CARMINA BURANA

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

h! Lua! Oh! Lua! Oh! Lua!

Oh! Ignobilidade! Oh! Demérito!

Oh! Vida detestável!

Oh! Inaptidão horizontalística!

Oh! PanCOVIDmia destruidora!

Oh! Maldição maldita!

Oh! Existência artificial!

Oh! Felicidade abdominal

Oh! Ambição toldadora!

Oh! Ignorância aprisionadora!

Oh! Anterioridade perniciosa!

Oh! Manipura deplorável!

Oh! Escurecimento tenebroso!

Oh! Chorem todos comigo!

Oh! Padeçam todos comigo!

Oh! Morram todos comigo!

 

 

 

 

 

 

h! Sol! Oh! Sol! Oh! Sol!

Oh! Dignidade! Oh! Mérito!

Oh! Vida admirável!

Oh! ShOPhIa verticalística!

Oh! Vacina salvadora!

Oh! Bendição bendita!

Oh! Roda ascensional!

Oh! Compreensão intemporal!

Oh! Despretensão tranqüilizadora!

Oh! Iniciação Libertadora!

Oh! Eternidade auspiciosa!

Oh! Sahasrara inestimável!

Oh! Ascendimento luminoso!

Oh! Festejem todos comigo!

Oh! Exultem todos comigo!

Oh! Vivam todos comigo!

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

O Fortuna (Carmina Burana – Canções de Benediktbeuern)
Musicalização: Carl Orff
Interpretação: André Rieu e sua Orquestra Johann Strauss

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=EJC-_j3SnXk

Explicação:

Carmina Burana (em português, Canções de Beuern, sendo Beuern uma redução de Benediktbeuern, município situado na Baviera) é o título, em latim, de um manuscrito de 254 poemas e textos dramáticos, datados, em sua maioria, dos séculos XI e XII, sendo alguns do século XIII. As peças são, em geral, picantes, irreverentes e satíricas e escritas em latim medieval, embora algumas tenham sido escritas em médio-alto-alemão (estágio inicial da língua alemã e convencionalmente cobre o período em torno do ano 500 até 1050), com alguns traços de francês antigo ou provençal. Há também partes macarrônicas, numa mistura de latim vernáculo com alemão ou francês. Os manuscritos refletem um movimento europeu internacional, com canções originárias de Occitânia, França, Inglaterra, Escócia, Aragão, Castela e do Sacro Império. Vinte e quatro poemas dos Carmina Burana foram musicalizados por Carl Orff, em 1936. O Fortuna é um poema que faz parte dos manuscritos de Carmina Burana, criado, aproximadamente, entre os anos de 1100 e 1200. Este poema é dedicado a Fortuna, deusa romana da sorte e da esperança. O poema foi escrito em latim medieval, sem levar a métrica latina clássica; ao invés disso, foi escrito com um estilo originado do alto alemão: o Vagantenlieder, um estilo típico dos goliardos. Tradução do O Fortuna:

 

Ó Sorte,
és como a Lua
mutável,
sempre aumentas
e diminuis.
A detestável vida
ora oprime,
ora cura,
para brincar com a mente.
A miséria
e o poder
ela os funde como gelo.

Sorte imensa
e vazia,
tu – roda volúvel –
és má.
Vã é a felicidade,
sempre dissolúvel,
nebulosa
e velada,
também a mim contagias.
Agora, por brincadeira,
o dorso nu
entrego à tua perversidade.

A sorte na saúde
é virtude,
e, agora, me é contrária.

e tira,
mantendo sempre a escravidão.
Nesta hora,
sem demora,
tange a corda vibrante,
porque a sorte
abate o forte.
Chorais todos comigo!

 

Páginas da Internet consultadas:

https://br.pinterest.com/pin/365424957241274148/

https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Fortuna

https://pt.wikipedia.org/wiki/Alto-alemão_antigo

https://bestanimations.com/Earth&Space/Earth/Earth.html

https://weheartit.com/entry/342248336

 

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