NADA ACONTECE POR ACASO
(Os Registros Acásicos não dormem)

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Filho é Carrapich
(Soneto ficcional baseado em um fato real)

 

Ela teve um filho

e jogou o bebê no lixo.

Filho é carrapicho.

Eu nunca quis ter a droga de um filho.

 

 

A criança foi encontrada

e salva daquele momento de insânia.

A autora da infâmia

não se deu por achada:

 

 

Deveria ter morrido.

Não estou arrependida,

mas muito enfurecida.

 

 

Antes não o tivesse tido.

Agora vão me enjaular

enquanto ele vai ter um lar.

 

 

Bebê jogado na Lagoa da Pampulha
(Foto: Gobo.com - 31/1/2006)

 

 

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PARA REFLETIR

 

O pai era alcoólatra, autoritário, irascível, violento e sofria de sífilis; a mãe padecia de tuberculose. O primeiro filho do casal nasceu cego. O segundo morreu. O terceiro nasceu surdo. O quarto era tuberculoso. Mas, a mãe de Ludwig Van Beethoven (1770-1827) não o abortou nem o jogou no lixo.

Durante a Segunda Guerra Mundial (a maior catástrofe provocada pelo homem em toda a sua longa história de guerras e de catástrofes) – deflagrada em setembro de 1939 por um vegetariano que ocasionalmente tomava uma cerveja e que nunca teve casos extraconjugais (que envolveu setenta e duas nações e foi travada, direta ou indiretamente, em todos os continentes, na qual o número de mortos superou os cinqüenta milhões havendo ainda uns vinte e oito milhões de mutilados) – os países ocupados pela Alemanha eram proibidos de ouvir outras rádios que não as indicadas pelo III Reich. Todavia, muitas pessoas desafiavam a proibição para escutar a BBC de Londres, que durante a guerra usou como prefixo as notas iniciais da V Sinfonia de Beethoven, cujas notas – três curtas e uma longa – correspondem a letra "V" – victory – em código morse. Nesta, como em outras ocasiões a liberdade foi associada a Beethoven, que afirmava sua convicção na música como única redentora de todos os males e que tinha o hábito de despejar água gelada sobre a cabeça sob o pretexto de que isso estimulava o cérebro.

Beethoven fez o seu primeiro recital com oito anos e morreu brandindo a mão fechada contra o céu em um último gesto de rebeldia vitimado por uma sucessão de doenças: surdez, pneumonia, hidropisia, infecção intestinal, cirrose crônica e, provavelmente, epilepsia e saturnismo (as análises feitas no cabelo de Beethoven indicaram altos níveis de chumbo, provavelmente ingerido através de peixes contaminados).

Suas 32 sonatas para piano são consideradas o novo testamento da música. Suas obras:

9 sinfonias
5 concertos para piano
Concerto para violino
Concerto Tríplice para piano, violino, violoncelo e orquestra
32 sonatas para piano
16 quartetos de cordas
10 sonatas para violino e piano
5 sonatas para violoncelo e piano
12 trios para piano, violino e violoncelo
Bagatelas ("Klenigkeiten") para piano
Missa em Dó Maior
Missa em Ré Maior ("Missa Solene")
Fantasia Coral, op. 80 para coro, piano e orquestra
Aberturas
Danças
Ópera Fidelio
Canções

É consenso dizer que Beethoven está para o mundo da música assim como William Shakespeare (1564-1616) está para o da literatura e Michelangelo para o das artes. Uma de suas reflexões dignas de registro é: Não existe verdadeira inteligência sem bondade. Como deixou escrito Shakespeare, o tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que lamentam, muito curto para os que festejam, mas, para os que amam, o tempo é a eternidade.

 

 

 

Música de fundo:
5ª Sinfonia, 1º Movimento (Beethoven)

Fonte:
http://midiman13.tripod.com/index.html

Websites consultados:
http://www.malhanga.com/musica/
Ludwig%20Van%20Beethoven.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Beethoven
http://musicaclassica.folha.com.br/cds/03/biografia.html
http://www.vidaslusofonas.pt/beethoven_l_v.htm
http://pt.wikiquote.org/wiki/Ludwig_van_Beethoven

http://www.comciencia.br/reportagens/epilepsia/ep09.htm
http://www.e-biografias.net/modules/
news/article.php?storyid=113

http://www.cancaonova.com/portal/canais/
formacao/internas.php?id=&e=3774

http://educaterra.terra.com.br/voltaire/
mundo/segunda_guerra.htm