O TEMPO PASSA...
O TEMPO VOA...
Rodolfo Domenico
Pizzinga
O
que se sente exige o momento; passado este [um
momento no eterno tempo],
há um virar de página, e a história continua,
mas, não o texto,
[que, de uma forma ou de outra, precisa ser e haverá de ser
apre(e)ndido].
Fernando
Pessoa
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Rocky Balboa
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E,
a Poupança Bamerindus
continua
numa boa.
Todavia, o tempo... Estraçoa!
A Poupança que o
tempo estraçoou!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E, o fœticosus
absurdus
só avulta e amontoa.
Todavia, o tempo... Acantoa!
E, perde o sentido o estafim!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E, diariamente, um novo
vírus
a todos os entes-aí
aferroa.
Todavia, o tempo... Ensaboa!
E, perde o sentido o estafim!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E – voando de aeróbus
–
um tutu, lá da
Guiné,
escoa.
Todavia, o tempo... Desgrilhoa!
E, perde o sentido o estafim!
— No
ano que vem, eu quero mais verdinhas!
Ei, Sr. Presidente, me dá umas verdinhas aí!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E, os troca-tintas corrúptus,
da coisa pública,
só fazem barata-voa.
Todavia, o tempo... Desenodoa!
E, perde o sentido o estafim!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio
ou fim...
E, desabou a blockhaus
lá do pé
da amêixoa.
Todavia, o tempo... Acoroçoa!
E, perde o sentido o estafim!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E, de repente, um trapus!
E o Estado Islâmico
abordoa.
Todavia, o tempo... Afeiçoa!
E, perde o sentido o estafim!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E, o pertìnax
et convictus
duvida, ao ler Fernando
Pessoa.
Todavia, o tempo... Alagoa!
E, perde o sentido o estafim!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E, o atendimento do SUS
vem se tornando aflição
que acarvoa!
Todavia, o tempo... Acolchoa!
E, perde o sentido o estafim!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E – num amém-jesus!
–
knockout!
E, dança o Rocky Balboa!
É assim mesmo:
o tempo descoroa!
E, perde o sentido o estafim!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
e acaba furada a canoa!
Todavia, o tempo... Desenevoa!
E, perde o sentido o estafim!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E, enquanto aquece o
º Celsius,
Al Gore
vai elucidando o dragão que atordoa!
Todavia, o tempo... Desemproa!
E, perde o sentido o estafim!
Al Gore
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E, de repente –
catrapus! –
quebra a cara quem caçoa!
Todavia, o tempo... Apendoa!
E, perde o sentido o estafim!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E, o sanctus
et benedíctus
tira a máscara
e abacalhoa!
Todavia, o tempo... Perfeiçoa!
E, perde o sentido o estafim!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E, islamitas e judeus
pagam tributo ao coisa-à-toa!
Todavia, o tempo... (Contra)-arrazoa!
E, perde o sentido o estafim!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E, não se consertam
os habitus...
E, por isto, cara não
vira coroa!
Todavia, o tempo... Arredoa!
E, perde o sentido o estafim!
Mas, um dia, o
tempo arredoa!
E, o caveirão vira batata-baroa!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
Enfim, o tumor de pus
explode na pessoa!
Todavia, o tempo... Desatordoa!
E, perde o sentido o estafim!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E, no Olimpo, Zeus
nossos pecados
desabençoa!
Todavia, tempo... Abotoa
e quinhoa!
E, perde o sentido o estafim!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E, vai mudando o status
de quem se manca... E
voa!
Assim, o tempo... Ensina
e desenodoa!
E, perde o sentido o estafim!
tempo passa... O tempo voa...
Sem começo, meio ou fim...
E, a cada dia,
mensis et annus,
nosso Eu Interior escanhoa!
E, o tempo...
Oh!, abendiçoa!
E, vai para o raio que
o parta o estafim!