O vazio e a solidão surgem por causa da medição e da comparação. Quando nos comparamos com o Santo, com o Mestre, com o grande músico, com o erudito, com o homem que se realizou nos vemos incompletos e nos sentimos insuficientes. Assim, em conseqüência do medir e comparar, sempre virá o horrível sentimento de vacuidade, de sermos "nada". [In: A Luz que Não se Apaga (em inglês: The Urgency of Change), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]

 

 

 

Babbino Disgraziato

 

 

 

— Comparei-me com o Giacomo Puccini,

e me achei um babbino disgraziato.

Comparei-me com o Omar Khayyam,

e me achei um demônio.

Comparei-me com o Papa João XXIII,

e me achei outro demônio.

Comparei-me com o Mahatma Gandhi,

e me achei um terceiro demônio.

Comparei-me com a Mâ Ananda Moyî,

e me achei um quarto demônio.

Comparei-me com o Papa Francisco,

e me achei um quinto demônio.

Comparei-me com o George S. Patton,

e me achei um covardão.

Comparei-me com o Jacques de Molay,

e me achei um cagarolas.

Comparei-me com o Raymond Bernard,

e me achei um desmerecedor.

Comparei-me com o Sâr Validivar,

e me achei um indigno.

Comparei-me com o Kojak,

e me achei um cabeludo.

Comparei-me com o Harry Houdini,

e me achei um embromeiro.

Comparei-me com o Carne Frita,

e me achei um preguinho.

Comparei-me com o Fernando Pessoa,

e me achei um poetastro.

Comparei-me com o Al Gore,

e me achei um Sujismundo.

Comparei-me com o Jimmy Carter,

e me achei um antipacifista.

Comparei-me com o Linus Pauling,

e me achei um quimicuzinho.

Comparei-me com a Shirin Ebadi,

e me achei um Torquemada.

Comparei-me com a Maria Madalena,

e me achei um prostituto.

Comparei-me com o Dr. Ulysses Guimarães,

e me achei um dr. Tibiriçá.

Comparei-me com o Krishnamurti,

e me achei um analfabeto.

Comparei-me com o Albert Einstein,

e me achei um analfabunda.

Comparei-me com o Nikola Tesla,

e me achei um curto-circuito.

Comparei-me com o Pablo Picasso,

e me achei um rabiscador.

Comparei-me com o Salomão,

e me achei um bestalhão.

Comparei-me com o Fulcanelli,

e me achei um soprador.

Comparei-me com o Juiz Moro,

e me achei um salafrário.

Comparei-me com o Jô Soares,

e me achei um zé-galocha.

Comparei-me com o Luciano Pavarotti,

e me achei um nariz apertado.

Comparei-me com o Ruy Barbosa,

e me achei um antidemocrata.

Comparei-me com o Joaquim Nabuco,

e me achei um escravocrata.

Comparei-me com o São Francisco,

e me achei um vivisseccionista.

Comparei-me com o Dante Alighieri,

e me achei um Adrameleque.

Comparei-me com o George Soros,

e me achei um pobretão.

Comparei-me com o Ayrton Senna,

e me achei um barbeiraço.

Comparei-me com o Garrincha,

e me achei um perna-de-pau.

Comparei-me com o G. G. Casanova,

e me achei um brochorowisky.

Comparei-me com o São Longuinho,

e me achei um perdedor.

Comparei-me com o Dom Sebastião,

e me achei um indesejado.

Comparei-me com o Frei Serapião,

e me achei um mixuruquinha.

Comparei-me com o Sansão,

e me achei um fracalhão.

Comparei-me com o Dalai Lama,

e me achei um pecador.

Comparei-me com o Sâr Hieronymus,

e me achei um renegado.

Comparei-me com o Mestre DK,

e me achei uma besta .

Comparei-me com o Mestre KH,

e me achei uma besta .

Comparei-me com o Cristo,¹

e me achei uma besta .

 

 

 

 

 

 

_____

Nota:

1. Cristo – o Grande Irmão: Mestre dos Mestres e Instrutor dos anjos e dos homens. [In: De Belém ao Calvário, tema transmitido telepaticamente pelo Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul – um Iniciado da Sabedoria Eterna – à Alice Ann Bailey, que o publicou.]

 

Música de fundo:

O Mio Babbino Caro (da Ópera Gianni Schichi)
Composição: Giacomo Puccini
Interpretação: Montserrat Caballé

Fonte:

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.artmajeur.com/pt/

https://www.speakgif.com/

https://gotica-sombria-suicida-satanica.tumblr.com/

https://blog.ninapaley.com/

https://dribbble.com/shots/4786286-Bad-Dad

 

Direitos autorais:

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