AS CHAVES DO ORIENTE

 

 

 

Saint-Yves d'Alveydre

Saint-Yves d'Alveydre

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo tem por objetivo apresentar para reflexão alguns fragmentos da obra As Chaves do Oriente, de autoria do ocultista e esoterista francês Joseph Alexandre Saint-Yves d'Alveydre (26 de março de 1842 – 5 de fevereiro de 1909), autor de obras como O Arqueômetro, A Teogonia dos Patriarcas e uma coleção de textos intitulados As Missões, em que cobre grandes períodos históricos. Saint-Yves era possuidor de um Saber Secreto que nunca quis divulgar. Ele afirmava: Se eu publicasse tudo aquilo que sei, integralmente, metade dos habitantes de Paris ficaria louca e a outra metade histérica. Gérard Anaclet Vincent Encausse (13 de julho de 1865 – 25 de outubro de 1916), que tinha o pseudônimo esotérico de Papus, considerava Saint-Yves seu Mestre Intelectual, tanto que, em sua homenagem, fundou a Sociedade Les Amis de Saint-Yves (Os Amigos de Saint-Yves).

 

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

 

A vida é o sorriso da Natureza; o nascimento é o beijo que ela dá à [personalidade-]alma humana.

 

Imortal após a morte, a [personalidade-]alma existe antes de seu nascimento.

 

 

 

 

Segundo seu grau nas hierarquias psicúrgicas, a [personalidade-]alma deixa sua morada cosmogônica... e vem.

 

Principio Imortal da existência, a [personalidade-]alma é a causa resplandecente que liga o corpo visível ao corpo invisível.

 

Nada é banal em a Natureza, como não o é em Deus.

 

Mistérios do Espírito Santo Ciência Total Arte Completa Amor Perfeito Aurora do Dia.

 

Séculos começados; séculos retomados.

 

Obstáculo terrível, qualquer coisa de obscuro e de limitante... O corpo!

 

Uma lembrança da Grande Realidade.

 

És imortal, recorda-te.

 

Oceano tumultuoso das Gerações... Abismo de [personalidades-]alma... Fluxos e refluxos...

 

O Cone de Sombra da Terra (vale de sombras da morte que todo planeta arrasta atrás si nos céus)... Gritos no Silêncio... O peso monstruoso do Destino [criado por cada ser-aí-no-mundo]...

 

 

 

 

A substância plástica e os seus quatro reinos: Mineral, Vegetal, Animal e Hominal.

 

Inferno, Purgatório ou Paraíso, conforme a [personalidade-]alma que encarna, conforme o Espírito que reina na carne das [personalidades-]alma encarnadas, conforme a fé, conforme a lei e conforme os costumes do Estado Social. Grandes lágrimas populares, nascimento e morte.

 

Perdoa! Sim, eu tenho medo!
— Tu poderás, acumulando as Ciências. Eis tua pátria viva, aqui em baixo. Estás unida a ela por todas as Potências Mágicas da vida! Adeus.

 

A Recordação não retornará mais, a não ser pela Ciência.

 

O Nascimento é uma coisa tão significativa quanto a Morte, e isto é um dos Mistérios que precisa ser entreaberto aos olhos de todos nós.

 

Na Igreja primitiva [Cristianismo Gnóstico], as questões religiosas do sexo (Mistério do Pai) e do amor (Mistério do Espírito Santo) eram objeto de uma instrução superior, de uma verdadeira Iniciação.

