O
uso [e o
abuso] continuado da Energia Astral acaba produzindo
o que o Mestre Morya chamou de hábitos
de residência [desejos,
cobiças, paixões, preconceitos, achismos, coisismos, egoísmos,
despotismos, tiranias, mentiras, privilégios, vantagens, lucros,
mais-valias, apoderações, impedimentos, escravizações,
assassinatos, degolas, imoderações, devassidões, bacanalizações,
putarias, sacanagens, mandingarias, medos, intolerâncias, hostilidades,
aversões, fideísmos, separatividades, imperativos hipotéticos,
preferências, julgamentos, condenações, ofensividades,
manias, TOCs et cetera e tal] que
põem em perigo [entropia
(irreversível?) da nossa Impressão Digital Cósmica]
o residente [o
nosso Eu Interno]. [In: Reflexionem
Sobre Isto, uma compilação de 185 conceitos esotéricos
elaborada por um estudante anônimo de Tshwane.]
O
Perigo
(Animação Simbólica)
—
Eu tive a chance de enriquecer,
então, agadanhei no mensalão.
—
Eu tive a chance de milionarizar,
então, agafanhei no petrolão.
—
Eu estava tinindo de fome,
então, comi a perereca da vizinha.
—
Eu precisava fazer uma viagem,
então, arrebatei a piroga do Boi.
—
Eu me senti envolvido por uma monja,
então, a hipnotizei e a faturei.
—
Eu me senti atraído por um imberbe,
então, o fascinei e o pedofilizei.
—
Eu cobicei um cargo de chefia,
então, maquinei até conseguir.
—
Eu queria vencer de modo total,
então, traí, menti e conspirei.
—
Eu queria isolar os mexicanos,
então, amuralhei os que pude.
—
Eu queria exterminar os judeus,
então, holocaustizei os que pude.
—
Eu queria exterminar os moslins,
então, bombardeei os que pude.
—
Eu queria acabar com a raça negra,
então, assassinei os negros que pude.
—
Eu queria esfriar os LGBTQQICAPF2K+,
então, atemorizei os que pude.
—
Eu queria zerar os doentes mentais,
então, emasculei os que pude.
—
Eu queria empandeirar os ateus,
então, calcinei os que pude.
—
Eu queria arrasar meus inimigos,
então, empalei os que pude.
Empalação
—
Eu queria secar os norte-coreanos,
então, nuclearizei os que pude.
—
Eu queria anular um antagonista
então, fiz um ritual de Magia Negra.
—
Eu queria destruir um concorrente
então, usei todo o meu poder mental.
—
Eu achava que só Jesus salva,
então, condenei os apóstatas.
—
Eu achava que o Papa é infalível,
então, excomunguei os hereges.
—
Eu queria levar vantagem em tudo,
então, escravizei os joões-ninguém.
—
Eu queria impedir uma parede,
então, botei os canhões na rua.
—
Eu queria encarcerar um chibalé,
então, jurei falso em juízo.
—
Eu queria sentar a pua,
então, fuzilei todo mundo.
—
Eu queria ter uma novidade sexual,
então, bacanalizei às pamparras.
—
Eu queria passar num concurso,
então, rezei para Nossa Senhora.
—
Eu queria meter medo na moçada,
então, disse que vi um labrego.
—
Eu queria impor a minha vontade,
então, ameacei com o degredo.
—
Eu queria me manter no poder,
então, genocidei meus compatrícios.
—
Eu queria acabar com o Comunismo,
então, acanhoneei o palácio.
Palacio
de La Moneda
(Bombardeado
pelo General Augusto Pinochet em 11 de setembro de 1973)
—
Eu queria acabar com o esquerdismo,
então, implantei uma ditadura.
—
Eu queria censurar as informações,
então, amordacei a imprensa.
—
Eu queria implodir um casamento,
então, engendrei uma intrigalhada.
—
Eu queria manchar um homem digno,
então, o acusei de ser melancia.
—
Eu queria criar um fudelhufas,
então, inventei um baita cagahouse.
Fudelhufas
de Cagahouse
—
Eu queria instituir a ordem,
então, nomeei um autoritário.
—
Eu queria derrubar a Constituição,
então, pari o Ato Institucional nº 5.
—
Eu queria amedrontar os guerrilheiros,
então, 'suicidei' inocentes na prisão.
—
Eu queria botar o meu país nos
eixos,
então, pratiquei crimes contra a Humanidade.
—
Eu queria estabilizar a inflação,
então, congelei o passivo público.
Fernando Affonso Collor de Mello
—
Eu queria controlar a inflação,
então, falsifiquei os índices.
