A
ÁRVORE DA FRATERNIDADE UNIVERSAL
Rodolfo Domenico
Pizzinga
A
nossa sociedade é a Árvore da Fraternidade, crescida
de um grão plantado na Terra pelo Anjo da Caridade e da Justiça,
no dia em que o primeiro Caim matou o primeiro Abel.
Durante
longos séculos de dominação das mulheres e de
sofrimento dos pobres, esse grão foi regado pelas lágrimas
amargas derramadas pelos fracos e oprimidos.
Mãos
abençoadas o transplantaram de um canto para o outro-aí
da Terra, sob climas diferentes e em épocas distantes uma da
outra. Não
faças aos outros aquilo que não desejas que os outros
façam a ti, disse Confúcio [tradicionalmente
27 de agosto de 551 a.C. – 479 a.C.] aos seus discípulos.
Tenham amor uns pelos
outros, e amem todas as criaturas vivas, pregou Gautama,
o Buddha, [por volta
de 563 a.C. a 483 a.C] a seus Arhats. Tenham
amor uns pelos outros [Jesus,
± entre 7 e 2 a.C. – ±
entre 30 e 33 d.C.] foi repetido como um eco fiel
nas ruas de Jerusalém. É às nações
cristãs que pertence a honra de ter obedecido a esse Mandamento
Supremo do seu Mestre em toda a sua força paradoxal! Calígula
[31 de agosto de 12
d.C. –
24
de janeiro de 41], o pagão, desejou que a Humanidade
tivesse apenas uma cabeça, para que ele pudesse cortá-la
com um só golpe. Os países cristãos aperfeiçoaram
este desejo, que até então havia permanecido teórico,
depois de procurarem, e finalmente encontrarem, os meios para colocá-lo
em prática.
Que
eles se preparem, portanto, para cortar as gargantas uns dos outros,
e que exterminem mais pessoas em um dia em guerra do que os Césares
mataram num ano inteiro. Que eles despovoem países inteiros
e províncias em nome de sua religião paradoxal, e morram
pela espada, eles que matam pela espada. O que temos nós a
ver com isso? Os teosofistas [e
também os Discípulos, os Iniciados e os Mestres] são
impotentes para detê-los.
[Na verdade, a questão não é propriamente de
impotência, mas sim, de não-interferência necessária
e consciente.] Isso é verdade. Mas, está
em seu poder salvar [ensinar,
esclarecer e auxiliar] tantos sobreviventes quanto possível.
Sendo um núcleo de uma verdadeira Fraternidade, depende dos
teosofistas [e também
dos Discípulos, dos Iniciados, dos Mestres e da Humanidade
em geral] fazer de sua Sociedade uma arca destinada, em
um futuro não muito distante, a transportar a Humanidade de
um novo ciclo para além das vastas águas lamacentas
do dilúvio do materialismo sem esperança. Estas águas
estão subindo e, neste preciso momento, inundando todos os
países civilizados. Vamos nós deixar o bom perecer com
o mau, por medo do clamor, do grito e do desprezo dos maus, seja contra
a Sociedade Teosófica, seja contra nós mesmos? Será
que vamos vê-los morrer um após o outro-aí, um
de cansaço, o outro-aí procurando em vão pelo
raio de Sol que brilha para todos –
sem lhes jogar uma tábua de salvação? Nunca!
É
bem possível que a bela utopia, o sonho filantrópico
que visualiza o tríplice desejo da Sociedade Teosófica
como uma realidade, esteja ainda bem longe. A liberdade inteira e
completa da consciência humana sendo garantida a todos, a fraternidade
estabelecida entre os ricos e pobres, e a igualdade [eu
prefiro a palavra eqüidade] entre os aristocratas
e plebeus sendo reconhecida tanto em teoria como na prática
–
estes são castelos de Dom Quixote, e não por acaso.
Tudo isto deve acontecer naturalmente, de forma voluntária,
por iniciativa de ambas as partes. No entanto, ainda não chegou
o tempo em que o leão e o cordeiro estarão lado a lado
em paz.
A
grande reforma deve acontecer sem convulsão social, sem derramar
uma gota de sangue, apenas em nome da verdade axiomática da
Filosofia Oriental que mostra que a grande disparidade de fortunas,
de posição social e de intelecto, é devida aos
efeitos do Carma pessoal de cada ser humano [e
do Carma Planetário]. Nós colhemos apenas
o que semeamos. Embora a personalidade física do homem seja
diferente da de qualquer outro-aí homem, o ser imaterial nele ou a individualidade
imortal emana da mesma Essência Divina da consciência
do seu vizinho.
Aquele
que percebe profundamente a verdade filosófica de que cada
Eu Superior começa e termina no Todo Indivisível [e,
desde sempra e para sempre, um e o mesmo] não pode
amar seu próximo menos que a si mesmo. Mas, até o momento
em que isso se torne uma verdade religiosa, a reforma não poderá
ocorrer.
O
provérbio egoísta segundo o qual a
caridade começa em casa, e o outro-aí que diz
cada um por si e
Deus por todos, levarão sempre as raças
cristãs “superiores” a se oporem à introdução
prática do belo ditado pagão: Todo
mendigo é como um filho de um homem rico, e
ainda mais daquele que diz: Alimenta
primeiro o faminto, e come, depois, o que sobrou.
Todavia,
virá o tempo em que aquela sabedoria “bárbara”
das “raças inferiores” será melhor apreciada.