 

No Cristianismo Primitivo, a Iniciação – a Ascensão aos Mistérios – não se abria senão à seleção pouco numerosa de aqueles que, observados longamente e preparados pela vulgarização evangélica ou pela catequização, eram julgados suscetíveis de revelações diretas, especiais, conforme seus graus na hierarquia dos sexos, das idades e das graduações ontológicas. Para os catecúmenos, ao contrário, o ensinamento era o que se tornou hoje comum a todos os fiéis indistintamente, uniforme e uniformemente aplicado, limitado à catequização e à predicação [discurso com conteúdo religioso ou edificante]. Para esta categoria [catecúmenos], forçosamente a mais numerosa, os Mistérios permaneciam velados pelos sacramentos e as verdades inteligíveis pelos símbolos sensíveis. Enfim, o modelo canônico do Cristianismo Primitivo difere pouco de aquele dos Santuários Gregos e Egípcios quanto à essa distinção entre a Iniciação e a Vulgarização. As fórmulas eram as mesmas.

 

Fórmula de abertura usada na Primitiva Igreja: 'Profanos, afastai-vos! Catecúmenos e não-Iniciados se retirem!' Nos Mistérios de Elêusis, o Hierofante se dirigia à multidão: 'Ekas, ekas este, Bebêloi!' Na Roma politeísta, os sacerdotes do antigo rito etrusco, antes de fechar sobre os Iniciados as portas sagradas dos templos, diziam: 'Procul, o procul este, profani!'

 

No que concerne às Doutrinas Sagradas e Secretas de Jesus, a Iniciação aos Mistérios [ShOPhIa] constituía uma perfeição reservada sob o nome de Advento do Reino – da Veneração em Espírito e em Verdade, de Paracleto (Espírito Santo) e de Promessa.

 

Interiormente, atrás do Altar do Cristo, os Mistérios do Pai e os Mistérios do Espírito Santo guardavam a Religião Secreta de Jesus, os princípios, os fins de Seu chamamento e a preparação moral – as ciências, as artes e os métodos necessários à realização da promessa a uma revelação suprema da Perfeição, no momento em que, pela Iniciação, o indivíduo poderia, pela espécie, ser reintegrado no Reino. Quando, enfim, pela sucessão dos tempos e graças aos esforços da perfectibilidade humana, o Reino Divino poderia ser constituído no Estado Social dos Céus.1

 

 

 

 

'Oh, Mistério Sagrado da Verdade! Oh, LLuz Imaculada! Ao clarão dos círios, o céu se reabre, a Divindade se revela! Eis-me Santo: eu sou Iniciado! Eis o Senhor, o Hierofante. Ele fixa Seu selo no Adepto, após tê-lo Illuminado com Seus Raios, e para recompensar a sua Fé, Ele lhe reabrirá as Portas do Reino do Pai!! Eis as orgias dos seus Mistérios: vinde e pedi a Iniciação!' (São Clemente de Alexandria).

 

Jesus, assim como em tudo, estava em harmonia não somente som a Verdade de todas as Iniciações, mas, com a Sabedoria de todos os Iniciadores.

 

Pitágoras distinguia sua doutrina em Purificação e Perfeição, respectivamente, 'Katharsis' e 'Telelotes'. 'Katharsis': satisfação ou descanso pelo cumprimento do dever e dos ritos de purificação daqueles que se iniciavam nos Mistérios. 'Telelotes': perfeito em diversas atividades laborais, crescimento mental e moral característico, perfeição e maturidade.

 

As Chaves Iniciáticas do Conhecimento [ShOPhIa], da Arte [Obra Alquímica] e da Vida [Eterna] sempre estiveram cuidadosamente guardadas e preservadas do mundo profano por três motivos básicos: para permanecerem inacessíveis à irreverência, para não serem sujeitas à tirania do vulgo ignorante e para não serem ridicularizadas e apoucadas pela anarquia das opiniões.

 

 

 

 

Com o desuso e o descrédito dos Mistérios, vieram a anarquia social, a discórdia civil e a necessidade dos impérios [autoritários e totalitários] oposto à antiga liberdade.2

 

Hoje, de certa maneira, o mundo profano está abandonado à sua própria profanação, à sua própria ignorância, à sua própria inconsciência.3

 

Quase todas as faculdades de que pode dispor a perfectibilidade humana, após serem lentamente liberadas da tutela da Igreja, estão munidas da maior parte de seus meios de atividade. Mas, seus princípios, como seus fins de associação e de síntese, lhes faltam, assim como os diversos métodos que podem determinar as leis de suas relações hierárquicas.

