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Nota:
1. A
ascese (do grego askesis)
consiste na prática da renúncia do prazer ou mesmo a não
satisfação de algumas necessidades primárias, com o
fim de atingir determinados fins espirituais. O conceito abrange, por isto,
um grande espectro de práticas, em culturas e etnias muito diferentes,
que vão de ritos iniciáticos retrogressivos (maus tratos,
incisisões e escoriações no corpo, repreensões
de extrema severidade, mutilação genital, participação
em provas que exigem atos excessivos de coragem etc.) aos hábitos
monásticos de diversas religiões, incluindo o celibato, o
jejum e a mortificação do corpo por diversos meios. Segundo
as interpretações mais correntes, alguns dos fenômenos
religiosos, envolvendo visões ou estados de êxtase, resultam
do enfraquecimento do corpo e da alteração do equilíbrio
sensorial. Segundo o idealismo platônico, a ascese servirá,
exatamente, para aproximar a pessoa (o asceta) da verdadeira realidade espiritual
e ideal, ao desligar-se da imperfeição e materialidade do
corpo. A religião cristã ligará, também, os
desejos corporais à idéia de pecado que deve ser refreado
a todo o custo, caso se pretenda atingir a santidade e os dons divinos que,
ainda assim, são concedidos pela graça de Deus e não
pela virtude do asceta. Para a Teologia Católica, há uma ascética
com um sentido amplo e uma ascese com sentido mais restrito. A ascética
consiste no esforço metódico e continuado, com a ajuda da
graça, para favorecer o pleno desenvolvimento da vida espiritual,
aplicando meios e superando obstáculos. Aqui atuam e se organizam
os grandes meios e práticas da vida espiritual: oração,
penitência, retiro, exame de consciência, direção
espiritual e os sacramentos. Como também uso de métodos, projetos
e disciplina interior para um maior aproveitamento da graça e dos
meios. Este sentido amplo é o que normalmente tem a palavra, quando
se encontra em títulos de manuais ou se contrapõe à
mística. Ascese, em sentido mais restrito, é o conjunto de
exercícios mortificantes aplicados diretamente no sentido de eliminar
vícios, dominar e reorientar tendências desordenadas e robustecer
a liberdade. É o que normalmente se expressa em termos de abnegação,
flagelação, penitência e renúncia. O ensinamento
de Lucas (XVII, 33) quem
procurar salvaguardar a vida perdê-la-á; quem a perder conservá-la-á
é totalmente incompatível com qualquer tipo de ascese automortificadora.
E mais: o para sempre é relativo.
Nota
editada da fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ascese
Fundo
musical:
Ave
Maria (Charles Gounod)
Fonte:
http://www.coraldelchiaro.com.br/ave-maria.htm
Observação:
Entre
as características sobressalentes de Johann Sebastian Bach (Eisenach,
21 de março de 1685 – Leipzig, 28 de julho de 1750) encontra-se
o domínio de complexos e engenhosos contrapontos. Teve seu ápice
no gênero da fuga com a obra O Cravo Bem Temperado, que consiste
em 48 prelúdios e fugas, sendo um prelúdio e uma fuga para
cada tonalidade maior e menor. A parte instrumental do Primeiro Prelúdio
em Dó do livro O Cravo Bem Temperado foi usada pelo compositor
Charles Gounod (Paris, 17 de junho de 1818 – Saint-Cloud, 18 de outubro
de 1893) para compor a sua famosa Ave Maria.
Observação
editada da fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Sebastian_Bach