Há
certas coisas que precisam ser conhecidas, até porque temos por hábito
reclamar de bobaginhas pueris e inofensivas. Costumamos esquecer de que
somos ricalhouços, só por abençoadamente termos uma
caminha para dormir. Portanto, a questão não é de olhar
para o lado e ver que há desfigurações ou fealdades
piores, mas porque, muitas vezes, reclamamos de coisas imaturas e alvarinhas.
Mas, se a insegurança se torna insuportável, quando é
o caso, toma de plástica ou de BOTOX®. O fato é que as
reclamações, em si, são inoperantes e incapazes de
produzir o efeito pretendido, e, geralmente, até nos tornam meio
antipáticos e desagradáveis. Quem agüenta um reclamão?
Quem atura um pedinchão?
Seja
como for, o turco Mehmet Ozyurek, de 61 anos, continua oficialmente como
o maior narigudo do mundo. Seu Mehmet – que ostenta uma bicancra de
8,8 centímetros, de fazer inveja ao próprio Pinocchio –
aparece na edição 2011 do Guinness, que começou
a ser vendida nesta quinta-feira no Reino Unido, 16 de setembro de 2010.
Eu,
sinceramente, não quero contestar quem fez a medição
das lâminas cartilaginosas da pirâmide nasal do seu Mehmet,
mas, assim, à vista desarmada, despretensiosamente, a nariganga mehmetiana
parece ter bem mais do que 8,8 centímetros e, como diria Odorico
Paraguaçu – respeitável e saudoso prefeito da cidade
de Sucupira – parece
ser deverasmente muitissimamente muito maior. Segundo minha
estimativa ocular, pra lá de excecionalmente generosa, o bico do
seu Mehmet talvez tenha mais ou menos meio metro! Quem sabe, um catiquinho
menos, quem sabe, um pedacinho mais, o que, salvo melhor juízo, data
venia, não minora, não encurta, não decresce,
não atenua ou não abranda, e não abunda, não
exabunda, não redunda, não sobreabunda ou não superabunda!
Ora, quarenta e nove centímetros ou cinqüenta e um centímetros
de nariz são a mesma coisa. Isto é como a taxa de glicose
no sangue: 75 mg/dl ou 85 mg/dl são valores considerados normais.
Estou
divulgando esta singularidade morfológico-anatômica porque
me lembrei da minha muito querida mãe. Dona de um naso de
respeito, mas aprazível, se estivesse viva, seu órgão
olfativo nem sequer chegaria perto do monobloco nasal do seu Mehmet, sem
dúvida muito mais imponente do que o Colosso de Rodes – uma
estátua em bronze de Hélios, deus grego do Sol, construída
entre 292 a.C. e 280 a.C. pelo escultor Carés de Lindos, e considerada
uma das sete maravilhas do mundo antigo. Bem, espie só o monumento.
O imponentíssimo monumento respiratório do seu Mehmet, não
o Colosso do seu Carés (que – claro! – não respirava).
Mehmet
'Nariganga'
Ozyurek
Observação
importantíssima:
Jurei
que não diria
como, mas insolitamente consegui ter acesso a um áudio da respiração
do seu Mehmet. Aponte o mouse para o ferrolho nasal da animação
acima, e você saberá como inspira e como expira o imponentíssimo
monumento respiratório do seu Mehmet.
Fundo
musical:
Nasal
Sensual
Composição e interpretação: Juca Chaves
Fonte:
http://mais.uol.com.br/