Este
estudo é a primeira parte de um resumo fragmentário e incompleto
de alguns conceitos fundamentais apresentados na obra A
Chave da Teosofia, de autoria de Helena Petrovna Blavatsky,
a última obra eminentemente didática, que tem como núcleo
a Metafísica,1
desta Grande Iniciada, escrita no ano de sua Grande Iniciação,
em 1891. Resumidamente, A
Chave da Teosofia é uma tentativa de tornar a Metafísica
acessível ao postulante habituado a tatear outros caminhos, e foi
dedicada pela autora a todos os seus discípulos, para que pudessem
aprender, e para que pudessem, por sua vez, ensinar.
Fragmentos
da Obra
Teosofia
()
Saber Divino Sabedoria dos
Deuses. O nome Teosofia data do terceiro século de nossa era, e os
primeiros que o empregaram foram Amônio Sacas2
e seus discípulos, que fundaram o
Sistema Teosófico Eclético.
Amônio Sacas
ensinou que, na Antigüidade, a religião das
massas estava relacionada com a Filosofia, e que, com ela, se deturparam
gradualmente, obscurecendo-se pelos conceitos, mentiras e superstições
puramente humanos. Que era, por conseguinte, necessário devolvê-la
à sua pureza original, purificá-la destas escórias
e baseá-la em princípios filosóficos. Que o objetivo
do Cristo foi estabelecer e restaurar em sua integridade primitiva a Sabedoria
dos antigos, reduzir o domínio da superstição que prevalecia
no Universo e corrigir, de um lado, e exterminar,
de outro, os diferentes erros que
se introduziram nas distintas religiões.
Divisa
adotada pela Sociedade Teosófica: Não
há religião superior à Verdade.
A
Teurgia Verdadeira, Divina, requer pureza e santidade de vida, quase sobre-humanas,
pois, de outra forma, poderá degenerar em mediunidade ou em magia
negra.
Todas
as religiões e todas as seitas saem de um mesmo tronco: a Religião
da Sabedoria [ShOPhIa].
ShOPhIa
Sh =
300
O =
6
Ph
= 80
I =
10
300
+ 6 + 80 + 10 = 396
396
3 + 9 + 6 = 18
1 + 8 = 9
A
intenção de Jesus foi restaurar a Grande Doutrina da Sabedoria
em sua primitiva integridade.
Nem
Buddha, nem Pitágoras, nem Confúcio, nem Orfeu, nem Sócrates
e nem mesmo Jesus deixaram qualquer escrito atrás de si.
A
Religião da Sabedoria sempre foi uma e a mesma, e sendo a última
palavra do Conhecimento humano possível foi cuidadosamente conservada.
Existia antes dos teósofos alexandrinos, alcançou os modernos
e sobreviverá a todas as demais religiões e filosofias, pois,
foi e está conservada pelos Iniciados de cada nação.
Cada
culto religioso, ou melhor, filosófico antigo, compreendia ensinamentos
esotéricos (maiores ou secretos) e exotéricos
(menores ou públicos). A própria Teosofia, como todos os sistemas
antigos, está dividida em duas partes: a exotérica e a esotérica.3
Buddhismo
do Norte =
Buddhismo Mahayana (esotérico) +
Buddhismo Hinayana (exotérico).
Hierogramatistas
Sacerdotes Egípcios
Iniciados.
O
Ilimitado não pode ser conhecido pelo limitado,
isto é, percebido pelo limitado;
entretanto, a Essência Divina poderá ser comunicada ao Eu Espiritual
em estado de êxtase. Mas, só a muito poucos é dado alcançar
este estado de sublimidade, que, na
Índia, é conhecido com o
nome de Samadhi.
A
meditação
é silenciosa e não-pronunciada, ou, como diz Platão,
'é o ardente desejo da alma de se elevar ao Divino; não para
pedir alguma graça ou favor particular (como sucede com a oração
comum), senão pelo Bem-em-si, pelo Bem Supremo Universal' (do qual
somos, na Terra, uma parte, e de cuja essência todos procedemos).
'Assim, pois – conclui Platão
– guarda silêncio em presença
dos Seres Divinos, até que se dissipem as nuvens diante de teus olhos
e te permitam ver com a Luz que deles emana, não aquele que se apresenta
como Bom, mas, como aquele que é intrinsecamente Bom.
