Observação:
Este
poema foi inspirado em dois fragmentos místicos disponibilizados
pela Loja
Esotérica Virtual:
a) Compete
à [Alta] Magia humanizar nossas naturezas com a compaixão
por toda a Humanidade como por todos os seres viventes, em lugar de centralizar
e limitar nossas afeições a uma raça [ou coisa]
predileta. No entanto, poucos de nós (exceto os que conquistaram
a negação final de 'moksha'*), puderam,
até agora, se libertar da influência de suas relações
terrenas, a ponto de não serem suscetíveis – em diversos
graus – aos prazeres, às emoções e aos interesses
mais elevados da jornada comum da Humanidade. (Mestre Kut Hu
Mi). (Grifo meu). Precisamos meditar muito sobre esta advertência
do Mestre Kut Hu Mi, particularmente sobre o sentido interlinear de jornada
comum. Este pensamento é a Chave da Libertação!
b) Há
duas fontes de atração magnética: simpatia e fascinação.
Uma é santa e natural; a outra, maligna e antinatural. (Helena
Petrovna Blavatsky).
* Em
sânscrito, Moksha (liberação) ou Mukti
(soltura) refere-se, em termos gerais, à libertação
do ciclo do [re]nascimento e da morte. Na mais alta Filosofia Hindu, Moksha
é visto como a transcendência do fenômeno de existir,
de qualquer senso de consciência do tempo, de espaço e de causa
(karma). Não é sentido como um objetivo soteriológico
(relativo à salvação do homem) como é visto
em um contexto cristão, e, sim, significa a dissolução
do senso do ser individual, ou ego, e a avaria total (decomposição)
do nama rupa (nome-e-forma; mente-e-matéria; mentalidade-fisicalidade).
No Hinduísmo, é visto como uma analogia ao nirvana,
embora o Budismo tenda a diferir uniformemente da leitura da libertação
do Vedantismo Advaita. O Jainismo também admite o Moksha.
Os principais sistemas filosóficos do Hinduismo consideram que uma
entidade viva, especialmente aquela que estiver utilizando um corpo humano,
deve ter por objetivo alcançar três metas na vida: kama
ou desfrute material dos sentidos, artha ou desenvolvimento econômico
e dharma ou religiosidade mundana. Kama é o desejo
mais ardente, pois, como desfrute material, expande-se às atividades
sexuais, tão bem codificadas no clássico Kama-sutra,
além do desfrute do paladar (toda cultura tem seus requintes gastronômicos),
do sentido da visão (lindas e reconfortantes paisagens), da audição
(músicas agradáveis) e do tato (o sentido empregado no sexo
é principalmente a sensibilidade tátil). Para satisfazer o
desejo de kama, a entidade viva deve se empenhar em artha
ou atividades realizadas para o desenvolvimento econômico, tal como
o trabalho em suas diferentes formas. Sem recursos materiais auferidos por
artha, a entidade viva dificilmente consegue satisfazer seus desejos
de kama. E o dharma é derivado das atividades de
religiosidade mundana, tais como a moral e os bons costumes, essenciais
para se alcançar artha e kama. Uma pessoa sem disciplina
terá dificuldade para se empenhar no trabalho, como em tudo mais.
É assim que se forma o caminho de tri-varga ou metas ordinárias
da existência mundana: dharma gera artha que produz
kama. Moksha
é considerada a meta que está além do tri-varga
para aqueles que já estão liberados destas atividades mundanas
que prendem as demais entidades vivas, e o paramapurusha-artha
ou o objetivo primordial que uma entidade desfrutando existência mundana
deve se empenhar em alcançar.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Moksha
Música
de fundo:
Fascination
(F. D. Marchetti & Maurice de Féraudy)
Fonte:
http://jbott.com/