DE BELÉM AO CALVÁRIO

(9ª Parte)

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Informação Preliminar

 

 

 

Jesus — o Gentio Ariano
(Pintura Original do Dr. Harvey Spencer Lewis)
Fonte: AMORC

 

 

 

Esta coletânea de excertos se constitui da 9ª parte de um estudo que fiz sobre a obra De Belém ao Calvário, tema transmitido telepaticamente pelo Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul – um Iniciado da Sabedoria Eterna – à Alice Ann Bailey, que o publicou. Basicamente, as convicções do Mestre DK para telepatizar esta obra foram: 1ª) auxiliar a todos nós a reconhecer a realidade da individualidade do Cristo e da Sua Missão; e 2ª) tentar demonstrar que a solução para os problemas mundiais está ancorada e é dependente do desenvolvimento da Consciência e da Natureza Crísticas no homem como indivíduo e na raça como um todo. Enfim, como tenho requestado, vou requestar mais uma vez: se você gostar deste estudo e achá-lo útil, peço que o divulgue aos quatro ventos (bem como os outros textos de Alice Bailey), pois, isto foi uma solicitação manifestada pelo próprio Djwhal Khul.

 

 

 

Excertos

 

 

 

São Tiago Maior: Um pecador é aquele que sabe fazer o bem e não o faz.

 

Toda negligência tem um preço,
e deságua no mesmo endereço:
Rua da Compensação, nº dorido,
até o indiligente ficar abstergido!

Entretanto, isto não é punição;
é catalisador de compreensão,
para que o indiligente se liberte,
e deixe de ser gaivota e inerte!

 

Pecar é atuar deliberadamente contra a LLuz e o Conhecimento [e, por extensão, contra a Paz e o Sumo bem]. Todavia, onde não existe entendimento, ou seja, compreensão, não pode haver pecado, por que o homem que age ignorantemente não peca. Tudo depende da relação entre o Homem Oculto no Coração e o homem tangível exterior. (Grifo meu).1

 

 

 

A palavra transgressão significa cruzar deliberadamente uma fronteira... levando à violação de um dos princípios básicos da existência. E, como é sabido, para cada transgressão haverá, oportunamente, uma retribuição ou compensação educativa. Pagamos o preço da nossa ignorância cada vez que transgredimos! Isto é inexorável!

 

 

 

 

Um homem iníquo [contrário à eqüidade, perverso, malévolo] é tecnicamente um homem desequilibrado (instável em sua conduta) – um homem que tolera disparidades na sua vida cotidiana.

 

Haverá algo pior para o desenvolvimento espirutual do que a auto-satisfação?

 

O mal pode simplesmente ser entendido como uma identificação com a vida da forma.

 

 

 

 

 

 

Toda atitude separatista contém, em si, os elementos da malevolência. Na verdade, quando agimos como isolacionistas quebramos a Lei do Amor, que não conhece separações e apenas vê unidade, síntese, fraternidade e inter-relação por toda parte.2

 

Uma vida de separatividade conduz à morte. A separatividade é ódio, solidão e divisão. O amor é unificação e síntese. O grande problema é que, muitas vezes, confundimos as coisas, e amamos o aspecto forma da Vida, e não o aspecto Vida da forma.

 

 

 

 

Os apegos [por serem separatistas] destroem a unidade.3

 

Ter consciência de haver pecado, digamos assim, é ter consciência de estar separado da Vida do Todo.

 

Na vida, nossa tarefa é expressar a Divindade, e tal Divindade se manifesta[rá] da mesma forma que se manifestou em Jesus, e isto, minimamente, implica em viver inofensivamente, servir incessantemente nossos semelhantes e vigiar cuidadosamente nossas palavras e ações, para não escandalizar os outros.

 

O processo cósmico não é estritamente uma redenção negativa do pecado, mas, a deificação positiva do mundo, ou seja, uma transformação transmutativa da matéria em Espírito, da vida carnal em Vida Divina —› retorno do Universo à Unidade, pedida em uma queda pré-temporal.4

 

Reflita sobre esta questão: Como o processo cósmico poderia se concluir com uma presumida redenção?5

 

Privilégio de Realização Individual: Todos nós haveremos de Morrer na Cruz e de Ressuscitar pelo Poder do Cristo que mora em nossos Corações. Mas, não nos iludamos: serviço, dor, dificuldade e cruz. Estas são as recompensas do homem que antepõe a Humanidade a tudo e se coloca em segundo plano.6

 

 

Crucificação

 

 

Hermann Graf Keyserling (1880 – 1946): Aquele que não consegue expandir sua vida além dos seus limites egoístas encadeia sua natureza.

