PONTE PARA O SEMPRE – 4ª Parte

 

 

 

Ontem foi para sempre!
Hoje é para sempre!
Amanhã será para sempre!
Sempre foi-é-será para sempre!
Tudo-todos sempre serão para sempre!
Nada é perdido!
Nada é criado!
Tudo é transformado!
Sempre foi-é-será para sempre!

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução

 

 

Richard Bach

 

 

Esta é 4ª parte de alguns fragmentos selecionados (eventualmente editados e comentados) da obra autobiográfica Ponte Para o Sempre (The Bridge Across Forever) – uma história sobre beleza, bestas, encantamentos e fortalezas, sobre as forças da morte que parecem ser e as forças da Vida que de fato são – de autoria de Richard Bach, e traduzida para o português por A. B. Pinheiro de Lemos.

 

 

Breve Biografia

 

 

Richard Bach
(Em sua casa)

 

 

Richard Bach (Oak Park, Illinois, 23 de junho de 1936) é um escritor de nacionalidade norte-americana. A principal ocupação de Bach foi a de piloto reserva da Força Aérea, e, praticamente, todos os seus livros envolvem o vôo, desde suas primeiras histórias sobre voar em aeronaves até suas últimas, na qual o vôo é uma complexa metáfora filosófica. Bach alcançou enorme sucesso com Fernão Capelo Gaivota, que não foi igualado por seus livros posteriores; entretanto, seu trabalho continua popular entre os leitores.

 

Em setembro de 2012, o escritor ficou gravemente ferido na queda de um avião que pilotava, no estado de Washington. Richard Bach despenhou-se com uma pequena aeronave quando tentava aterrar na Ilha de San Juan, no Estado de Washington, tendo sofrido ferimentos na cabeça e no ombro.

 

 

Richard Bach
(Em seu avião)

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

Precisamos limpar o pó acumulado e as teias de aranha da nossa consciência.

 

 

A cuca de muita gente é assim!

 

 

Cada dia vivido é parte de uma vida que está passando. [Sendo vivida. E, por isto, não há um dia mais ou menos importante do que outro. É só você imaginar as 165 pequenas contas de um rosário. Qual é a conta mais importante?]

 

 

Rosário

 

 

Escapar. Fugir. Mas, escapar de quê? Fugir de quê? [Os bichos-papões moram na nossa cuca.]

 

Princípios a conhecer, Leis a desvelar, Disciplinas orientadoras e condutoras. É isto o que conduz todos nós à Liberdade.

 

Com lágrimas nos olhos, ele queria tanto viver em uma nuvem, nem que fosse por um minuto!

 

Eu lhe prometo uma coisa: você acabará encontrando um meio [em seu Coração] de arrebatar da Terra tudo o que você ama, e projetará Bem Alto, para ouvir as Respostas Alegres, mas, algumas vezes, Assustadoras, a cada pergunta que puder formular.

 

Não existe não;
nós é que inventamos os nãos.
Não existe vedado;
nós é que inventamos as vedações.
Não existe intolerado;
nós é que inventamos as intolerabilidades.
Não existe interditado;
nós é que inventamos as interdições.
Não existe proibido;
nós é que inventamos as proibições.
Não existe rejeitado;
nós é que inventamos as rejeições.
Não existe impedimento;
nós é que inventamos as impedições.
Não existe recusado;
nós é que inventamos as recusações.
Não existe impossível;
nós é que inventamos as impossibilidades.
Não existe infactível;
nós é que inventamos as infactibilidades.
Não existe aversão;
nós é que inventamos as outrofobias.
Não existe condenado;
nós é que inventamos as condenações.
Não existe infernizado;
nós é que inventamos as infernações.
Não existe ilusão;
nós é que inventamos os ilusionismos.
Não existe miragem;
nós é que inventamos as coisas miraginais.
Não existe medo;
nós é que inventamos as ansiedades irracionais.
Não existe magia negra;
nós é que inventamos as crueldades.
Não existem 1 + 1 =2 e 1 – 1 = 0;
nós é que inventamos a separatividade.
Não existe pecado;
nós é que inventamos as pecaminosidades.
Não existe vida;
nós é que desconhecemos a VIDA.

Não existe morte;
nós é que desconhecemos a MORTE.

Não existe não-sou;
nós é que desconhecemo
s o EU-SOU.
Não existe não-sei;
nós é que desconhecemo
s o EU-SEI.
Não existem demônios;
nós é que desconhecemo
s
o nosso DEUS INTERIOR.
Não existe o-que-não-é;
nós é que desconhecemos O-QUE-É.

