Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Asura

 

 

 

Muitos querem e perseguem a salvação,

Não há salvação-arrebatamento a priori;

não há salvação-arrebatamento a posteriori.

 

Não existe salvação-redenção conclusiva;

não existe remissão-premiação definitiva.

O Trabalho deve ser vitalício, permanente,

categórico, perseverante e persistente.

 

Mesmo os que (ainda) adoram os asuras2

e causam aterrorizações, dores e paúras

poderão, se quiserem, se Trabalharem, se libertar.

 

 

 

Salvação Interior Vitalícia, Permanente,
Categórica, Perseverante e Persistente
(Ora et Labora)

 

 

 

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Notas:

1. Este poema foi inspirado no Bhakti Dharma Gita. In: SRIMAD BHAGAVAD GITA (Bhagavan Sri Krishna). Obra completa traduzida do texto original com 26 Capítulos e 754 Slokas. 1ª edição. Tradução, resumo do Mahabhárata, glossário e artigos complementares por Haydée Touriño Wilmer. Rio de Janeiro: Editora Vozes Ltda, 2002, pp. 213 a 216. No capítulo XXIII, versículo 10, do Bhakti Dharma Gita está escrito: Se alguém, apesar de haver estado anteriormente sob o domínio de conduta asúrica, chegasse a ser inteiramente devotado a Mim (o Deus de seu Coração), seria considerado como um Sadhu (aquele que segue a Senda do Yoga).

2. Asura é uma categoria de personagem da mitologia hindu. A palavra significa antideus. Os asuras são antagonistas dos suras, devas ou deidades. O nome é um cognato de ahura, do Zoroastrianismo, no qual Ahura é um sinônimo de Æsir. [Os Æsires são deuses que residem em Ásgarðr (Asgard), ou seja, o país dos Æsires. Suas contrapartes, e uma vez inimigos, com os quais guerrearam, são os Vanires. Os Vanires são deidades mais da natureza e da fertilidade, enquanto os Æsires são mais guerreiros do que seus rivais. Os Æsires formam o panteão principal dos deuses na mitologia nórdica. Incluem muitas das figuras principais, tais como Odin, Frigga, Thor, Balder e Týr.] Mais tarde a tradição hindu passou a considerar os asuras como demônios, possivelmente pelos períodos de secas que assolaram a região. Com o surgimento dos arquétipos das forças do bem e do mal nos sutis ou invisíveis reinos da existência humana, o mundo ficou dividido entre divino (daiva) e demoníaco (asura). De uma maneira geral, de acordo com a tradição hindu, a renúncia conduziria à pureza, á bondade e à verdade; por outro lado, a ação hipotética e malévola levaria ao sofrimento tornando o ser insaciável pelo desejo, pela cobiça, pela hipocrisia, pelo orgulho, pela arrogância e pela desilusão. Na tradição semita-cristã, os asuras poderiam ser caracterizados e comparados com os anjos caídos. O fato que haverá de, um dia, ser compreendido, é que somos nós, individual e coletivamente, que criamos nossos deuses e nossos demônios, nossos céus e nossos infernos, nossas prisões e nossas libertações. Somos responsáveis por tudo. Sem exceção. Caímos? Se quisermos, poderemos nos levantar.

Nota editada das fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Aesir

http://pt.wikipedia.org/wiki/Asuras

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.istockphoto.com/
file_closeup/?id=2765284&refnum=1211830

http://students.ou.edu/
V/Jennifer.K.Vigil-1/chapter3.html

http://www.chatpibal.com/nojversion4/
photostory/shootingaround/060312royalbarge.htm

 

Música de fundo:

Nocturne

Fonte:

http://www.hotfiles.co.za/midi/CREATIVE/PIANOIMP/