Até lá, devemos tentar trazer um pouco de paz na Terra
aos Corações de aqueles que sofrem, levantando uma ponta
do véu que esconde deles a Verdade Divina. Os fortes devem
apontar o caminho para os fracos e ajudá-los a subir a encosta
íngreme da existência. Que eles voltem o seu olhar para
o Farol que brilha como uma nova estrela de Belém no horizonte,
mais além do misterioso e inexplorado mar das ciências
teosóficas; e que os deserdados da vida retomem a esperança.
In:
A Árvore da Fraternidade Universal, Helena
Petrovna Blavatsky.
|
Ainda
que só percebamos verdades relativas,
mas, que aumentam progressiva
e ilimitadamente,
o que nós poderemos
admitir
que, de fato, não
sejam Verdades Divinas?
A listinha abaixo está
incompletíssima, mas,
serve como recordação
de algumas atitudes ± demoníacas.
Interferir no cumprimento
do Carma do outro-irmão-aí.
Atrapalhar o cumprimento
do Carma do outro-irmão-aí.
Dificultar o cumprimento
do Carma do outro-irmão-aí.
Exacerbar o Carma do
outro-irmão-aí.
Infernizar a existência
do outro-irmão-aí.
Botar água na fervura
do outro-irmão-aí.
Insultar o outro-irmão-aí.
Sacanear o outro-irmão-aí.
Dar um superpum fedorento
e dizer que foi o outro-irmão-aí.
— Não
fui eu! Não fui eu! Foi o Trichuris
trichiura!1
Afanar
a muleta do outro-irmão-aí.
Esconder a perna-de-pau
do outro-irmão-aí.
Avariar o aparelho auditivo
do outro-irmão-aí.
Grudar meleca nas costas
do outro-irmão-aí.
Bifar o guarda-chuva do
outro-irmão-aí.
Afanar a alegria do outro-irmão-aí.
Paquerar a mulher do outro-irmão-aí.
Esfriar o outro-irmão-aí.
Zerar o outro-irmão-aí.
Separar o outro-irmão-aí.
Escravizar o outro-irmão-aí.
Apocopar o outro-irmão-aí.
Aviltar o outro-irmão-aí.
Estigmatizar o outro-irmão-aí.
Torturar o outro-irmão-aí.
Abelizar
o outro-irmão-aí.
(Todo assassino é um Caim suicida.)
Degolar o outro-irmão-aí.
Fogueirar
o outro-irmão-aí.
Transformar em bucha de
canhão o outro-irmão-aí.
Não dar os direitos
ao outro-irmão-aí.
Vantajar sobre o outro-irmão-aí.
Holocaustizar o outro-irmão-aí.
Explorar o outro-irmão-aí.
Escarnecer do outro-irmão-aí.
Arruinar o outro-irmão-aí.
Impor absurdos ou o que
seja ao outro-irmão-aí.
Falsificar a assinatura
do outro-irmão-aí.
Pospor o outro-irmão-aí.
Depor o outro-irmão-aí.
Subpor o outro-irmão-aí.
Decompor o outro-irmão-aí.
Prejudicar o outro-irmão-aí.
Xenofobiar o outro-irmão-aí.
Homofobiar o outro-irmão-aí.
Menoscabar o outro-irmão-aí.
Viciar o outro-irmão-aí.
Depravar o outro-irmão-aí.
Pedofilizar o outro-irmão-aí.
Preconceituar
o outro-irmão-aí.
Estuprar o outro-irmão-aí.
Prostituir o outro-irmão-aí.
Cafetinar o outro-irmão-aí.
Bacanalizar o outro-irmão-aí.
Sentir aversão
pelo outro-irmão-aí.
Chutar para corner
o outro-irmão-aí.
Merdificar
o outro-irmão-aí.
Submeter o outro-irmão-aí.
Vantajar sobre o outro-irmão-aí.
Shylockar
o outro-irmão-aí.
Comercializar o outro-irmão-aí.
Traficar o outro-irmão-aí.
Perverter o outro-irmão-aí.
Desencaminhar o outro-irmão-aí.
Drogar o outro-irmão-aí.
Alucinar o outro-irmão-aí.
Mentir para o outro-irmão-aí.
Trair o outro-irmão-aí.
Acusar falsamente o outro-irmão-aí.
Cagüetar o outro-irmão-aí.
Não apoiar o outro-irmão-aí.
Obstaculizar o outro-irmão-aí.
Não ensinar ao
outro-irmão-aí.
Não auxiliar o
outro-irmão-aí.
Não livrar o outro-irmão-aí.
Expatriar o outro-irmão-aí.
Excomungar o outro-irmão-aí.
Abracadabrar contra o
outro-irmão-aí.
Maleficiar o outro-irmão-aí.
Amesquinhar o outro-irmão-aí.
Despojar o outro-irmão-aí.
Raptar o outro-irmão-aí.
Causar ferimento(s) no
outro-irmão-aí.
Capitão
Gancho
(Todo faceiro porque engrupiu o Tic Tac!)
Induzir
ao erro o outro-irmão-aí.
Muralhar o outro-irmão-aí.
Adoentar o outro-irmão-aí.
Minimizar o outro-irmão-aí.
Subestimar o outro-irmão-aí.
Incriminar o outro-irmão-aí.
Achar que já foi
feito o suficiente pelo outro-irmão-aí.2
Esconder a LLuz
do outro-irmão-aí.
Ofender o Deus Interior
do outro-irmão-aí.
................................
o outro-irmão-aí.
................................
o outro-irmão-aí.
................................
o outro-irmão-aí.