Falsificação
dos Índices de Inflação
—
Eu
sabia
tudo o que estava acontecendo;
tenho peso na alma, mas, não estou arrependido
de nada.1
[Jorge
Rafael Videla Redondo, em entrevista ao jornalista Ceferino Ovidio Ramón
Reato.]
—
Eu queria ganhar as eleições,
então, defraudei a apuração.
—
Eu queria convencer o zé-povo,
então, prometi o imprometível.
Político Sem-vergonha
—
Eu queria expulsar os seringueiros,
então, os hostilizei até pirá-los.
—
Eu queria que os pobres minguassem,
então, matei todos eles de escassez.
—
Eu queria que os inúteis murchassem,
então, matei todos eles de inópia.
—
Eu queria expulsar os demônios,
então, exorcizei um esquizofrênico.
—
Eu queria exemplificar duramente,
então, queimei Giordano Bruno.
—
Eu queria que pujasse o Geocentrismo,
então, revoguei o Heliocentrismo.
Galileu
Galilei
(por Justus Sustermans, 1636)
—
Eu queria condenar a prostituição,
então, deslustrei Maria de Magdala.
—
Eu queria divulgar o Catolicismo,
então, apoiei todas as cruzadas.
—
Eu queria servir bem a Deus,
então, apoiei o Santo Ofício.
—
Eu queria me salvar com certeza,
então, fiz as 9 1as
6as-feiras.
—
Eu queria achar o Caminho,
então, pulei 3 vezes para S. Longuinho.
—
Eu queria purgar todos os meu pecados,
então, jejuei e me martirizei.
—
Eu queria ser arrebatado,
então, eremitizei e celibatarizei.
—
Eu queria me livrar do inferno,
então, comunguei três vezes por dia.
—
Eu queria ir morar no céu,
então, fiz negócios com Deus.
—
Eu queria me sentar à direita
do Pai,
então, negociei uma cadeira cativa.
—
Eu queria ser perdoado,
então, tripliquei o dízimo.
_____
Nota:
1. Esta
declaração machista do Sr. Redondo é uma tremenda contradição.
Quem tem peso na alma só pode estar arrependido de tudo e mais meio
quilo. Em uma outra entrevista para a revista espanhola Cambio 16, o Sr.
Redondo reivindicou a chegada dos militares ao poder em 1976 como um
ato de salvação de um País com vazio de poder, paralisado
institucionalmente e sob risco de anarquia. Ele enfatizou, ainda,
o apoio prestado pelos empresários e pela Igreja Católica
para o golpe. Ora, esta justificativa só pode ser reivindicada por
um ignorante da História Universal, pois, não há quem
não saiba que ditadura nenhuma, em país nenhum, solucionou
problema nenhum, em momento nenhum. Só piorou e acabou de esculhambar
o que estava esculhambado. E desde quando a classe empresarial e qualquer
Igreja são causas ou motivos justificantes para o cometimento de
atrocidades, torturas, raptos, matanças, apócopes e genocídios?
O Sr. Redondo, que morreu em 17 de maio de 2013, hoje, no mínimo,
deve estar arrependidíssimo, de ter dito que não
estava arrependido de nada. Está sim. E muito. E deve
estar dançando tango com o Sr. Augusto José Ramón Pinochet
Ugarte (Valparaíso, 25 de novembro de 1915 – Santiago, 10 de
dezembro de 2006), outro ditador escrotérrimo que fez muito pior
do que ele na República de Chile. Sabe de uma coisa? No fundo, esses
caras – uns, piores; outros, mais piores – são
todos magos negros delirantes.
Jorge Rafael Videla Redondo
Música
de fundo:
Chances
Are
Compositores: Robert Allen (música) & Al Stillman (letra)
Interpretação: Johnny Mathis (com Ray Conniff & sua Orchestra)
Fonte:
https://qmp3.ru/download/wait
Páginas
da Internet consultadas:
https://museudoshorrores.blogspot.com/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Galileu_Galilei
http://ciceroart.blogspot.com/
https://www.sunoresearch.com.br/
http://filialdomude.blogspot.com/
https://healthblog.uofmhealth.org/
https://pt.vecteezy.com/
https://ptnacamara.org.br/portal/
https://www.reddit.com/r/europe/
comments/98t80d/catholic_church_policy/
https://www.nucleomemoria.com.br/
https://www.wired.com/
https://br.pinterest.com/pin/563372234633279279/
https://favpng.com/
http://tresvozes.blogspot.com/2012/02/
https://pt.wikipedia.org/wiki/
Jorge_Rafael_Videla#Admissão_de_mortes
https://soundcloud.com/
http://lequipe.com.br/site/
https://es.dreamstime.com/
https://ceph.io/
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As animações,
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neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
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