 

Só nos libertaremos da forma e triunfaremos pela Morte [Iniciática] e pelo Sacrifício Categórico, Fraterno e Altruísta (dever universal compassivo).

 

Amor ao Dever    Dever ao Amor.

 

Meta —› Subordinar o ego à nossa Divindade Interior.

 

Precisamos ultrapassar a grande heresia da separatividade, e, como Jesus, de forma (oni)incluível, nos aproximar e ter como amigos ricos, políticos, desvirtuosos, religiosos, homens ilustres, borra-botas, prostitutas, homossexuais, corruptos, canalhocratas, pessoas do povo etc. Todos!

 

Ainda que alguma(s) coisa(s) em nossas vidas não esteja(m) bem e que algo em nós seja contrário à Harmonia Universal, ao irmos acrescentadamente cumprindo e realizando a Vontade do nosso Deus Interior, sempre uma parcela da Verdade [relativa] nos será progressivamente revelada. É isto o que nos libertará. Por isto, precisamos aprender a ouvir, em nós, a Voz do Silêncio!

 

A tragédia de Jesus: tanto ter realizado por nós e para nós e tão pouco ter sido reconhecido pela Humanidade. Quantos séculos mais... Milênios? [Aqui, confesso, ao digitar este fragmento, me emocionei e chorei um pouquinho.] Seja como for, o fato é que a vida de todo homem é trágica, na medida em que é dotado de consciência espiritual e está ciente dos valores universais.

 

 

Precisamos aniquilar todos os judeus!

 

Como permitimos
que Hitler fizesse o que fez?
Como permitimos
que
Il Duce fizesse o que fez?
Como permitimos
que Yamamoto fizesse o que fez?
Como permitimos
que Beria fizesse o que fez?
Como permitimos
que Truman fizesse o que fez?
Como permitimos
que Idi Amin fizesse o que fez?
Como permitimos
que Stalin fizesse o que fez?
Como permitimos
que Papa Doc fizesse o que fez?
Como permitimos
que Slobodan fizesse o que fez?
Como permitimos
que Pinochet fizesse o que fez?
Como permitimos
que Stalin fizesse o que fez?
Como permitimos
que Videla fizesse o que fez?
Como permitimos
que Filinto fizesse o que fez?
Como permitimos
que Somoza fizesse o que fez?
Como permitimos
que Gaddafi fizesse o que fez?
Como permitimos
que Saddam fizesse o que fez?
Como permitimos
que Noriega fizesse o que fez?
Como permitimos
que Pol Pot fizesse o que fez?
Como permitimos
que Médici fizesse o que fez?
Como permitimos...

.......................................

 

Como permitimos
que Bashar faça o que faz?
Como permitimos
que o Boko faça o que faz?
Como permitimos
que o ISIS faça o que faz?
Como permitimos
que o Al-Shabaab faça o que faz?
Como permitimos
que a Al-qaeda faça o que faz?
Como permitimos...

 

.......................................

 

Como permitimos
que a desumanidade prevaleça?
Como permitimos
que a inofensividade não floresça?
Como permitimos...

 

A Iniciação da Crucificação representa e simboliza uma fronteira entre a deficiência (o universo material) e a plenitude (uma nova ordem espiritual).

 

A palavra Jerusalém significa Visão da Paz.

 

Jesus é considerado um Salvador – e efetivamente é um Salvador – porque, como Mensageiro do Cristo Cósmico, abriu a Porta do Reino, que deverá ser materializado aqui, na Terra, hoje, aqui, agora. Passou o tempo de ser enfatizado um Reino futuro em não sei onde. O Reino é aqui, está aqui e deve ser expressado e manifesto aqui. Na Terra. E mais: haveremos de reconhecer que é a realidade da presença da Divindade em cada um de nós que permite (ou permitirá) o acesso a esse Reino. Portanto, se salvação houver, os homens não serão salvos pela crença em um dogma teológico, mas, pela realidade de um Cristo imediatamente vivente e pela Sua Presença viva em cada um de nós, em nossos Corações.

