Esta
coletânea de excertos se constitui da 9ª parte de um estudo que
fiz sobre a obra De
Belém ao Calvário, tema transmitido telepaticamente
pelo Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul – um Iniciado da Sabedoria
Eterna – à Alice Ann Bailey, que o publicou. Basicamente, as
convicções do Mestre DK para telepatizar esta obra foram:
1ª) auxiliar a todos nós a reconhecer a
realidade da individualidade do Cristo e da Sua Missão;
e 2ª) tentar demonstrar que a
solução para os problemas mundiais está ancorada e
é dependente do desenvolvimento da Consciência e da Natureza
Crísticas no homem como indivíduo e na raça como um
todo. Enfim, como tenho requestado, vou requestar mais uma vez:
se você gostar deste estudo e achá-lo útil, peço
que o divulgue aos quatro ventos (bem como os outros textos de Alice Bailey),
pois, isto foi uma solicitação manifestada pelo próprio
Djwhal Khul.
Excertos
São
Tiago Maior: Um
pecador é
aquele que sabe fazer o bem e não o faz.
Toda
negligência tem um preço,
e deságua no mesmo endereço:
Rua da Compensação, nº dorido,
até o indiligente ficar abstergido!
Entretanto,
isto não é punição;
é catalisador de compreensão,
para que o indiligente se liberte,
e deixe de ser gaivota e inerte!
Pecar
é atuar deliberadamente contra a LLuz e o Conhecimento [e,
por extensão, contra a Paz e o Sumo bem]. Todavia,
onde não existe entendimento, ou seja, compreensão, não
pode haver pecado, por que o homem que age ignorantemente não peca.
Tudo depende da relação entre o Homem Oculto no Coração
e o homem tangível exterior. (Grifo
meu).1
A
palavra transgressão significa cruzar deliberadamente uma fronteira...
levando à violação de um dos princípios básicos
da existência. E, como é sabido, para cada transgressão
haverá, oportunamente,
uma retribuição ou compensação educativa. Pagamos
o preço da nossa ignorância cada vez que transgredimos! Isto
é inexorável!
Um
homem iníquo [contrário
à eqüidade, perverso, malévolo] é tecnicamente
um homem desequilibrado (instável em sua conduta) – um homem
que tolera disparidades na sua vida cotidiana.
Haverá
algo pior para o desenvolvimento espirutual do que a auto-satisfação?
O
mal pode simplesmente ser entendido como uma identificação
com a vida da forma.
Toda
atitude separatista contém, em si, os elementos da malevolência.
Na verdade, quando agimos como isolacionistas quebramos a Lei do Amor, que
não conhece separações e apenas vê unidade, síntese,
fraternidade e inter-relação por toda parte.2
Uma
vida de separatividade conduz à morte. A separatividade
é ódio,
solidão e divisão. O amor é unificação
e síntese. O grande problema é que, muitas vezes, confundimos
as coisas, e amamos o aspecto forma da Vida, e não o
aspecto Vida
da forma.
Os
apegos [por serem separatistas]
destroem a unidade.3
Ter
consciência de haver pecado, digamos assim, é ter consciência
de estar separado da Vida do Todo.
Na
vida, nossa
tarefa é expressar a Divindade, e tal Divindade se manifesta[rá]
da mesma forma que se manifestou em Jesus, e isto, minimamente,
implica em viver inofensivamente, servir incessantemente nossos semelhantes
e vigiar cuidadosamente nossas palavras e ações, para não
escandalizar os outros.
O
processo cósmico não é estritamente uma redenção
negativa do pecado, mas, a deificação positiva do mundo, ou
seja, uma transformação transmutativa da matéria em
Espírito, da vida carnal em Vida Divina —›
retorno do Universo à Unidade, pedida em uma queda pré-temporal.4
Reflita
sobre esta questão: Como o processo cósmico poderia se concluir
com uma presumida redenção?5
Privilégio
de Realização Individual: Todos nós haveremos de Morrer
na Cruz e de Ressuscitar pelo Poder do Cristo que mora em nossos Corações.
Mas, não nos iludamos: serviço, dor, dificuldade e cruz. Estas
são as recompensas do homem que antepõe a Humanidade a tudo
e se coloca em segundo plano.6
Crucificação
Hermann
Graf Keyserling (1880 – 1946): Aquele
que não consegue expandir sua vida além dos seus limites egoístas
encadeia sua natureza.
