BUDDHISMO ESOTÉRICO – 1ª Parte

 

 

 

Alfred Percy Sinnett

Alfred Percy Sinnett

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo é uma limitada coletânea de fragmentos (1ª parte) da obra Buddhismo Esotérico, de autoria de Alfred Percy Sinnett, que, por intermédio de Madame Blavatsky, na Índia, manteve uma grande correspondência com os Mahatmas Kut Hu Mi e Morya. Como frutos desta correspondência, Sinnett escreveu O Mundo Oculto (1881) e o Buddhismo Esotérico (1883). Ambos os livros, na época, exerceram grande influência, e fizeram com que o interesse pela Teosofia e pela Sociedade Teosófica aumentasse, ainda que muitas críticas tenham ocorrido, e Madame Blavatsky tenha sido alvo das maiores injustiças, calúnias e intrigas. Curiosamente, apesar destas injustiças, calúnias e intrigas promovidas pelos medonhos de sempre, Helena Petrovna Blavatsky (que ficou abaladíssima na época) produziu sua iluminadora obra-mestra: A Doutrina Secreta. Enfim, neste estudo, evitarei repetir conceitos que já foram abordados em outros textos que divulguei, procurando compor a coletânea de fragmentos com informações novas e de fácil assimilação. Mas, alguma coisa será revisitada.

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Alfred Percy Sinnett (18 de janeiro de 1840 – 26 de junho de 1921), um inglês culto e muito refinado, foi escritor e teósofo. As Cartas dos Mahatmas (uma das obras mais difíceis da literatura teosófica, cujos inspiradores foram os Mahatmas Kut Hu Mi e Morya), que geraram a controvérsia que mais tarde contribuíram para a divisão da Sociedade Teosófica, foram escritas majoritariamente para Sinnett. Segundo Helena Petrovna Blavatsky, um Mahatma é um personagem que, por meio de educação e de treinamento especiais, desenvolveu aquelas faculdades superiores e atingiu aquele conhecimento espiritual que a Humanidade comum adquirirá depois de passar por séries inumeráveis de encarnações durante o processo de evolução cósmica, desde que, naturalmente, neste meio tempo, ela não vá contra os propósitos da Natureza. Os Mahatmas são membros de uma Fraternidade oculta, mas, de nenhuma escola indiana em particular. Esta Fraternidade não se originou no Tibete, entretanto, a maioria dos seus membros e alguns dos mais elevados entre eles estão e vivem constantemente no Tibete. Os Mahatmas são homens vivos, não ‘espíritos’ nem mesmo Nirmânâkâyas. O seu conhecimento e erudição são imensos, e a santidade da sua vida pessoal é maior ainda, contudo, eles são homens mortais, e nenhum deles tem a idade de 1.000 anos, ao contrário do que algumas pessoas imaginam.

 

Em 1881, Sinnett escreveu O Mundo Oculto, e, em 1883, Buddhismo Esotérico. Ele foi vice-presidente da Sociedade Teosófica e, posteriormente, presidente da Loja de Londres da Sociedade Teosófica.

 

 

 

Buddhismo Esotérico
(Fragmentos)

 

 

 

A evolução da [personalidade-]alma é um processo que, por completo, é contínuo em si mesmo, embora levado a efeito, em parte, por meio de um grande número de formas dissociadas, que atuam como instrumentos.

Para quem chegou ao fim da Senda1 e ultrapassou a tristeza, para quem, por si mesmo, se libertou de tudo e se desprendeu de todas as cadeias, não há mais inquietude ou desgosto. Para este não há mais nascimentos; este desfruta o Nirvana. Seu antigo carma está esgotado, e não há produção de qualquer novo carma. Seu Coração está livre de uma vida futura, não gerando novos desejos... (Thomas William Rhys Davids, apud Alfred Percy Sinnett).

Arhats Mahatmas Adeptos da Ciência Oculta Illuminati.

