Rodolfo Domenico Pizzinga
Vovó, eu quero, titia, eu quero,
mamãe, eu quero me vacinar.
Dá AstraZeneca, dá CoronaVac,
dá uma vacina, preu não bafuntar!
— Eu não estou nem um tiquinho aí
para essa tal de reencarnação,
para a causa e para o efeito,
para ter que compensar meus senões
e para o meu karma pessoal.
Eu nem sequer acredito nisso
Sou brasileiro; dou um jeitinho.
E, se precisar e marcar bobeira,
hackeio os Registros Akáshicos!
Hacker Brasileiro Hackeando os Registros Akáshicos
— Ego credo in Unum Deum,
Patrem Omnipotentem,
Factorem Cæli et Terræ.
Sei que, quando terminar meu tempo,
eu irei para o Céu para sempre.
Ora, por que Deus,
do nada, me criaria,
se não fosse
para eu ir morar ao Seu lado?
Melhor do que isso
nem mamão com açúcar
ou da .
— Na Marquês de Sapucaí
– que já deveria ser duque –
dou um pimba na gorduchinha
e faço gol de bicicleta
em cada carnaval carioca.
Como o Clóvis Bornay, o Everest,
o Seu Tomás, o Frazão e a Wilza Carla,
eu adoro sassaricar
na porta da Colombo
e no Clube dos Marimbás,
e lá, na Vila Mimosa,
com batatas e alecrim,
não passa uma sexta-feira,
que eu não vá papar um lombo.
Lombo Assado com Batatas e Alecrim
— Com a macacada da esquina,
eu adoro jogar porrinha,
e no mico-leão-dourado
sempre faço uma fezinha.
Quando acerto, pago a conta;
quando não, mando pendurar.
Ora, quem pode dispensar
uma purinha marvadinha,
na birosca do Seu Guedes?
Purinha Marvadinha
— Com o Presidente aprendi:
deu COVID? Cloroquina.
Se a coisa baralhar,
meto uma azitromicina.
O que não faço nem a pau
é ficar de molho em casa,
utilizar álcool em gel
e mascarar minha formosura.
Eu não sou negacionista, não;
sou só, sim, a favor de mim mesmo,
que eu acho que todos deveriam ser.
— Como disse o Pagodinho,
devagar, bem devagarinho,
deixo a vida me levar,
sou feliz e agradeço
por tudo que Deus me deu.
Com o que tenho, eu vivo,
e, de mansinho, lá vou eu.
Se a coisa não sai
do jeito que eu quero,
eu não me desespero.
Deixo o negócio rolar,
e espero a procela passar.
— E, quando chegar a hora
– quem fica pra semente? –
de eu ir desta para melhor,
quero que o doutor escreva
no meu atestado de óbito:
Como um passarinho – piu! – morreu
de insuficiência de responsabilidade,
mas, deixou muitcha saudade.
Insuficiência de Responsabilidade
— De uma coisa, estou convicto:
Deus, no céu, está me esperando,
com o Senhor Papa Hildebrando
e o meu querido São Longuinho.
Por isto, eu não sinto medo
de voltar para o meu Ninho.
E, devagar, devagarinho,
não dou bola pro azar
e deixo a vida me levar,
pois, no peito, tenho certeza,
de que a COVID irá passar!
Música de fundo:
Deixa a Vida Me Levar
Composição: Eri Do Cais & Serginho Meriti
Interpretação: Zeca PagodinhoFonte:
https://ycapi.org/button/?v=oTREAvZbmME
Páginas da Internet consultadas:
https://gettrendygifs.wordpress.com
https://cachacacompanheira.com.br
https://imgur.com/gallery/aKutud6
http://aapfcb-rj.com.br/nossas_sextas_169.html
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https://www.portalsaudenoar.com.br
https://pt.wikipedia.org/wiki/Marquês
https://pt.wikipedia.org/wiki/Duque
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