A QUESTÃO DA MORTE

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

A morte é um problema imenso para a maioria das pessoas. Conhecemos a morte, pois, nós a vemos todos os dias, andando ao nosso lado. Será possível encararmos a morte de maneira tão completa, que não façamos dela um problema? Para a encararmos desta maneira, todas as crenças, todas as esperanças e todos os temores a ela relativos devem acabar, senão estaremos encarando essa coisa extraordinária com uma conclusão deliberada, uma imagem cogitada e uma ansiedade premeditada e, por conseguinte, a estaremos encarando com o tempo, e o tempo nada mais é do que o intervalo entre o observador e a coisa observada. Mas, nós, os observadores, temos medo de enfrentar essa coisa chamada morte. Não sabemos o que ela significa, todavia, temos esperanças e teorias de toda espécie a respeito dela. Cremos na reencarnação, na ressurreição ou em uma certa coisa chamada [personalidade-]alma, uma espécie de entidade espiritual eterna, à qual chamamos por diferentes nomes. A questão é: já descobrimos, por nós mesmos, se existe alguma [personalidade-]alma? Ou se trata de uma idéia que nos foi dada ou imposta pela tradição? Existe alguma coisa de permanente, de contínuo, além do pensamento? Ora, se o pensamento pode pensar na [personalidade-]alma, ela se acha no campo do pensamento e, por conseguinte, não pode ser permanente, porque, no campo do pensamento, não existe nada permanente. É de enorme importância descobrir que nada é permanente, porque só então a mente estará livre, e só então poderá olhar e se olhar. E nisto há uma imensa alegria. [In: Liberte-se do Passado (título do original: Freedom From The Known), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]

 

 

 

 

 

 

Eu estava do lado de lá,

e tinha pavor de nascer.

Hoje, estou do lado de cá,

e tenho horror de morrer.

 

Eu nem posso imaginar,

que, um dia, irei partir.

Então, eu vou aproveitar,

sem deixar a peteca cair.

 

Do lado de lá, tudo era

LLuz, Paz, Bem e Beleza.

Do lado de cá, sou fera,

e só amplio minha riqueza.

 

Eu não quero desviver

porque amo o que adquiri.

Quem pode ser feliz e viver

sem dindim e sem daiquiri?

 

 

Dindim + Daiquiri

 

 

Meus haveres = minha vida,

e não quero perder nenhum.

Perda é sinônimo de ferida;

perder é cair na vala comum.

 

Dizem que eu sou egoísta

e um serviçal da ilusão,

e, por isto, estou na lista

dos Senhores da Escuridão.

 

Mas, o que eu posso fazer,

se gosto de ser como sou?

O meu futuro? O vir-a-ser?

Hoje, quero papar tá-pin-lou.

 

 

Tá-pin-lou

Tá-pin-lou

 

 

Hoje, é só ripa na chulipa!

É só pimba na gorduchinha!

Quero daiquiri em carro-pipa!

Quero saber só de abobrinha!

 

LLuz

 

Mas, o incrível de tudo,

é que eu já vivi na LLuz,

mas, preferi ser audimudo,

e carregar uma pesada cruz!

 

Enfim, só mesmo um bundão

pode ser do jeito que sou,

dando ambrosia pro macacão

e champanhota pro não-sou!

 

De fato, só um bundão troca

LLuz por coração de papel,

e vive cegueta e à matroca,

a encher de vento o pastel!

 

 

 

O Cego

Ei, você aí,
me dê um pastel aí!
Não vai dar?
Não vai dar não?
Ocê vai ver
a grande confusão,
que eu vou fazer,
chuchando daiquiri...
Ei, me dê logo aí,
me dê um pastel aí!

 

 

 

Música de fundo:

Coração de Papel
Composição: Sérgio Reis
Interpretação: Sérgio Reis & Reginaldo Rossi

Fonte:

http://www.krafta.cc/musica/sergio-reis-cora%C3%A7ao/

 

Páginas da Internet consultadas:

http://dreamvsdream.wikia.com/

http://www.topicos123.com/

http://www.revistamacau.com/

https://dribbble.com/shots/2046328-Money

https://giphy.com/

https://wifflegif.com/tags/47838-blind-gifs

 

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