O Adepto se faz a si-mesmo.2

 

 

 

 

A grande meta e o objetivo do Adeptado é alcançar o desenvolvimento espiritual, cuja natureza está velada e disfarçada nas frases comuns da linguagem exotérica [religiosa].3

O acesso à Filosofia Oculta sempre foi, de certa forma, aberto a todos.

No estudo da Filosofia Oculta, por trás de uma aparente falta de sentido, superficialmente incompreensível, Grandes Verdades Universais estão ocultas.

A existência de Adeptos Ocultos e a importância de suas aquisições podem ser estabelecidas por meio de dois diferentes tipos de argumentos: primeiro, valendo-nos da evidência externa, o depoimento de testemunhas qualificadas dos poderes anormais dos Adeptos; e, em segundo lugar, pela apresentação de uma parte significativa destes conhecimentos, suficiente para proporcionar a segurança intrínseca do seu próprio valor.

 

 

Kut Hu Mi
Morya

 

Os Mahatmas insistem em garantir que não são infalíveis; são pessoas como todos nós, talvez, com uma compreensão da Natureza um pouco mais ampla do que a generalidade da Humanidade.4

O neófito deve confiar sempre – em tudo e sem qualquer tipo de reserva nos ensinamentos transmitidos e na direção estabelecida pelo seu Mestre.

A dupla natureza de um Mahatma [Mahatma-espiritual + Mahatma-homem] é tão completa, que um pouco de sua influência e da sua Sabedoria nos reinos mais elevados da Natureza poderá ser atraído para aqueles que estão em relação psíquica particular com ele, sem que o Mahatma-homem sequer perceba, naquele momento, de quem tenha apelado a ele desta maneira.

Um Mahatma não é meramente um ego humano em um estado exaltado, mas, pertence, por assim dizer, a um departamento específico da Economia Natureza. Cada Adepto [Chohan] pertence a um ou outro dos sete tipos principais de Adeptado [Mahatmado].

Os Mahatmas podem ser entendidos, em seu verdadeiro aspecto, como fenômenos necessários da Natureza, sem os quais a evolução da Humanidade dificilmente poderia ser imaginada como avançando [evoluindo], e não, apenas, como homens excepcionais que atingiram um estado de grande exaltação espiritual.

 

 

 

Nenhum fato é digno de ser conhecido, a menos que se conheça, ao mesmo tempo, a maneira de ser provado como fato.5

 

 

A Ciência Esotérica reconhece Sete Princípios distintos na constituição do homem.

 

Português
Sânscrito
Corpo Físico
Rupa
Vitalidade
Prana ou Jiva
Corpo Astral
Linga Sharira
Alma Animal
Kama Rupa
Alma Humana
Manas
Alma Espiritual
Buddhi
Espírito
Atma

 

 

 

O Segundo Princípio do Homem – A Vitalidade (Prana ou Jiva) – consiste na matéria em seu aspecto como força e em sua afinidade com o estado mais grosseiro da matéria.

O Terceiro Princípio o Corpo Astral (Linga Sharira) – é uma duplicata etérea do Corpo Físico.

O Quarto Princípio a Alma Animal (Kama Rupa) é o primeiro dos Princípios que pertencem à natureza superior (Veículo da Vontade).

O Quinto Princípio a Alma Humana (Manas) é a sede da razão e da memória.

O Sexto Princípio a Alma Espiritual (Buddhi) está germinalmente [in potentia] em cada um de nós, e é o veículo do Sétimo Princípio.

O Sétimo Princípio o Espírito (Atma) o Verdadeiro Incognoscível, a Causa Suprema Reguladora de todas as coisas, Uno e Indivisível em todo o Universo, vitaliza o fio contínuo da Vida, que passa através de toda a evolução, unindo, em sucessão definida, as inumeráveis encarnações em uma série completa. Este Princípio é o mesmo em todos os Planos de Existência: Físico, Astral, Devachânico e Nirvânico.

