DE BELÉM AO CALVÁRIO

(6ª Parte)

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Informação Preliminar

 

 

 

Jesus — o Gentio Ariano
(Pintura Original do Dr. Harvey Spencer Lewis)
Fonte: AMORC

 

 

 

Esta coletânea de excertos se constitui da 6ª parte de um estudo que fiz sobre a obra De Belém ao Calvário, tema transmitido telepaticamente pelo Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul – um Iniciado da Sabedoria Eterna – à Alice Ann Bailey, que o publicou. Basicamente, as convicções do Mestre DK para telepatizar esta obra foram: 1ª) auxiliar a todos nós a reconhecer a realidade da individualidade do Cristo e da Sua Missão; e 2ª) tentar demonstrar que a solução para os problemas mundiais está ancorada e é dependente do desenvolvimento da Consciência e da Natureza Crísticas no homem como indivíduo e na raça como um todo. Enfim, como tenho requestado, vou requestar mais uma vez: se você gostar deste estudo e achá-lo útil, peço que o divulgue aos quatro ventos (bem como os outros textos de Alice Bailey), pois, isto foi uma solicitação manifestada pelo próprio Djwhal Khul.

 

 

 

Excertos

 

 

 

Precisamos aprender a saber o que fazemos e o porquê de o fazermos.

 

 

 

 

Charles Johnston (1867 – 1931) em um comentário sobre o Bhagavad Gita: Como decorrência da nossa Peregrinação, haveremos de sentir, em nós, o Poder Infinito Uno que atua tanto na vida quanto na morte, tanto na dor quanto no prazer, tanto na união quanto na separação, tanto na criação quanto na destruição e na reconstrução. Este Conhecimento está fora do alcance do homem comum, e muito mais longe do não-evoluído.1

 

O Mandamento Amai-vos uns aos outros relega os Dez Mandamentos (com suas ênfases negativas e suas interpretações positivas) a um plano secundário na vida, tornando-os, em certo sentido, supérfluos.

 

Acima de tudo, o Amor
– retificação para a dolor.
Aquele que é inofensivo
é, ipso facto, abnegativo.

 

Quando Jesus permaneceu no cimo da montanha, o passado e o futuro da Humanidade foram fusionados, tornando possível que, oportunamente, o Quinto Reino possa se manifestar na Terra.

 

 

História da Humanidade

 

 

A Virgem Maria simboliza a natureza-forma (natureza material). Isto tem uma relação direta com o nosso Corpo Físico – meio pelo qual o nosso Cristo Divino Interior (oculto) pode(rá) se revelar.

 

Robert Browning (1812 – 1889): A Verdade mora em nós! Saber é abrir caminho por onde o Esplendor Prisioneiro poderá se evadir, ao invés de permitir a entrada de uma luz que se supõe que venha de fora.

 

A purificação [harmonização] não é simplesmente um (ou o) resultado modificante da própria existência-em-si [que, por si só, digamos assim, é inerte], mas, é algo volitivo, definido e definitivamente imposto pelo homem-aí à sua própria natureza. [No Universo, em tudo, sem exceção, não existem ocorrências ou acontecimentos casuais, incertos, imprevisíveis ou eventuais. Não prevalece o de araque. Tudo funciona ciclicamente e de acordo com a Lei.]

 

 

Rearranjo de uma Discordância Cristalina
(Distâncias Atômicas)

 

 

 

Purificação Alotrópica

 

 

 

Transmutação Alquímica

 

 

 

Monalisação Harmonizadora e Purificante

 

Radiação —› Transformação por Transmutação —› Iniciação da Transfiguração —› Realidade Interna Radiante... E o Divino é revelado!

 

Lord Conway of Allington (1856 – 1937): O Conhecimento do Divino terá que ser descoberto por cada um de nós por esforço pessoal.

