Por
que, de maneira geral, nós, seres-humanos-aí-no-mundo, nos
mostramos totalmente incapazes para resolver os problemas da vida? Porque,
quanto mais problemas aparecem e passam a [ilusoriamente]
existir, menos sensível a eles estamos nos tornando. [Haverá
exemplo mais flagrante disto e absolutamente atual do que a irresponsabilidade
de muitas pessoas no comportamento que estão apresentando frente
a esta –Coronamia
mortal que estamos atravessando? Desrespeitam o isolamento social, e, depois,
acham que a cloroquina resolverá o problema de uma eventual e indesejável
contaminação viral. Ora, isto é igualzinho a dar uma
rapidinha sem camisinha e cafungar uma farinha, todas
elas não
deixando de ser formas
semelhantes de suicídio-assassinato.]
[In: A Suprema Realização,
de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
Só
a mente livre e lúcida é capaz de ver o verdadeiro e de afastar
o falso. [Ibidem.]
Sentir
é a capacidade de apreciar a curva de um ramo de árvore, de
examinar as coisas sórdidas e a lama da estrada, de ser sensível
ao sofrimento de outrem, de assistir com enlevo ao crepúsculo. Sentir
não é sentimento nem mera emoção. Emoção
e sentimento (ou sentimentalidade) podem se converter em crueldade, e ser
explorados pela sociedade, e o indivíduo sentimental, impressionável,
se torna escravo da sociedade. Mas, necessitamos da capacidade de sentir
intensamente; de sentir
a Beleza, de sentir
a Palavra e de sentir
o Silêncio entre duas Palavras. Necessitamos desta capacidade de sentir,
porque é ela que torna a mente altamente sensível. A sensibilidade
no mais alto grau é Inteligência, o que significa que perder
sensibilidade é perder Inteligência. [Ibidem.]
—
La
Macarena le gusta los veranos?
No
es problema mío; es de Los Del Río.
La
Macarena tiene un novio que se llama Vitorino?
No es problema mío; es de su novio.
A
Guerra Civil Síria?
Não
é problema meu;
é dos sírios.
O
ceguinho na porta da igreja?
Não
é problema meu;
é dele e do padre.
A
confa na Venezuela?
Não
é problema meu;
é do Maduro e dos venezuelanos.
A
Guantanamo Bay Naval Base?
Não
é problema meu;
é dos cubanos.
O
sovaco da píton-reticulada?
Não
é problema meu;
é da cobra.
A
piroga de cristal?
Não
é problema meu;
é do Boi Xavante.
A
sujeira do Sujismundo?
Não
é problema meu;
é dele, que é um porcalhão.
A
careca do ?
Não
é problema meu;
é dele, que não é cabeludo.
O
muro do Trump?
Não
é problema meu;
é dos
.
Os
foguetes do ?
Não
é problema meu;
é dos .
O
nariz do Frei Serapião?
Não
é problema meu;
quem mandou nascer bicancudo?
Frei
Damião (Jô), Frei Cosme (Paulo Silvino) e Frei Serapião
(que resistiu à tentação)
—
O mordomo do vampiro?
Não
é problema meu;
é dele, que é mordomo.
A
homofobia planetária?
Não
é problema meu;
é dos LGBTQQICAPF2K+.
A
lamaceira em Brumadinho?
Não
é problema meu;
é dos brumadinhenses.
As
sacanagens de João de Deus?
Não
é problema meu;
é dos sacaneados.
O
'shutdown' do Governo Americano?
Não
é problema meu;
é do Mister Trump.
A
anexação do Tibete?
Não
é problema meu;
é do povo tibetano.
A
ditadura na Coréia do Norte?
Não
é problema meu;
é dos norte-coreanos.
A
petrolão brasileiro?
Não
é problema meu;
é da Lava Jato.
A
fome no Mundo?
Não
é problema meu;
é dos famintos.
A poluição do ar?
Não
é problema meu;
é de quem respira.
A poluição das águas?
Não
é problema meu;
é dos que bebem água.
A
poluição da Baía de Guanabara?
Não
é problema meu; é dos cariocas.
A
poluição do Rio Tietê?
Não
é problema meu;
é dos paulistas.
O aquecimento global?