A Doutrina Esotérica é, de fato, o Elo Perdido [oculto] entre o materialismo e a espiritualidade.

Na Doutrina Esotérica, as teorias físicas e a Ciência Espiritual não são irreconciliáveis; estão intimamente entremeadas e dependem uma da outra.

Sempre: mudança e progresso.6

 

 

 

 

A Natureza sempre opera em curvas completas e viaja sempre ao longo de caminhos que se ligam entre si, ou seja, que volvem sobre si mesmos – da mesma forma que o mês de dezembro nos conduz de volta a janeiro, todavia, em cada ciclo, sempre havendo ascenso e progresso [reintegração]. A escala de perfeição espiritual está em constante ascendimento. E assim, os chamados elos perdidos nunca poderão ser encontrados no presente, porque não possuíam mais do que um propósito temporário, tendo desaparecido. A forma espiralada da marcha progressiva que proporciona o impulso da vida que se desenvolve nos diversos reinos da Natureza é o que explica as lacunas [vazios] que são observados, hoje, em formas animadas que povoam a Terra. As formas intermediárias são de natureza temporária, e é natural que se extingam.7

O progresso sempre acontece em espiral [Spira Legis] através dos mundos.

 

 

 

 

O Imanifestado é o Princípio de todas as coisas. [ – —› Forças Elementares —› Minerais —› Vegetais —› Animais —› Homem —› + ]. Em a Natureza, no processo evolutivo, o grande é a repetição perpétua do pequeno em maior escala.

O processo evolucional para cada mônada espiritual [cada átomo individual] não se resume apenas a uma estada em planetas distintos. Dentro dos limites de cada planeta, cada vez que a mônada chega a ele, acontece um complicado processo de evolução. Ela encarna muitas vezes em raças [etnias] sucessivas antes de passar adiante, e, ademais, está sujeita a muitas encarnações em cada uma das grandes raças, o que explica, em parte, as várias diferenças de inteligência, de moralidade, de bem-estar etc. O homem, tal como é conhecido, hoje, na Terra, só está a meio caminho no seu processo evolutivo, que deve ter o seu zênite no Período de Vulcano.8

 

 

 

 

Graças aos processos da Natureza, a entidade humana se desenvolve gradualmente, trabalhando inicialmente nos reinos inferiores [mineral, vegetal e animal].9

Pluralidade de Mundos Mútua Dependência.

Se uma série completa de câmbios pode ser considerada como perfazendo uma unidade, esta unidade pertence, como tal, a uma série mais elevada de câmbios.

 

 

 

 

A Terra é uma unidade imersa em uma Unidade maior, o que equivale a dizer que o desenvolvimento da Humanidade se verifica por sucessivas ondas de desenvolvimento (Rondas – atualmente nos encontramos na Quarta Ronda e na Quinta Raça) que correspondem a mundos sucessivos da Grande Cadeia Planetária.

7 Rondas; 7 Raças; 7 Sub-raças; 7 Ramos ou Sub-sub-raças. [71 (7); 72 (49); 73 (343) —› 686]. Terceira Raça: Lemúria. Quarta Raça: Atlântida.

Natureza Lei Setenária: Reino A —› Reino B —› Reino C —› Reino Mineral —› Reino Vegetal —› Reino Animal —› Reino Humano.

Aniquilação [Entropização] Ameaça às entidades que cultivaram irremediáveis afinidades ignóbeis.

Ciclos: Desenvolvimento —› Crescimento —› Maturidade —› Declínio. Na evolução das Rondas, tudo acontece no seu devido tempo e lugar. Não há sorte, azar e por acaso.

Os Grandes Adeptos podem prever os câmbios geológicos com uma certeza matemática.

