung.

1961: É nomeado Ministro cubano das Indústrias. Em agosto, esteve oficialmente no Brasil, quando foi condecorado pelo então Presidente Jânio Quadros com a Grã Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. Em 1° de dezembro de 1961, Fidel Castro declarou que a revolução cubana se tornara marxista-leninista.

1964: Decide deixar Cuba; fala em discurso à ONU; viaja pela África.

1965: Escreve uma carta de despedida para Castro; viaja para o Congo para dar início a uma guerrilha.

1966: Vive clandestinamente na Tanzânia e depois em Praga; volta para Cuba e segue para Bolívia.

1967: Lidera operações de guerrilha. É capturado em Quebrada del Yuro e morto em 9 de outubro de 1967 na aldeia de La Higuera, na Bolívia. A imagem do Che é mítica em toda a América Latina. Na localidade onde foi assassinado, ergue-se atualmente uma estátua em sua homenagem. Ironicamente passou a ser conhecido na região como San Ernesto de La Higuera e a ser cultuado como santo pela população local, que o ignorara quando esteve vivo dentre eles.

Em 17 de outubro de 1997 seus restos mortais são enterrados em Cuba com honras de Chefe de Estado, na presença de membros da sua família e do líder cubano e antigo companheiro de revolução Fidel Castro.

Foi considerado pela revista norte-americana Time Magazine umas das cem personalidades mais importantes do século XX. Na Argentina, foi eleito o maior político argentino do século XX, obtendo 59,8% dos votos, em enquete feita por TV.


 

 

 

Che Guevara
Pensamentos e Reflexões

 

 

 

 

A argila fundamental de nossa obra é a juventude. Nela depositamos todas as nossas esperanças e a preparamos para receber idéias para moldar nosso futuro.

 

Nós que, pelo império das circunstâncias, dirigimos a revolução, não somos donos da verdade, menos ainda de toda a sapiência do mundo. Temos que aprender todos os dias. No dia em que deixarmos de aprender, que acreditarmos saber tudo ou que tivermos perdido nossa capacidade de contato ou de intercâmbio com o povo e com a juventude, será o dia em que teremos deixado de ser revolucionários e, então, o melhor que vocês poderiam fazer seria jogar-nos fora...

 

Lutam melhor os que têm belos sonhos.

 

O Socialismo econômico sem a moral comunista não me interessa. Lutamos contra a miséria, mas ao mesmo tempo contra a alienação. Se o Comunismo passa por alto os fatos da consciência, poderá ser um método de repartição, mas já não é uma moral revolucionária.

 

O nosso sacrifício é consciente. É a quota a pagar pela liberdade que construímos.

 

Não é possível destruir uma opinião com a força, porque isto bloqueia todo o desenvolvimento livre da inteligência.

 

A farda modela o corpo e atrofia a mente.

 

Vocês, estudantes de todo o mundo, jamais se esqueçam de que por trás de cada técnica há alguém que a empunha, e que esse alguém é uma sociedade e que se está a favor ou contra essa sociedade. Que no mundo há os que pensam que a exploração é boa e os que pensam que a exploração é ruim, e que é preciso acabar com ela. E que mesmo quando não se fala de política em nenhum lugar, o homem político não pode renunciar a essa situação imanente à sua condição de ser humano. E que a técnica é uma arma e que quem sinta que o mundo não é tão perfeito quanto deveria ser deve lutar para que a arma da técnica seja posta a serviço da sociedade, e antes, por isso, resgatar a sociedade, para que toda técnica sirva à maior quantidade possível de seres humanos, e para que possamos construir a sociedade do futuro – qualquer que seja seu nome – essa sociedade com a qual sonhamos e a que chamamos, como lhe chamou o fundador do Socialismo Científico, 'o Comunismo'.

 

Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros...

 

Acima de tudo, procurem sentir, no mais profundo de vocês, qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. É a mais bela qualidade de um revolucionário.

 

Não basta que seja pura e justa a nossa causa. É necessário que a pureza e a justiça existam dentro de nós.

 

Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética.

 

Só há uma coisa maior que o amor pela liberdade: é o ódio por quem a tira.

 

Não quero nunca renunciar à liberdade deliciosa de me enganar.

 

Nossos filhos devem possuir as mesmas coisas que as outras crianças, mas eles devem também ser privados daquilo que falta às outras crianças.

 

Eu não sou um Cristo nem um filantropo. Eu sou totalmente o contrário de Cristo, e a filantropia parece não ter nenhum valor em comparação ao que eu acredito. Eu vou lutar com todas as armas ao meu alcance ao invés de me deixar ser perfurado à uma cruz ou algo do tipo.

 

O conhecimento nos faz responsáveis.

 

A mercadoria é o núcleo econômico do sistema capitalista, e, enquanto ela existir, seus efeitos se farão sentir na organização da produção e, conseqüentemente, na consciência.

 

O Capitalismo é o genocida mais respeitado do mundo.

 

Muitos me chamaram de aventureiro e o sou, só que de um tipo diferente: dos que entregam a pele para provar suas verdades.

 

Vale milhões de vezes mais a vida de um único ser humano do que todas as propriedades do homem mais rico da Terra.

 

Deixe o mundo mudar você e você poderá mudar o mundo.