O
Reino de Deus está em nós mesmos.
Duas
são as explicações que justificam a necessidade de
segredo nas Escolas Iniciáticas: 1ª) a perversidade da natureza
do homem vulgar e o seu egoísmo tendendo sempre à satisfação
dos seus desejos pessoais em detrimento do próximo. A semelhantes
seres jamais se pode confiar Segredos Divinos; e 2ª) incapacidade para
conservar os Conhecimentos Sagrados e Divinos límpidos de toda degradação.
Esta última foi a causa da perversão das verdades e símbolos
mais sublimes, e da transformação gradual das coisas espirituais
em formas antropomórficas e comuns. Em outras palavras: o rebaixamento
da Idéia Divina e a idolatria.
A
ortodoxia jamais quis ser ilustrada.
As
doutrinas não pertencem exclusivamente a religião alguma,
e não estão relacionadas de modo especial a nenhuma sociedade
ou época. São privilégio de toda alma humana.
As
massas compreendem muito pouco o Princípio da Fraternidade Universal,
e raras vezes reconhecem sua importância transcendental.
Generoso
é quem faz generosamente
Teósofo todo aquele que vive e pratica a Teosofia.
Um
Verdadeiro Teósofo é aquele que renunciou completamente à
própria individualidade [personalismo],
isto é, alguém que se converteu
em um perfeito altruísta, não pensando jamais em si-mesmo
e esquecendo sua própria vaidade e orgulho em função
do bem de seus semelhantes. Sua vida é de abstinência em todas
as coisas, de abnegação e de estrita moralidade.
Os
Segredos da Alquimia e da Teosofia da Idade Média são simbólicos
ou parabólicos. No
Ocidente, a Chave foi perdida há muitos séculos,
e, para o estudante, este é o maior perigo que poderá levar
à magia negra inconsciente ou ao mediunidade irremediável.
O fato é que ninguém sozinho pode ter a menor idéia
do significado do verdadeiro Ocultismo.
As
doenças, salvo em casos de acidentes, são hereditárias.4
Ninguém
poderá chegar a ser ocultista estudando
apenas um ramo da Filosofia Esotérica,
mas, somente os estudando todos, ainda que não os domine perfeitamente.
Uma
pessoa poderá ser muito bom teósofo – dentro ou fora
da Sociedade Teosófica
– sem ser, de qualquer maneira,
ocultista. Mas, ninguém poderá ser um verdadeiro ocultista
sem ser teósofo em toda a extensão do termo. De outra maneira,
não será mais do que um mago negro, consciente ou inconsciente.
O
ideal moral mais elevado de um Teósofo é se esforçar
em reconhecer sua unidade com toda a Humanidade, e trabalhar incessantemente
para a libertação dos demais. (Grifo
meu).
O
Ocultista pratica a Teosofia científica, baseada no conhecimento
exato dos Segredos da Natureza, enquanto o simples teósofo que pratica
os poderes chamados anormais, sem a Luz do Ocultismo, tenderá simplesmente
a uma forma perigosa de mediunidade, porque, ainda que professe a Teosofia
e seu mais elevado código moral, trabalha às escuras, apoiado
em fé sincera, mas, cega. Qualquer teósofo ou espírita
que intente cultivar um dos ramos da Ciência Oculta – como o
hipnotismo, o mesmerismo ou os segredos para produzir os fenômenos
físicos –
sem o conhecimento da 'rationale' filosófica destes
poderes, é como uma nave sem timoneiro em meio a um oceano embravecido.
Os
espíritos dos mortos não voltam à Terra para se comunicar
com aqueles a quem estão unidos por afeto. Negamos isto de forma
absoluta. Afirmamos que os espíritos dos mortos não podem
voltar à Terra – salvo em casos raros e excepcionais –
nem tampouco se comunicam com os homens, exceto por meios inteiramente subjetivos.
O que aparece objetivamente é tão-somente o fantasma do homem
'ex-físico'.