A proximidade de cada novo obscurecimento é sempre marcada por catástrofes de fogo e água. A Lei dos Ciclos é una, imutável e inexorável. Quando a Quinta Raça tiver alcançado o auge de sua intelectualidade e desenvolvido sua mais elevada civilização, tornando-se incapaz de se elevar em seu próprio ciclo, a civilização será destruída por um grande cataclismo.10

 

 

 

 

 

Desenvolvimento —› Crescimento —› Maturidade —› Declínio

 

Não desejo a morte nem desejo a vida; [sem ansiedade], espero que chegue o meu tempo, como um trabalhador espera salário.

 

 

 

Eu e Você Seremos Reis
(Todos Serão Reis)

 

 

 

Fui agulha e fui alfinete.

Fui dedal e também linha.

Fui rabanete e amocete...

Hoje, aqui, na Escolinha!

 

Fui u'a marolinha no mar;

às vezes, tsunami a destruir.

Fui um barquinho a navegar;

leme emperrado, sem sentir.

 

Fui o que não devia ter sido,

e não fui aquilo que deveria.

Hoje, o meu canto é sentido

 

Mas, combato para valer

os demônios que fabriquei.

Nesta l(ab)uta, não-perder;

lá um dia, eu serei meu Rei.

 

Pode custar o quanto custar:

quem não renunciar triunfará.

Pode magoar o que magoar:

quem se empenhar chegará.

 

Eu nada estou prometendo;

é um Principìum Universális.

Em cada vi(n)da, bem vivendo,

 

 

 

 

Nosce Te Ipsum

 

 

 

 

______

Notas:

1. Precisamos compreender (e admitir, o que é mais complicado) que não há fim da Senda, como nunca, na verdade, houve começo. A coisa, portanto, não se esgota no Plano Nirmânâkâico (ou em outro), como não há um estado eterno inamovível – seja de bem-aventurança, seja de infortunidade como alguns (ou muitos) admitem. Em todo fim haverá sempre um novo começo, que está interligado à sua conclusão, que gerará um novo começo – em um plano ou em uma dimensão (presumidamente) mais elevados. Não existe esse negócio de diretor careca, formatura, beca e canudo de papel nem descanso do guerreiro. O esforço é permanente; a ascensão é ilimitada. Mas, se pisarmos na bola, haverá descensão!

 

 

 

 

2. Isto é como eu já disse dezenas e dezenas de vezes: o esforço para compreendermos e nos libertarmos (de nós mesmos) só poderá ser nosso, terá que ser nosso. Poderemos até ter uma incidental ajudinha aqui e ali, mas, o grosso da coisa cabe a nós. Se não merecermos ou se não pudermos compreender para que serve o alfinete, nenhum Adepto ou seja lá quem for dará um alfinete a nenhum de nós. E, quando digo dar um alfinete, isto, primordialmente, acontece (se e quando acontece!) por assunção/inspiração (intuição), mas, é raríssimo (talvez, fosse melhor dizer rarérrimo ou rarissíssimo). A verdade é que temos que construir o barco para podermos navegar. E não adianta vir com essa história de dizer que não sabe construir barco. Quem não sabe construir um barco que trate de aprender ou não navegará! Eu, quando comecei a construir o meu, só andava com os dedos roxos, cheios de equimoses, de tanto martelá-los. Mas, cada porrada que eu dava num dedo era uma lição que eu aprendia. E continuo a martelá-los, só que um pouquinho menos. Bem, só mais uma coisa: quando a porrada for muito grande e doer muito, você poderá até dizer um palavrãozinho. Isto não tem a menor importância; o que você não pode é desistir. Entendeu isto direitinho? Então, mãos à obra. Já! E dane-se se ela for de Santa Engrácia; um dia ela acaba! Mas, não esqueça: não há fim da Senda.

