ATENTADOS

Rodolfo Domenico Pizzinga

Música de fundo:
A Foggy Day (George Gershwin )
Fonte:
http://www.britfunk.com/midi/Gershwin/frontpage.htm

 

 

 

 

No século XIX já existia o terror, que, aliás, sempre esteve presente na história da Humanidade, manifestando-se sob as mais variadas formas. Mas, o carro-chefe sempre foi (e é) o pra lá de repetido refrão: exploração do homem pelo homem. Ou seja: os poderosos enfiam um cateter nas artérias de um país e transfundem tudo que podem. Quando não enfiam o tubo diretamente, arrumam alguém para fazer o serviço sujo para eles. Os auxílios que eventualmente dão aos transfundidos às avessas são hipócritas e hipotéticos; não interessa que a galinha transfu(n)dida dos ovos de ouro morra ou se esvaia. Todos nós sabemos que é assim que a coisa funciona, e eles sabem (e não estão ligando) que nós sabemos que eles fazem a coisa funcionar exatamente assim. Mas, quem tem os canhões e a força faz o que quer e bem entende. Em termos de Brasil e de América Latina, é bom lembrar (e repassar para quem não sabe) que o que o Brasil fez com o Paraguai, guardadas as devidas proporções, é bem pior do que o que a Coalizão fez e está fazendo com os iraquianos – a já esquecida Guerra do Paraguai, o maior conflito armado ocorrido na América do Sul entre os anos de 1864 a 1870. Da história: a Inglaterra estava furiosa porque queria exportar seus produtos para a América Latina e estava tendo a concorrência do Paraguai, que possuía um magnífico parque industrial, com uma bela fundição, de fazer inveja ao Primeiro Mundo da época (o mesmo de hoje!). Vai daí, manipulou o Brasil para fazer a Guerra do Paraguai. O Brasil fez e destruiu todo o parque industrial paraguaio, e o que não pode destruir simplesmente foi arrastado com mulas e jogado no Rio Paraguai. Depois, os brasileiros mataram TODOS os paraguaios (que puderam matar) com mais de 14 anos de idade para exterminar essa etnia, degolando-os com a tristemente famosa gravata vermelha gaúcha (degolamento ou passar a gravata colorada). O Paraguai nunca mais se recuperou industrialmente e sua população só foi refeita porque puseram, mais tarde, meninos com 15 anos cobrindo até 20 mulheres de uma vez só. Hoje, 150 anos depois do conflito, o governo de Assunção acabou de autorizar o estacionamento de tropas norte-americanas em seu território. Não posso deixar de, preocupado, acompanhar o pensamento de Mauro Santayana quando escreveu recentemente (4/7/2005): Como os Estados Unidos não podem viver sem guerras, e estando suas tropas escorraçadas do Iraque, não seria de admirar se viessem a nos agredir sob o pretexto da presença de muçulmanos em Foz do Iguaçu. Um segundo exemplo foi a Guerra das Filipinas (os Estados Unidos invadiram esse País porque queriam mais terras), na qual os soldados filipinos transformavam-se em zumbis vivos, tomando drogas alucinógenas e enrolando-se em tiras de couro até ficarem como múmias. Essas tiras amorteciam o impacto das balas dos americanos e os filipinos, mesmo impactados pelos projéteis, avançavam sobre o inimigo matando-o a golpes de baioneta. Da parte dos americcanos isso resultou na construção da pistola Colt calibre 45: o impacto dessa arma parava no ato a arremetida do zumbi filipino. Então? Os poderosos arrumam ou não arrumam uma maneira de levar a cabo seus planos de dominação, de colonização e de expansão do poder? Vou continuar a analisar essa matéria com outros exemplos um pouco mais adiante. Mas, fiz referência ao século XIX porque desejo abrir este breve folheto com duas citações do historiador francês Edgar Quinet (1803-1875): 1ª) O terror não se dá bem com a Democracia, porque a Democracia precisa de justiça, ao passo que a Aristocracia e a Monarquia podem passar sem ela. 2ª) Os povos livres são os únicos a ter uma história; os outros possuem apenas crônicas. Também vou voltar a esses pensamentos mais à frente.