 

Principal característica da Divindade —› Amor. No frigir dos ovos, inevitavelmente, o Amor prevalecerá.

 

É necessário que transmutemos o "não Tu, mas, eu" por "Tu, não eu". [Ou seja: precisamos comutar o fiat voluntas mea (faça-se a minha vontade) em Fiat Voluntas Tua (faça-se a Tua Vontade).] A História da Vida de Jesus deverá se tornar a nossa própria História. Como disse Reginald John Campbell (1867 – 1956), Cristo deverá nascer em nós, crescer, atuar, sofrer e morrer para o mundo. [Definitivamente, nossa libertação depende disto.]

 

A compreensão do significado místico da Última Ceia simbólica do serviço de comunhão fraternal foi desastrosamente perdida pela prática teológica [resumida a um conjunto estapafúrdico de dogmas temporais e seculares].7

 

 

Na Cruz, Jesus emitiu uma Sétupla Palavra de Poder, que inaugurou o Reino na Terra.

 

 

Onde há ignorância não existe pecado. A ignorância é a produtora do mal, mas, por ser ignorante, o homem não é propriamente culpável, e, portanto, não é passível de castigo ou de punição. (Grifo meu.)

 

Como Jesus, só poderemos ser Crucificados (Quarta Iniciação) quando formos Transfigurados (Terceira Iniciação).

 

O perdão [Compreensão] é a própria essência (e conseqüência) da Vida. Portanto, precisamos compreender que a maioria dos "pecadores" é simplesmente ignorante; um ignorante não sabe o que faz.8

 

3 é o mais importante e o mais sagrado dos números. Por isto, em um momento da Crucificação de Jesus, houve trevas sobre a face da Terra durante três horas!

 

A imortalidade da Divindade (em nós) é um fato estabelecido e inalterável.

 

(Re)morri,
mas, meu Deus Interior
não morreu!
Renasci,
e meu Deus Interior
permaneceu!

 

Os sentimentos de solidão e de desamparo são, por assim dizer, as inevitáveis e inexoráveis recompensas de todos aqueles que ascendem à Cruz do Gólgota.

 

 

 

 

Enquanto o homem não sentir uma completa solidão – uma solidão que o afaste não só dos seus amigos, mas, também, da família, das posses, do orgulho e de todas as minúcias da existência não terá realmente alcançado seu próprio Eu Interior. Só quando esta solidão acontecer, ele se tornará consciente da sua unicidade interna com todas as coisas. As distintas etapas do Caminho Iniciático são preliminares e preparatórias para esta Solidão Derradeira. Isto se resume no seguinte: Noite Negra da [personalidade-]alma —› Illuminação [ou como, em seus sermões, deixou escrito Santo António de Lisboa: Conticínio –› Meia-noite –› Aurora].9

 

Antes de retornar triunfante, todo ser humano deverá mergulhar na escuridão.

 

 

 

Continua...

 

 

 

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Notas:

1. Como já afirmei tantas vezes, eu entendo que a partir do momento que a LLuz e o Conhecimento são adquiridos e passam a ter uma função consciente e transmutativa no ser, o homem-aí não atua mais deliberadamente contra nenhum dos dois nem contra nada. Isto é mais um argumento em favor da inexistência do pecado, porque pecar é estar mais por fora do que bundinha de vedete, e estar mais por fora do que bundinha de vedete não é pecar. Bundinha de vedete, como todo mundo sabe, existe, mas, pecado não. O dia que as pessoas se convencerem disto, os psiquiatras, os psicólogos, os psicanalistas e os terapeutas holísticos terão que procurar outra ocupação.

2. O exemplo disto mais flagrante – e que não pode ser contestado – foi o maldito e desalmado embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos à República de Cuba (descrito naquele País insular como el bloqueo), que se iniciou, efetivamente, em 7 de fevereiro de 1962, mas, finalmente, está chegando ao fim. O intermediador das negociações foi o Papa Francisco, que, se não tivesse feito mais nada durante o seu pontificado, isto já teria sido extremamente notável.