Q
'deus ex machina' das chamadas materializações é, geralmente,
o corpo astral ou duplo do médium ou de outra pessoa presente, ainda
que também possam se materializar restos astrais (cascas kamolóquicas
das personalidades que foram) e elementais. A individualidade consciente
dos mortos não pode se materializar nem abandonar sua própria
esfera mental 'devakhânica' para voltar ao plano de objetividade terrestre.5
Se,
no
homem, a Chama Divina é uma e idêntica
em sua essência com o Espírito Universal, nosso Eu Espiritual
é praticamente onisciente; mas, pelos impedimentos da matéria
não pode manifestar seu Saber. Quanto mais desaparecerem estes impedimentos,
isto é, quanto mais o corpo físico seja paralisado,
no que se refere à sua atividade e à sua consciência
próprias e independentes – como nos estados de sono profundo,
êxtase ou mesmo de enfermidade –
mais profundamente poderá se manifestar o Eu Interior
neste plano.
Eu-sou-eu
é a verdadeira individualidade.
Os
homens sentem pelas inovações. O egoísmo é essencialmente
conservador, e odeia que o molestem. Prefere a mentira fácil e cômoda
à maior verdade, se esta exigir um sacrifício pessoal, por
insignificante que seja. O poder da inércia mental é enorme,
quando se trata de algo que não signifique um benefício ou
recompensa imediatos.6
A
coroa de qualquer inovador será sempre uma coroa
de espinhos.
Os
três objetivos principais da Sociedade Teosófica são:
1º) formar um núcleo da Fraternidade Universal da Humanidade,
sem distinções de raça, cor, sexo ou credo; 2º)
incrementar o estudo das Escrituras, das Religiões e das Ciências
do mundo, tanto as arianas como as outras, e reivindicar a importância
da antiga Literatura Asiática, e principalmente das Filosofias Brahmânica,
Buddhista e Zoroástrica; e 3º) investigar os mistérios
ocultos da Natureza sob todos os aspectos possíveis e os poderes
psíquicos e espirituais latentes, especialmente no homem.
Nos
dias que correm, a
fraternidade universal parece uma utopia, em virtude do egoísmo,
próprio da natureza humana e estimulado pela educação
religiosa atual, particularmente os preceitos de egoísmo prático
ensinados na Bíblia mosaica.7
Tendo
a Humanidade uma mesma e única Essência, e sendo esta Essência
una – ilimitada, incriada e eterna –
nada pode afetar uma nação ou um homem sem
afetar a todas as demais nações e a todos os outros homens.
O
Antigo Testamento se presta a todas as paixões com suas leis de conquista,
de anexação e de tirania, com relação às
raças que chamam inferiores. Só a História poderá
nos dar uma idéia, mesmo imperfeita, dos crimes cometidos com o apoio
desta passagem infernal do Livro do Gênesis IX,
25 (tomado ao pé da
letra): 'Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos'.
A
raiz de toda a Natureza (objetiva e subjetiva) e de tudo no Universo (visível
e invisível) é, era e será sempre uma Essência
Absoluta de onde tudo vem e para onde tudo volta.
O
que é verdade no plano metafísico
necessariamente
é verdade no plano físico.
Não
existe causa mais poderosa de ódio e de disputas do que as diferenças
religiosas. Quando uma parte da Humanidade se julga a única possuidora
da verdade absoluta, é [anti]natural
que considere seu vizinho perdido em erro ou em poder do diabo.
Cada
ação física tem seu efeito moral e universal. Ao causar
um prejuízo ao outro, nos prejudicamos não só a nós
mesmos como a toda Humanidade [e
a todo o Universo].
É
necessário combater a superstição em todas as suas
formas (depois da devida investigação e prova de sua natureza
irracional): religiosa, científica ou social, e, sobretudo, a hipocrisia,
seja como espírito religioso de seita, seja como crença em
milagres ou em qualquer coisa sobrenatural... fundamentados na fé
cega e na autoridade.
Jamais
devemos censurar os que erram ou que fracassam.
Um
Iniciado jamais deverá fazer uso dos ensinamentos que recebeu com
fins egoístas.
Não
é preciso uma nova revelação. Que cada homem
seja para si-mesmo uma revelação.
|
A
cada um [só]
é dado segundo sua capacidade.
Cada
religião é um fragmento da Verdade Divina, que Illumina um
vasto panorama da fantasia humana, e pretende representar e replantar aquela
Verdade.
A
Árvore
do Conhecimento do Bem e do Mal está enxertada na Árvore da
Vida Eterna.
O
Deus da Teologia é um conjunto de contradições e uma
impossibilidade lógica.
Sofisma:
2 + 2 = 5, se Deus quiser.