 

Porque estabeleceu contato Iniciático com Seu Deus Interior e porque, portanto, era LLuz-Sabedoria, Jesus, Illuminatus, pôde conscientemente dizer: Eu-Sou a LLuz [de todas as idades] do Mundo! Em cada um de nós há também uma LLuz [a mesma LLuz] – o fenômeno primordial de todas as formas de religião e Ela também deve brilhar para que o mundo possa ser auxiliado.

 

A experiência mística é a convicção da presença e da ação em nós de poderes ultra-humanos, além da possibilidade de uma união interna com eles, sendo, portanto, uma experiência direta com o nosso Deus Interior, com a consciência deste Deus Interior e o contato com este Deus Interior.

 

A grande mudança interior é deixar de estar no mundo2, para passar a estar na presença do nosso Deus Interior.

 

Não perceber a bondade nos outros é desconhecer a sua própria bondade.

 

Aqueles que despertam para o mundo da Atualidade Cósmica constantemente têm consciência da Divindade no homem, e se caracterizam por seus atos altruístas, por sua amabilidade, por seu espírito investigativo, pela fortaleza nas dificuldades e por sua pela bondade essencial e básica [sem predileções e sem escolhas].

 

 

Amabilidade

 

Com quem você dividiria
o seu chapéu-de-chuva?


Com um hórrido zé-prequeté
ou com um
janota-perequeté?
Com um não-ata-nem-desata
ou
com um terno-e-gravata?
Com
quem-nada-tem-nem-pode
ou com um egrégio rapsode?
Com quem gosta de pitar palha
ou com experto em bandalha?
Com quem é franzino e insone
ou com o
Don Vito Corleone?
Com um
sei-lá-quem-que-olvido
ou com um
muito-aplaudido?

 

..........................................


Escolher é perder a chance
de benfeitorizar um alcance!
Um ser já liberto não escolhe;
misericordia, ampara, acolhe!

 

John Beverley Nichols (1898 — 1983): Ainda que possa parecer intolerável para o livre-pensador comum, estar embebido do Espírito Crístico constitui um fenômeno espiritual, não mental.

 

As Verdades [relativas] costumam ser estabelecidas segundo diferentes ênfases [culturais] e seqüências [extraordinárias], como resultado das reflexões do místico sobre as suas experiências [interiores]. Entretanto, a essência do Êxtase não se encontra nestas Verdades, mas, como é proclamado por todos os Místicos, na certeza imediata e no conhecimento iniludível da presença de Deus [em nossos Corações]. Mas, sempre prevalecerá uma vaga sensação de mistério de significação indefinida.

 

Vivenciei... E, reflexionei...
Reflexionei... E, descortinei...
Descortinei... E, compreendi...
Compreendi... E, ascendi...
Ascendi... Mas, ainda não sei!
Todavia, estou cônscio da Lei!

 

 

Experiências Acumuladas
(1ª Raça-raiz -----› 5ª Raça-raiz --› 7ª Raça-raiz ...)

 

 

 

Quando o sentimento e o pensamento se unem em um momento de realização, ocorre uma precipitação instantânea de energia, e a vida, a partir deste momento e para sempre, é diferente.3

 

 

Metamorfose (do grego 'metamorphosis') foi a palavra usada por São Paulo para descrever a transmutação do corpo mortal no Corpo da Ressurreição.

 

Só depois de termos sido Transfigurados poderemos ser Crucificados (Momentos Iniciáticos que não pertencem exclusivamente ao Cristianismo).

 

Transfiguração  —›  Crucificação

 

O homem é divino!

 

A Divindade tanto é imanente [em nossos Corações] quanto é transcendente [Universal].

 

Por quê?

Por quê?
Porque é a Manifestação Inevitável.
Por quê?
Porque é a Existência Inab-rogável.
Por quê?
Porque é a Atualidade Confirmável.
Por quê?
Porque é a Vivência Experienciável.
Por quê?
Porque é a Onipresença Transmutável.
Por quê?
Porque é o
Verbum Æternum Inviolável.

