Rodolfo Domenico
Pizzinga
Hipocritamente,
como na musiquinha da
barata,
o velhacaz vive de rata
em rata!
Perseverantemente,
666 quer se transmutar
em 999,
mas, o moleque não
se comove.
Inalteravelmente,
nem o martelar de um
martelo,
faz a cavalgadura romper
o elo.
Estupidamente,
só o ego... só
o ego... só o ego...
E isto persiste até
bater o prego.
Ignorantemente,
Impercebe a Lei: Fiat
Tua Voluntas.
Invariavelmente,
quando é tratado
com simpatia,
só devolve rudeza
e descortesia.
Desvairadamente,
nem quando o Sol se alevanta,
mitiga sua maniazinha
farsanta.
Usurariamente,
mesmo ciente de que vai
empacotar,
da avarícia não
tenta se desplugar.
Irresponsavelmente,
quando se apropínqua
o arremate,
o treco entropiza e crespa
o calafate.
Involuntariamente,
então, o piroca
é metido num asilo.
Inopinadamente,
o subtraído –
pimba! – desencarna.
E inicia a dança
inflexível da sarna!
Ciclicamente,
então, chega a
hora de (re)voltar;
mas, só à
marreta é seu encarnar.
Orelhudamente,
mesmo assim, tendo que
embarcar,
leme e remos ele insiste
em refutar.
Teimosamente,
nem se o gelo principia
a derreter,
o parvajola deixa de grumete
ser.
[In]esperadamente,
depois de tanta dor, ele
aprende.
E ao seu Deus Interno
se rende!
Surpreendentemente,
Illuminantemente,
o gelo derrete,
e o cativo deixa de usar
babete!
este será o vai-e-vem
do sapiens,
enquanto turrar em ser
insapiens!
Verdadeiramente,
só existe um Caminho-Campeão:
ouvir o Deus de nosso
Coração!
Repetidamente,
tenho repetido esta advertência,
pois é a Incontroversa
Ciência.
Inequivocamente,
fora, só há
frio, dor e desertificação;