Só
nos libertaremos da forma e triunfaremos
pela Morte
[Iniciática] e pelo Sacrifício Categórico,
Fraterno e Altruísta (dever universal compassivo).
Amor
ao Dever Dever
ao Amor.
Meta
—› Subordinar
o ego à nossa Divindade Interior.
Precisamos
ultrapassar a grande heresia da separatividade, e, como Jesus, de forma
(oni)incluível, nos aproximar e ter como amigos ricos, políticos,
desvirtuosos, religiosos, homens ilustres, borra-botas, prostitutas, homossexuais,
corruptos, canalhocratas, pessoas do povo etc. Todos!
Ainda
que alguma(s) coisa(s) em nossas vidas não esteja(m) bem e que algo
em nós seja contrário à Harmonia Universal, ao irmos
acrescentadamente cumprindo e realizando a Vontade do nosso Deus Interior,
sempre uma parcela da Verdade [relativa]
nos será
progressivamente
revelada. É
isto o que nos libertará. Por isto, precisamos aprender a ouvir,
em nós, a Voz do Silêncio!
A
tragédia de Jesus: tanto ter realizado por nós e para nós
e tão pouco ter sido reconhecido pela Humanidade. Quantos séculos
mais... Milênios? [Aqui,
confesso, ao digitar este fragmento, me emocionei e chorei um pouquinho.]
Seja como for, o
fato é que a vida de todo homem é trágica, na medida
em que é dotado de consciência espiritual e está ciente
dos valores universais.
Precisamos
aniquilar todos os judeus!
Como
permitimos
que Hitler fizesse o que fez?
Como permitimos
que Il Duce
fizesse o que fez?
Como permitimos
que Yamamoto fizesse o que fez?
Como permitimos
que Beria fizesse o que fez?
Como permitimos
que Truman fizesse o que fez?
Como permitimos
que Idi Amin fizesse o que fez?
Como permitimos
que Stalin fizesse o que fez?
Como permitimos
que Papa Doc fizesse o que fez?
Como permitimos
que Slobodan fizesse o que fez?
Como permitimos
que Pinochet fizesse o que fez?
Como permitimos
que Stalin fizesse o que fez?
Como permitimos
que Videla fizesse o que fez?
Como permitimos
que Filinto fizesse o que fez?
Como permitimos
que Somoza fizesse o que fez?
Como permitimos
que Gaddafi fizesse o que fez?
Como permitimos
que Saddam fizesse o que fez?
Como permitimos
que Noriega fizesse o que fez?
Como permitimos
que Pol Pot fizesse o que fez?
Como permitimos
que Médici fizesse o que fez?
Como permitimos...
.......................................
Como
permitimos
que Bashar faça o que faz?
Como permitimos
que o Boko faça o que faz?
Como permitimos
que o ISIS faça o que faz?
Como permitimos
que o Al-Shabaab faça o que faz?
Como permitimos
que a Al-qaeda faça o que faz?
Como permitimos...
.......................................
Como
permitimos
que a desumanidade prevaleça?
Como permitimos
que a inofensividade
não floresça?
Como permitimos...
A
Iniciação da Crucificação representa e simboliza
uma fronteira entre a deficiência (o universo material)
e a plenitude (uma nova ordem espiritual).
A
palavra Jerusalém significa Visão da Paz.
Jesus
é considerado um Salvador – e efetivamente é um Salvador
–
porque, como Mensageiro do Cristo Cósmico, abriu a Porta do Reino,
que deverá ser materializado aqui, na Terra, hoje, aqui, agora. Passou
o tempo de ser enfatizado um Reino futuro em não sei onde. O Reino
é aqui, está aqui e deve ser expressado e manifesto aqui.
Na Terra. E mais: haveremos de reconhecer que é a realidade da presença
da Divindade em cada um de nós que permite (ou permitirá)
o acesso a esse Reino. Portanto, se salvação houver, os homens
não serão salvos pela crença em um dogma teológico,
mas, pela realidade de um Cristo imediatamente vivente e pela Sua Presença
viva em cada um de nós, em nossos Corações.
Principal
característica da Divindade —›
Amor. No frigir dos ovos, inevitavelmente, o Amor prevalecerá.
É
necessário que transmutemos o "não Tu, mas, eu"
por "Tu, não eu". [Ou
seja: precisamos comutar o fiat
voluntas mea (faça-se a minha vontade) em Fiat
Voluntas Tua (faça-se a Tua Vontade).] A
História da Vida de Jesus deverá se tornar a nossa própria
História.