 

Propósito da Vi[n]da de Jesus [manifestação, na Terra, por intermédio de Jesus, do Cristo Cósmico]: para que a Humanidade pudesse ter uma vida mais abundante

 

O Novo Nascimento, em cada um de nós, depende de realizarmos, em nossos Corações, a existência plena do nosso Cristo Interior (Vida Crística). Em todas as formas, a Vida Crística constitui o impulso evolutivo que torna possível o desenvolvimento progressivo da expressão da Divindade no mundo natural.

 

Reino Humano (Mundo Natural)  —›   Reino do Espírito.

 

Cristo Vivo Nova Religião + Nova Teologia.4

 

Religare + Religere + Relinquere + Relegere + ...

 

Reconhecido ou não, aceito ou não, a vida humana é um Divino Mistério Cristocêntrico.

 

Transfiguração    Perfeição [relativa] Adquirida.

 

 

 

 

Albert Schweitzer (1875 – 1965): Precisamos nos tornar espiritualmente independentes e confiantes em nós mesmos... Todo ser que se denomine homem está destinado a desenvolver uma verdadeira personalidade no âmbito da teoria que reflete o Universo que ele criou para si mesmo.

 

Meta —› Deixar de crer (crente fiel) e passar a ser através do Verdadeiro Conhecimento Pensamento [Dialético] + Reflexão [Meditativa] + Experiência [Pessoal] + Revelação [Interior] —› Libertação (Conhecedor Consciente).

 

Fui um acreditador fiel;
representei um triste papel.
Acreditava sem
dialetizar;
existia sem raciocinar.

Devagar, fui me livrando.
Fui me conscientizando
de que tudo estava em mim.
Já não sou mais arlequim!

 

 

 

 

 

Continua...

 

 

 

______

Notas:

1. Quanto a isto, de duas uma: ou nos libertamos dos grilhões da tribo ou continuaremos analfaburros cavernosos até sei lá quando. Agora, libertar-se da tribo não significa abandoná-la, mas, implodir o sentimento de manada, gerador de falsas crenças, de preconceitos e de idéias enganosas e malsãs. Então, já liberto, o alforriado – como na Alegoria da Caverna (in: A República, livro VII, de Platão) – pondo em risco sua própria vida, retorna à tribo para auxiliar seus irmãos a se libertarem também. Como já comentei, não há liberdade para um ou para meia dúzia; a liberdade (e todo o resto) precisa ser para todos. A liberdade tem que ser tratada e encarada, no bom sentido, como uma espécie de metástase, em que, por pensamentos, palavras e atos, a Humanidade vai se educando, compreendendo e se libertando. Este entendimento se resume a um alastramento das idéias para o bem de todos os seres.

2. Deixar de estar no mundo não significa se afastar do mundo, mas, ainda que estando no mundo, não pertencer ao mundo, no que concerne às suas masmorras miraginais e aos seus cárceres ilusórios. Vida eremítica é sinônimo de vida egoística. Automortificação é sinônimo de retrogressão. Considerar-se privilegiado é sinônimo de ser-estar estupidificado, muito mais do que elevado ao quadrado!

3. Mas, precisamos ter consciência de que este Evento Illuminante é intransferível. Poderemos, por exemplo, ler a Santa Bíblia, o Sagrado Alcorão, o Talmude, a Canção de Deus ou as vidas dos Santos 1.000.000 de vezes, entretanto, precisaremos passar pessoalmente pela experiência místico-extática, para que a coisa mude para sempre em nossas vidas. Todos os que passaram por um grau menor ou maior de Illuminação, a partir de então, não foram mais os mesmos. O que, até então, era admitido como realidade passa a ser conhecido como um fato ou como um contrafato, e a simples crença ou fé não são mais necessárias nem úteis. Definitivamente, nada, absolutamente nada, poderá substituir a experiência pessoal. É por isto que os rituais religiosos repetitivos, por simplesmente se repetirem repetidamente, não completam, não repletam e não libertam. É só imaginar, como sói acontecer, a desilusão que costuma se passar na cabeça religiosa de um religioso fideísta que repete por décadas introibo ad Altare Dei, mas que, na realidade, não sobe nunca, porque não sabe onde está oculta a Escada!