O
pensamento
é uma coisa limitada e condicionada.8
A
existência e os fenômenos do Universo visível dependem
de suas formas ativas e
de suas leis, não de orações.
O
Homem Interno é o único Deus que se pode conhecer.
Todos
são um.
Como
a grande maioria das pessoas é sumamente egoísta e só
reza para si mesma, pede a Deus que dê o pão nosso de cada
dia.9
Alguns
tolinhos mal informados – e, muitas vezes, mal-intencionados –
supõem que possa existir a possibilidade de alguma
relação especial e priviligiadora entre o Incondicionado e
o condicionado, de tal sorte que seja possível que o
Incondicionado se digne a escutar cada
oração boba ou egoísta que Lhe é dirigida pelo
condicionado.
Christos
Atma-Buddhi-Manas (o Eu Superior).
A
idéia de que alguém passe a vida inteira em ociosidade moral,
enquanto que outro — seja Deus ou homem — faça os trabalhos
e cumpra os deveres mais duros é completamente degradante para a
dignidade humana.
O
homem é dotado de um espírito e de uma alma, que procedem
da Alma Universal, e não, certamente, concedidos por um Deus pessoal.
Os
ensinamentos de Buddha e de Jesus, o Cristo, foram incorretamente interpretados
até agora. Ambos baseiam seus ensinamentos no amor ilimitado à
Humanidade, na caridade, no perdão das injúrias, no esquecimento
de si-mesmo e na compaixão. Ambos manifestam o mesmo desprezo às
riquezas e não fazem diferença entre meu e teu. Os dois reformadores
foram ardentes filantropos e altruístas práticos, e pregaram
– sem nenhuma dúvida –
o Socialismo mais nobre e elevado, o próprio sacrifício,
até o último momento da vida.
Mais
vale um Ateísmo Filosófico do que um culto ignorante. Aqueles
que invocam seus deuses e não são ouvidos nem atendidos acabam
por viver e morrer em estado de desespero mental [ignorância
—› fé cega —› crendice
—› lamacenta e corrompida torrente de superstição].
Com,
Jesus, o Cristo, soou a Hora de uma reforma espiritual. O Deus receoso,
cruel e antropomórfico dos judeus – com suas sanguinárias
leis de olho por olho e dente por dente, derramando sangue e sacrificando
animais –
teria que ser relegado a segundo plano e ser substituído
pelo misterioso Pai Secreto. Este último teria que ser apresentado
não como um Deus extracósmico, mas, sim, com um Divino Salvador,
guardado no Coração e na [personalidade-]alma,
igual para o pobre e para o rico.
Deus,
a [personalidade-]alma
e o homem, na sua origem [que
não teve origem] e na eternidade [que
não terá fim],
como o Universo e tudo quanto nele está contido, formam uma coisa
só com a Unidade Absoluta
– a Essência Deífica
Incognoscível.
O
Ciclo
da Vida, da mesma forma que o Sol desaparece de nosso horizonte, desaparece
o Universo em períodos regulares, quando começa a Noite Universal.
Os hindus chamam a estas alternativas os Dias e as Noites de Brahma, ou
seja, o tempo do Mânvântara
[manifestação]
e o tempo do Prâlâya
(dissolução). Os ocidentais poderão chamá-las,
se preferirem, de Dias e Noites Universais. Durante as noites, Tudo está
em Tudo; cada átomo é reabsorvido na Homogeneidade.
O
Universo objetivo, material, é uma ilusão passageira [cíclica],
e mais nada. Só o que é eterno é real. Isto é
mais ou menos como os repentinos resplendores da aurora boreal.
A causa que os produz é permanente e eterna –
a única realidade. O efeito não é mais do que uma ilusão
passageira.
A
LLuz Absoluta é a Lei Absoluta e Imutável.
Quanta
diferença deve haver em a natureza externa de outros sistemas solares!
É mesmo uma loucura julgar os outros planetas, as outras estrelas,
os
outros mundos e os
outros seres por aquilo que somos.
A
palavra
fé não se encontra nos dicionários teosóficos.
Os teósofos admitem apenas conhecimento baseado na observação
e na experiência. A respeito de um mesmo ponto, os
teósofos não têm duas
crenças ou duas hipóteses distintas.