 

Que experiência seria poder dizer alô a todos os outros Richards que voaram antes de mim no tempo, e de encontrar um meio de escutar o que eles diriam! [Mas, se o Espaço-Tempo é UM, se não há passado, nem presente, nem futuro, portanto, se só há o ETERNO SEMPRE, isto não é impossível. De passagem, na língua portuguesa, a palavra que menos gosto é exatamente esta: impossível.] Se todos vivemos o Agora, por que não podemos nos comunicar? [Podemos, sim: só precisamos aprender como. Aliás, em princípio, podemos tudo. Não há estupidez maior do que pensar e admitir que precisamos de intermediários para o que quer que seja. Não precisamos.]

 

Na vida, há um grande problema que todos nós precisamos resolver: virar à esquerda nas esquinas em que deveríamos ter virado à direita, e vice-versa.

 

O mais difícil é nos perdoarmos a nós mesmos. [Mas, se não perdoarmos a nós mesmos, como perdoaremos os outros? Seja como for, Perdoar é a primeira etapa; a segunda é Amar desinteressadamente; a terceira é Compreender.]

 

Qualquer piloto que voa por mais tempo do que acha que merece, quando pousa em segurança, costuma afagar a capota do avião e agradecer pelo vôo.

 

Para todos nós, há um futuro que não acontecerá sem que, primeiro, vivamos o momento presente.

 

Tentei botar
minha carroça na frente do boi.
Quebrei a cara,
e deu um baita cu-de-boi!

 

Afinal, quem somos nós? Todos nós somos uma mistureba homogênea-heterogênea de egos-antes, do ego-hoje, de egos-que-ainda-serão, de egos-de-outras-vidas, de egos-de-outras-raças-raízes, de egos-de-outros-'mâvântâras', de egos-de-outros-planetas, de egos-de-outros-espaços-tempos... [Mas, se somarmos tudo isso, o resultado será 1.]

 

Nossa intuição nosso passado/presente/futuro sempre-nós perpetuamente está pronta para sussurrar e nos ensinar alguma coisa. [Ela sempre diz sim; nunca diz não.]

 

O oposto da solidão não é a vida em comum. É a intimidade. A questão é: será a intimidade tão importante quanto a liberdade?

 

Certamente, os outros aspectos de quem somos devem ser os nossos amigos mais íntimos do que quaisquer outros. Quem poderá ser mais íntimo de nós do que nós mesmos, em outros corpos, em outras formas espirituais? [Trocando isso em miúdos: nosso melhor amigo é o nosso Deus Interno.]

 

Se prestarmos atenção, basta prestarmos atenção, poderemos poupar 49 anos de 50! [E, se (ou quando) prestarmos atenção absoluta, pouparemos 50 anos de 50!!!] A complicação toda é que somos achatados pelo Grande Rolo Compressor da Experiência. [Grande Rolo Compressor da Experiência = Karma Educativo.]

 

Há, com todos nós, temporariamente, um insuperável problema: escutamos, mas, não agimos de acordo.

 

 

 

 

Não podemos comprar as nossas respostas prontas. Precisamos construí-las pessoalmente, etapa por etapa.

 

 

 

 

Nossa armadura deve ser boa, poderosa e protetora, mas, para podermos voar, precisaremos retirá-la! Portanto, se quisermos conhecer a Magia da Vida, teremos de largar a nossa armadura. A Magia da Vida é muito mais forte do que o aço!

 

Depois das guerras e das religiões organizadas, é o casamento sem AMOR que traz mais infelicidade para as pessoas.

 

Macete para bem viver: dar atenção ao que sabemos, ao invés do que ao que tememos.

 

Para todos nós, há um futuro mais provável, não o único. [O que isto quer dizer? Que não há nada predeterminado. Se soubermos como (ou aprendermos), poderemos mudar tudo, sem ter que renunciar à nossa liberdade.]

 

Por que costumamos não querer ouvir a Voz do nosso Deus Interior? Porque elas costumam ameaçar nosso modo de vida, e por isto, nos assustam e nos irritam.

 

Por que, na vida, geralmente, para um ganhar o outro tem que perder? [Uma palavra define este status quo: ignorância.]

 

Para o melhor ou para o pior, todos nós te(re)mos de aprender as coisas por nós mesmos. [É como costumo dizer: ninguém poderá fazer o dever de casa que cabe a cada um de nós fazer. Somos nós que, individualmente, teremos que fazê-lo.]