3. Os apegos... Quaisquer apegos.

4. Não sei se aqui houve um problema de tradução, pois, o Universo não retornará à Unidade, uma vez que a Unidade nunca foi rompida pré-temporalmente nem será rompida futuramente (o Universo não tem buracos nem hiatos – solução ou interrupção de continuidade). Se, hipoteticamente, a Unidade Universal fosse rompida, as Leis Universais deixariam de viger e a coisa toda se transformaria em um caos ilimitado e indefinido inimaginável. Para compreendermos isto corretamente, esta sentença deveria ser expressa da seguinte forma: percepção e realização interior pelo ser individual e por todos da Unidade Cósmica. Agora, preste atenção: mesmo que não estejamos conscientes e que ainda não tenhamos conscientemente realizado esta Unidade Cósmica, dela não estamos separados ou desvinculados. Somos meio que fios de cabelo – todos bem juntinhos em uma mesma cabeça. Agora, para quem é kojeca (Kojak + careca) este exemplo não é didático nem instrutivo! kojeca é sinônimo de cajak!

5. Se você quiser admitir a possibilidade de uma redenção, deverá entendê-la como parcial, relativa, progressiva e inacabável. Mesmo quando nos tornarmos Super-homens ou Deuses, a redenção persistirá, prosseguirá e, como software de antivírus de computador, será constantemente atualizada. Todo fim é relativo, e é sempre um novo começo – sempre em um ponto (oitava) mais elevado e mais concertado da Spira Legis. A animação pictórica abaixo mostra isto:

 

 

Redenção Parcial, Relativa, Progressiva e Inacabável

 

 

6. Isto é de deixar qualquer um baratinadinho da silva, mas, é assim mesmo que é.

7. Portanto, muitíssima atenção: não adianta absolutamente nada (e, se adiantar, adiantará muito pouco) estarmos apenas mentalmente de acordo com os Preceitos Crísticos-jesuíticos. É necesário que a potência da nossa compreensão se tranforme em atos de Fraternidade, Insuspeição, Desapego, Inofensividade, Serviço, Solidariedade, Misericórdia, Caridade, Benquerença, Tolerância, Justiça, Lealdade e por aí vai. Precisamos ter sempre em mente a frase: — Pai, perdoai-os, porque eles não sabem o que fazem (Evangelho de Lucas, XXIII: 34). Quando passarmos a considerar que todos nós somos um pouco mais ou um pouco menos ignorantes não mais julgaremos, nem sentenciaremos, nem increparemos ninguém.

