Por
mais duro que possa parecer, a questão não é tanto
se o homem deve ou não viver, se é bom ou não o suficiente
para ter a possibilidade de continuar vivendo, quanto se este homem pode
viver mais tempo [prosseguir vivendo]
nos Planos Superiores da existência, para os quais a Humanidade deve,
finalmente, tender e realizar. É o homem capaz de viver para o desenvolvimento
da parte perdurável da sua natureza? Se não é, atingiu
o fim da sua tarefa.1
Para
ser imortal no Bem é necessário se identificar com Deus;
para ser imortal no Mal é necessário se identificar
com Satanás.2
A
Verdadeira Espiritualidade não é a aspiração
devota [religiosa];
é a classe de intelecto mais elevada [mais concertada
e mais harmônica],
que [re]conhece
as funções da Natureza pela assimilação direta
da mente de seus princípios mais elevados.3
No
homem, há uma faculdade potencial cuja natureza é capaz de,
no seu mais elevado desenvolvimento, levar a uma compreensão-assimilação
direta do Conhecimento [Sabedoria = ShOPhIa],
independentemente de observação objetiva. Este é o
método usado pelos Adeptos para instruir seus chelas no curso regular
da educação oculta.4
A
Quarta Ronda, na qual estamos hoje, é a Ronda
em que estão se desenvolvendo totalmente a
Vontade e o Desejo –
o
Quarto Princípio – e na qual se
trabalha para assimilar o Quinto Princípio – a
Razão-inteligência.
Na Quinta Ronda, estando totalmente desenvolvida Razão-inteligência
[ou (personalidade-)alma],
na qual reside o Eu, então, deverá ser assimilada a
Espiritualidade
–
o
Sexto Princípio
– ou
deveremos renunciar completamente à existência.
Grande
Período de Perigo (Vale da Sombra da Morte)
Metade da Quinta Ronda.
O
último esforço do homem deve ser no sentido de se tornar um
ser superior, um agente consciente, e, finalmente, no que é normalmente
entendido, em um princípio criativo da própria Natureza.5
Todos
os nossos fracassos, se não forem casos de completa e irremediável
perversidade, poderão ser corrigidos e transmutados, porém,
devem aguardar uma oportunidade conveniente. Todavia, aqueles que forem
ou se tornarem incapazes de ultrapassar o período crítico
da Quinta Ronda, necessariamente cairão na esfera de aniquilação.6
A
finalidade [meta]
da [personalidade-]alma
humana é se tornar senhora de seu próprio destino.
Devemos
estar atentos, pois, a reiniciação do processo educativo da
encarnação não é eterno.
De
maneira geral, os fracassos de cada mânvântâra não
são de modo algum aniquilados quando chegam "ao final de sua
carreira", mas, são destinados, depois de grandes períodos
de espera, a retornar à corrente da evolução.
O
Prâlâya de toda cadeia planetária,
a incomensurável Noite de Brahma, é o vasto
intervalo de repouso nirvânico, que fecha [conclui]
um mânvântâra. Somente
quando principia o mânvântâra
seguinte é que os fracassados acordam do seu tremendo transe.
Quando
um ser-aí-no-mundo se converte em Adepto, passa a ter o poder de
escolher de sua própria encarnação [Projeção].
Em
um Corpo Físico, um Adepto é relativamente impotente. Fora
do Corpo Físico, é exatamente o que foi sempre, desde
que se converteu em Adepto.7
Elefante
Branco Símbolo do Adeptado.
Trinta
e Dois
Poderes do Adeptado.
O
Adeptado [Mahatmado]
está sujeito
a mudanças cíclicas e necessita de impulsos periódicos.
Um
Buddha visita a Terra em cada uma das Sete Raças do Grande Período
Planetário. O último Buddha
que aqui esteve foi o quarto da série. O quinto ou Maitreya Buddha
virá depois do desaparecimento final da Quinta Raça, quando
a Sexta Raça já estiver estabelecida na Terra durante algumas
centenas de milhares de anos. O sexto virá no início da Sétima
Raça, e o sétimo, no final da mesma Raça. Destas vindas
de um Ser Divino sob forma humana nasce o conceito inextirpável dos
deuses antropomórficos de todas as religiões exotéricas.8
Avaloketiswara
Nome Místico
das Hostes de Dhyan Chohans. O significado próprio da palavra é
Sabedoria Manifestada, como Âdi-Buddha e Amitabha significam Sabedoria
Primordial ou Abstrata.