Não
é problema meu;
é do urso-polar.
As
Ilhas Falklands ou Malvinas?
Não
é problema meu;
é dos ingleses e dos argentinos.
O
fluxo do narcotráfico mundial?
Não
é problema meu;
é das autoridades internacionais.
Ray
Liotta
Goodfellas
(Os Bons Companheiros)
—
O laissez-faire,
laissez-aller, laissez-passer?
Não
é problema meu;
é de quem é duro e escravo.
O
terrorismo mundial?
Não
é problema meu;
é dos terrorizados.
A
tortura mundial?
Não
é problema meu;
é dos torturados.
A
liberdade de imprensa?
Não
é problema meu; é dos jornalistas.
A
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida?
Não
é problema meu;
é dos aidéticos.1
A
Síndrome de Down?
Não
é problema meu;
é dos mongolóides.2
Os
refugiados e os deslocados?
Não
é problema meu;
é deles e somente deles.
As
armas de destruição maciça?
Não
é problema meu;
é de quem é destruído por elas.
As
balas perdidas?
Não
é problema meu;
é de quem foi baleado.
O
salário-mínimo pequenininho?
Não
é problema meu;
é de quem ganha salário-mínimo.
A
diferença entre pobres e ricos?
Não
é problema meu;
é de quem é pobre.
—
A destruição dos recursos naturais?
Não
é problema meu;
é de quem depende deles.
A
transparência governamental?
Não
é problema meu;
é de quem se preocupa com isso.
A
instabilidade política?
Não
é problema meu;
sou a favor da ditadura.
A
desigualdade de gênero?
Não
é problema meu;
é de quem é desigual.
Os
crimes virtuais?
Não
é problema meu;
é de quem é babaca.
A
falta de oportunidades?
Não
é problema meu;
é de quem não cria as oportunidades.
Os
conflitos religiosos?
Não
é problema meu;
é de quem é carola.
A
questão dos extraterrestres?
Não
é problema meu;
é de quem nasceu em Marte.
As
monções na Índia?
Não
é problema meu;
é de quem mora lá.
A
San Andreas Fault?
Não
é problema meu;
é de quem mora na California.
Os
terremotos no Japão?
Não
é problema meu;
é de quem é nipônico.
O
problema econômico do Brasil?
Não
é problema meu;
é do Sr. Paulo Roberto Nunes Guedes.
O
problema da corrupção no Brasil?
Não
é problema meu;
é do Sr. Jair Messias Bolsonaro.
O
problema da pedofilia na Igreja?
Não
é problema meu;
é do Sr. Papa Francisco.
O
problema de quem está pifando de COVID-19?
—
E daí?
Eu não faço
milagre.
O problema é de quem está morrendo.
O
problema
de como levo a minha vidinha?
Este
problema, sim:
é exclusivamente meu e de mais ninguém.
Eu
só quero saber de mim;
os
outros que cuidem dos seus enterros!
______
Notas:
1. Não
devemos utilizar o termo aidético. Além de incorreto, é
estigmatizante, ofensivo e preconceituoso. Devemos sempre preferir pessoa
vivendo com HIV, pessoa soropositiva, HIV-positiva ou positiva.
2. Não
devemos utilizar o termo mongolóide para os portadores da Síndrome
de Down, também denominada Trissomia 21, pois, ganhou um sentido
pejorativo e até ofensivo, pelo que se tornou banida no meio científico.
Atualmente, o termo mongol ou mongolismo, quando usado de forma pejorativa,
ofensiva, poderá ser considerado um crime de preconceito, sem direito
à fiança, quando o processo transitar em julgado.
Música
de fundo:
La Macarena
Composição e interpretação: Los Del Río
Páginas
da Internet consultadas:
https://g1.globo.com/politica/noticia/
https://www.pngocean.com/
https://br.freepik.com/
https://fr.123rf.com/
https://www.vectorstock.com/
https://www.vecteezy.com/
https://animalsake.com/
http://www.reactiongifs.com/cocaine/
https://dribbble.com/
http://loucaporartes.blogspot.com/
http://vivaparaimprensa.com.br/viva-o-gordo/
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Direitos
autorais:
As animações,
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neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright
são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a
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