O que pensar de um pai que corta a mão do filho por ter furtado uma maçã? Podem dizer que estou louco, mas, guardadas as mesmas proporções, Guerra do Paraguai/ação da Coalizão é a mesma coisa que arremessar um despertador na parede porque ele não tocou na hora predeterminada. E, ainda guardadas as mesmas proporções, equivocaram-se e continuam a se equivocar todos aqueles que entendem que, para que haja uma mudança (desejável e necessária), seja indispensável o uso da força, da violência e da própria morte daqueles que são tidos como inimigos. Se eu estiver errado nessa convicção, prefiro errar ao lado do Mahathama Gandhi (1869-1948) do que acertar com os que pensam de modo diverso. Eu não posso apoiar nenhuma forma de violência, e, por isso, não apóio nenhuma forma de terrorismo como instrumento de mudamento da sociedade. Parafraseando Louis-Claude de Saint-Martin (1743-1803), os corações humanos nunca foram e não serão mudados pelas revoluções, e o terrorismo não desviará a coalização dos seus tenebrosos objetivos, como a coalização não acabará com o terrorismo pela força ou com a força. Quem sabe, talvez não interesse mesmo acabar com o terrorismo.

Mas... Ainda que o terrorismo seja abominável, temos que examinar quais as justificativas que os terroristas têm para executá-lo e mantê-lo. É muito simples. Durante séculos, milênios mesmo, os poderosos do mundo sempre se valeram de todos os expedientes para explorar seus semelhantes. Basta ver o que está acontecendo hoje no Brasil, porque a corrupção e a lavagem de dinheiro são, entre muitas, duas formas de exploração e de terrorismo sem sangue e sem violência... aparentemente. Pensemos em 1 bilhão de dólares. Isso equivale, realmente, a, mais ou menos, três bilhões de reais. Considerando R$ 300,00 como o salário médio do trabalhador brasileiro (que não é), isso significa furtar o salário de um mês de 10.000.000 (dez milhões) de trabalhadores brasileiros!!! Se eu não errei nas contas é esse o tamanho de uma corrupçãozinha de U$ 1 bilhão. O número é absurdo? Não, não é não. Eu tenho a coragem de especular que, pelo menos e muito modestamente, 20% das dívidas brasileiras (interna e externa) são oriundas de corrupção, porcentagens escusas, má gestão do dinheiro público etc. Mas, no todo da coisa, U$ 1 bilhão – guardadas aquelas mesmas proporções Guerra do Paraguai/ação da Coalizão – são equivalentes a dois pastéis e um caldo de cana da pastelaria do Seu Chang. Agora, U$ 2 bilhões não equivalem a quatro pastéis e dois caldos de cana, por que não há essa proporcionalidade. É muito maior ou muito pior! Isso é que é mais do que medonho! Como não é a mesma coisa deixar de recolher o FGTS de um assalariado e furtar U$ 1 mil da carteira do Bill Gates (apesar de eu achar que ele não anda com essa grana toda na carteira). Deixar de recolher o FGTS de um assalariado é muito pior e muito mais comprometedor. Eu não estou insinuando nada com esses exemplos, até porque... Até porque sou um Rosa+Cruz e não apóio nenhum tipo de ilicitude. Mas, cada um que reflita sobre essas coisas e que chegue a alguma conclusão coerente.

Ora, os terroristas de hoje foram as crianças de ontem que viram seus pais, parentes e amigos sofrerem todas as formas de aviltamento e de sucção ilícita (como se fosse possível haver algum tipo de sucção lícita!). Eram crianças; nada podiam fazer. Ficaram enfastiados de tanto ver os donos do poder tirar partido da fragilidade de seus parentes, vizinhos e amigos, como viram esses mesmos indivíduos abusar da boa-fé e da ingenuidade de seus pais e de todos os que estavam à sua volta. Sofreram diretamente na própria carne a violência contra o mundo muçulmano. Logo, a personalidade dessas crianças foi moldada no ódio aos poderosos, no ódio aos estrangeiros, no ódio aos infiéis, no ódio, enfim, aos artífices da violência ao povo muçulmano. Outros se comovem com essas coisas um pouco mais tarde. Quem ler sobre a vida do líder revolucionário Ernesto Che Guevara (1928-1967) encontrará muita matéria para reflexão. O interesse de Che pela causa revolucionária começou a partir de uma viagem que fez pela América do Sul. A miséria do povo o sensibilizou, e, então, resolveu estudar medicina para ajudar todos os despossuídos que encontrasse em seu caminho. Inclusive, acabou colocando sua vida em jogo ao lutar em defesa dos pobres e dos explorados. É dele a frase: O dever de todo revolucionário é fazer a revolução. Vou atualizar esse pensamento: O dever de todo revolucionário é fazer uma revolução pela educação e pelo exemplo. E não é necessário endurecer nada. Basta trabalhar honestamente e estar sempre disponível, porque para que as coisas mudem é necessário ter paciência de Jó... ou de tibetano.

