BOTANDO AS MÃOS NA MASSA
(Aux armes, citoyens... Formez vos bataillons...)

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Se desejarmos profundamente compreender a Realidade-Verdade, deveremos largar a sombra, e não ficar hipnotizados pela sombra, pelo símbolo, pela pintura, pela imagem de pedra. Ora, pode haver uma multiplicidade de sombras, mas, só há uma Realidade-Verdade indivisível. Para se alcançar esta Realidade-Verdade não há um caminho religioso, seja cristão, seja muçulmano, seja hinduísta, seja qualquer outro. [In: A Cultura e o Problema Humano (título do original: This Matter of Culture), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]

 

 

Deuses Para Todos os Desejos, Todas Cobiças e Todas Paixões!

 

 

Por que não fazemos uso da nossa inteligência para descobrirmos o que é verdadeiro, e, assim, podermos ajudar a criar uma nova sociedade? Por que não tratamos de descobrir o que é uma sociedade mais justa e verdadeira, e, mediante uma revolta interior revolucionária, não edificarmos uma nova civilização? [Ibidem.]

 

 

Cagando e Andando

 

 

Esperei e acreditei que os poderosos
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Esperei e acreditei que os ricos
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Esperei e acreditei que os pobres
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Esperei e acreditei que os religiosos
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Esperei e acreditei que os ateístas
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Esperei e acreditei que os comunistas
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Esperei e acreditei que os capitalistas
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Esperei e acreditei que os anarquistas
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Esperei e acreditei que os cientologistas
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Esperei e acreditei que os partidos políticos
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Esperei e acreditei que os revolucionários
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Esperei e acreditei que os déspotas
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Esperei e acreditei que os mágicos
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Esperei e acreditei que os Deuses do Olimpo
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

 

 

Mudando o Statu Quo Hic

Mudando o Statu Quo Hic

 

 

Esperei e acreditei que os Ancient Aliens
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

 

 

Ancient Aliens

Ancient Aliens

 

 

Esperei e acreditei que os Santos
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Esperei e acreditei que os Gurus
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Esperei e acreditei que os Xamãs
mudassem o fudelhufas e o statu quo hic,
e, com amor e desapego, edificassem
uma sociedade mais justa e equânime.
Entretanto, tudo ficou como dantes,
tal qual no desbotado Quartel de Abrantes.

Então, como necas de pitibiribas mudançou,
eu resolvi botar minhas mãos na massa,
e ajudar a criar uma sociedade íntegra
e uma nova e verdadeira civilização.
Para esta tarefa, peço às boas andorinhas
para que, juntos, façamos um novo verão.

 

 

Fazendo um Novo Verão

 

 

Sei que quem esperançar jamais alcançará.
Se esperançarmos, nunca conquistaremos.
Encarnarmos, vivermos e apitarmos igualzinho
e com o mesmo jeitão que aparecemos aqui
é, de certa forma, equivalente
a empacotarmos pior do que nascemos!

Ora, ninguém fará bulhufas por nós.
Nem o Lamparina nem o Holofote,
nem o Donald Trump nem o Xi Jinping,
nem o Kim Jong-un nem o Kim Jong-mil.
Ou nos mancamos e desentortamos o taco
ou cairemos durinhos num escuro buraco!

 

 

Desentortando o Taco

 

 

Aux armes, citoyens... Formez vos bataillons...
Marchons... Marchons... Marchons...
É mudança... É vitória... É hoje... É agora... É já...
Repito: ninguém fará bulhufas por nenhum de nós.
Nós é que teremos que limpar os nossos pós!
Nós é que teremos que desatar os nossos nós!

 

 

 

La Marseillaise

 

 

 

Música de fundo:

La Marseillaise
Composição: Claude Joseph Rouget de Lisle
Interpretação: Edith Piaf

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.nytimes.com/

https://www.thinglink.com/

https://giphy.com/

http://bola8bar.com.br/jogo.php

https://br.pinterest.com/pin/793689134299523178/

http://la-minute-ortho.fr/la-marseillaise/

https://giphy.com/explore/cagando

http://serieemdevaneios.blogspot.com/

https://krishnamurtibox.wordpress.com/downloads/livros/

 

Direitos autorais:

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