 

 

A Escada Oculta

 

 

4. Eu concordo que, se, por um lado, a Humanidade – coletivamente – (ainda) precisa de uma Nova Religião e de uma Nova Teologia, admito que, por outro, cada um de nós, na verdade, independe de qualquer religião ou de qualquer teologia para descobrir e se fusionar com o seu Deus Interior. Como está escrito em Lucas, XVII: 20 e 21, o Reino de Deus está dentro de vós. A meditação introspectiva libertadora não é dependente de quaisquer rituais (exteriores). Precisamos nos persuadir de que, quando muito, os rituais ajudam (quando ajudam!), mas, não efetivam, e portanto, não libertam. Se, por exemplo, você observar os diversos rituais religiosos apresentados na televisão, verá que estão mais para encenações escalafobéticas, barulhosas, pantomímicas e bufas do que para qualquer outra coisa. O que se vê, invariavelmente, é um amontoamento desorientado de pessoas passivas e arremedadoras que se deixa conduzir por ignorantes, sem qualquer questionamento dialético. São catacegos a conduzir peticegos – todos achando, barbarizantemente, que sabem tudo, que enxergam tudo e que já estão salvos, porque integram o povo designado-escolhido de deus (de um deus inexistente inventado conveniente e vantajosamente por eles). O fato é que tudo gira em torno de atrair, de fascinar e de anestesiar aderentes, que ali estão apenas em busca de milagres, de epifanias, de espetaculosidades, de vantagens, de melhorias, de curas restabelecedoras, de privilégios pessoais et cetera e tal e outras tantas coisinhas mais. Bulhufas de xongas mais além deste et cetera e tal e destas outras tantas coisinhas mais! Precisamos aprender e nos convencer de que ainda que a Divindade seja, ao mesmo tempo, transcendente e imanente, Ela só será conhecida, sentida e realizada imanentemente. In Corde! Enfim, não há esse não-sei-o-quê epifânico-coletivo, aglomerante-atordoante, megalegórico-fantasmagórico. A Coisa só acontece(rá) no Silêncio! Basta examinar a Vida de Jesus, que passou por tudo o que passou sozinho, exemplo para todos nós. A Iniciação é individual; as Iniciações coletivas são apenas pré-Iniciações induzidoras. Sanctum Sanctorum est in Corde!

 

 

O Reino de Deus está dentro de vós!

 

 

5.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.animated-gifs.eu/leisure-
circus-harlequin/index.php?page=5

http://photobucket.com/images/wolfman

http://www.estudosdabiblia.net/a15_23.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o

http://www.xkiwilabs.com/research_affordances.html

http://pt.aleteia.org/2014/10/29/misericordiar/

http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/
6421-defeitos-em-linha-nos-materiais-cristalinos

http://revistadobem.blogspot.com.br/

http://giphy.com/gifs/transparent-animation-hot-HCkMIeisMRtpC

http://euqueru.net/peso-de-porta-em-ouro/

http://gallerylexicon.blogspot.com.br/2011/03/mona-lisa-bites.html

http://www.mindat.org/photo-182167.html

http://www.jimmiemaddin.com/jm-links.htm

http://pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-moldura
-para-retrato-do-vintage-isolada-image33342502

http://www.sabiduriarcana.org/prelim-libros-esp.htm

 

Música de fundo:

Jesus Bleibet Meine Freude
Composição: Johann Sebastian Bach

Fonte:

http://www.free-scores.com/download-sheet-music.php?pdf=540

 

Direitos autorais:

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