 

Sua Santidade,
o Dalai Lama

(A Paciência Personificada)

 

Mas, as crianças crescem. Cresceram... e, se tornaram (no entendimento deles) defensores dos oprimidos. Uns, nem tempo de crescer têm. São feitos soldados da morte ainda crianças. Admitem como lícito que matar em um atentado 50, 500 ou 5.000 pessoas é justificável, pois isso acabará fazendo com que o resto do mundo, encurralado pelo medo, recue em sua voracidade, e permita que eles e seus povos, de alguma forma, possam ter um lugar ao Sol. Morrem 500, mas serão descravizados milhões. Isso, além dos aspectos vingativo e punitivo embutidos nesse esquema. As invasões do Afeganistão e do Iraque estão sendo cobradas com juros e correção monetária. Vou repetir o que disse acima, citando e acompanhando in totum a afirmação de Tariq Ali: No início da cúpula do G8 [agora, em julho de 2005], Blair sugeriu que a 'pobreza é a causa do terrorismo', mas a realidade não é essa. A causa principal da violência é a violência infligida ao mundo muçulmano. O bombardeio de inocentes é igualmente bárbaro em Bagdad, Jenin, Kabul, como é em Nova York, Madri ou Londres. Para auxiliar nesse sangrento raciocínio (o do morrem 500, mas serão descravizados milhões), o terror conta, ainda, com o auxílio da mídia, que transmite tudo ao vivo e em cores. Igualzinho como fez a Coalizão nas duas Guerras contra o Iraque. Mas, ainda que esta estratégia possa parecer ter alguma racionalidade, há uma fiada de motivos que a remete para a mais abjeta irracionalidade. Vou citar alguns para que se possa meditar nesse assunto, e não apenas odiar e criticar os terroristas e os revolucionários. Mas, o prerrequisito fundamental e irredutível é termos em mente que seres humanos são seres humanos, e não meros números de uma tabela estatística.

 

 

Primeiro: esses irmãos terroristas são exemplos de seres humanos que estão iniciando o processo de desenvolvimento de suas autoconsciências, tanto quanto aqueles que vivem no luxo e na regalia às custas da opressão que impuseram e impõem àqueles que acabaram se tornando terroristas. Ninguém é terrorista porque quer; apenas se torna terrorista porque é a única saída que consegue enxergar para se ver livre da tirania. A autoconsciência em seus estágios preliminares está desprovida de uma dialética concertada, e todas sensações/emoções são preponderantemente comandadas pelo Corpo Astral. O Eu Interno mia, mas não rosna. Então, matou, tem que morrer. Um tablóide inglês pediu exatamente isso para os que praticaram o múltiplo atentado do dia 7. Nada, entretanto, acontece por acaso. Como também – e aqui a equivalência cabe – dificilmente uma criança, que é mal alimentada nos primeiros sete anos de vida, poderá ter um nível de inteligência e de sagacidade semelhante ao de outra que foi bem nutrida.

Segundo: há uma justificativa religiosa por trás dos atos ditos terroristas, seja esse terrorismo da cor que for, e venha de onde vier. É para Deus e em nome de Deus que, em última instânia, as coisas acabam sendo feitas. Justificativa religiosa segundo um entendimento específico, ultramontano e fanático, bem entendido. Ora, mas o Ocidente também não quer cristianizar o Oriente? Não foi inventado recentemente o tal do Eixo do Mal? Eixo do Mal não apenas por causas nucleares, mas também e principalmente porque a cor da pele é outra e a fé também é outra. Pimenta só arde nos nossos olhos? Não. Arde, queima e mata tanto quanto arderam, queimaram e mataram as duas bombas e o Napalm (mistura incendiária gelatinosa que adere à pele causando queimaduras de até 5º grau), que continua, quando e se necessário, a ser usado até hoje. Pau que dá em Chico também dá em Francisco. Ora, pergunto eu: como é possível ou admissível que um país que possui o maior arsenal bélico do mundo, queira impedir que outro possa desenvolver uma tecnologia nuclear própria? Ou Einstein, ou nada. Ou desarmamento global imediato, ou que cada um faça sua bomba e nos matemos a todos. Agora, só um com poder para matar todo mundo é que não é possível. Isso é mesmo muita cara-de-pau. Ou todos podem se matar com os mesmos brinquedos, ou são desmantelados os brinquedos de todos. Nisso não pode haver exceção ou cotas diferenciadas. 50 bombas nucleares não são diferentes de 10; são sessenta! Já disse e também vou repetir: se o poderio bélico espalhado pelo Mundo explodisse todo de uma só vez, a galáxia inteira seria afetada. Talvez, irreversivelmente. Na verdade, o Universo inteiro sofreria com essa insanidade.