Na
Vida Espiritual Sublime há uma unidade que não deixa lugar
para o isolamento da individualidade.
Os
Dhyani Buddhas ou Dhyan Chohans são a Humanidade aperfeiçoada
de épocas manvantáricas precedentes, e sua inteligência
coletiva se descreve com o nome de Âdi-Buddha.
No
Budismo Esotérico, não se discute que até um Buddha
poderá ser falível em certo momento de sua carreira.9
É
preciso deixar fora dos segredos e poderes de Iniciação todos
aqueles que não são virtuosos e dignos de confiança.
O
progresso espiritual e a sua consumação
dependem do Conhecimento Secreto.
O
destino futuro do homem depende por completo das causas que ele mesmo engendra.
Todas
as diferenças [religiosas]
de opinião têm relação com as variações
exotéricas da idéia fundamental, introduzidas por diversos
instrutores com impressões variadas sobre a capacidade do povo para
assimilar as idéias transcendentais.
Desde
tempos imemoriais, houve no Tibete certa religião secreta, hoje completamente
desconhecida e não abordável por quem não seja Iniciado,
inacessível para o povo comum do país, assim como para outras
gentes, e na qual se congregaram sempre os Adeptos. Mas, em geral, o País
não era, no tempo de Buddha, o que se tomou depois – a morada
escolhida da Grande Fraternidade.
O
Ceilão se ocupa fundamentalmente da moral Buddhista, enquanto os
Adeptos do Tibete se ocupam da ciência do Buddhismo... Somente
quando se compreende o vínculo entre o Buddhismo e o Brahmanismo
é que a grandeza da Doutrina Esotérica se revela em suas verdadeiras
proporções.
O
primeiro Estado Espiritual desta vida é o 'Devachan' – no qual
existem os usuais sete estados, apropriados aos diferentes graus de Illuminação
Espiritual que os diversos candidatos a tal estado podem obter. Contudo,
o estado deva-chânico mais elevado no Arûpa Loka não
se compara com o estado maravilhoso de espiritualidade pura denominado 'Nirvana'.
Na
Sétima Ronda da Humanidade, os homens se assemelharão a Deuses,
na qual, pode-se admitir, os seres humanos atingirão a onisciência,
em que todo sentimento de individualidade se fundirá no Todo.10
'Nirvana'
é um estado sublime de repouso consciente na onisciência.11
Atenção:
A bondade sozinha – associada, como muitas vezes está, às
crenças religiosas mais grotescas –
conduz o homem apenas
a períodos devachânicos de êxtases devocionais, não-inteligentes,
e, no final, se tais condições se reproduzirem em muitas existências,
levá-lo-á,
na Grande Crise,
a alguma extinção
sem dor da individualidade. O perseguir contínuo da Verdade Espiritual
e o desejo Dela [ainda que
sempre esta Verdade espiritual só possa ser alcançada relativamente],
e não a ociosa e bondosa aquiescência aos dogmas, à
moda da igreja mais próxima, são os meios de os homens lançarem
suas almas dentro do estado subjetivo, preparadas para assimilar o Conhecimento
Real da Onisciência Latente do seu Sexto Princípio, e (re)encarnar
em tempo oportuno com impulsos na mesma direção. Nada produz
tão desastrosos efeitos no progresso humano, no que respeita à
peregrinação do indivíduo, como a noção
prevalecente de que uma religião, se for seguida com espírito
piedoso, é tão boa como outra qualquer, e que se tais e quais
doutrinas são, talvez, absurdas, quando consideradas a fundo, a maioria
das pessoas boas jamais pensará no absurdo, senão que as observarão
com uma atitude mental sem mácula. Uma religião não
é, de modo algum, tão boa como outra, ainda que, em princípio,
todas sejam geradoras de vidas igualmente boas.12
Buddhismo
Religião sem mácula
e sem sangue.
Mânvântâra
e Prâlâya Atividade
e Repouso.
O
Elemento-uno não só preenche todo o espaço do ilimitado
Universo, como também compenetra cada átomo da matéria
cósmica.