 

É um grande esforço para o pobre obter o que lhe falta, e também um grande trabalho para o rico conservar o que lhe sobra.

 

A revolução se faz através do homem, mas o homem ter de forjar, dia-a-dia, o seu espírito revolucionário.

 

O guerrilheiro é um reformador social.

 

As amizades que se fundam a partir do interesse, por interesse terminam.

 

Não há experiência mais profunda para o revolucionário que o ato da guerra.

 

A reforma agrária radical é a única que pode dar a terra ao camponês.

 

Nós nos forjaremos na ação cotidiana, criando um homem novo com uma nova técnica.

 

A característica fundamental da guerrilha é a mobilidade.

 

Nós, socialistas, somos mais livres porque somos mais perfeitos; somos mais perfeitos porque somos mais livres.

 

O revolucionário deve sempre ser integral. Ele deverá trabalhar todas as horas, todos os minutos de sua vida, com um interesse sempre renovado e sempre crescente. Esta é uma qualidade fundamental.

 

Não há fronteiras nesta luta de morte, nem vamos permanecer indiferentes perante o que aconteça em qualquer parte do mundo... a derrota de qualquer nação do mundo é a derrota de todos.

 

Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira.

 

A culpa de muitos dos nossos intelectuais e artistas reside em seu pecado original; não são autenticamente revolucionários.

 

Se não há café para todos, não haverá para ninguém.

 

Somos socialistas porque, jovens que somos, andamos abraçados com o futuro e com a busca da felicidade – desejos que são diariamente frustrados nessa sociedade capitalista que não tem perspectiva e que só nos oferece a desilusão e a exploração.

 

Quando o extraordinário se torna cotidiano, é a revolução.

 

O individualismo deve ser, no futuro, o completo aproveitamento de todo o indivíduo em benefício da coletividade. Mas, para mudar de maneira de pensar é necessário sofrer mudanças interiores, e assistir a profundas mudanças exteriores, sobretudo sociais.

 

Não nego a necessidade objetiva do estímulo material, mas sou contrário a utilizá-lo como alavanca impulsora fundamental, porque, então, ele termina por impor sua própria força às relações entre os homens.

 

Deixe dizer-lhe, com o risco de parecer ridículo, que o revolucionário verdadeiro está guiado por grandes sentimentos de amor. É impossível pensar em um revolucionário autêntico sem esta qualidade. Quiçá, seja um dos grandes dramas do dirigente... Nessas condições, há que se ter uma grande dose de humanidade, uma grande dose de sentido da justiça e de verdade para não cairmos em extremos dogmáticos, em escolasticismos frios e no isolamento das massas. Todos os dias, temos que lutar para que esse amor à Humanidade vivente se transforme em fatos concretos, em atos que sirvam de exemplo, de mobilização.

 

Sonha e serás livre de espírito; luta e serás livre na vida.

 

O Socialismo não é uma sociedade beneficente, não é um regime utópico, baseado na bondade do homem como homem. O Socialismo é um regime a que se chega historicamente e que tem por base a socialização dos bens fundamentais de produção e a distribuição eqüitativa de todas as riquezas da sociedade, numa situação de produção social. Isto é a produção criada pelo Capitalismo: as grandes fábricas, a grande pecuária capitalista, a grande agricultura capitalista, os locais onde o trabalho humano era feito em comunidade, em sociedade; mas naquela época o aproveitamento do fruto do trabalho era feito individualmente, pela classe exploradora, pelos proprietários jurídicos dos bens de produção.

 

O importante não é justificar o erro, mas impedir que ele se repita.

 

Nasci na Argentina; não é segredo para ninguém. Sou cubano e também sou argentino. Se não se ofenderem os ilustríssimos latino-americanos, sinto-me tão patriota da América Latina, de qualquer país da América Latina, como qualquer outro e, no momento em que fosse necessário, estaria disposto a entregar minha vida pela libertação de qualquer um dos países latino-americanos, sem pedir nada a ninguém, sem exigir nada, sem explorar ninguém...

 

Não posso ser amigo de quem não compartilha as mesmas idéias que eu.

 

Os grandes só parecem grandes porque estamos ajoelhados.

 

Prefiro morrer de pé que viver sempre ajoelhado.

 

Se avanço, segue-me; se me detenho, empurra-me; se retrocedo, mata-me.

 

Percebi que não era lutando que eu estaria denunciando as injustiças; mas, sim, que era necessário que eu morresse para solucioná-las.

 

Em qualquer lugar que nos surpreenda a morte, benvinda seja...

 

Hasta la victoria, siempre!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Páginas da Internet consultadas:

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Che_Guevara

http://es.wikipedia.org/
wiki/Che_Guevara

http://www.downloads.br22.net/
projeto%20che/frases.html

http://www1.folha.uol.com.br/
folha/mundo/ult94u410812.shtml

http://www1.folha.uol.com.br/
folha/mundo/ult94u410798.shtml

http://www.cheguevaradelaserna.
hpgvip.ig.com.br/frases.html/

http://www.pensador.info/
autor/Che_Guevara/

http://www.pensador.info/
autor/Che_Guevara/2/

http://pt.wikiquote.org/
wiki/Che_Guevara

 

 
Fundo musical:

Alma Con Alma

Fonte:

http://www.midiexitos.com/gratis/?C=S;O=A