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Nota:
1. Para
o filósofo Emmanuel Lévinas (Kaunas, 30 de novembro de 1906
– Paris, 25 de dezembro de 1995), a Ética, e não a Ontologia,
é a Filosofia Primeira. E assim, a obra de Lévinas transmite
o alerta de uma emergência ética no sentido de se repensar
os caminhos da Filosofia a partir de um novo prisma – de se partir
do e já em direção ao outro. Por isto, afirmou:
Ser humano significa:
viver como se não se fosse um ser entre os seres. Como se, pela espiritualidade
humana, se invertessem as categorias do ser, em um ‘de outro modo
que ser’. Não apenas em um ‘ser de modo diferente’;
ser diferente é ainda ser. O ‘de outro modo que ser’,
na verdade, não tem verbo que designe o acontecimento da sua in-quietude,
do seu des-inter-esse, da impugnação deste ser – ou
do 'esse' – do ente. De fato, trata-se de afirmar a própria
identidade do eu humano a partir da responsabilidade, isto é, a partir
da posição ou da de-posição do eu soberano na
consciência de si, deposição que é precisamente
a sua responsabilidade por outrem. E
quando isto for compreendido, em latitude e em longitude, sem qualquer exceção,
o homem terá vergonha de não tratar um animal como seu irmão
menor, e jamais atirará o pau em um gato, pois, só secundariamente
um gato é um gato; antes, é um com o mesmo!
Esta
nota foi editada da fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Emmanuel_L%C3%A9vinas