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Nota:
1.
Santo Agostinho (354 - 430) – que viveu segundo o lema Deum et
animam scire cupio (Quero conhecer a Deus e à alma) nihil
aliud (nada mais, absolutamente nada mais) – referindo-se às
três divisões do tempo usualmente procedida pelo homem, rechaça
passado e futuro dizendo: O passado
já não existe e o futuro ainda não existe. Entretanto,
sobre o futuro – compreensão que o Santo diz estar acima de
sua inteligência – complementa: ...
as coisas futuras ainda não existem; e se ainda não existem,
não existem presentemente. De modo algum podem ser vistas, se não
existem. Mas podem ser prognosticadas pelas coisas presentes que já
existem e se deixam observar.
Pode-se, então, aplicar ao tempo uma terminologia diferente,
sendo, por isto, impróprio falar em passado, presente e futuro. Tal
terminologia, proposta pelo Santo patrístico, relativa aos tempos,
é: presente das coisas
passadas, presente das coisas presentes e presente das coisas futuras. Então,
passado-do-presente e futuro-do-presente equivalem, respectivamente, a
presente-do-passado
e
presente-do-futuro. Seja como for, só há o eterno presente-do-presente.
Fundo
musical:
Secret Love
Música: Sammy Fain
Letra: Paul Francis Webster
Fonte:
http://home.wanadoo.nl/dougmckenzie/