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Notas:
1.
'Imagi-rotando'
= imaginando e arrotando, arrotando
e imaginando...
2.
Ora, se lá em Celorico o padre Serafim arrotava...
3.
Eructar gases pela boca, neste caso,
não é um pleonasmo ou um circunlóquio. Como uma parte
considerável dos senhores parlamentares do Congresso Nacional brasileiro
é capaz de tudo, possivelmente, quem sabe, também seja capaz
de eructar por outros orifícios corporais, que não só
a boca. E como os orifícios corporais são diversos, é
possível que peidorreiem pelo nariz, eructem lá por baixo,
bocejem pelos ouvidos,
regurgitem pelo
canal uretral, e por aí vai! Como regra, apesar das exceções,
imaginar que um parlamentar se candidate por altruísmo ou por amor
ao povo é um sonho de uma noite de verão. Normalmente, a palavra
de ordem é: locupletamento.
4.
Bolhas e arrotos! Aqui no Ocidente é, mas em certos lufares
não é. Para os indianos, por exemplo, eructar é normal.
E os japoneses eructam livre e alegremente durante e depois das refeições.
Arrotos e bolhas! Aqui pra nós – e que ninguém nos escute
– arrotar é muito
bom. De uma maneira geral, tudo o que expelimos do organismo é mais
prazeroso do que aquilo que pomos pra dentro. Ou não é? O
próprio Cósmico adora arrotar.
5. 'Sacanolência'
= sacanagem da grossa + malemolência + concupiscência + inadimplência
+ adurência + bolorência + ausência + maleficência
+ difidência + reincidência + vaniloqüência + tudo
que não presta e termina em ência que eu fiquei com
preguiça de digitar. Mas, parafraseando Marcus Tullius Cicero (106
a. C - 43 a. C.), pergunto: Quosque tandem abutere, politìcus
merdæ, patientia nostra? Quosque tandem? Até
quando, politìcus merdæ, abusarás da nossa
[im]paciência? Até quando?
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Marcus
Tullius Cicero, em 63 a. C., denuncia
a conspiração de Catilina no Senado Romano |
O fato
é que o roubar pouco é culpa; o roubar muito é grandeza,
grandeza vista pelos desclassificados como malandrice da melhor qualidade.
Muitos pensam e dizem: se eu não roubar, os outros roubam. Então,
antes eu que não sou sandeu. O roubar com pouco poder faz os
piratas, o roubar com muito, os Alexandres e alguns parlamentares brasileiros.
Contudo, se o rei de Macedônia e os tais parlamentares brasileiros
safados – que roubam o povo – fizerem o que faz o ladrão
e o pirata, ladrão, pirata, rei e parlamentares, todos, sem exceção,
têm o mesmo nome e merecem ir para o xilindró. Por outro lado,
a História conta que Diógenes – que tudo percebia com
mais aguda consciência – viu que alguns ministros da justiça
levavam a enforcar alguns ladrões, e começou a bradar: —
Lá vão os ladrões grandes a enforcar os pequenos...
Mudou o quê? (Estas passagens foram editadas do texto O Pensamento
do Padre Antonio Vieira na Atualidade de autoria de Lucia Carine Rocha
Corlinos e Ruy Magalhães de Araújo).
6. Congresso
Nacional do Brasil.
Páginas
da Internet consultadas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%ADcero
http://www.filologia.org.br/vicnlf/anais/caderno04-10.html
http://www.universetoday.com/2006/10/24
/black-holes-about-to-get-active-again/
http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction
=user.viewprofile&friendID=62940624
Fundo
musical:
Theme
From the Pink Panther (Henry Mancini)
Fonte:
http://home.hetnet.nl/~knaapfam/tvthemes.html