 

 

 

 

3. As diferenças básicas entre um religioso qualquer (geralmente, um crédulo incompetente e inconseqüente) e um chela (neófito ou discípulo que busca o Caminho) são: 1ª) o primeiro acredita que a fé resolve tudo, e o segundo se esforça para fazer a coisa acontecer; 2ª) o religioso acredita em milagre; o chela sabe que ele é o próprio milagre (em formação); 3ª) o religioso acredita em um Deus Onipotente e Criador-mantenedor; o chela sabe que, in potentia, ele é o próprio Deus; e 4ª) finalmente, o religioso nada, nada, nada, mas, não chega (n)a praia; o chela nada, chega... E continua nadando!

4. Não posso deixar de comentar que esta compreensão da Natureza um pouco mais ampla é comparativamente, mutatis mutandis, incomensuravelmente maior do que a diferença de conhecimento de, por exemplo, Albert Einstein (1879 – 1955) e a minha mãe, que não sabia praticamente nada de nada, mas, que me deus as bases morais sobre as quais erigi meu caráter e minha personalidade. Considero Platão (428/427 a.C. – 348/347 a.C.) o maior Filósofo de todos os tempos e Einstein o mais completo Físico que a Humanidade conheceu, todavia, minha mãe, para mim, superou os dois. Sua filosofia de vida pode ser resumida no seguinte pensamento: furtar, por necessidade impreterível, não é pecado; mas, ai daquele que furtar uma agulha de uma costureira que necessite daquela agulha para costurar e poder viver. Bem, para furtar, por necessidade, é preciso ser malandro, coisa que um precisado geralmente não é. Isto está perfeitamente retratado na obra Os Miseráveis (Les Misérables), de autoria do novelista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista pelos direitos humanos francês Victor-Marie Hugo (1802 – 1885), na qual Jean Valjean, o personagem principal do livro, furta um pão, é pegado, preso e condenado a cinco anos de trabalhos forçados, que, em virtude de diversas tentativas de fuga, acabam se tornando dezenove. Eu, na minha infância, por pura sacanice, furtei umas mariolas de uma quitanda que havia no Posto 6, em Copacabana, no Rio de Janeiro (pecadilho de criança). Não fui preso, mas, depois, me envergonhei às pampas daquela traquinada. Mas, que as mariolas estavam uma delícia, isto, estavam! Foram as melhores mariolas que já papei na minha vida! Sei lá, mas, mariola furtada tem outro sabor.

5. Por isto, não há nada mais inútil do que a fé cega, fanática e/ou ultramontana. Vou acrescentar algo que nunca escrevi: fé religiosa e fé esotérica são equivalentes; não servem para nada. Em um certo sentido, acabam até atrapalhando, porque tornam o religioso e o estudante de esoterismo dependentes de algo não-verificável (pela fé). E mais: fé gera esperança, que é absolutamente ineficaz e ineficiente. Enfim, ou constatamos as coisas por experiência meritória pessoal ou ficaremos na mesma e na mesma ficaremos. Entretanto, uma coisa é absolutamente certa: não há esforço (ora et labora – Regra de São Bento) que não dê frutos.