Cada
um dos sete planos do espaço ilimitado (do Ser Cósmico) tem
objetividade e subjetividade próprias
(que não são faixas materialmente colocadas
umas sobre as outras), espaço e tempo próprios,
consciência e classe de sentidos. Do mesmo modo como existem sete
forças fundamentais em a Natureza e sete planos de existência,
há também sete estados de consciência.
No
homem, há dois seres distintos: o espiritual e o físico, ou
seja, o homem que pensa e o homem que recorda tantos daqueles pensamentos
quantos possa assimilar. Por conseguinte, no homem, há duas naturezas
distintas: o Ser Superior ou Espiritual, composto de Três Princípios
ou Aspectos, e o Inferior ou Quaternário Físico, portanto,
Sete no total.
O
aniquilamento completo da consciência pessoal é um caso raro
e excepcional.
A
ressurreição da carne é um absurdo que não encontra
apoio nas Leis Universais.
Uno-Único-Uno
Nout
Nous
Mente ou Espírito Potente por Si-mesmo
Primum Mobile.10
O
homem [no
atual estágio do seu desenvolvimento e da sua Peregrinação]
é um setenário durante a vida [4
+ 3]; um quinário imediatamente depois
da morte [2
+ 3]; e uma tríade [
] – Eu, Espírito-alma e Consciência
–
em Devachan (Terra dos Deuses – uma ilusão de
nossa consciência; um sonho feliz).
Consciência
Absoluta ou Deidade
Espírito-matéria
Universal ou Matéria-espírito em sua infinidade absoluta.
Espírito
(Pai Secreto de Jesus)
Atma
Essência Divina =
Imponderável
+ Invisível
+ Indivisível.
O
homem é uma correlação de Poderes Espirituais.
O
homem e sua [personalidade-]alma
terão que conquistar sua Imortalidade por meio da ascensão
até a Unidade.
Para
os magos negros e os criminosos absurdamente cruéis a redenção
[reintegração]
não é possível.11
A
ignorância, geralmente, confunde o efeito com a causa.
O
que é Ilimitado e Incondicionado não pode ter forma alguma
nem existir como ser.
'Desgraçada
a alma que prefere o himeneu sensual com seu corpo terrestre a seu Divino
Esposo (o Espírito)'. (Livro
das Chaves, apud Helena Blavatsky).
Cada
átomo e pedaço de matéria bem como de substância
são imorredouros em sua Essência, mas, não em sua consciência
individual. A Imortalidade é apenas a própria consciência
não interrompida.
Recompensa
ou castigo eterno post-mortem
são crenças cruéis e antifilosóficas.12
Um
Deus que criasse uma alma para uma vida de breve duração,
sem se preocupar se havia animado o corpo de um homem rico e feliz ou o
de um pobre miserável que sofre – desgraçado do nascimento
até a morte, sem haver feito nada para merecer seu destino cruel
–
não seria um Deus; seria um demônio implacável.
Incompreensível
seria a luz sem a escuridão, que a faz manifesta pelo contraste.
Ininteligível
seria o bem sem o mal, que nos ensina
a natureza misericordiosa do primeiro. E nenhum
mérito teria a virtude pessoal,
se não tivesse passado precisamente pelas [educativas]
tentações.
Tudo
o que possui uma forma é temporal, e, portanto, realmente, é
uma ilusão.
Atma
não pode ser localizado nem limitado; é simplesmente Aquilo-que-é
na Eternidade [cíclica,
mas, sem começo nem fim], não podendo
estar ausente do menor
ponto geométrico ou matemático do Universo,
da matéria ou da substância.
Vida
Um momento
de ilusão!
Glândula
Pineal —›
Centro da mais elevada e Divina Consciência do homem – Inteligência
Onisciente Espiritual que abrange tudo.
A
Busca da Perfeição
É
improdutivo correr atrás da perfeição;
profícuo,
sim, é corrigir cada imperfeição.
Tentar
conquistar a perfeição é infactível;
mas,
retificar as imperfeições é possível.
Perfeição
seria equivalente à estagnação,
É
desta forma: movimento + mudança.
Uma encarnação
Um passo na andança.
Bem,
se o treco é assim – e acho que é –
ad
semper para o alto; ad
semper de pé!
Todavia,
ao endireitar uma imperfeição,
o caminhante
se aprochega da perfeição,
e, corrigenda
agora, corrigenda amanhã,
vai se
tornando Illuminada
a sua Manhã.
