Nos
confins da Etiópia, há séculos da modernidade, Hans
Silvester fotografou, durante seis anos, tribos nas quais homens, mulheres,
crianças e velhos são gênios de uma arte ancestral.
A seus pés, o rio Omo; sobre um triângulo Etiópia-Sudão-Kênia,
o grande vale do Rift, que se separa lentamente da África, uma
região vulcânica que fornece uma imensa paleta de pigmentos.
Eles
são gênios da pintura, e seus corpos, de dois metros de altura,
uma imensa tela. A força de sua arte cabe em três palavras:
dedos, rapidez e liberdade. Eles desenham com as mãos abertas,
com a ponta das unhas, e, às vezes, com uma ponta de madeira, com
um junco ou com um talo quebrado.
Somente
o desejo de se enfeitar, de seduzir e de estar bonito – um jogo
de sedução e um prazer permanente – são suficientes
para eles mergulharem os dedos na argila e, em poucos minutos, sobre o
peito, os seios, o pubis e as pernas, nascer, nada menos, do que um Joan
Miró i Ferrà, um Pablo Ruiz Picasso, um Paul Jackson Pollock,
um Antoni Tàpies i Puig, um Paul Klee... Algumas
fotos realmente são autênticos quadros.
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