 

As reivindicações ilusórias e cobiçosas terminam em um movimento anti-religioso, indefinido, em direção a um fim socialmente indeterminado. Elas envolvem as igrejas e isolam o mundo social, que se prende à corrente geral das idéias e dos fatos. Evocando os milagres da indústria, estas reivindicações arrastam e seduzem os espíritos, agitam a miragem do luxo e das poesias da matéria, excitam a vida a se assenhorear de todos os seus direitos, freqüentemente ao preço de seus deveres, ostentando a magia da civilização diante de todas as concupiscências do instinto, e tendem a criar no mundo cristão um abalo geral que poderia destruir as bases religiosas e sociais, mas, que não parece disposto a substituí-las.

 

Ao Decálogo de Moisés, o Naturalismo opõe, sob diversas denominações, direitos do homem, direitos naturais, livre consciência e moral independente. Um contra-decálogo; o antidecálogo. Uma contra-teologia; a antiteologia.4

 

A antigênese se opõe à Gênese, o antidecálogo ao Decálogo, a antiteologia à Teologia, a antipromessa à Promessa [o antieu ao Eu].

 

Os fatos políticos e sociais portam e portarão cada vez mais o seu cunho, sofrem e sofrerão cada vez mais a ação da batalha ideológica, verdadeira guerra civil dos espíritos, levando consigo a anarquia dos homens e das coisas embaixo e o reino da força no alto.

 

Confusas esperanças Realização orgânica de progresso.

 

É na altura teogônica da questão do sexos – no fundo e no ápice do Mistério do Pai – que é preciso retificar e aperfeiçoar tudo o que, na Ciência, na Arte e na Vida, emana da Natureza, e porta a marca de sua autoridade sobre a substância orgânica dos seres e das coisas.

 

Há reivindicações de liberdade piores que a escravidão!

 

Os princípios e as faculdades da Divindade, considerada Nela-mesma e não em sua ação geradora através do Universo, formam nove capítulos. No décimo, começa a Cosmogonia – o BeREShITh.

 

Elohim [Ele-Ela-os-Deuses – (AL)(H)(IM)] representa as Potências da Divindade em ação no Universo e nos Estado Social; Jehovah [YHVH] representa a Constituição central destas Potências. Os Elohim pertencem, pois, em mais alto grau, à Cosmogonia; Jehovah à Teogonia.

 

O Grande Sacerdote [Hierofante]: — IOD – HE – VAV – HE.
Os Sacerdotes: — Schem Hamphoras
[Nome hebraico rabínico para o Nome Inefável de Deus – o Tetragrammaton].

 

Zeus é o Esposo Divino e a Esposa Perfeita. (Orfeu, apud Saint-Yves). Eterno-masculino, Eterno-feminino.

 

Da Comunhão total (união perfeita da Essência e da Substância Divina) resulta o Universo.

 

A anarquia das ciências tem seu remédio na própria Ciência, pois esta, a Ciência, é inseparável da Verdade.

 

 

Os Quatro Elementos
(Fogo, Ar, Água e Terra)

 

Só pelo Conhecimento do Mistério do Pai e pelo Conhecimento do Mistério do Espírito Santo será estabelecida na Terra a Ordem que reina nos céus. Esta Ordem que, nos céus, tem a LLuz por meio, tem, no estado social, o Conhecimento por Luz orgânica.

 

A batalha ideológica do duplo misticismo do espírito e da matéria tem suas causas gerais no antagonismo atualmente irremediável existente entre a Gênese e a antigênese, o Decálogo e o antidecálogo, a Teologia e a antiteologia e a Promessa e a antipromessa.5

 

As artes reencontram nos Mistérios – pela Iniciação – seus cânones estéticos, seus princípios, seus fins e seus métodos, restituindo facilmente à vida suas altitudes e suas profundezas sagradas, ao gênio sua razão de ser, às relações familiares e sociais sua estabilidade e sua majestade [finalidade] perdidas [esquecidas].