Continua...
______
Notas:
1.
Como escreveu o filósofo, educador, teólogo catarinense e
precursor do espiritualismo universalista Huberto Rohden (São Ludgero,
31 de dezembro de 1893 – São Paulo, 7 de outubro de 1981),
para que o homem
seja capaz de ver e conscientizar a realidade metafísica em todas
as factividades físicas, ele deve se isolar por longo tempo na pura
Metafísica, até que o último resquício do físico
desapareça no horizonte de seu consciente, e ele permaneça,
sozinho e desnudo, no seu cosmo-consciente, sentindo em si o Grande Uno,
longe de todo verso. Mas, é precisamente aqui que está o tremendo
problema para quase todos os homens do Ocidente, que, em geral, têm
100% de consciência física e 0% de consciência metafísica.
Este peso-morto tem milhares de anos na raça humana e alguns decênios
em cada indivíduo. Neutralizar este peso-morto é um problema
de árdua solução.
2. Amônio
Sacas (cerca de 175 – 240/242) foi um filósofo neoplatônico
nascido de pais cristãos e mestre de Orígenes, que defendeu
com denodo que o Cristianismo e o Paganismo não diferiam em pontos
essenciais. De acordo com a tradição, foi Amônio quem
produziu o Neoplatonismo na Alexandria. Amônio não publicou
nada, mas, entre seus discípulos estão Orígenes, o
Pagão, Orígenes de Alexandria, o Pai da Igreja, Caio Cássio
Longino, o mais famoso crítico estético e filósofo
da época e Plotino, um fervoroso discípulo.
3. Ainda
que seus ensinamentos arcanos não sejam públicos, isto prevalece
até mesmo nas Fraternidades Iniciáticas contemporâneas,
de tal sorte que as linhas são exotéricas e as entrelinhas
são esotéricas. Aquele que ler, digamos assim, apenas as linhas,
terá acesso só à metade da coisa. Se tanto. Thelema
(), por
exemplo, não é tão-só 93. [(Theta
= 9 ) + (Epsilon
= 5) + (Lambda
= 30) + (Eta
= 8) + (Mu
= 40 ) + (Alpha
= 1 )] = 93. É equivalente também a 12 (9 + 3), que se reduz
a 3 (1 + 2), que pode ser entendido como a soma dos algarismos do número
111 (1 + 1 + 1) – o Valor Pleno da Letra Arqueométrica ALeF
[(ALeF = 1) +( LaMeD
= 30) + (PhE
= 80) = 111]. E, ao se dividir 111 por 3, encontra-se 37. Primeiros 37,
segundos 37 e últimos 37. Mas, 37
1, pois, 3 + 7 = 10 1 + 0 =
1. Há mais coisas entre o céu e o inferno do que apenas anjos
e demônios!
4. Aqui,
é preciso entender a hereditariedade como uma hereditariedade de
si-mesmo. Somos hoje o que fomos ontem; seremos amanhã o que formos
hoje. Assim sendo, ninguém nasce em uma família por acaso.
Eventuais desarmonias de nossos pais que nos sejam transmitidas por meio
de genes são o resultado de necessárias compensações
educativas. Desta forma, adequar uma personalidade-alma que, por mérito,
pode ou precisa reencarnar para seguir a sua peregrinação
é um processo místico e cósmico que envolve diversas
variáveis que, normalmente, são desconhecidas. É por
isto que, como já argumentei anteriormente, o útero de Maria
não poderia jamais receber a personalidade-alma do Senhor Adolf,
e o útero da mãe do Senhor Adolf não poderia jamais
receber a personalidade-alma de Jesus, o Cristo. O Universo não joga
dados e não é uma roleta.
5. Há
também a possibilidade, entre outras, de manifestação
de personalidades secundárias, que Helena não citou.