 

Em todo o mundo, não há um só escritor que possa escrever um livro de idéias em que não acredite. Só podemos escrever sinceramente sobre aquilo em que acreditamos sinceramente. [Aqui, primeiro, pensei em Adolf Hitler (Braunau am Inn, 20 de abril de 1889 – Berlim, 30 de abril de 1945); depois, pensei em mim. Hitler, quando escreveu e publicou Mein Kampf (em português: Minha Luta), expressou, sincera e convictamente, suas idéias anti-semitas, anticomunistas, antimarxistas, racialistas (o Racialismo é a concepção de que a espécie humana se divide naturalmente em raças, e que essas raças correspondem a categorias biológicas ostensivamente distintas) e nacionalistas de extrema-direita, então adotadas pelo Partido Nazista. Quanto a mim, já publiquei milhares de textos, que, muitas vezes, chamo de rascunhos. Mas, rascunhos por quê? Rascunhos porque, apesar de eu escrever e divulgar as coisas que acredito que sejam verdadeiras com sinceridade, são idéias e conceitos que, certamente, à medida que me torno menos ignorante, poderão sofrer (e sofrerão) alguma modificação ou algum ajuste. Por exemplo: eu acreditava que a reencarnação (Lei do Renascimento) era eterna, invulnerável e para todos os seres-humanos-aí-no-mundo. Mas, quando, com o Mestre Kut Hu Mi, aprendi que existem não-entidades absolutas, 'fracassos da Natureza' que viveram como seres-humanos-sem-alma, e que, ipso facto, cairão na Oitava Esfera e serão completamente remodelados, ajustei o conceito de reencarnação, e concluí que reencarnar é muito mais uma conquista por mérito pessoal do que outra coisa. Logo, como ensinou o filósofo, professor e político português Leonardo José Coimbra (Borba de Godim, Lixa, 30 de dezembro de 1883 – Porto, 2 de janeiro de 1936), qualquer forma de cristalização do pensamento é um coisismo.]

 

Regra Insubstituível: Precisamos e devemos nos tornar melhores, a cada dia que passa!

 

A distância não importa. [Distância é uma mistura tenebrosa de incompetência + ignorância + ilusão. No frigir dos ovos, tudo é ignorância.]

 

Vim de LÁ...
Parei aqui...
A distância?
Importa o quê?
Um dia...
Sei que voltarei.
Para LÁ!
A distância?
Importa o quê?
Vindo... Voltando...
Rindo... Chorando...
Alegrando... Entristando...
Aprendendo... Esquecendo...
Reaprendendo... Reesquecendo...
Ganhando... Perdendo...
Perdendo... Ganhando...
Tropeçando... Claudicando...
Caindo... Levantando...
Vivendo... Morrendo...
Revivendo... Remorrendo...

Ciclos... Ciclos...
Ciclos...
Eras... Eras... Eras...
Tanta Saudade!
Saudade Metafísica.
Até quando?

Enquanto for necessário.
Enquanto for conveniente.
Enquanto for educativo.
O espaço-tempo?
Importa o quê?

A distância?
Importa o quê?

Importam, sim:
a humildade,
o esforço,
o Bom Combate.
Importam mais:
o Serviço,
o desapego,
a misericórdia.
Mas... Sem AMOR
nada é possível!
Sem AMOR,
a beleza não é BELEZA,
o bem não é BEM,
a paz não é PAZ,
a luz não é LLUZ,
a vida não é VIDA,
o hoje não é SEMPRE..
A distância?
Importa o quê?

O espaço-tempo?
Importa o quê?

Eu sei que,
de repente,
um DIA,
o SEGREDO
será desvelado.
I
lluminação...
Iniciação...
Compreensão...
Libertação...
Ascensão...
Divinização.
A distância?
Importa o quê?
Não há distância.
Cada um de nós cria
a sua distância pessoal,
com a sua incompetência,
com a sua ignorância,
com a sua ilusão,
no seu espaço-tempo pessoal.

 

O amor não pode ser distorcido e mutilado pela posse e pela hipocrisia.

 

Nossa fúria precisa esfriar; o chumbo derretido da nossa ignorância precisa se converter em gelo.

 

Nós-não-fomos. Nós-não-nos-tornaremos. NÓS-SOMOS!

 

 

Continua...

 

 

Música de fundo:

Seven Veils to Midnight
Composição e interpretação: Al Conti

Fonte:

https://mp3.pm/song/28816719/Al_Conti_-_Seven_Veils_to_Midnight/

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.presentermedia.com/

https://pngtree.com/

https://cutewallpaper.org/

https://br.pinterest.com/pin/341992165436064200/

https://www.livescience.com/62547-what-is-center-of-universe.html

https://www.elmundo.es/elmundo/2009/10/19/cultura/1255941750.html

https://www.vecteezy.com/

https://docplayer.com.br/254894-A-ponte-para-o-sempre-richard-bach.html

 

Direitos autorais:

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