 

A Beleza Perfeita é a figura adorável da Perfeita Verdade.

 

A Essência dos seres sai de IOD – a faculdade masculina de IOD-HE-VAV-HE [o Andrógino Universal]; mas, sua existência, sua substância, sua transformação e sua conservação saem de HE-VAV-HE – a faculdade feminina, verdadeira esposa do Pai, à qual denominamos Natureza. HE-VAV-HE, como a Natureza na constituição do Universo, não é a metade, mas três quartos do principio masculino!

 

 

RVaH (AL)(H)(IM) [Ruach Elohim] Sopro Proveniente de Ele-Ela-os-Deuses.

 

Uma faculdade é para um principio, não importa qual seja o ponto da hierarquia das atividades, o que a duração é para o tempo, a extensão para o espaço, a forma para o espírito, a claridade para o dia, o calor para o fogo, a Terra para o céu.

 

Para sempre, suscitado pela Natureza a se dividir para se multiplicar, para que sua forma esteja em sua Plenitude Cosmogônica, o Eterno Masculino se deixa possuir pelo Eterno Feminino.6

 

RVaH (AL)(H)(IM) [Ruach Elohim] é a instância geradora da Segunda Força – a LLuz.

 

Igualmente, em todo o mundo solar, a morte (o retorno dos seres ao Ser, das coisas à Substancia Original) é uma Potência Cosmogônica do Deus Masculino (HoReB – Potência Destrutiva do Pai, Força Devorante).

 

O Eterno Feminino (símbolo vivo da Natureza) conserva sozinho o Universo, e o preserva, para sempre, contra a pesada opressão do Eterno Masculino.

 

A confusão dos sexos, das idades e das classes separa e destrói as bases reais da sociedade. Dissipando toda hierarquia, somente a contingência dirige.

 

É tempo de deixar agir o Espírito, se quisermos que a mediação das Coisas Divinas nas coisas humanas não permaneça letra sem valor e palavra morta.

 

Os Sacerdotes da Grande Pirâmide sussurravam no ouvido do Iniciando: Osíris, o Eterno Masculino, é o Deus Negro.

 

A morte não é implacável e inflexível senão para os profanos e para os profanadores. O Iniciado a chama ou a rechaça, a arma ou a desarma, a excita ou a combate, a desencadeia ou a entrava [e, na Hora Certa e Aprazada, a deseja com carinho]. Estas coisas, fora dos Altares, devem permanecer ocultas, e não podem ser reveladas senão atrás Deles.7

 

 

Ankh

 

 

A [personalidade-]alma que deixa seu corpo, desprovida da Iniciação, na cegueira da ausência de Entendimento, ferida pelo silêncio de sua surdez e prisioneira de seu cadáver, geralmente, se sente destroçada, não sabe o que fazer, se espanta, se arrepia e se joga no chão, sem iniciativa, em uma agonia sempre renovada e apavorante, em que os sofrimentos póstumos podem durar séculos [às vezes, milênios], em uma vertigem apavorante. Estes sofrimentos são, então, o começo de uma segunda morte. Só lhe resta vagar em seu horror! Mas, um dia, no tempo, a [personalidade-]alma recupera seu Princípio Ontológico, retoma sua vontade e continua sua peregrinação. (Sublinhado meu).

 

A paz é possível.

 

Que o Santo Nome possa ser conhecido e que possa ser santificado.

 

Saber é se lembrar [recordar].

 

 

 

 

 

 

Assim, Vou Peregrinando!

 

 

 

Nasci... E me recordei.

Desvivi... E me esqueci.

Renasci... E remembrei.

Remorri... E desentendi.