Como disse Reginald John
Campbell (1867 – 1956), Cristo
deverá nascer em nós, crescer, atuar, sofrer e morrer para
o mundo. [Definitivamente,
nossa libertação depende disto.]
A
compreensão
do significado místico da Última Ceia –
simbólica do serviço de comunhão fraternal –
foi desastrosamente perdida pela prática teológica [resumida
a um conjunto estapafúrdico de dogmas temporais e seculares].7
Na
Cruz, Jesus emitiu uma Sétupla Palavra de Poder, que inaugurou
o Reino na Terra.
|
Onde
há ignorância não existe pecado.
A ignorância é a produtora do mal, mas, por ser ignorante,
o homem não é propriamente culpável, e, portanto, não
é passível de castigo ou de punição. (Grifo
meu.)
Como
Jesus, só poderemos ser Crucificados (Quarta
Iniciação) quando
formos Transfigurados (Terceira Iniciação).
O
perdão [Compreensão]
é a própria essência (e conseqüência) da
Vida. Portanto, precisamos compreender que a maioria dos "pecadores"
é simplesmente ignorante; um ignorante
não sabe
o que faz.8
3
é
o mais importante e o mais sagrado dos números. Por isto, em um momento
da Crucificação de Jesus, houve trevas sobre a face da Terra
durante três horas!
A
imortalidade da Divindade (em nós) é um fato estabelecido
e
inalterável.
(Re)morri,
mas, meu Deus Interior
não morreu!
Renasci,
e meu Deus Interior
permaneceu!
Os
sentimentos de solidão e de desamparo são, por assim dizer,
as inevitáveis e inexoráveis recompensas de todos aqueles
que ascendem à Cruz do Gólgota.
Enquanto
o homem não sentir uma completa solidão – uma solidão
que o afaste não só dos seus amigos, mas, também, da
família, das posses, do orgulho e de todas as minúcias da
existência
– não terá realmente alcançado
seu próprio Eu Interior. Só quando esta solidão acontecer,
ele se tornará consciente da sua unicidade interna com todas as coisas.
As distintas etapas do Caminho Iniciático são preliminares
e preparatórias para esta Solidão Derradeira. Isto se resume
no seguinte: Noite Negra da [personalidade-]alma
—› Illuminação
[ou como, em seus sermões,
deixou
escrito Santo
António de Lisboa: Conticínio –› Meia-noite
–› Aurora].9
Antes
de retornar triunfante,
todo ser humano deverá mergulhar na escuridão.
Continua...
______
Notas:
1. Como já afirmei
tantas vezes, eu entendo que a partir do momento que a
LLuz e o Conhecimento são adquiridos e passam a ter uma
função consciente e transmutativa no ser, o homem-aí
não atua mais deliberadamente contra nenhum dos dois nem contra nada.
Isto é mais um argumento em favor da inexistência do pecado,
porque pecar
é estar mais por fora do que bundinha de vedete, e estar mais por
fora do que bundinha de vedete não é pecar.
Bundinha de vedete, como todo mundo sabe, existe, mas, pecado não.
O dia que as pessoas se convencerem disto, os psiquiatras, os psicólogos,
os psicanalistas e os terapeutas holísticos terão que procurar
outra ocupação.
2. O exemplo disto mais
flagrante – e que não pode ser contestado – foi o maldito
e desalmado embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos
Estados Unidos à República de Cuba (descrito naquele País
insular como el
bloqueo), que se iniciou, efetivamente, em 7 de fevereiro de
1962, mas, finalmente, está chegando ao fim. O intermediador das
negociações foi o Papa Francisco, que, se não tivesse
feito mais nada durante o seu pontificado, isto já teria sido extremamente
notável.
3. Os
apegos... Quaisquer
apegos.
4. Não sei se
aqui houve um problema de tradução, pois, o Universo não
retornará à Unidade, uma vez que a Unidade nunca foi rompida
pré-temporalmente nem será rompida futuramente (o Universo
não tem buracos nem hiatos – solução ou interrupção
de continuidade). Se, hipoteticamente, a Unidade Universal fosse rompida,
as Leis Universais deixariam de viger e a coisa toda se transformaria em
um caos ilimitado e indefinido inimaginável. Para compreendermos
isto corretamente, esta sentença deveria ser expressa da seguinte
forma: percepção e realização interior pelo
ser individual e por todos da Unidade Cósmica. Agora, preste atenção:
mesmo que não estejamos conscientes e que ainda não tenhamos
conscientemente realizado esta Unidade Cósmica, dela não estamos
separados ou desvinculados. Somos meio que fios de cabelo – todos
bem juntinhos em uma mesma cabeça. Agora, para quem é kojeca
(Kojak + careca) este exemplo não é didático nem instrutivo!
kojeca
é sinônimo de cajak!