 

 

Terceiro: Terror não pode ser combatido com contraterror. Poder, até pode, mas ele só será incrementado, como temos assistido. A origem do terror, como parece já ter ficado claro, é o horror imposto por aqueles que têm o poder de horrorizar, de submeter, de escravizar, de transfundir, de apocopar, de nuclearizar, de 'napalmizar' etc. A loucura e a irresponsabilidade são inimagináveis. Desde quando é possível que se aceite que uma monografia de uma aluno possa ser a base para se admitir como real a existência de armas de destruição em massa no Iraque? Desde quando é possível que se aceite que uma monografia de um aluno possa ser a base para a elaboração de um plano de guerra? Nem o El-Rei D. Sebastião foi tão bestalhão assim! Se o affair Monica/Clinton ajudou a eleger Bush, uma monografia de um aluno londrino foi o catalisador para a devastação do Iraque. Exagero? Não. Conseqüências ridículas de irresponsabilidades ignorantes.

Ou compreendemos que todos nós somos irmãos, ou continuaremos a nos odiar e a considerar aqueles que são diferentes de nós como seres de segunda (ou de n-ésima) classe. Enquanto houver o entendimento de que o Mundo deve permanecer dividido em quatro Zonas (Primeiro Mundo, Segundo Mundo, Terceiro Mundo e Quarto Mundo), o dito terror não dará trégua aos que sustentam e mantêm essas fronteiras artificiais. Tenho dito e continuo nesse processo de repetir: quando um (ou alguns) ganham, muitos (ou milhões) perdem. Isso é óbvio demais. O que parece não ser óbvio, é que devemos abrir mão, renunciar, a certos (ou muitos) prazeres e confortos, para que, por exemplo, a África não desapareça ceifada pela fome, pela ignorância e pelas doenças. O que também parece não ser óbvio, é que temos que ser tolerantes com outras fés e outras crenças que diferem das nossas. O que também parece não ser óbvio, é que essa Globalização só fez enriquecer mais os mais ricos, e empobrecer mais os mais pobres. A Etiópia que o diga. E, para não ficar nisso de parece não ser óbvio eternamente (porque senão só vou acabar essa lista amanhã de manhã), as pessoas simplesmente esquecem de que a Terra é uma, e o ar e a água que respiramos e que bebemos é o mesmo ar e a mesma água que todos respiram e bebem. Vou acrescentar uma especulção idiota que já apresentei em outro texto referente a Deus: Se Deus existe, Ele só pode ser um; porque se existissem dois Deuses, ou se anulariam ou acabariam sendo um só. Então, para os que acreditam antropomorficamente na existência de Deus – mesmo que isso não seja verbalmente admitido – Deus só pode ser um, esteja Ele vestido de terno e gravata, de tanga ou de sei-lá-o-quê. E terno e gravata não é melhor do que tanga ou sei-lá-o-quê. No verão é muito pior.

Para concluir quero enfatizar: sou absolutamente contrário a qualquer forma de terrorrismo. Como sou igualmente – e na mesma medida – contrário a toda e qualquer forma de opressão (neo)neoliberal e imperialista. Não quero ver nem o Chico nem o Francisco sofrendo. O mundo é redondo, mas não é uma roleta. O que aconteceu hoje em Londres pode até ser explicável, mas sob nenhum aspecto é justificável. Fiquei mais uma vez consternado com a capacidade do ser humano em considerar seres humanos meros números. Será que 50 mortos e mais de 700 feridos vingarão a morte ou salvarão a vida de 500? De 5.000? De 5.000.000? Não creio. Ou aprendemos todos nós que somos cosmicamente irmãos, ou não sobrará ninguém para contar a história do Planeta Terra, que, em nenhum aspecto, repito, é uma roleta. A vingança (venha de onde vier) poderá nos destruir a todos.