 

Escuridão... O Samsara...

Opções... Retribuições...

A debilidade... A escara...

Equívocos... Disfunções...

 

A alma se apequenita,

pois, a Voz não é ouvida!

Mas, meu Deus acredita,

e me faz retornar à Vida!

 

E, persevero, outra vez.

Ora tirando; ora aditando.

Ora convicção; ora talvez.

Assim, vou Peregrinando!

 

Tombando... Levantando...

Borrando... Reescrevendo...

Laborando... Comutando...

Nunca desistindo. Vivendo!

 

 

 

 

 

 

______

Notas:

1. Estou absolutamente convencido de que, na Terra, há uma Ordem de Altos Adeptos – a mais elevada de todas, e que, provavelmente, Saint-Yves a conheceu – cujo nome e sede são desconhecidos, à qual só se tem acesso por absoluto mérito e por convite direto de um de seus membros. Admito que esta Sagrada Ordem tenha Sete Graus, e que as Iniciações a cada Grau, do Primeiro ao Sétimo, se estendam, no mínimo, por sete encarnações, que poderão ser sucessivas ou não, mas, como regra, o Iniciado não recebe mais de um Grau por encarnação. Semelhantemente, a progressão de Nirmânâkâya a Sâmbhogâkâya dura milênios ou eras. O que estou querendo dizer com isto? Que precisamos, todos nós, nos dignificar, nos tornar honrados e merecedores, orar, laborar e aprender a esperar. Nada se perde; nada é esquecido; nada é desprezado. Um simples gesto... Não tenhamos qualquer dúvida: Os Que-Sabem-e-Podem sabem exatamente quem somos nós individualmente, pois, a Eles nada escapa. Enfim, às vezes, pensamos que merecemos, quando, na realidade, estamos longe de ser merecedores. Então, não custa nada repetir: precisamos, todos nós, nos dignificar, nos tornar honrados e merecedores, orar, laborar e aprender a esperar. AMeN.

2. Não esqueçamos de que coisas como o Grande Reich Alemão e a ditadura positivista brasileira (instaurada em 1º de abril de 1964 e que durou até 15 de março de 1985) aconteceram com autorização expressa da população. Não há boçalidade que não cause retrocesso.

 

 

 

3. O 'karma' (pessoal e coletivo) precisa ser compensado, cumprido. O abandono do mundo, de certa maneira e em certo sentido, explica as dores pelas quais a Humanidade vem crescentemente passando, porque abandono total não existe, nunca aconteceu e jamais sucederá. Seja como for, por exemplo, o desastre-tragédia que ceifou recentemente a vida de Eduardo Campos (Recife, 10 de agosto de 1965 – Santos, 13 de agosto de 2014) tem explicações espirituais que os técnicos e os especialistas em aeronáutica de nenhuma forma conseguirão explicar. There are more things in heaven and Earth, Horatio, than are dreamt of in your philosophy. [William Shakespeare, Hamlet a Horatio, Hamlet (1.5.167 - 8)]. Há mais coisas no céu e na Terra, Horácio, do que pode sonhar a tua filosofia. Tanto os ganhos podem se transformar em perdas como as perdas em ganhos. Tudo depende de nós.

 

 

 

 

4. Isto é fácil de ser explicado e fácil de ser entendido. Depois de séculos e séculos de amordaçamentos, de opressões e de tiranias as mais variadas (religiosas, políticas, econômicas, culturais etc.), a Humanidade, tendo rompido os grilhões da servidão, liberada e contente, quer e usa a liberdade total a seu bel-prazer. Só que, como estamos todos a assistir, o bel-prazer irresponsável vem cobrando o seu preço, e cada vez mais caro. Um dia, tenho certeza, esta mesma Humanidade licenciosa acabará por encontrar o meio-termo. Enquanto isso, a Lima que tudo lima, devagarinho, vai limando o L, o S, o 72, a ponte e o sorriso maroto do Mon Salai. Nada escapa da Lima que tudo lima!

