Rodolfo
Domenico Pizzinga
A
bruxa que vislumbrou a Paz
—
Um dia, parei de bruxar,
e,
então, me pus a voar.
Às
estrelas me misturei,
e
sonhei, sonhei, sonhei...
—
Não fazia frio nem calor;
não
havia ódio nem amor.
Curiosamente,
era só Paz;
eu,
ilimitadamente, capaz!
—
Padecendo muito, voltei.
'Como
será agora?', pensei.
Não
serei mais a mesma;
não
poderei ser seresma.
—
Muitos não entenderão.
–
'A velha despirocou' – dirão.
Bolas!
O que isto importa?
Importa
que achei a Porta.
—
Quem quiser comigo vir,
basta apenas me seguir.
Uma
coisa devo informar:
quem
vier chorará ao voltar.
—
É como aprender a falar,
e,
depois, tartamudo ficar.
Por
enfeitarmos o quatro,
aqui, ainda, é nosso teatro.
Por
enfeitarmos o quatro...