Nem sempre passamos nas provas e nos testes que a vida nos impõe, mas, que eles existem, sim, eles existem. Humildade. Paciência. Bom Combate. Temos que ter humildade e paciência. E lutar o Bom Combate. Sempre. [Ou quebraremos a focinheira!] [In: Asas Para Viver (Running from Safety: An Adventure of the Spirit), de autoria de Richard Bach.]
O verdadeiro casamento não é sobre duas pessoas correndo por uma ponte coberta de arroz e fitas, mas, sim, sobre descobrir, depois de uma vida inteira, que devemos construir essa ponte juntos, com nossas próprias mãos. Marido e mulher não têm o poder de fazer um ao outro feliz ou infeliz. Esta é uma faculdade individual. Só você poderá se fazer feliz. [Essa história de almas gêmeas não existe. Isso é invenção de poeta ignorante. Todas as experiências da vida são pessoais e individuais. Construir a ponte juntos é outra coisa, e isto deve ser feito, sim. Por todos nós: uns com os outros.] [Ibidem.]
Quando não enfrentamos os problemas que a nossa ignorância cria ou as adversidades educativas que a nossa encarnação nos oferece, passamos a viver em uma terra de fantasia – de miragens, de ilusões, de delírios, isto é, em um mundo de faz-de-conta. Se empurrarmos para debaixo do tapete os problemas e as adversidades educativas, nunca nos tornaremos aqueles que os deveriam ter superado. Tomar os fatos da vida como inevitáveis e imudáveis e não fazer nada é ficar na mesma e na mesma ficar, é marcar passo e passo marcar, é não sair do lugar e do lugar não sair. Então, basicamente, se fracassarmos em amar, todos os outros testes e provas da existência deixam de ter importância ou valor. Por que muitos cismam de se tornar tão inúteis como uma bigorna em um jardim de infância? [Ibidem.]
A Bigorna Inútil
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para a mula que manquitola:
eu queria era rosetar.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
se a perereca vive presa na gaiola:
de vez em quando, vou lá e a solto.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
se o achava que não era
cachorro:
eu sei que eu sou 'Homo sapiens'.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
se o veio para confundir:
na minha cuca está tudo muito direitinho.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
se o foi ou não filhote
da ditadura1:
eu sei que eu nunca jamais fui.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
se o era ou não um
Gato Angorá2:
sinceramente, eu nunca o ouvi miando.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
se o era ou não um Queijo
Palmira3:
será que ele gosta de queijo?
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
se o tinha ou não Boca
Mole:
mas, se a Odebrecht disse que tinha...
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
se o é ou não
um Conquistador:
mas, se a Odebrecht disse que é...
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
se o gosta ou não de
dar Dentada:
mas, se a Odebrecht disse que gosta...
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
se o era mesmo Fodinha:
mas, se a Odebrecht disse que era...
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para a :
eu lavo meu carro na garagem.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para os pobres de Paris:
eu só quero beber vinho.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para a guerra na Ucrânia:
o Zelensky que resolva.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para o preconceito de cor:
afinal, sou e sempre fui branco.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para os miseráveis sem-teto:
afinal, eu tenho a minha casa.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para os esfomeados do mundo:
afinal, minha geladeira está sempre abarrotada.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para os inanes e doentes:
afinal, sempre eu tive boa saúde.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para os analfabetos:
afinal, eu sei ler.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para o vandalismo no DF:
o é quem deve
apurar.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para a tentativa de golpe de Estado:
não me envolvo com política.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
se alguém se vacinou e virou jacaré:
eu me vacinei e pronto.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para o verdor do Maduro:
eu não sou venezuelano.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para a antidemocracia:
vivo bem em qualquer regime.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para a mais-valia:
'quero que pobre se exploda'.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para o salário-mínimo:
estou muito bem posto na vida.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para o preço dos alimentos:
tenho dinheiro para comprá-los.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para as filas do :
sempre tive o melhor plano de saúde.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para a 'jihad' islâmica:
não sou americano nem europeu.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para quem matou :
se ela morreu, é porque mereceu.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para quem matou :
se ele morreu, é porque mereceu.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para quem matou :
se ele morreu, é porque mereceu.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para quem matou :
se eles morreram, é porque mereceram.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para os Yanomamis:
tenho horror dos indígenas brasileiros.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para os quilombolas:
tenho verdadeiro horror da raça negra.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para os :
sou macho, 'macho man,' e ponto final.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para quem é :
ora, eu enxergo muito bem.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para quem atira pau em gato:
pelo de gato me dá alergia.
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Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para o meio ambiente:
sua resiliência é ilimitada.
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Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para a Floresta Amazônica:
floresta boa é floresta deitada.
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Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para as news:
só crê nelas quem é quadrúpede.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para a Faixa de Gaza:
aquilo lá é um charivari das arábias mesmo.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para os pretos da África:
eles é que devem se virar.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para os retirantes nordestinos:
sou rico e moro em Copacabana.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para a crise migratória na Europa:
os Governos que resolvam esse imbróglio.
A
Solução Para a Crise Migratória na Europa
Passou a Ser uma Crise de Vontade Política
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Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para os foguetões do :
tenho um abrigo antiaéreo.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para o fim do mundo:
antes dele, irei morar em Pasárgada.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para os condenados ao inferno:
eu sei que eu irei para o céu.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para essa tal de Iniciação:
creio em Deus e, para mim, isso é suficiente.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
para a G.'.
L.'.
B.'.
e para os Mestres Ascensionados:
isso foi uma invenção da Sra. Blavatsky.
—
Eu não to nem aí e nunca dei a menor
bola
isso é o maior papo-furado para inglês ver.
Música de fundo:
The Poor People of Paris
Composição: Marguerite Monnot (música) & René Rouzaud (letra); versão para o inglês de Jack Lawrence
Interpretação: Dean MartinFonte:
https://mp3.pm/s/f/poor+people/
Páginas da Internet consultadas:
https://pngimg.com/image/42536
https://pt.vecteezy.com/vetor-gratis/bigorna
https://br.pinterest.com/pin/434034482816214796/
https://br.pinterest.com/pin/444871269422217100/
https://www.trainerslibrary.com/
https://br.pinterest.com/pin/404690716494249923/
https://www.polemicaparaiba.com.br/
https://amarildocharge.wordpress.com/2017/01/10/cuidados/
https://marcosresende28.blogs.sapo.pt/chacrinha-01-11621
http://jboscocaricaturas.blogspot.com/2010/09/waldick-soriano.html
https://www.brasildefato.com.br/
https://www.istockphoto.com/br
https://dribbble.com/shots/5585569-Blind-Citizen
https://nintendo.fandom.com/wiki/Moon
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