 

 

Mona Lisa

 

5. Isto pode ser entendido pelo fato de ainda estarmos vivendo a última das quatro etapas pala qual o mundo atravessa – Kali Yuga (Idade do Demônio Kali ou Idade do Vício) – ainda que alguns intérpretes das Escrituras Hindus, como Sri Yukteswar Giri, Paramahansa Yogananda e Sri Aurobindo, terem afirmado que o Kali Yuga já completou o seu ciclo. O argumento em favor de ainda estarmos vivenciando o Kali Yuga é que, se ele tivesse terminado, as contradições existentes já teriam cedido ou, pelo menos, diminuído sua força ou intensidade. Talvez, entre outros, o exemplo máximo em apoio da idéia de que o Kali Yuga ainda está em vigência seja o fato de a Cristandade, Israel e o Islã não operarem em conformidade entre si (no que concerne aos princípios e aos fins que lhes são ou podem ser comuns), como disse Saint-Yves. Só deixaremos de nos matar quando o Kali Yuga, efetivamente, encerrar o seu ciclo de funcionamento.

6. Não há, propriamente, um Eterno Masculino e um Eterno Feminino, e, certamente, Saint-Yves sabia isto perfeitamente; há, sim, desde sempre, um Eterno Andrógino. Isto é fácil de ser compreendido: se o Masculino fosse eterno ou se o Feminino fosse eterno, eles jamais se reintegrariam, pois, digamos assim, seriam eternamente incompletos e não-cumpridos. Masculino e Feminino são, portanto, estados temporários, em caminho de se tornarem (ou de retornarem a ser) Andróginos – no Um e com o Um. Até um determinado ponto da Terceira Raça-raiz, os seres, na Terra, eram Andróginos, até que, por necessidade, ocorreu a separação dos sexos. A Androginia poderia ser definida (compreendida) como o estado de união perfeita entre as polaridades Masculina e Feminina do Ser.

 

 

Androginia Cósmica

 

7. Isto significa que para um Iniciado do Último Grau a morte (ou transição) não é uma surpresa desconcertante ou um fim decepcionante. Ele, por conhecer os Mistérios da Vida e da Morte, passa por esta Transformação (Transmutação) conscientemente. Uma Posição Ritualística... Três Palavras... A Mudança-transmutação! Mas, como disse Saint-Yves, estas coisas, fora dos Altares, devem permanecer ocultas, e não podem ser reveladas senão atrás Deles.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://caccioppoli.com/Animated%20gifs%20Art%20Mona
%20Lisa%20monuments%20houses%20cinema.html

http://giphy.com/search/joker-gifs

http://rarerborealis.com/wordpressblog/tag/ankh/

http://en.wikipedia.org/wiki/Vom_Schem_Hamphoras

http://blogdamartabellini.blogspot.com.br/
2009/05/mona-lisa.html

http://gartic.uol.com.br/MarcosMVB/
desenho-jogo/canhao-2

http://www.klickeducacao.com.br/je/materias/
exumacao_tenta_esclarecer_morte_de_joao_goulart/

http://ditaduracontada.wordpress.com/
2012/10/27/presidente-joao-goulart/

http://gifsoup.com/view/
1693534/the-orb-of-confusion.html

http://www.hermanubis.com.br/
Biografias/BioSaintYves.htm

http://www.freeprintablecoloringpages.net/
showcover/Weather/Smiling_Moon

http://www.picgifs.com/clip-art/tom-and-jerry/
clip-art-tom-and-jerry-970366-678620/

http://www.hermanubis.com.br/LivrosVirtuais/
SaintYvesDAlveydreChaves%20de%20Oriente.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Alexandre_Saint-Yves_d'Alveydre

 

Música de fundo:

Fica Mal com Deus
Compositor: Geraldo Vandré
Interpretação: Wilson Simonal

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.