6. Não diria mudança e progresso, mas, mudança e movimento. Como já discuti este tema à saciedade e de várias maneiras distintas, apenas recordarei que, se o Universo é um todo-um finito-ilimitado, sem possibilidade de acréscimo (aumento) ou de decréscimo (diminuição), ele não pode progredir para um lugar ou, por assim dizer, para um um ponto final ou de chegada, até porque, para que isto acontecesse ou para que pudesse acontecer, o Universo, fosse do jeito que fosse, deveria ter vindo de algum lugar ou de um ponto de partida, o que é inconcebível e inexeqüível. Por isto, o próprio conceito de evolução não é lá muito correto. Seja como for, o Universo muda e se movimenta nele mesmo, sendo o que sempre foi e o que sempre será. O próprio conceito de mudança é relativo a estados inalteráveis em si-mesmos. É mais ou menos (ainda que não seja) como a água, que, dependendo da temperatura e da pressão, pode estar nos estados sólido, líquido ou gasoso (vapor), mas, em si-mesma, é água, variando apenas o número de moléculas aglomeradas (reunidas) por pontes de hidrogênio. No estado sólido (gelo), o átomo de oxigênio de cada molécula de água está rodeado de átomos de hidrogênio de outras moléculas, em uma disposição tetraédrica, de tal modo que os átomos de oxigênio formam anéis de 6 membros. Esta estrutura é chamada aberta porque o espaço dentro de cada anel é suficiente para acomodar outra molécula de água. Penso que se, simbolicamente, imaginarmos todos os corpos do Universo (de um grão de areia à uma galáxia) como que interconectados por uma espécie de pontes de hidrogênio ou por forças ou interações do tipo de van der Waals, compreenderemos o Princípio Universal da Unidade Cósmica – que é e não é a mesma nos períodos mânvântáricos (dias cósmicos) e prâláycos (noites cósmicas). Em potência, o Universo é uno; em ato, às vezes, aparentemente, não é. Isto é mesmo mais complicado do que parece, ainda que seja muito simples. Enfim, como escreveu Alfred Percy Sinnett na obra que estamos estudando, a vida e os processos evolucionários deste Planeta estão relacionados com a vida e os processos evolucionais de outros planetas. Tudo está associado (interligado) e é interdependente. No Universo nada subsiste ou poderia subsistir de forma isolada.

 

 

 

Água (Pontes de Hidrogênio)

 

 

7. A Teoria dos Astronautas Antigos, popularizada por autores como Erich von Däniken e Zecharia Sitchin, advoga que seres ou criaturas extraterrestres (os deuses) visitaram a Terra a milênios, tendo operado modificações no ácido desoxirribonucleico (DNA) dos nossos ancestrais, para que ocorresse, na Terra, a evolução humana. Dentre os itens de provas circunstanciais mais famosos destas visitas estão, por exemplo, as Linhas de Nazca, no Peru (enormes e incontáveis desenhos no solo que só podem ser vistos de grandes alturas), o que se supõe ser discos voadores existentes na arte medieval e renascentista, as pinturas de cavernas paleolíticas e a criação de alguns monumentos que estariam além das capacidades humanas, tais como as maiores pirâmides do Egito, de Macchu Picchu, no Peru e outras antigas ruínas megalíticas, tais como Baalbek, no Líbano.

8. E mais: em geral, alternando os sexos em um limite máximo de sete encarnações em um mesmo sexo.

9. Mas, geralmente, esquecemos tudo isto, e exaurimos cobiçosamente as reservas minerais, destruímos estupidamente as plantas, trucidamos malevolamente os animais e – por motivos econômicos (e/ou personalistas-egoístas), para promover a paz (que não acreditamos) ou em nome de Deus (que fabricamos) – fazemos a guerra (contra nós mesmos). Ou não costuma ser exatamente assim?

10. Mas, isto não é para já nem acontecerá de repente, de uma hora para a outra. A Natureza vai dando diversos avisos. Os que souberem ler estes avisos...

 

Páginas da Internet consultadas:

http://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Animated_involute_of_circle.gif

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Teoria_dos_astronautas_antigos

http://www.angelfire.com/ar3/
alexcosta0/RelHid/Rhw1.htm

http://en.wikipedia.org/wiki/File:3D_
model_hydrogen_bonds_in_water.svg

http://averdadelibertavoce.ning.com/

http://camil1999.deviantart.com/
art/Loader-Circle-357864245

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Valjean

http://experienciadeciencias.wikispaces.com/Home

http://budgetimprovement.com/home/

http://www.anna-kingsford.com/portugues/outras_obra
s_relacionadas/obras_relacionadas/OOR-P-Esfinge/03.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfred_Percy_Sinnett

http://www.sociedadteosofica.es/Libros/
Sinnett_BuddhismoEsoterico.pdf

 

Música de fundo:

Great Buddhist Song

Fonte:

http://www.stafaband.info/download/mp3/
lagu_buddhist_song_its_great_to_give/

 

Direitos autorais:

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