Rodolfo
Domenico Pizzinga
Fui
vanidade... Fui egoísmo...
Fui feridade...
Fui cousismo...1
Oggi,
te
voglio bene assai;
non ho fatto male mai!
Te
voglio bene assai,
ma tanto, tanto bene sai!
Da minha
escuridão, enfim,
irrompeu
um amor sem-fim.
Sim,
hoje, sou só amor.
Pelo
bem-posto, pelo trolha,
sem a
priori, sem escolha.
Dor
do mundo! Minha dor!
Em meu
silêncio-solidão,
peço
e repeço: compreensão.
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Nota:
1. O
escritor e pensador português José Augusto Santana Dionísio
(1902 – 1991), na Introdução às Obras de
Leonardo Coimbra, assim resumiu o vício ou pecado cousista:
... tendência
funesta e irreprimível do homem... para considerar como estático
e definitivo, como realidade concluída e firme de uma vez para sempre,
para não dizer como coisa feita, as próprias realidades espirituais,
as idéias, os símbolos, as estratificações jurídicas,
os transitórios preconceitos políticos ou sociais, as convenções
históricas tidas como sagradas ou invioláveis, os princípios
ou dogmas de ordem religiosa, múltiplas idéias-crenças,
tidas como inalteráveis, de ordem científica.
A verdadeira Liberdade – inclusive e principalmente para unificar
as oposições de forma sistemática, coerente e ascensional
– só poderá acontecer, quando todos os resquícios
de cousismo
– termo cunhado por Leonardo Coimbra (1883 – 1936) – forem
vencidos e quando todos os limites materiais e solicitações
inferiores forem ultrapassados. Como ensinou Leonardo Coimbra, tudo
o que se pretende encontrar isoladamente do lado do sujeito ou do lado do
objeto é esquecimento da unidade fundamental sujeito-objeto.
Música
de fundo:
Caruso
Composição: Lucio Dalla
Interpretação: Andrea Bocelli
Fonte:
http://pt.dilandau.eu/baixar_musica/
caruso-andrea-bocelli-1.html
Página
da Internet consultada:
http://www.liberimago.com/2010/04/os-
quatro-cs-que-resultam-no-grande.html