Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eu já fui um bobobobo,

de marré, marré, marré.

Hoje sou pior que lobo;

bobeou, dançou, comi.

 

Fiquei rico, muito rico,

de marré, marré, marré.

Eu não dou meio penico

nem prum pobre bacuri.

 

Vou domar a sua alma,

de marré, marré, marré.

Vou vestir a sua talma;

me dê logo, venha aqui.

 

 

 

 

Esse canto é muito fútil,

de marré, marré, marré.

Prá você eu não sou útil;

transmutei o meu rubi.

 

Eu agora sou meu dono,

de marré, marré, marré.

Eu venci o meu outono;

vença o seu, corra daí.

 

Hoje eu-sou um Rosacruz,

de marré, marré, marré.

Eu respeito minha Cruz;