A
Coisa-una eterna e imperecedoura no Universo, que os prâlâyas
universais não destroem, pode ser considerada indiferentemente como
espaço, duração, matéria e movimento. Não
como algo que tenha estes quatro atributos, mas, como algo que é
estas quatro coisas ao mesmo tempo e para sempre.
O
atributo principal do Princípio Universal Espiritual, como doador
de vida inconsciente, mas, sempre ativo, é se dilatar e se espargir.
O atributo
principal do
Princípio Material Universal é se unir e se fecundar. Inconscientes
quando separados, se convertem em consciência e vida ao se unirem.
O
Sétimo Princípio [Atma],
indefinível e incompreensível para nós no presente
estado de esclarecimento, é, com certeza, o único Deus reconhecido
pelo Conhecimento Esotérico, e toda personificação
deste é apenas simbólica.
A
Lei deste sistema solar é também a Lei de outros sistemas
solares.
A
Lei de Atividade e Repouso Alternados atua universalmente para todo o Cosmos.
... Mânvântâra...
Prâlâya... Mânvântâra...
Toda
mônada espiritual – em si mesma, um princípio inconsciente
e puro –
atua através
de formas conscientes em níveis inferiores, até que estas
formas, reproduzindo sucessivamente formas cada vez mais elevadas, chegam
a produzir aquela em que a consciência análoga à de
Deus seja totalmente evocada.
Consciência
Absoluta Não-consciência.
O
Universo é Ilimitado, e é uma aberração do pensamento
falar de uma hipótese relativa ao mais além do Ilimitado,
ao outro lado do limite do sem-limites.
Esta
animação está incorreta!
Matéria,
espaço, movimento e duração constituem a substância
única e eterna do Universo.
O
microcosmo é um reflexo do Macrocosmo.
As
Leis mais sublimes da Natureza só
diferem em escala em sua jurisdição sobre o homem e sobre
a família planetária.13
Os
homens de uma geração se desenvolvem para ser os Dhyan Chohans
da próxima geração,
e nos últimos progressos do tempo [que não é
Tempo] cedem lugar
a seus descendentes, passando eles a estados superiores de existência.
O
livre-arbítrio humano, que atua por meio do carma, cujo desígnio
da Natureza é elevar ao estado Dhyan-chohânico, deve ser livre
para desenvolver o próprio mal, se for o caso e se assim for desejado.14
O
espírito se arremessa para o mundo objetivo ao estarem esgotadas
as influências que o prendiam ao estado devachânico.
Jamais
se encontrará, em qualquer escrito budista, nada que defenda a noção
de que qualquer criatura humana, tendo alcançado a Humanidade, retroceda
ao reino animal [ou aos reinos vegetal ou mineral].
Além disto, enquanto nada, em verdade, seria tão ineficaz
como explicação da origem do mal, como a caricatura da transmigração
que este retrocesso implica.
A
imortalidade reconhecida pela Doutrina Esotérica é a da individualidade
espiritual.
Causas
e efeitos se convertem em causas em uma interminável progressão
cíclica.
Jamais
se repetirá demasiado e com a máxima perseverança,
que se radica na união da Ciência com a Religião a ponte
por onde os mais perspicazes e prudentes perseguidores do conhecimento experimental
podem dar as mãos ao devoto mais entusiasta, e por cujo meio, também,
o mais entusiasta devoto pode voltar à Terra, sem deixar de estar
no Céu.
Eu
e Você Seremos
Reis
(Todos Serão Reis)
Fui
agulha e fui alfinete.
Fui dedal
e também linha.
Fui rabanete
e amocete...
Hoje,
aqui, na Escolinha!
Fui
u'a marolinha no mar;
às
vezes, tsunami
a destruir.
Fui um
barquinho a navegar;
leme
emperrado, sem sentir.
Fui
o que não devia ter sido,
e não
fui aquilo que deveria.
Hoje,
o meu canto é sentido
Mas,
combato para valer
os demônios
que fabriquei.
Nesta
l(ab)uta, não-perder;
lá
um dia, eu serei meu Rei.
Pode
custar o quanto custar:
quem
não renunciar triunfará.
Pode
magoar o que magoar:
quem
se empenhar chegará.
Eu
nada estou prometendo;
é
um Principìum
Universális.
Em cada
vi(n)da, bem vivendo,
Nosce
Te Ipsum