5.
Se você quiser admitir
a possibilidade de uma redenção, deverá entendê-la
como parcial, relativa, progressiva e inacabável. Mesmo quando nos
tornarmos Super-homens ou Deuses, a redenção persistirá,
prosseguirá e, como software de antivírus de computador,
será constantemente atualizada. Todo fim é relativo, e é
sempre um novo começo – sempre em um ponto (oitava) mais elevado
e mais concertado da Spira
Legis. A animação pictórica abaixo mostra
isto:
Redenção
Parcial, Relativa, Progressiva e Inacabável
6. Isto é de
deixar qualquer um baratinadinho da silva, mas, é assim mesmo que
é.
7. Portanto, muitíssima
atenção: não adianta absolutamente nada (e, se adiantar,
adiantará muito pouco) estarmos apenas mentalmente de acordo com
os Preceitos Crísticos-jesuíticos. É necesário
que a potência da nossa compreensão se tranforme em atos de
Fraternidade, Insuspeição, Desapego, Inofensividade, Serviço,
Solidariedade, Misericórdia, Caridade, Benquerença, Tolerância,
Justiça, Lealdade e por aí vai. Precisamos ter sempre em mente
a frase: — Pai,
perdoai-os, porque eles não sabem o que fazem (Evangelho
de Lucas, XXIII: 34). Quando passarmos a considerar que todos nós
somos um pouco mais ou um pouco menos ignorantes não mais julgaremos,
nem sentenciaremos, nem increparemos ninguém.
8. Você já
observou com tento que só se perdoa o que se compreende?
9. A Noite Mística
(Noite Negra ou Noite Obscura) da personalidade-alma é o vestibular
da ascensão mística. Em diversas predicações,
Santo António se referiu à Noite Mística como processo
necessário à purificação e preparação
da personalidade-alma para atuar em um plano mais elevado de consciência.
Neste sentido, o Santo aludiu à Noite como a obscuridade dos místicos
— mysticorum
obscuritas. A Noite não tem, ordinariamente, a duração
da noite física. A Noite tem começo (Conticínio), meio
(Meia-Noite) e fim (Aurora), e o tempo de duração é
individual. Durante sua manifestação, a Noite tem e traz conseqüências
terríveis, dentre as quais o Santo aponta: privação
da luz da razão; o ser torna-se frágil e o conhecimento adequado
de nada adianta; o eu interior fica em trevas e o homem é tentado
a tudo abandonar (trevas
da consciência); a
claridade tentadora da prosperidade mundana entenebrece a [personalidade-]alma
e se transmuda em caligem da morte; a noite é um amplo campo de adversidade
em que a [personalidade-]alma
anda às apalpadelas
sem consciência de si mesma. A Noite é, pois, uma
etapa da reintegração (regeneração) do homem
à sua imaculada, cósmica e divina origem. E, nesse aprendizado,
terá que eliminar, minimamente, a soberba
do coração, a lascívia
da carne, a avareza
do mundo, a ira,
a vanglória,
a inveja
e a gula,
que compõem as sete violações capitais enunciadas na
teologia católica. O Conticínio (Conticinium)
é a primeira fase da Noite em que tudo está silente. É
o tempo em que são satisfeitas as seduções blandiciosas
da carne – carnis
suavia blandimenta. O Santo ensinou que, para vencer as tentações
próprias do Conticínio, é preciso meditar sobre as
iniqüidades praticadas, considerar o exílio (e desejar ardentemente
a reintegração) e contemplar o Criador. Auxiliado pela razão
e pela discrição, o principiante vai subindo, degrau por degrau,
a escada da crucifixão: a razão dominando os sentidos e esclarecendo
sobre o bom caminho. Assim, derramando lágrimas, envergonhado, vexado
e cabisbaixo vai o postulante trilhando a Senda que levará à
Illuminação.