 

 

A Oi está realizando hoje uma enquete entre os internautas sobre o terror muçulmano. Eis os resultados:

 

 

Bem, depois de tudo que já argumentei, penso que, no mínimo, ficou faltando um item nessa pesquisa. Não vou sugerir que item poderia ser esse. Deixarei para o leitor refletir sobre essa pesquisa e escrever para si o item que considerar que deveria constar na pesquisa e não constou. Mas, como eu não resisto a comentar coisas com as quais concordo em parte ou discordo no todo, direi que a ação dos ditos grupos terroristas não poderá jamais ser evitada, porque convicções dessa natureza não podem ser evitadas ou abolidas, como propõe a pesquisa da OI. Agora, por favor: não compreendo como 44,2% dos entrevistados puderam responder que para evitar a ação de grupos terroristas a melhor solução é fazer alianças com os governos árabes a fim de combater os militantes em seu próprio território. Território? Qual? Isso é muita ingenuidade + muita desinformação. Não há como impedir a ação de grupos rebeldes? 36,5% acham isso? Tanta ingenuidade quanto. O terror só será evitado se o povo muçulmano for arrasado ou banido da face da Terra, o que – mesmo que isso fosse possível, e não é – é um absurdo, mesmo pensado como mera hipótese. Mas, continuando a viajar nessa maionese karloffiana, supondo-se que isso viesse ou pudesse acontecer, seria trocar um terror terrorístico por um horror terrorizante absoluto e internacional comandado pelos próceres (neo)neoliberais de sempre. Tudo acabaria ficando como dantes no quartel-general do General Abrantes que é primo-irmão do Seu Amarantes. Contudo, nenhuma das duas hipótese karloffianas irá (ou poderá) acontecer. Por caminhos que ainda não podem ser vislumbrados a Paz se fará. Dobrar a ajuda humanitária até 2010, como propôs Tony Blair, não adianta nada. Isso é a mesma coisa que tentar enxugar gelo. Mas, a Paz se fará. Não com Bush. Não com Sharon. Não com Tony Blair. Não com nenhum dos líderes mundiais contemporâneos. Mas se fará. Faltam 101 anos para 21061. Temos que esperar.

Finalmente, voltando a Edgar Quinet e atualizando seu pensamento, o terror não se dá bem com a Democracia porque, na contemporaneidade, a Democracia que está aí não é, realmente, uma Democracia. Em aspectos relevantíssimos está mais para uma fedorenta sacanocracia que, por exemplo, apóia antigas ditaduras no próprio Oriente Médio, e tem um superlativo interesse em que o terrorismo continue a operar, para poder combatê-lo a pretexto de mudar o mapa do Mundo. A doutrina política que sustenta a nova geopolítica pós-WTC (que estava apenas incubada) não permite, do jeito que está, que a sacanocracia reoriente essa mesma política. E sacanocracia armada é o que pode existir de pior e de mais perigoso. Mas, o Islã não está nem um pouquinho preocupado com isso. O pau vai continuar a cantar em um Mundo a cada dia mais inseguro nesta bendita Era de Aquarius que está começando como uma Era do Medo. A guerra ao terrorismo não tornou o mundo mais seguro em nenhum aspecto; pelo contrário, transformou, sim, os grandes centros urbanos em alvos preferenciais de ações retaliatórias. Conclusivamente, não há a mínima possibilidade de paz e de entendimento do jeito estão sendo conduzidas as diplomacias americana e dos seus satélites. A coisa vai sangrar muito mais. A Terra de meu pai que abra o olho! 2005 ainda não acabou. A soma de seus algarismos é exatamente 7 (sete), isto é: 2 + 5. E sete representa uma mudança de ciclo.

Ainda Edgar Quinet, e reescrevendo: Os povos livres são os únicos a ter uma história. Por que os muçulmanos não podem ser livres? Por que não queremos que eles escrevam sua própria história? Jesus não era louro e não tinha olhos azuis!!!

Finalmente, expresso minha integral solidariedade ao povo inglês. And through foggy London town... The sun was shining everywhere! Shining! Shining! Shining!

E, finalmente agora, encerro este texto reproduzindo para uma última reflexão um pensamento do Abade Especial para o Terceiro Mundo da Ordo Svmmvm BonvmFrater Vicente VeladoIlluminatus FRC e 7 PhD:

 


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Nota

1. 1962 + 72 = 2034.
    2034 + 72 = 2106.

 

Principais Websites Consultados

http://br.dir.yahoo.com/Ciencia/Ciencias_Humanas/Historia
/Por_Assunto/Gente/Ernesto_Che_Guevara__1928_1967_/

http://www.libertarian.nl/NL/
archives/le-penseur-thinker-bb-l.jpg

http://geocities.yahoo.com.br/guerrapara/

http://agenciacartamaior.uol.com.br
/agencia.asp?coluna=boletim&id=1351