O CADÁVER DO CADÁVER
(
Revertere ad locum tuum)

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

                        

 

 

 

Quem é escravo da repetição

está condenado a virar cadáver antes da hora.1

Já quem, de si, não é ladrão

não deixa para depois. Muda dentro. Agora.

 

mas só o que fará brilhar o olhar é a vida.

Um lindo diamante? Um rubi?

Oh!, a vida só vale a pena se refletir a Vida!2

 

Precisamos por dentro cambiar.

Logo, mudar isto ou aquilo não muda nada.

Nós não poderemos voltar ao Lar,

se vivermos na chafurda (de alma borrada).

 

Como a mula a mover a mó,

moer e remoer estroinices encarraspanado?

Até revertere?3 Até virar pó?

Até o que era ereto acabar ficando abaulado?

 

E acabamos por quitar a conta.

Ora, isto é um despautério desmensurado!

E sempre termina assim: a afronta

acaba fantasiando a paúra de um arrenegado!

 

 

 

 

 

 

______

Notas:

1. Este poema foi inspirado em um texto da professora universitária aposentada, escritora e tradutora brasileira Lya Fett Luft (Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, 15 de setembro de 1938).

2. Santa Vida Universal.

3. Revertere ad locum tuum. (Inscrição freqüente em portões de cemitérios). [Vulgata, Números XXIV: 11] Retorna ao teu lugar.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://paranormal12a.blogspot.com/
2011/01/lobisomens-mito.html

http://www.neildiamondtribute.com.au/
contactus.htm

 

Música de fundo:

Quero Que Vá Tudo Pro Inferno
Composição: Roberto Carlos e Erasmo Carlos
Interpretação: Roberto Carlos

Fonte:

http://www.4shared.com/get/_Z-AV8mk/
09_-__Quero_Que_V_Tudo_Pro_Inf.html