Rodolfo
Domenico Pizzinga
Para
chegarmos mais perto,
(E deixarmos de, tolamente, crer no incerto)
teremos
de cruzar o deserto!
(Com malacatifa, quiróptero, sem água etc.)
Persistir
no oásis?
Frustrados?
(Sem
efetivar ou suceder o que era almejado?)
Esticar
no oásis? Degredados?
(Aqui
também cabe degradados, aviltados etc.)
Temos
de vencer a insciência
(Que
vem de longe, de não sei quando nem onde)
e apreender
a Augusta Ciência.
(Augusta
Ciência que Illumina
e que Manumite)
Quem fica
no oásis do deserto,
(Como se pudesse haver oásis fora do deserto!)
como poderá
ficar (d)esperto?
(Ou como deixará de permanecer indesperto?)
O
bom do oásis é a tâmara,
(Rica em vitaminas, proteínas, potássio etc.)
que não
é parente da dâmara
(A casca queimada combate os mosquitos)
e muito
menos da dissâmara.
(Fruto constituído por duas sâmaras ligadas)
O
ruim do oásis é a modorra,
(Sonolência; desejo insopitável de dormitar)
que dá
babação na beiçorra.
(Igualzinho aos que têm medo da Camorra)
E
futricam que dá mangorra!
(Desencanto; só mesmo dizendo: —
Porra!)
Miragem