6. Isto
me fez lembrar da Lei da Vantagem ou Lei de Gérson, que é
um princípio em que determinada pessoa ou empresa deve obter vantagens
de forma indiscriminada, sem se importar com questões éticas
ou morais (princípio seguido por uma parcela de agências e
publicitários, que recebem pagamento por anúncios ou premiações
pelo trabalho realizado, mas, não querem se responsabilizar caso
o efeito da divulgação cause transtornos ou danos, eximindo-se
de culpa e a transferindo para o anunciante ou para o público, como
ocorreu, neste caso, com a agência responsável, o que não
acontece no caso de premiações, caracterizando como dissimulados
praticantes da Lei da Vantagem). A Lei de Gérson acabou sendo usada
para exprimir traços bastante característicos e pouco lisonjeiros
do caráter midiático nacional, que passa a ser interpretado
como caráter da população, associados à disseminação
da corrupção e ao desrespeito a regras de convívio
para a obtenção de vantagens. A expressão se originou
em uma propaganda de 1976, criada pela Caio Domingues & Associados,
que havia sido contratada pela fabricante de cigarros J. Reynolds, proprietária
da marca de cigarros Vila Rica, para a divulgação do produto.
O vídeo apresentava o meia-armador Gérson, da Seleção
Brasileira de Futebol na época, como protagonista, e que é
finalizada com a frase: Por
que pagar mais caro se o Vila me dá tudo aquilo que eu quero de um
bom cigarro? Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você
também. Leve Vila Rica!
7. Exemplos?
Guerra civil genocida na República Árabe Síria, referendum
apoiando a anexação da Criméia à Federação
Russa, irresolúvel conflito árabe-israelense na Palestina,
conflito na República do Iraque, conflito na República Islâmica
do Afeganistão, conflito na República Bolivariana da Venezuela,
conflito separatista na República da Chechênia, disputa pela
Caxemira entre a República da Índia e a República Islâmica
do Paquistão, as Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP) na República
da Colômbia, o Movimento Zapatista nos Estados Unidos Mexicanos, conflitos
religiosos na República Federal da Nigéria, guerra civil na
República do Sudão, tensão entre muçulmanos
e budistas no Reino da Tailândia, anexação do Tibete
pela República Popular da China, vandalismo e quebra-quebra na República
Federativa do Brasil, tráfico de drogas, tráfico de influências,
tráfico de animais, tráfico de pessoas, tráfico de
mulheres, tráfico de crianças, tráfico de órgãos,
tráfico de sangue humano, embargos de gaveta, embargos de alcova
(ou de genitália feminina), embargos auriculares, embargos de manda-quem-pode-obedece-quem-tem-juízo
etc.
8. O
pensamento é uma coisa limitada e condicionada porque,
entre outras limitações e outros condicionamentos, há
a questão (in)cultural. Há quem, hoje, em pleno século
XXI, ainda acredite que cruzar com gato preto traz má sorte, que
quebrar um espelho trará sete anos de azar, que se o dia 13 cair
em uma sexta-feira é sinal mau agouro, que para se achar o que se
perdeu ou sumiu basta dar três pulinhos para São Longuinho,
que para afastar o azar devemos bater na madeira, que quem receber a Santa
Comunhão na primeira sexta-feira de cada mês, por nove meses
seguidos, não morrerá em desgraça e receberá
a graça da penitência final e por aí vai... E vai longe!
9. E
o outro que morra de fome! Quem mandou nascer pobre?
10.
Casos
raros e excepcionais
Homens-sem-alma e mulheres-sem-alma.
11.
Poderá haver coisa mais dantesca do que ter conseguido chegar até
aqui, para, por ignorância e malevolência insuperáveis,
ser necessariamente entropizado? Não há. Por isto, pararei
aqui rapidinho para formular um pensamento. Mestres
e Irmãos Illuminados: mostrem o Caminho para os magos negros e para
os criminosos; que haja compreensão, arrependimento sincero e possibilidade
de reintegração. Que o o fio brilhante não se rompa
e não haja aniquilamento! Está
feito; está selado. Assim
seja. Hoje, sempre e para sempre.
12.
E assim, a entropização dos magos negros e dos criminosos
não é uma punição, mas, uma decorrência
inevitável (efeito) de uma atrocidade assimétrica posta em
ação (causa).
Música
de fundo:
Violin
Concerto In D, Op.35 - 1. Allegro Moderato
Compositor: Pyotr Ilyich Tchaikovsky
Fonte:
http://www.midiworld.com/tchaikovsky.htm
Páginas
da Internet consultadas:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:
OM_MANI_PADME_HUM-bw.svg
http://pt.dreamstime.com/imagem-de-stock-royalty-free
-o-om-vector-o-s%C3%ADmbolo-image12885016
http://www.vandykezinnias.co/waterpurification/
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