Descodificado Genoma Do Cão
(Mensagem postada por Jorge Santofer na
Loja-Virtual Temas da Teosofia e Sociedade Teosófica
http://br.groups.yahoo.com/group/loja-virtual/
Com as mais elevadas
saudações teosóficas, deixo este texto curioso
sobre as investigações genéticas da ciência
actual:
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Uma equipa de
investigadores decifrou o código genético dos cães,
comparou-o com o dos humanos e concluiu que as pessoas poderão
ter menos genes do que se pensava.
*
Segundo os cientistas envolvidos no projecto a seqüência
completa do genoma canino revelou também que o ser humano partilha
mais ADN com o cão do que com o rato.
A investigação
será publicada na edição de quinta-feira da revista
Nature.
Os cientistas começaram
a fazer comparações detalhadas entre o genoma canino
e o humano, para tentar descobrir os genes que tornam cães
e humanos vulneráveis a doenças como cancros, problemas
cardíacos, cataratas, epilepsia, cegueira e surdez.
De acordo com Eric
Lander, director do Broad Institute of Harvard and MIT
e principal autor do estudo, a comparação entre os genes
dos cães, dos humanos e dos ratos demonstrou que algumas características
genéticas encontradas em humanos, mas não em ratinhos,
não são, afinal, exclusivas das pessoas, uma vez que
aparecem também nos cães.
O trabalho desenvolvido
até ao momento aponta também para que as pessoas possam
ter menos genes do que os cientistas pensavam.
Os investigadores
estimam que os cães têm 19.300 genes, quase todos versões
caninas de genes encontrados nas pessoas.
Estudos anteriores
apontavam para que as pessoas tivessem mais de 3.000 genes, mas Lander
afirmou que o estudo dos cães está a conduzir os
investigadores à dúvida sobre se serão de facto
genes humanos reais.
Mas, a primeira conclusão
a que os investigadores chegaram, após a comparação
entre as várias raças de cães, é que,
do pequeno Chihuahua ao gigante Gran Danois, todos provêm do
mesmo conjunto básico de genes.
Para a investigação,
foi utilizado o ADN de uma fêmea de boxer, chamada Tasha, disse
Eric Lander, acrescentando que Tasha foi escolhida entre mais de cem
cães candidatos, por o seu ADN parecer especialmente propício
à tarefa de identificar os 2,4 mil milhões de componentes
químicos.
Mas os investigadores
perceberam depois que qualquer outro cão teria sido igualmente
eficaz, afirmou Lander.
Em termos de ADN,
dois cães escolhidos ao acaso diferem tanto quanto duas pessoas
também escolhidas ao acaso, mas a variação na
aparência, no tamanho e no comportamento dos cães continua
a baralhar os investigadores, disse Lander.
— Como
é que um grupo tão restrito de genes pode produzir Chihuahuas
e Gran Danois? — questionou.
Investigações
mais profundas poderão ajudar os cientistas a descobrir o que
produz diferenças tão grandes nos corpos entre espécies.
Este novo trabalho
também identificou sinais ao longo do ADN canino que vão
ajudar a identificar os genes que predispõem os cães
a certas doenças, algumas das quais partilhadas com os humanos.
De facto, pode ser
mais fácil encontrar genes de doenças nos cães
do que nas pessoas, porque o apuramento de raças deixou marcas
no genoma dos cães.
Esta pesquisa genética
pode beneficiar os cães e os seus donos, considerou um responsável
da Fundação Para a Saúde Canina do Clube de Canis
Norte-americanos.
— Estamos
a tentar apagar estas fragilidades genéticas, fazendo uma despistagem
das doenças genéticas dos cães antes da reprodução
— disse Lander.
À medida que
se forem descobrindo esses genes responsáveis por doenças,
podem ser eliminados fazendo apenas a reprodução de
cães que não os tenham.
Estes resultados estão
mais completos do que os anunciados em 2003 sobre o ADN de um poodle
macho chamado Shadow.
Até ao momento,
os cientistas já decifraram o ADN de ratos, chimpanzés,
galinhas e humanos, bem como de muitos outros organismos.
Diário Digital/Lusa
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PARA PENSAR!