O CAIBALION

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Segundo o Princípio ou a Lei da Causa e do Efeito [exposto no Caibalion (Kybalion), que contém a essência dos ensinamentos de Hermes Trismegisto (em grego )] toda causa produz um efeito; todo efeito é produzido por uma causa; tudo acontece de acordo com a Lei; o acaso é simplesmente o nome dado a uma Lei desconhecida; há muitos planos de causalidade, porém, nada escapa à Lei. Por isto, o conceito existencialista l'enfer c'est les autres (o inferno são os outros), como admitiu e divulgou o filósofo, escritor e crítico francês, conhecido como representante do Existencialismo, Jean-Paul Charles Aymard Sartre (Paris, 21 de junho de 1905 – Paris, 15 de abril de 1980) é, no mínimo, um pueril, imaturo e tolo equívoco. L'enfer ce n'est pas les autres; c'est l'obligation de vivre avec eux, disse o escritor francês Sylvain Tesson (26 de abril de 1972). O inferno não são os outros; temos a obrigação de conviver com eles. Mais do que uma obrigação, isto é uma necessidade irrecusável e insubstituível. Seja como for, o inferno somos nós, porque o inferno foi (e/ou está sendo) criado e construído por nós diariamente, e, por isto, está em nós. Descer aos infernos é descer ao que há de pior em nós, pois, não há inferno do lado de fora; o inferno está em nosso interior, mais ou menos na altura do nosso Plexo Solar – a Cidade das Jóias. Botar a culpa nos outros, seja lá do que for, é uma inócua tentativa de transferência de responsabilidade. Responsabilidade compensatória é intransferível e intransmissível. Neste sentido, o grande problema das indispensáveis e educativas compensações cármicas é que elas, muitas vezes, derivam de causas disparadas anteriormente à nossa existência presente, e como nós não nos lembramos das causas passadas as madrastas que estão produzindo os efeitos atuais então... Isto é mesmo de lascar e de deixar borbonhoca pensando que é minholeta!

 

 

 

 

Se nada escapa à Lei, será que aqueles que, hoje, estão, educativamente, passando por algum tipo de padecimento, fizeram outros padecer no passado? E os que estão fazendo muitos padecer hoje, no futuro, educativamente, padecerão também? Bem, seja como for, cabe a todos nós, como irmãos indissociáveis que somos de todos os seres do Unimultiverso – sem exceção – auxiliar a todos os que padecem e a todos os que fazem padecer, para que compreendam tanto uma coisa como outra, sem fazer qualquer juízo de valor a partir dos nossos gostos, introjeções e percepções individuais, juízo este que sempre estará baseado em fatores culturais, sentimentais e ideológicos, e, por isto, inevitavelmente distorcido, seja em relação ao passado, seja em relação ao presente, seja em relação ao futuro. Auxiliar sempre é a Lei do Amor. Minimizar o padecimento alheio, seja lá de quem for, é a Lei do Amor. Facilitar a mudança, a compreensão e a ascensão de todos os que padecem e de todos os que fazem padecer é a Lei do Amor. Não esqueçamos jamais da advertência do Evangelho de Mateus, VII: 1 e 2: Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir também a vós. Ainda que esta advertência seja hipotética e ameaçadora, não deixa de ser, como ditame moral e espiritual, uma advertência ± útil. Categoricamente, seria assim: não julgar nem condenar ninguém nunca por absolutamente nada. Ora, se somos todos , julgar e condenar os outros é julgar e condenar a nós mesmos. Ponto final.

 

 

Desde 14 de maio de 1948, guerras, matanças, dores, aflições e perdas.
Isto não tem a menor justificativa nem o menor cabimento!

 

 

Se nada escapa à Lei, será que aqueles que, hoje, estão, educativamente – sempre educativamente – vivendo uma vida relativamente segura, próspera e confortável, fraternalmente, auxiliaram outros no passado? E os que estão auxiliando muitos hoje, no futuro, educativamente, viverão segura, próspera e confortavelmente também? Novamente, aqui, o imperativo categórico é amorosa e impessoalmente auxiliar, sem pensar em recompensa futura, até porque não existe recompensa alguma. Em nenhum sentido, o Unimultiverso (e suas Leis) é hipotético. Mas, independentemente de qualquer coisa, o que, necessariamente, deve e precisa ser feito, necessariamente, precisa e deve ser feito. Hoje. Já. Agora. Procrastinar não deixa de ser uma forma de se suicidar e de morrer. Ponto final.

 

 

 

 

Se nada escapa à Lei, haverá um fim (relativo) terreno tanto para o padecimento quanto para a vida relativamente segura, próspera e confortável? Bem, quanto a isto, precisamos compreender que as diversas e seqüenciais encarnações na Terra são apenas uma etapa da nossa peregrinação educativa ilimitada, que nunca teve princípio e, por ser ilimitada, jamais terá fim. Concluída(s) a(s) experiência(s) desta onda terrenal evolutiva e reintegradora, desembarcaremos em um outro sistema.

 

 

 

 

Estas são algumas poucas perguntas (reflexões) que precisamos nos fazer, e tentar chegar a alguma forma dialética de entendimento, se quisermos compreender o porquê de estarmos vivos e o próprio propósito educativo e libertador da existência. Definitivamente, nada acontece por acaso. Acreditar, por exemplo, que l'enfer c'est les autres, admitir que os judeus (porque são judeus) precisam ser eliminados da Terra, preconceituar que os palestinos são seres humanos de 2ª classe e que, por isto, devem ser extintos, crer em sorte ou azar, em talvez ou quem sabe, em prêmio ou castigo divinos e em outras coisas absurdas semelhantes é, estupidamente, continuar na mesma e na mesma continuar, como, estupidamente, na mesma continua, até hoje, a situação conflagrada do Oriente Médio, desde 14 de maio de 1948. E continuar na mesma e na mesma continuar não é menos nem mais do que jogar a experiência singular da encarnação na lata de lixo, ou seja, de viver e de morrer ao invés de e de , até que nem uma coisa nem a outra sejam mais possíveis!

 

 

Até quando isto acontecerá?
(Seja como for, o até quando tem um limite!)

 

 

As duas perguntas (meditações) derradeiras que precisamos nos fazer são: até quando continuaremos a, fantasticamente, delirar e a nos alimentar de miragens e de ilusões? Até quando permaneceremos cegos e nos deixando conduzir por cegos, geralmente, tão ou mais cegos do que nós? E, se forem um pouco menos cegos, continuam a ser cegos!

 

Unamo-nos em invocação:

 

 

 


Paz ao povo palestino.
Paz ao povo judeu.
Paz à Faixa de Gaza.
Paz ao Território de Israel.
Complacência e indulgência aos líderes do Hamas.
Complacência e indulgência aos líderes israelenses.
Illuminação para todos.
Compreensão para todos.
Libertação para todos.
Ascensão para todos.
Unificação para todos.
Divinização para todos.
Está feito. Está selado. A.'.  U.'.  M.'.

 

 

 

 

Música de fundo:

Illusions
Composição e interpretação: Brymo

Fonte:

https://xclusiveloaded.com/songs/brymo-illusions/

 

Páginas da Internet consultadas:

https://dribbble.com/shots/1027183-Turtle-Animation-gif

https://www.dreamstime.com/illustration/hamas-flag.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Paul_Sartre

https://en.wikipedia.org/wiki/Sylvain_Tesson

https://gifer.com/en/9uPX

https://www.onlygfx.com/office-trash-bin-png-transparent-svg-vector/

 

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