Lentamente, os sentidos físicos e os apetites do corpo vão
sendo dominados, e os incipientes passam para o estádio de aproveitantes
(fase da Meia-Noite). Entretanto, no que concerne ao sofrimento moral, este
se vai intensificando. É o reconhecimento tácito da queda,
do afastamento da LLuz,
do exílio de Deus, da consciência plena da ainda permanência
nas trevas. É a angústia por desejar alcançar a LLuz
Maior, por desejar ardentemente realizar o Cristo Interno e, em graça
total, contemplar o Criador. É o desespero por ter, tenuemente, vislumbrado
a possibilidade de se tornar uno com o Pai – o Deus de seu Coração
– e de não ter podido ainda realizar o sonho dos sonhos. É
uma dor lancinante. Um desespero sufocante. Um horror atemorizante. É
a noite negra. É a crucificação individual. É
o inferno interior. É a compreensão do exílio da Vida.
A Noite Negra traz à lembrança a fase negra da Crisopéia.
A Meia-Noite (Media
Nox) é segunda fase da Noite Obscura, e equivale, para
Santo António, ao
período de luta espiritual em que a personalidade-alma, vendo-se
no exílio deste mundo, dele procura se libertar... para, depois...
poder chegar à contemplação de Deus e se unir com Ele
por amor. O aproveitante
(aproveitado), já convencido do erro da vaidade, suplica cheio de
fé, de amor e de esperança, força para suportar o exílio.
À medida que acorda, se recorda da vida antiga e, envergonhado, humilhado
e se sentindo desprezível, chora amargamente. É o pleno reconhecimento
do erro. Nu, perante si mesmo e perante o Criador, se confessa ao Deus de
seu Coração e clama por perdão. E perdoa aos que o
perseguem e caluniam, aos que o aviltam e ofendem, aos que escarnecem, pois,
sabe que esses não o compreendem, mas que, inexoravelmente, um dia
subirão também o primeiro degrau da Noite Negra. E se compromete
a, nessa hora, estar presente para ajudar no que for possível e permitido,
para amparar em cada queda, para consolar quando a dor e a vergonha forem
mais intensas. Este é o verdadeiro sentido do perdão, da humildade,
da fraternidade e do amor universal em um sentido teológico. É
a tomada de consciência pelo aproveitante
de que todos, em última instância são unos entre si
e com o Pai, ainda que exilados. A Meia-Noite faz recordar o branco da Grande
Obra. É também uma possibilidade para explicar o Mito da Caverna,
de Platão. Voltar para ajudar e servir é um supremo ato de
sacrifício e de amor. Aqueles que voltaram sabem. Entretanto, não
há essa referência consignada na obra antoniana. A Aurora (Aurora)
- bendita Aurora - é o último estágio da Noite Mística,
e se assemelha ao vermelho da Alquimia Operativa. Santo António assim
a delineia: É
a infusão da graça divina. A [personalidade-]alma
pôde se justificar ou se tornar justa. A [personalidade-]alma
se tornou reta e ereta... A Aurora é o fim da Noite e o princípio
do Dia. Ela é o fim da miséria e a entrada na beatitude...
É o último estádio da ascensão espiritual —
o estado perfeito... A [personalidade-]alma
se sente, agora, invadida por indizível alegria. É a contemplação
do Criador. Tudo isto retrata simplesmente a trajetória
necessária da morte do ego (eu inferior) e o florescimento do Eu
Superior (Cristo Interno) em todos nós e para todos nós.
Páginas
da Internet consultadas:
http://giphy.com/gifs/hitler-adolf-historical-xYqMARSSpkkqQ
http://br.freepik.com/icones-gratis/homem-de-pe-com-os
-bracos-estendidos-abertos-nas-laterais_704573.htm
http://www.clipartsheep.com/
http://giphy.com/search/tom-and-jerry
http://halo.wikia.com/wiki/File:Brute_Animated.gif
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/33610/difer
enca-entre-psiquiatra-psicologo-psicanalista-terapeuta-e-terapia
http://www.fg-a.com/halloween.shtml
http://pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-moldura
-para-retrato-do-vintage-isolada-image33342502
http://www.sabiduriarcana.org/prelim-libros-esp.htm
Música
de fundo:
Jesus Bleibet Meine
Freude
Composição: Johann Sebastian Bach
Fonte:
http://www.free-scores.com/download-sheet-music.php?pdf=540
Direitos
autorais:
As animações,
as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo)
neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright
são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a
quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las,
se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar
que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei
do ar imediatamente.