8. Você já observou com tento que só se perdoa o que se compreende?

9. A Noite Mística (Noite Negra ou Noite Obscura) da personalidade-alma é o vestibular da ascensão mística. Em diversas predicações, Santo António se referiu à Noite Mística como processo necessário à purificação e preparação da personalidade-alma para atuar em um plano mais elevado de consciência. Neste sentido, o Santo aludiu à Noite como a obscuridade dos místicos — mysticorum obscuritas. A Noite não tem, ordinariamente, a duração da noite física. A Noite tem começo (Conticínio), meio (Meia-Noite) e fim (Aurora), e o tempo de duração é individual. Durante sua manifestação, a Noite tem e traz conseqüências terríveis, dentre as quais o Santo aponta: privação da luz da razão; o ser torna-se frágil e o conhecimento adequado de nada adianta; o eu interior fica em trevas e o homem é tentado a tudo abandonar (trevas da consciência); a claridade tentadora da prosperidade mundana entenebrece a [personalidade-]alma e se transmuda em caligem da morte; a noite é um amplo campo de adversidade em que a [personalidade-]alma anda às apalpadelas sem consciência de si mesma. A Noite é, pois, uma etapa da reintegração (regeneração) do homem à sua imaculada, cósmica e divina origem. E, nesse aprendizado, terá que eliminar, minimamente, a soberba do coração, a lascívia da carne, a avareza do mundo, a ira, a vanglória, a inveja e a gula, que compõem as sete violações capitais enunciadas na teologia católica. O Conticínio (Conticinium) é a primeira fase da Noite em que tudo está silente. É o tempo em que são satisfeitas as seduções blandiciosas da carne – carnis suavia blandimenta. O Santo ensinou que, para vencer as tentações próprias do Conticínio, é preciso meditar sobre as iniqüidades praticadas, considerar o exílio (e desejar ardentemente a reintegração) e contemplar o Criador. Auxiliado pela razão e pela discrição, o principiante vai subindo, degrau por degrau, a escada da crucifixão: a razão dominando os sentidos e esclarecendo sobre o bom caminho. Assim, derramando lágrimas, envergonhado, vexado e cabisbaixo vai o postulante trilhando a Senda que levará à Illuminação. Lentamente, os sentidos físicos e os apetites do corpo vão sendo dominados, e os incipientes passam para o estádio de aproveitantes (fase da Meia-Noite). Entretanto, no que concerne ao sofrimento moral, este se vai intensificando. É o reconhecimento tácito da queda, do afastamento da LLuz, do exílio de Deus, da consciência plena da ainda permanência nas trevas. É a angústia por desejar alcançar a LLuz Maior, por desejar ardentemente realizar o Cristo Interno e, em graça total, contemplar o Criador. É o desespero por ter, tenuemente, vislumbrado a possibilidade de se tornar uno com o Pai – o Deus de seu Coração – e de não ter podido ainda realizar o sonho dos sonhos. É uma dor lancinante. Um desespero sufocante. Um horror atemorizante. É a noite negra. É a crucificação individual. É o inferno interior. É a compreensão do exílio da Vida. A Noite Negra traz à lembrança a fase negra da Crisopéia. A Meia-Noite (Media Nox) é segunda fase da Noite Obscura, e equivale, para Santo António, ao período de luta espiritual em que a personalidade-alma, vendo-se no exílio deste mundo, dele procura se libertar... para, depois... poder chegar à contemplação de Deus e se unir com Ele por amor. O aproveitante (aproveitado), já convencido do erro da vaidade, suplica cheio de fé, de amor e de esperança, força para suportar o exílio. À medida que acorda, se recorda da vida antiga e, envergonhado, humilhado e se sentindo desprezível, chora amargamente. É o pleno reconhecimento do erro. Nu, perante si mesmo e perante o Criador, se confessa ao Deus de seu Coração e clama por perdão. E perdoa aos que o perseguem e caluniam, aos que o aviltam e ofendem, aos que escarnecem, pois, sabe que esses não o compreendem, mas que, inexoravelmente, um dia subirão também o primeiro degrau da Noite Negra. E se compromete a, nessa hora, estar presente para ajudar no que for possível e permitido, para amparar em cada queda, para consolar quando a dor e a vergonha forem mais intensas. Este é o verdadeiro sentido do perdão, da humildade, da fraternidade e do amor universal em um sentido teológico. É a tomada de consciência pelo aproveitante de que todos, em última instância são unos entre si e com o Pai, ainda que exilados. A Meia-Noite faz recordar o branco da Grande Obra. É também uma possibilidade para explicar o Mito da Caverna, de Platão. Voltar para ajudar e servir é um supremo ato de sacrifício e de amor. Aqueles que voltaram sabem. Entretanto, não há essa referência consignada na obra antoniana. A Aurora (Aurora) - bendita Aurora - é o último estágio da Noite Mística, e se assemelha ao vermelho da Alquimia Operativa. Santo António assim a delineia: É a infusão da graça divina. A [personalidade-]alma pôde se justificar ou se tornar justa. A [personalidade-]alma se tornou reta e ereta... A Aurora é o fim da Noite e o princípio do Dia. Ela é o fim da miséria e a entrada na beatitude... É o último estádio da ascensão espiritual — o estado perfeito... A [personalidade-]alma se sente, agora, invadida por indizível alegria. É a contemplação do Criador. Tudo isto retrata simplesmente a trajetória necessária da morte do ego (eu inferior) e o florescimento do Eu Superior (Cristo Interno) em todos nós e para todos nós.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://giphy.com/gifs/hitler-adolf-historical-xYqMARSSpkkqQ

http://br.freepik.com/icones-gratis/homem-de-pe-com-os
-bracos-estendidos-abertos-nas-laterais_704573.htm

http://www.clipartsheep.com/

http://giphy.com/search/tom-and-jerry

http://halo.wikia.com/wiki/File:Brute_Animated.gif

http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/33610/difer
enca-entre-psiquiatra-psicologo-psicanalista-terapeuta-e-terapia

http://www.fg-a.com/halloween.shtml

http://pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-moldura
-para-retrato-do-vintage-isolada-image33342502

http://www.sabiduriarcana.org/prelim-libros-esp.htm

 

Música de fundo:

Jesus Bleibet Meine Freude
Composição: Johann Sebastian Bach

Fonte:

http://www.free-scores.com/download-sheet-music.php?pdf=540

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.