Rodolfo
Domenico Pizzinga
Rose
Nânie Heringer da Silva
Há
quem goste de só falar de cadáveres
e de fatos
que ocorreram há muito tempo.1
Fazer
disso um hábito ou um passatempo
imana
o passado e os próprios cadáveres.
A
morbidade de estar sempre a comentar
coisas
defuntistas e sem qualquer utilidade
é,
no mínimo, uma imprestável disparidade
e persistir
sob a influência do que é lunar.
Quem
aprende a Viver a Vida vive o Amor.
Quem insiste
em viver a morte sofre de dor
e vive
enfermiçamente porque nega a Vida.
Ter
cadáveres como preferencial companhia
é
fazer da negra escuridade sua estrela-guia.
Por que?
Por que viver assim toda uma vida?